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Os verdadeiros culpados pelo golpe --- Bollywood tá bombando!

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Dirceu e o Domínio da Globo



por  - 02/09/2013
Observe a foto ao final do post. O jovem Dirceu sustenta um braço esticado, mãos abertas, como se mandasse uma mensagem de “pare aí” para um interlocutor que não vemos. Por uma dessas coincidências enigmáticas da vida, me parece uma correspondência perfeita com o que ele vive hoje. O interlocutor invisível são as forças que hoje lhe perseguem, também algo invisíveis, escondidas sob o manto obscuro de um moralismo de ocasião, com rosto mascarado por editoriais anônimos. A expressão facial de Dirceu também é curiosa. Nos olhos se vê um pouco de apreensão, perplexidade, até mesmo medo, mas a boca sugere um levíssimo sorriso desafiador, como se tivesse consciência de seu papel, ou como se o temor visto em seus olhos fosse um disfarce.
Quando um oficial se via isolado e cercado pelos inimigos, nas guerras tradicionais, ele fazia de tudo para que estes perdessem o máximo de tempo com si mesmo, visando consumir as forças adversárias. Com isso, explicaríamos também o gesto do braço. Ele seria não apenas um gesto de “afaste-se”, mas também um chamado. Bastaria virar as palmas para cima e mexer os dedos. Dirceu chama para si mesmo as forças reacionárias, num esforço heróico e suicida, para que elas consumam suas forças tentando destruí-lo. Enquanto isso, o resto das tropas avançam. O Brasil se desenvolve. E Dirceu se transforma, talvez sem muita consciência disso, num mártir semiológico pós-moderno. Ele se ofereceu em sacrifício aos chacais da mídia, permitindo que o lulismo seguisse adiante, concretizando políticas sociais urgentes, reformando o Estado, acumulando forças para embates futuros.
Jamais um político ocidental foi tão satanizado pela mídia como José Dirceu. A agressão simbólica, semiológica, gráfica, audiovisual, literária, política, jurídica e até mesmo econômica que este homem sofreu não tem paralelo na história das democracias modernas.
Todas as forças obscuras, golpistas, reacionárias, se uniram para derrotar José Dirceu. Não visaram apenas o homem, mas toda sua história. Era preciso aniquilar o mito, afinal Dirceu era o quadro intelectualmente mais preparado do Partido dos Trabalhadores, e poderia vir a ser o próximo presidente da República.
A destruição de Dirceu transformou-se no símbolo do esforço da mídia para criminalizar a política. Esforço este que tem sido uma de suas prioridades. Quando a mídia chama os blogueiros de “chapa-branca” por se posicionarem às claras num lado do embate político e ideológico, e os acusa de receberem, clandestinamente ou não, dinheiro do campo que defendem, usa a mesma tática de criminalização. Uma tática sobretudo hipócrita porque ninguém jamais recebeu tanto dinheiro do Estado, via publicidade, financiamentos, leis favoráveis, do que os grupos tradicionais de mídia. Recebeu e recebe.
A criminalização de Dirceu, e a pressão inaudita que a mídia exerceu sobre a opinião social, sobre a Procuradoria Geral da República e depois sobre o Supremo Tribunal Federal, para condená-lo sumariamente, independente dos autos e das provas, e jogá-lo numa prisão, são a perfeita síntese deste objetivo: criminalizar a política é uma forma sutil de manietar a democracia e entregá-la nas mãos das famílias que controlam os meios de comunicação.
O clã Marinho detêm a maior fortuna já amealhada por uma só família brasileira em 500 anos de história. Nem a família imperial, nem a monarquia portuguesa, jamais possuíram um poder financeiro tão avassalador: 52 bilhões de reais. Por isso é um imperativo moral que o governo brasileiro interrompa imediatamente qualquer transferência de recurso público para esta empresa. Eles já têm dinheiro demais. Um poder midiático dessa magnitude, somado ao gigantismo financeiro de seus proprietários, representa uma ameaça ao regime democrático e à igualdade de condições entre os diferentes agentes políticos que é condição vital para a existência de uma democracia.
Prender Dirceu tornou-se uma obsessão para as Organizações Globo. Será uma prova de seu poder. A vingança contra as derrotas que a democracia lhe impôs desde que as forças progressistas deram fim à ditadura. Derrotas intermitentes e relativas, é verdade, visto que a Globo venceu em 1989, com a eleição de Collor, cuja eleição não apenas apoiou como colaborou decisivamente através da manipulação do último debate na TV; venceu depois com a deposição do mesmo Collor, quando este já tinha realizado as reformas que a Globo defendia e lhe interessava a partir de então se desvincular de sua impopularidade.
Venceu em 1994 e 1998, com a eleição de FHC, abafando o escândalo da reeleição e minimizando os problemas econômicos que se acumulavam; de certa maneira, também venceu durante os governos petistas, ao impor uma política de comunicação que lhe permitiu superar sua crise financeira e consolidar-se como a família mais rica do país. Os seis ou sete bilhões de reais que a Secom deu à Globo, nos últimos 11 anos, ajudaram-na a esmagar seus concorrentes, via práticas monopolísticas e predatórias no mercado publicitário, e a transformar a família Marinho num Leviatã tatuado com uma cifra na testa.
Entretanto, mesmo reunindo um patrimônio tão impressionante, a Globo tem visto seu poder minguar. Seu principal ativo, uma concessão pública, tem perdido audiência para internet e outros canais, abertos ou fechados. Seu lobby no parlamento declinou. O jovem de classe média hoje vê a Globo como um veículo cafona, sem graça e anacrônico. Suas apostas presidenciais falharam e prometem falhar outra vez no ano que vem.
A estratégia inconsciente de Dirceu, portanto, acabou dando certo. A Globo investiu tantos recursos em sua destruição que negligenciou o resto do exército. Enquanto Globo e Veja continuam a dar capas e mais capas contra Dirceu, o Brasil profundo continua melhorando de vida. E se hoje se tornou mais crítico e mais contestador, se exige mais dos governos, também está cobrando mais da mídia, que vê igualmente como um agente político, e dos mais conservadores e odiosos. A queda de “popularidade” que tanto assustou os políticos, como vemos, também atingiu em cheio a Rede Globo. A verdade, enfim, é dura…
Em mensagem a militantes enviada hoje pela manhã, o ex-ministro confirmou que irá apelar a todas as instâncias possíveis para lutar por sua inocência. Levará seu caso à Organização dos Estados Americanos (OEA), para denunciar os vários abusos que sofreu, junto com outros réus, no curso da Ação Penal 470: “ausência da dupla jurisdição, a opressiva publicidade, um julgamento ao vivo pelas redes de TV, a falta de provas, o desconhecimento das provas da defesa, a farsa do dinheiro público e do desvio dos recursos da Visanet, o uso indevido da Teoria do Domínio do Fato, o julgamento durante as eleições, as condenações as vésperas do primeiro e segundo turno, as penas absurdas numa violação aberta do código e da jurisprudência, a ausência de ato de oficio, no meu caso o reconhecimento explícito pelo MP e Ministros da ausência de provas.”
O ex-deputado lembra que hoje há “farto material de provas colhidos pela revista Retrato do Brasil” que provam o uso regular dos recursos da Visanet e apontam os erros grosseiros da procuradoria e do STF.
Íntegra da mensagem de Dirceu:
Prezada … minha gratidão pelo apoio, solidariedade e presença amiga, vou lutar, vamos lutar, ate provar minha inocência, vou a revisão criminal e as cortes internacionais, a farsa e o julgamento de exceção tem que ser denunciado, a violação dos mínimos direitos da defesa e das garantias individuais, a ausência da dupla jurisdição, a opressiva publicidade, um julgamento ao vivo pelas redes de TV, a falta de provas, o desconhecimento das provas da defesa, a farsa do dinheiro publico e do desvio dos recursos da Visanet, o uso indevido da Teoria do Domínio do Fato, o julgamento durante as eleições, as condenações as vésperas do primeiro e segundo turno, as penas absurdas numa violação aberta do código e da jurisprudência, a ausência de ato de oficio, no meu caso o reconhecimento explicito pelo MP e Ministros da ausência de provas, ha farto material de provas colhidos pela revista Retrato do Brasil, vamos a luta conto com você e sua indignação que e minha também. Estou as ordens para juntos vencermos essa batalha, nada me impedira, vou lutar sempre. abraços Ze
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Coluna Econômica - 02/9/2013

Desde junho um pessimismo agudo dominou o noticiário econômico. Em parte, pelo desencanto com o governo Dilma Rousseff. Somado a isso, pelo jogo político que há anos comanda todas as ações da velha mídia, uma aposta temerária de que, com a economia afundando, Dilma pudesse ser derrotada nas próximas eleições.

Nos últimos dias, as pesquisas de opinião indicaram recuperação de parte da popularidade perdida. E na sexta, o IBGE divulgou um PIB surpreendente - de crescimento de 1,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro.

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Foi um tiro no pé. O pessimismo exacerbado afetou o mercado publicitário, induzindo os anunciantes a pisar no freio. E Dilma recuperou o favoritismo para 2014.

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Agentes involuntários desse jogo, os economistas que apostavam no caos foram apanhados de calças curtas.

A economia não está o mar de rosas como pretende o Ministro da Fazenda Guido Mantega; mas não está a caminho do caos, como sugeria o noticiário geral da mídia Rio-São Paulo.

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A primeira reação dos economistas foi considerar que em junho houve uma ruptura geral na economia. Portanto os índices divulgados representariam apenas o passado, não permitindo ser otimista em relação ao futuro.

Foi a explicação da economista Monica de Bolle, da consultoria Galanto, em evento do mercado de capitais em Campos do Jordão: "Em alguns casos, o passado traz informações importantes sobre o que vem pela frente. Esse não é o caso do Brasil. A gente teve no início do segundo semestre foi uma descontinuidade não só na economia brasileira como no quadro político e social do país", disse.

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Ora, há uma confusão monumental com o conceito de "ruptura".

Mas as rupturas ocorrem de tempos em tempos e são generalizadas, alterando os fundamentos da economia. Foi assim na crise de 2008; e mesmo na economia brasileira, com as políticas sociais mudando a escala do mercado interno.

Os movimentos de junho passado, apesar de relevantes, influíram especificamente nas expectativas internas.

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Em um primeiro momento, as expectativas despencaram, mas o pessimismo não está se sustentando. No campo específico das expectativas,  em agosto houve alta no Índice de Confiança do Comércio e também do Consumidor, principalmente devido à melhoria de percepção sobre o momento atual. Adicione-se a recuperação parcial da aprovação do governo Dilma Rousseff.

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E aí se entra na questão complexa da politização desenfreada do noticiário.

Frustrada a tentativa de utilizar a crise para as eleições de 2014, com as verbas publicitárias minguando e sendo abocanhadas, cada vez mais, pelos grandes grupos de Internet (Google e Facebook), a velha mídia deu o toque de debandar.

Na sexta, todos os noticiosos do Sistema Globo - do noticiário da CBN ao Jornal Nacional - pareciam tomados de uma euforia infinita em relação ao PIB, anunciando o fim da crise e o início do espetáculo do crescimento.

A partir de agora, todos os analistas do sistema seguirão o script otimista. E haverá a mesma manipulação em sentido oposto: nem se estava em um caos antes; nem se está em um céu de brigadeiro agora.

Mas, a exemplo do samba antigo, o tal do mundo não se acabou.




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Visite o BLOG e confira outras crônicas

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Vídeo da entrevista concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, em Paramaribo - Paramaribo/Suriname




 "Um governo não negocia vidas", diz Dilma sobre entrada do senador boliviano no Brasil

 Dilma participa de formatura do curso de formação de diplomatas do Instituto 


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De: Vila Vudu


Nova York-EUA, 21 de setembro de 2011

Senhor presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser,
Senhor secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon,
Senhoras e senhores chefes de Estado e de Governo,
Senhoras e senhores,

Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna, que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo.
É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico.
Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste Planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres.
Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino, e são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje.
(...)
Quero estender ao Sudão do Sul as boas vindas à nossa família de nações. O Brasil está pronto a cooperar com o mais jovem membro das Nações Unidas e contribuir para seu desenvolvimento soberano.
Mas lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembleia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.
O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio. Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional.
Venho de um país onde descendentes de árabes e judeus são compatriotas e convivem em harmonia, como deve ser.
(Para (re)ler discurso completo, clique no título)
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De: Prof. Lejeune Mirhan , via e-mail da redecastorphoto...


Car@s companheir@s representantes das entidades que integram nosso Comitê pelo Estado da Palestina – CEP e demais ativistas e apoiadores da causa palestina: conforme nosso calendário e deliberação da reunião anterior, estamos convocando a nossa 39ª Reunião que ocorrerá nas seguintes condições:

Data: 3 de setembro de 2013 – Terça-feira
Local: Sede da Força Sindical (Nacional) – Rua Rocha Pombo, nº 94 – Liberdade
Horário: A partir das 19h

O embaixador palestino, Dr. Ibrahim Al Zeben estará em atividades diplomáticas em São Paulo nesse dia, mas comprometeu-se a fazer uma saudação à nossa reunião. Portanto, ele estará pontualmente às 19h e ficará conosco no máximo até 20h. Por favor, cheguem no horário.

Estou propondo a seguinte pauta (que pode ser modificada no dia):

1. Informes Gerais – assuntos extra-pauta: a) Egito; b) Síria; c) Embaixador da Palestina em Jundiaí; d) Colômbia; e) Campanha da ONG Stop The Wall; f) Outros assuntos;

2. 3ª Missão de Solidariedade – fechamento do roteiro detalhado, empresa aérea, aprovação do flyer, valor final à vista e parcelado; início da campanha de divulgação;

3. Atividades de Sabra e Shatila – detalhamento das atividades do dia 18 de setembro de 2013 (quarta-feira) no Clube Homs às 19h; recital de poesias; formato; exposição de banners etc.

4. Data da 40ª Reunião.

Car@s companheir@s: apenas para lembrar-vos, em 29 de Agosto de 2011, fizemos o lançamento do nosso Comitê da campanha pelo Estado da Palestina Já! Ela ocorreu no Sindicato dos Engenheiros do ESP com 150 pessoas e dezenas de entidades. Em seguida, em 20 de setembro fizemos a histórica passeata com três mil pessoas pelas ruas de SP, Capital.

Bom, fico por aqui. Peço ampla divulgação da convocação, não só para entidades, como para ativistas e militantes dedicados à causa palestina.

Abraços fraternais em tod@s

Prof. Lejeune Mirhan
Sociólogo, Escritor e Arabista.
Colunista do Portal Vermelho, da Fundação Maurício Grabois e da Revista Sociologia
Residência: +55-19-3368-6481
Trabalho: +55-11-3054-1817

Ego sum pauper. Nihil habeo. Cor dabo.
("Eu sou pobre. Nada tenho. Dou meu coração").

Esta noite milhões de crianças dormirão nas ruas em todo o mundo. Nenhuma delas é cubana

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De: Baby Siqueira Abrão
Putin enviará delegação ao Congresso dos EUA


O objetivo é negociar diretamente com os congressistas a não intervenção militar na Síria.

E serão bem-sucedidos, porque o teatrinho do ataque "limitado" à Síria já se aproxima do ato final.

Ibrahim al-Amin, editor-chefe do jornal libanês Al-Akhbar, publicou hoje artigo contando os bastidores desse teatrinho -- que mobilizou o mundo e levou milhões de pessoas às ruas de vários países no sábado, para defender a soberania síria e exigir o fim do conflito que já dura mais de dois anos. (Veja fotos aqui: http://www.countercurrents.org/cc020913.pdf.)

Tudo foi muito bem calculado, incluindo a recusa da  Câmara dos Comuns britânica de oferecer apoio ao ataque militar -- prevista para tirar David Cameron e o Reino Unido da jogada, caso o Plano B (o ataque à Síria) começasse a fazer água. O fato de Obama atirar a responsabilidade pelo ataque nas costas do Congresso, e a viagem dos enviados de Putin aos EUA são parte do mesmo plano: jogar água fria para evitar um incêndio que jamais passaria de retórica.

Já o ataque com gás sarin nos arredores de Damasco, segundo jornalistas que cobrem a área, foi ideia das agências de inteligência (?) de Israel e Arábia Saudita. Os dois países, por sinal, concluíram há algumas semanas um acordo de cooperação mútua, em que a Casa de Saud entra com a verba e Israel com o know-how de guerra, para barbarizar ainda mais o Oriente Médio.
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Estúdios têm optado cada vez mais por rodar filmes em outras regiões dos EUA ou até mesmo fora do país

Publicado: 
Atualizado: 

'O Hobbit — Uma jornada inesperada', assim como a trilogia 'O Senhor dos Anéis', foi rodado na Nova Zelândia Foto: Divulgação
'O Hobbit — Uma jornada inesperada', assim como a trilogia 'O Senhor dos Anéis', foi rodado na Nova ZelândiaDIVULGAÇÃO

RIO— A quantidade cada vez maior de produções cinematográficas e de televisão sendo rodadas fora de Hollywood levou o prefeito de Los Angeles, Eric Garcetti, a declarar estado de "emergência".

Os filmes americanos mais rentáveis do ano passado usaram locações como Carolina do Norte (caso de "Homem de Ferro 3"), Austrália ("O grande Gatsby") e Nova Zelândia ("O Hobbit"). Lugares como Canadá e Reino Unido, onde o próximo "Star Wars" será rodado, também oferecem subsídios melhores para a indústria do entretenimento, que apoiou a campanha de Garcetti, eleito em maio.

O prefeito contou à revista "Variety" que vai tentar trazer os filmes e as séries de volta a Los Angeles. "Vamos lutar várias lutas. Sei que não venceremos todas, mas se não investirmos força para ganhar algumas batalhas nessa guerra, continuaremos a ser deixados para trás", disse.

Os programas de incentivo da Califórnia não contemplam filmes com orçamento superior a US$ 75 milhões, excluindo, assim, grande parte dos blockbusters. Segundo a Comissão de Cinema do estado, a perda dessas produções impactaram negativamente a infraestrutura da região.

"Temos que ser inteligentes a respeito do que procuramos. Talvez um filme de US$ 200 milhões não seja a questão. Talvez sejam séries de TV e comerciais", ponderou o prefeito.

De acordo com um relatório feito pela "Variety", os empregos relacionados às produções de cinema e televisão em Los Angeles caíram de 136 mil, em 1997, para 115 mil, em 2012.


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Como o agressor se torna a "Vítima"


Prof. Ms. Luis Fernando Guimarães Zen

Em 2005 inauguramos nossos trabalhos abordando a Guerra do Iraque, dois anos após o então presidente dos Estados Unidos George W. Bush ter anunciado o fim da Guerra. Na ocasião, questionamos entre outras coisas os motivos que levaram a Guerra: armas de destruição em massa; apoio ao terrorismo; além do argumento de que a guerra era necessária para "levar a democracia ao Iraque".
Cinco anos depois, não pretendemos retomar temas já trabalhados, mas sim, refletir a atualidade dos mesmos. Nessa edição do Observatório do Mundo Contemporâneo vamos abordar o mesmo problema, a Guerra, por uma outra e mais recente forma de tentativa de legitimação da mesma. Se em 2002 quando o ataque estadunidense começou, os "senhores da guerra" se utilizaram de sua imensa capacidade de criar um inimigo, utilizando-se dos seus diversos recursos que vão desde a televisão, jornais e revistas, além de muitas outras formas de convencimento, em 2010 não é diferente.
A tática abordada aqui é o recente premio do "Oscar 2010". Em pleno momento que os ataques estadunidenses passam por um processo de acirramento, tanto no Iraque quanto no Afeganistão, um filme rodado em 2008 ganha o maior número de prêmios de 2010, algo incomum para a famosa "academia".
O questionamento aqui, vai no sentido de pensar como que o filme inverte a posição dos exércitos estadunidenses que passam de agressores a vítimas. Porque a diretora do filme Kathryn Bigelow, retrata uma brigada do exército estadunidense que trabalha no desarmamento de bombas? Dessa forma, ela retrata os soldados dos EUA por um lado que os torna vítimas dos ataques iraquianos, ou seja, os soldados não estão lá para atacar um país e sim para defender os seus soldados dos ataques inimigos.
O filme mostra desde o início os soldados convivendo entre si, isso nos familiariza com os mesmos, passamos a "conhecer" esses soldados, eles tem nome, família, função. Por outro lado, os iraquianos aparecem aleatoriamente, não sabemos quem eles são, todos são suspeitos, estão a todo momento tramando um suposto ataque, eles não tem rosto e apesar de serem as verdadeiras vítimas, tanto do antigo regime de Saddam Hussein, quanto dos ataques estadunidenses desde 1992, aparecem para Hollywood como agressores. É a inversão dos papéis.
O cenário de destruição mostrado pelo filme foi causado basicamente por quatro motivos: o primeiro deles foi devido a uma longa guerra entre o Irã e o Iraque na qual os EUA forneciam armamentos para aquele país. A segunda causa foi a Guerra do Golfo de 1992, quando os ataques aéreos estadunidenses destruíram boa parte da capital iraquiana. O terceiro motivo veio logo em seguida, causado pelo embargo econômico liderado pelos EUA desde 1992 e que até o início do atual conflito (2002) já havia matado (de fome e sede) mais de 1,5 milhões de pessoas naquele país. O quarto motivo vem de quase uma década de ataques do atual conflito, onde centenas de toneladas de bombas e ataques que utilizam de toda a sua capacidade bélica já foram lançadas sobre uma população que não tem hoje a menos resistência organizada.
Passados mais de oito anos de conflitos diretos no Iraque (se considerarmos os primeiros ataques ao Iraque logo após o fatídico atentado de 11 de setembro de 2001 em Nova York) os motivos iniciais já caíram por terra, não foram encontradas armas de destruição em massa, até porque já se sabia que elas não existiam, Saddam Hussein foi covardemente enforcado, mesmo nunca tendo sido comprovada sua ligação com terroristas, e a democracia iraquiana não tem nenhuma legitimidade diante da população. Ou seja, os motivos alegados para o início dos conflitos já não se sustentam mais, mesmo assim, uma nova onda de violência vem se instalando no Iraque mesmo após a troca de governo nos EUA.
E o cinema hollywoodiano legitima os ataques invertendo os papéis, onde as forças invasoras se tornam vítimas da guerra e as vítimas se tornam as agressoras.
Referências Bibliograficas:
CAROS AMIGOS, ano VI número 72 março 2003.
RAMONET, Ignacio. Propagadas Silenciosas: massas, televisão,cinema/Ignacio Ramonet.Petropolis RJ: VOZES,2002.
DORNELES, Carlos. Deus é Inocente: a imprensa não/ Carlos Dornele: prefacio Fabio Konder Comparato - São Paulo: GLOBO 2002.
VIRILIO, Paul. 1932 Guerra e Cinema: logistica de percepção/ Paul Virilio/ Tradução de Paulo Roberto Pires. São Paulo: BOATEMPO, 2005
http://www.unioeste.br/projetos/observatorio/


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(Para conhecer os 10 mais de Bollywood, clique no título)

Calendário de produção de filmes Bollywood 2013


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As taras de Ali Kamel


(Ali Kamel, estrela pornô)


Lembro-me como se fosse ontem quando o Cloaca fez uma descoberta incrível. Havia um Ali Kamel na década de 80 que protagonizara filmes pornográficos, entre eles o clássico, O Solar das Taras Proibidas. Além de ser homônimo do todo-poderoso diretor de jornalismo das Organizações Globo, ele era absolutamente igual! Mesmo rosto, mesmo tom de pele, mesmo formato de cabeça. E a juventude do ator batia com a idade atual do jornalista.

O Cloaca publicou o post com o vídeo, sem mais comentários, sem sequer mencionar o Ali Kamel da Globo. Era uma piada pronta. Uma piada inocente, mas poderosa e engraçadíssima, por razões que me recuso a dar, porque são óbvias, numerosas, e fazê-lo equivaleria a escrever uma tese sobre as piadas de português. Posso ser um blogueiro meio prolixo. Não quero também ser um chato de galochas!

Algo tão engraçado naturalmente logo se espalhou pela internet. Virou uma espécie de meme da blogosfera. E agora eu fico sabendo que, anos depois, o nosso querido blogueiro Rodrigo Vianna, responsável pelo blog O Escrevinhador, é condenado pela justiça a pagar uma indenização a Ali Kamel por danos morais! Razão: Vianna teria difamado Ali Kamel ao publicar em seu blog que este trabalhara em filmes “adultos” na juventude.

Ali Kamel pode acusar quem quiser, mas a Justiça aceitar tal disparate, e condenar Vianna por causa de um chiste de humor totalmente inocente como este, me parece uma perseguição política (não muito) velada. Mais que isso, parece um ataque hediondo ao humor político e à liberdade de expressão.

Mais uma vez, vemos a Justiça desempenhando o triste papel de empregadinha dos poderosos. 

Ali Kamel mostrou-se indigno de ser comparado a um profissional da indústria pornográfica. 

O Ali Kamel do filme “adulto” é que deveria nos processar por compará-lo a um sacripanta.

É inacreditável que o diretor de jornalismo da empresa que comete todo o tipo de abuso contra a democracia, contra a dignididade humana, a empresa que se empenha dia e noite para denegrir a imagem do Brasil, aqui e no exterior, cujos métodos de jornalismo fazem os crimes de Ruport Murdoch parecerem estrepolias de uma criança mimada, pretenda processar um blogueiro por causa de um chiste!

Entendo que todos nós blogueiros devemos ser extremamente prudentes quando acusamos uma pessoa. Se Rodrigo tivesse acusado Kamel – sem provas – de surrupiar ipads do escritório da Globo, eu acharia justo que fosse condenado por danos morais. Não é o caso. A condenação não é apenas injusta, é insensata, arbitrária e antidemocrática. Espero, pelo bem da fé que tenho na justiça, que seja revertida. Vianna já avisou que irá recorrer, o que faz muito bem.

O problema é que tudo isso implica em altas despesas advocatícias, as quais constituem uma espécie de penalidade.

Vianna tem toda a solidariedade do Cafezinho. Mais ainda. O episódio deveria incentivar os blogueiros progressistas a se organizarem numa espécie de associação, para se defenderem de ataques sórdidos como esse. Uma associação também facilitaria a obtenção de contratos de publicidade e patrocínio, pois se um blog oferece pequena quantidade de visitas, duzentos blogs podem oferecer duzentas vezes mais. Farei um post amanhã amadurecendo melhor a ideia.

Enquanto pensam no assunto, relaxem assistindo a ardente performance do nosso querido Ali Kamel! O verdadeiro, o ator porno; não o sacripanta reacionário e golpista.



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De...

...para a PressAA...

EDITORIAL - O GLOBO
Apoio à ditadura é "uma verdade dura"

http://www.mailingplus.com.br/deliverer_homolog/arq/cli/arq_3197_134204.jpg



MENOS PILHA
“Em rádio eu já fui tudo, menos pilha”, conta Pedro Luiz Ronco

VOCÊ ESCOLHE
Qual a melhor capa de revista do ano?

HUMOR
Os signos e os jornalistas

COMO REPERCUTIR
Comunicação institucional no terceiro setor

00infoglobo0209


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*Quem dá à Globo o direito de dizer se o que fez em 64, ao instigar e  apoiar o golpe, foi um 'erro' e não um crime? Se foi um  crime contra a Constituição e a Democracia,a  Globo deve ser intimada a depor perante a Nação. Com a palavra, a Comissão de Verdade.(leia nesta pág)
* Espionagem dos EUA invadiu até o celular de Dilma: Obama, seu vice, Joe Biden, e o secretário de Estado John Kerry disseram  que os órgãos de segurança não  tinham acesso ao conteúdo de conversas. Kerry e Biden mentiram à própria Dilma. Qual será a reação do governo às vésperas do 7 de Setembro e a um mês da visita oficial aos EUA?

*O EL Mercúrio' faz  com Bachelet o que a mídia nativa tem feito contra o PT (lei nesta pág)





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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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Dirceu, suposto chefe da quadrilha petralha, agora está equiparado a Donadon, FHC, Serra, Alckmin e outros meliantes --- No Paraíso, mães pernambucanas amparam as crianças assassinadas...

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Presidentes da Câmara e do Supremo discutirão caso Donadon

Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se reunirá com o ministro Joaquim Barbosa, do STF, na tarde desta terça, para discutir a liminar que suspendeu a sessão da Câmara que manteve mandato de deputado preso


03 de setembro de 2013
Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), informou que se reunirá com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, às 16h desta terça-feira, 3, para discutir a liminar que suspendeu a sessão da Casa que manteve o mandato do deputado Natan Donadon (sem partido-RO) [AA: Expulso sumariamente da banda podre do PMDB]. Alves anunciou também que vai colocar em votação, em sessão extraordinária, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que põe fim ao voto secreto no Legislativo.
O presidente da Câmara contou que conversou por telefone, na manhã desta terça-feira, com Barbosa e que o ministro prometeu levar o caso Donadon ao pleno do Supremo após o fim do julgamento dos embargos do mensalão. Ou seja, o assunto deve ser discutido na próxima semana pelo STF.
"É uma liminar apenas que abre exceções ao texto constitucional. Não me parece o caminho mais adequado (decretar a cassação de mandato). Prefiro aguardar a decisão plena do plenário do Supremo", disse Alves.



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Pena e compadrio livraram Donadon, diz Henrique Alves


Quem o diz é o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ao tentar justificar o resultado da votação que livrou Natan Donadon (sem partido) [AA: Expulso sumariamente da banda podre do PMDB] da perda de mandato na última quarta-feira. Ele cumpre pena de mais de 13 anos de reclusão em um presídio de Brasília por desviar dinheiro da Assembleia Legislativa de Rondônia, seu Estado.
No dia em que foi "absolvido" pelos colegas deputados, ele fez um discurso na tribuna no qual reclamou das condições e da comida da cadeia. Donadon acabou afastado do cargo e deu lugar ao suplente depois de uma manobra regimental comandada por Alves.
O presidente da Câmara promete agora não pôr mais em votação casos semelhantes - como os dos condenados no julgamento do mensalão - enquanto não se aprovar o voto aberto. Nesta entrevista ao Estado, Alves também diz que o PMDB estará com Dilma Rousseff nas eleições de 2014. Abaixo, os principais trechos da entrevista.
O voto secreto foi fundamental para a absolvição?
O voto secreto gera essa anomalia, porque fica aquele voto do compadrio, do corporativismo, da amizade, do sentimento de pena. Em alguns casos pesaram ressentimentos pessoais em relação a outros procedimentos da Justiça. Então, é um acúmulo que o voto secreto permite expressar. Ficou claro que a transparência do voto se impõe para que essas questões menores ou distorcidas não possam prevalecer. Como presidente da Casa, não coloco mais processo de cassação de deputado sob o manto do voto secreto.
Na sua decisão, o sr. suspendeu o mandato de Donadon porque ele está preso. No caso do julgamento do mensalão, um deputado, o petista João Paulo Cunha, foi condenado ao regime fechado e outros três, José Genoino, do PT, Pedro Henry, do PP, e Valdemar Costa Neto, do PR, foram condenados ao semiaberto. Como ficará a situação deles? 
Prefiro aguardar a manifestação final do Supremo.
(...)

O senhor acha que o PMDB deve repetir em 2014 a aliança com a presidente Dilma?


No que depender de mim, o PMDB não tem plano B, não tem plano C, não tem plano D. O projeto do PMDB é o da reeleição da presidente. Estamos engajados com o vice-presidente, temos cinco ministros, temos participação administrativa e é um governo que está sendo bem avaliado com a nossa participação. O plano do PMDB é a reeleição de Dilma com Michel Temer na vice. E avançar naquilo que foi feito pelo ex-presidente Lula, de construção da liberdade, redução da pobreza e crescimento da economia.


























(Para ler entrevista completa, clique no título)
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Atriz canastrona, perde oportunidade de figuração na Hollywood em crise e arranja papel de Regina Duarte ianque. Pra ela, o presidente negro Barack Obama é o culpado de tudo, é o monstro dos monstros, é o erro que agora "pesa" na consciência dos americanos que o elegeram. Ela está cheia de medo e mentiras...



Enviado por Sirley Lima (via Facebook)


Legendado por Pri Silva 

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Regina Duarte com medo de Lula



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Obama habla de guerra de tres días en Siria; es ridículoPor el profesor Luiz Alberto Moniz Bandeira

Entrevista de Ricardo Gozzi al cientista e
historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira

Cuando se entra en una guerra, es imposible determinar cuando va a terminar. La advertencia fue hecha por Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira, doctor en Ciencia Política por la Universidad de San Pablo y profesor titular jubilado de historia de la política exterior de Brasil en el Departamento de Historia de la Universidad de Brasilia (UnB), al comentar la intención declarada por el presidente de los Estados Unidos, Barack Obama, de promover una acción militar "limitada" y de corta duración contra el gobierno de Siria. Aquí están los tramos principales de la entrevista.

- En la noche del jueves 29 de agosto, el parlamento británico votó contra la participación del Reino Unido en una eventual intervención exterior en Siria y el primer ministro David Cameron dijo que respetaría la decisión. ¿Cuál es el efecto de este desdoblamiento sobre la iniciativa de acción militar llevada a cabo por parte de los Estados Unidos?

- La democracia ahora funcionó en Gran Bretaña. La deserción del primer ministro David Cameron reflejó el estado de ánimo del pueblo inglés, harto de guerras en el Medio Oriente y de la farsa montada por el presidente George W. Bush y por el primer ministro Tony Blair, que el Premio Nobel de la Paz, Barack Obama, continuó desarrollando. Esperemos que François Hollande, presidente de Francia, siga el ejemplo. El secretario de Estado, John Kerry, dijo que el uso de gas es una "obscenidad moral". ¿Los Estados Unidos probaron que Assad usó esta arma química? No. ¿Y quién la usó? ¿Israel? ¿Los insurgentes? Y aunque se probase que el gobierno de Assad hubiese cometido esta estupidez, los Estados Unidos no tienen ningún mandato para ser la policía global o para usar a la Otan (Organización del Tratado del Atlántico Norte) como policía global.

(...)

- Hay quien compara la situación actual en Siria con la de Kosovo en 1999. ¿Es correcto hacer este tipo de comparación?

- Kosovo tiene cierta importancia geopolítica, pero no en la dimensión estratégica de Siria, un país extremadamente más complejo, con varias etnias y sectas. Y la situación mundial, actualmente, no es la misma de 1999, cuando los Estados Unidos estaban en su momentum imperial, como potencia solitaria, luego del desmoronamiento de la Unión Soviética, y Rusia, su sucesora, todavía sufría la profunda crisis económica y financiera que la abatiera en 1997. También el presidente de Rusia no es más Boris Yeltsin, sino Vladimir Putin, que trató de recuperarla como gran potencia, mostrando ser un gran estadista, inclusive al dar asilo a Edward Snowden, que reveló la extensión del espionaje electrónico de los Estados Unidos. Y el propio Putin ya anunció, en los últimos meses, que no permitirá que la Otan reproduzca, en Siria, lo que hizo en Libia. Rusia puede no intervenir militarmente, en el caso de ataque de la Otan, sin embargo dispone de muchos medios para respaldar al gobierno de Assad, cuyo ejército, aunque desgastado por más de dos años de guerra, aún constituye una enorme fuerza, además de los refuerzos del Hezbollah.

(Para ler entrevista completa, clique no título)

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Por: Raúl Antonio Capote
Cuban médico-
Como chamar a ação de negar ajuda a Cuba no momento em que milhares de crianças estavam morrendo? As crianças lotaram os hospitais vomitando sangue, com febre alta, ao lado de entrar em choque, apenas a confiança do povo na revolução, no seu científico, abnegação e sabedoria do seu pessoal médico e de saúde, não se estenderia a pânico.
Agora que o Empire fabrica pretextos para atacar a Síria, é bom lembrar quem são os verdadeiros terroristas.
Suínos mortos de peste suína africana
Suínos mortos de peste suína africana
Guerra biológica importante realizada pelo governo de Estados Unidos contra o povo cubano em 54 anos.
- 1961 - 1962 A CIA desenvolveu um plano para incapacitar os trabalhadores de açúcar durante a colheita, usando meios químicos.
- 1962 é inserido doença de Newcastle provoca uma elevada taxa de mortalidade de mais de 80% das aves.
- 1972 A CIA introduzido Cuba o vírus da gripe suína, que forçou o abate de mais de meio milhão de porcos.
- 1979-1981 A CIA apresentou quatro pragas destrutivas que afetam as pessoas e culturas: conjuntivite hemorrágica, dengue, o Roya cana de açúcar e tabaco Azul Mold.
- Agosto 1981 nodular bovina Pseudodermatosis é introduzido, que afeta o gado.
- 1980 Segundo epidemia de peste suína Africano, utilizando um laboratório de vírus geneticamente modificado para a detecção e diagnóstico difícil.
- Em 1981, ele introduziu o Mimilitis Ulcerativa, infecção provoca danos severos em bovinos.
- Em 1993, detecta coelho doença hemorrágica viral.
- Em 1996 Varroacis é introduzida, a qual é a doença mais grave que as abelhas, o que provoca uma elevada mortalidade em colmeias.
Podemos acrescentar a esta lista a CBB que dizimou o café, o Thrips Palmi, a Mite Rice.
Thrip Palmi
Thrip Palmi
Em 21 de Outubro de 1996 às 10:08 na pulverização modelo S2R aeronave manhã registro aeronaves civis N-3093M-registrada dos Estados Unidos operado pelo Departamento de Estado daquele país, voando sobre a terra cubana norte a sul, de forma intermitente aspersão sete vezes substâncias desconhecidas, descobriu-se que a aeronave lançou em Thrips Palmi campo cubano, muito resistentes aos inseticidas, este inseto irá favorecer as altas temperaturas e seca, multiplicam-se rapidamente e logo provoca grandes danos às culturas, este inseto também ataca várias plantas nos afetou batata, feijão, feijão verde, pepino, berinjela, etc danos em batata foi enorme em um momento em que o país atingiu grandes produções cavalaria, o ataque foi precisamente as áreas de alta produção de batata e feijão.Esta praga era desconhecido em Cuba
Dengue nas primeiras semanas afetou 300 mil pessoas, das quais 158 morreram, 101 delas crianças.
Em 1979, o jornal Washington Post informou que a CIA tinha um programa contra a agricultura cubana desde 1962 foram feitos agentes para esses fins.
Em 1984, diante de um júri americano Eduardo AROSENA, líder do grupo terrorista Omega 7, admitiu a participar de uma operação para introduzir germes para a ilha como parte de uma guerra biológica contra Cuba.
A dengue é uma doença transmitida por mosquitos Aedes, dois séculos atrás, esta doença em sua forma clássica é conhecida em todo o último século da Bacia do Caribe sofreram, incluindo Cuba. E não até meados do século XX, que descreveu sua forma mortal chamado Dengue Hemorrágica esta doença produz uma grande fuga de líquidos, com grande hemorragia, levando à morte em poucas horas.
(...)

No julgamento de Edward AROSENA este reconheceu que a dengue hemorrágica foi introduzida em Cuba através de grupos de cubanos radicados em Miami.
Para dar uma idéia da magnitude dessa guerra de 1978-1999 foram detectados no país 13 entidades exóticas. Nossos virologistas não conseguiram revelar que todos estes vírus foram manipulados em laboratório, para fazer uma forma mais virulenta, mais adaptável ao tempo, mais resistentes a drogas ou agentes químicos e biológicos, outro mais difíceis de detectar e, assim, diagnosticar a doença, como foi o caso do vírus da peste suína Africano introduzida em Cuba em 1980.
Esta é apenas uma amostra de que a guerra é parte da guerra maior do que somos feitos a ajoelhar-se para o povo cubano.
Então, quem são os terroristas?
(Para ler reportagem completa, clique no título)

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De...



...para a PressAA...

Juiz proíbe veículos de citarem nome de Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco

     
Juiz de Direito plantonista da Comarca do Recife, Sebastião de Siqueira Sousa proibiu veículos de citarem o nome do Presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, em reportagens. A decisão afeta Diário de Pernambuco, TV Clube e Jornal do Commercio. Apurações do Comunique-se mostram que a sentença saiu após suposto caso de tráfico de influência, que não envolve diretamente o presidente. A decisão sobre a proibição saiu no sábado, 31. Se descumprida, os veículos podem ser multados em R$ 50 mil por cada ato de violação.
De acordo com as denúncias, que estão sendo apuradas Promotoria da Infância e Juventude do município, a filha de Uchoa, Giovana Góes Uchoa, seria uma das líderes do esquema que facilitou a adoção de uma criança para casal formado por esteticista carioca e piloto americano.
00guchoa0209Guilherme Uchoa pede para que veículos não citem mais seu nome (Imagem: Roberto Soares)

Revelado pelo Diário de Pernambuco e, depois, noticiado pelos outros veículos, o esquema mostra que a esteticista é amiga de Giovana, que herdou do pai "vasta influência no Poder Judiciário e no meio político". Na história, Cristina Wanderley, assessora da juíza Andréa Calado (que desde janeiro é titular da Vara da Infância e Juventude de Olinda) teria sido responsável por pedir ajuda à juíza para que o casal conseguisse a guarda. Todos os envolvidos possuem laços de amizade.
Diante do caso, Uchoa alegou que "a matéria é tendenciosa, interpretada maliciosamente, dando a impressão de que essa pessoa influente, protagonista da atitude ilícita, seria o requerente". Ele "alega que os requeridos diuturnamente vinculam seu nome ao fato acima narrado, como se este houvesse praticado algum tipo de tráfico de influência, sem, contudo, haver nenhuma prova material do fato". 
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Poema em homenagem à Subprocuradora Gerusa Torres Lima


Publicado por Associação do Ministério Público de Pernambuco (extraído pelo JusBrasil) - 2 meses atrás
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* Um dos momentos da Subprocuradora Gerusa Torres Lima nos eventos da AMPPE (Confraternização de final de ano 2012)
A diretoria da AMPPE pública abaixo o poema escrito pela Promotora de Justiça Patrícia Torres e aproveita as belas e verdadeiras palavras expressadas no texto para homenagear a colega Gerusa Torres de Lima e se solidarizar com todos os seus familiares e amigos:
Saudade de Uma Guerreira
Quando nos aproximamos eu já te conhecia, mas ainda não sabia, o espírito de Luz que eu ia encontrar.
Como pessoa, que surpresa maravilhosa e que alma tão bondosa, como foi bom contigo estar.
Para os amigos, mais que a mão e atenção, se dava por inteiro, corpo, alma e coração, como poucos sabem se doar.
No trabalho, uma guerreira, sem ter medo das trincheiras que teria que enfrentar.
Procuradora competente, atuante, eficiente. Da inteligência, nem precisa comentar.
O Ministério Público segue em frente, mas hoje se ver carente, Gerusa não vem mais trabalhar.
Exemplo de honestidade, retidão e dignidade, buscando sempre a verdade, onde a Justiça deve estar.
Ai meu Deus quanta dor. Meu Senhor ai que dó. O coração dilacerado, a garganta dando um nó.
A saudade se faz intensa, revelando a tua ausência, numa penosa realidade.
E nessa hora tudo perde a cor, só a fé no Criador nos ajuda a caminhar, levando conosco a certeza, que nos braços do Pai, Minha Querida, tu vais ser acolhida e o céu vai festejar.
Patrícia Torres - Promotora de Justiça
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MPPE inaugura Núcleo Maria Aparecida Clemente de Apoio à Mulher

Publicado por Ministério Público de Pernambuco (extraído pelo JusBrasil) - 3 anos atrás


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Núcleo foi criado para fortalecimento da Lei Maria da Penha em Pernambuco a partir de um convênio com o Ministério da Justiça
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher e para dar suporte aos promotores de Justiça que lidam com a aplicação da Lei Maria da Penha, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Paulo Varejão, expediu uma portaria que cria o Núcleo Promotora Maria Aparecida Clemente de Apoio à Mulher. O Núcleo do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que será coordenado pelo promotor de Justiça, Alfredo Pinheiro, funcionará na sede das Promotorias da Capital, localizada na Avenida Suassuna, nº 99 e deverá ser inaugurado ainda esta semana, durante as comemorações da semana da Mulher.
A defesa da mulher vítima de violência e o fortalecimento da Lei Maria da Penha no âmbito do Estado de Pernambuco, têm sido uma das bandeiras adotadas por Varejão, desde o início de sua gestão, em 2007. Diretamente vinculado ao gabinete do procurador-geral, o núcleo foi criado a partir de um convênio entre o MPPE e o Ministério da Justiça, através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), para a criação e estruturação de núcleos que apoiem o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. “A criação deste núcleo irá possibilitar o desenvolvimento de um processo cultural e de gestão do conhecimento, que permitirá aos promotores realizar intervenções judiciais e extrajudiciais, apropriadas e adequadas, em defesa da mulher, criando uma cultura que possibilita que a população se torne mais consciente dos seus direitos, transformando assim a sociedade”, explicou Varejão.
Entre as atribuições do espaço, destacam-se a formulação e implementação de políticas públicas de promoção da igualdade de gênero e medidas necessárias a conscientização sobre os efeitos pessoais e sociais negativos da violência contra a mulher. Além disso, o núcleo deverá trabalhar diretamente com as organizações não governamentais, delegacias especializadas e entidades governamentais que tratam do tema. O Núcleo de Apoio à Mulher também irá colher dados com relação à violência praticada contra as mulheres e encaminhá-los para a diretoria, com sede em Brasília, para que esses números façam parte de uma estatística nacional, que irá ajudar a planejar ações de combate a esse tipo de violência.
A capacitação de promotores de Justiça e servidores quanto às especificidades das atuações ministeriais nessa área, também é uma das prioridades do núcleo, que deverá promover uma atuação articulada com outras instituições e entidades que atuem na defesa da mulher vítima de violência doméstica e familiar.
Maria Aparecida Clemente - Por iniciativa do procurador-geral de Justiça, Paulo varejão, o Núcleo de Apoio à Mulher do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebe o nome da promotora de Justiça Maria Aparecida Clemente, que foi uma vítima da violência praticada contra a mulher. A promotora de 43 anos foi assassinada em 2001 e tornou-se um dos símbolos de luta contra a violência, dentro da Instituição. Maria Aparecida Clemente foi sequestrada na saída de um supermercado no bairro da Torre, no Recife, e encontrada morta poucas horas depois, com dois tiros na cabeça, no lixão do município de Igarassu, na Região Metropolitana. O crime aconteceu no dia 7 de abril de 2001.
O Ministério Público e a Polícia Civil de Pernambuco conseguiram desvendar o crime em julho de 2009. Para forjar latrocínio, um grupo com cinco pessoas fez vários saques em caixas eletrônicos do Banco do Brasil e do Bandepe utilizando os cartões da promotora. O carro da vítima foi encontrado abandonado no Poço da Panela, no dia seguinte ao crime.
MPPE e Lei Maria da Penha - O trabalho da Lei Maria da Penha tem sido uma das prioridades da Instituição desde 2007, tomando mais força a partir de 2009. Tanto que o Ministério Público tem atuado para difundir o conhecimento da lei junto à população. Uma das maneiras mais eficazes de realizar esse trabalho tem sido através da publicação de cartilhas informativas. Com o tema Lei Maria da Penha, o Ministério Público de Pernambuco possui duas cartilhas, sendo uma com os principais pontos da legislação, além de informações sobre onde e como procurar ajuda. Esta cartilha, inicialmente, foi criada para os operadores do Direito, com uma discussão mais técnica a respeito das mudanças trazidas com a Lei. Devido ao enorme sucesso perante a população geral, a cartilha encontra-se hoje em sua terceira edição.
Uma outra cartilha sobre o mesmo tema também está sendo distribuída. Desta vez em formato de bolso, a cartilha resume a Lei Maria da Penha no esquema de perguntas e respostas, de modo a facilitar a consulta por parte de qualquer cidadão. O material traz, também, a lista com endereço, telefone e horários de funcionamento de todos os órgãos públicos de segurança e saúde que podem ser procurados para prestar ajuda em situações de violência contra a mulher.
O Núcleo de Apoio à Mulher Maria Aparecida Clemente também ficará responsável pela distribuição do material de esclarecimento da Lei.
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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Bomba!

(Chamada)



Conforme revela com exclusividade o jornalista Ilimar Franco, na coluna Panorama Político, Henrique Fontana diz que, em apenas sete dias, o total de filiados ao partido aptos a votar na eleição interna cresceu 322%
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ILIMAR FRANCO04.09.2013

Compra de votos no PT
          Esta é a denúncia mais grave desde o mensalão. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acusa que há compra de votos na eleição para presidente do PT. “Desconfio de pagamento coletivo. Uma pessoa pagou para um grupo e isso é voto de cabresto”, diz. Ele conta: “184.893 filiados estavam aptos a votar em 28/8. Ontem, eram 780 mil os filiados que estavam em dia com a tesouraria”.
Não sou um candidato franco atirador. Sou candidato mas tenho a responsabilidade de quem é presidente do PT


Rui Falcão
Presidente do PT e deputado estadual (SP), sobre o clima do debate eleitoral no partido


[AA: Desculpem, é apenas um traque...]
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Um gesto contundente do Brasil
No calor do debate entre os ministros e a presidente Dilma para tratar da arapongagem americana, o ministro Celso Amorim (Defesa) sugeriu à presidente a adoção de um gesto forte, em matéria de relações internacionais, e convocar o embaixador do Brasil nos EUA, Mauro Vieira, para consultas. Amorim classificou a ação americana de “inaceitável”. Já o ministro Luiz Alberto Figueiredo (Itamaraty) sustentou que era mais adequado manter os canais de diálogo abertos. Outros sugeriram sanções, como a de suspender empresas americanas de atuar no Brasil. Um deles relatou que o Google foi proibido de atuar na China, sob a acusação de estar a serviço da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA.


Missões antiespionagem
A presidente Dilma decidiu pelo envio de missões de alto nível à China, à Rússia, à Alemanha e à França, para conhecer as tecnologias usadas por eles para a proteção de informações econômicas e tecnológicas consideradas estratégicas.

Incômodo silêncio 

Na reunião de emergência no Planalto, na segunda-feira, para debater a reação à espionagem dos americanos no Brasil, chamou a atenção de todos os ministros, e assessores presentes, o silêncio eloquente do general José Elito, comandante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nem o ministro Celso Amorim (Defesa) relatou informes dos comandos das Forças. 

Uma nova guerra fria
A avaliação predominante entre os ministros da presidente Dilma é a de que vão se deteriorar as relações internacionais. Creem que o ambiente tende a ficar mais carregado à medida que mais fatos da bisbilhotice americana vieram à público.

As nuances da transparência
A tendência no Senado é a de alterar a PEC do voto aberto apreciada pela Câmara. Os senadores não aceitam a divulgação de votações sobre vetos e aprovação de autoridades, onde apenas eles votam. Alegam que o Senado só aceita o fim do voto secreto no caso de cassação. Na Câmara, o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), reclamou do voto aberto para eleger o presidente da Casa.

Para a gaveta
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), desistiu de aprovar projeto que reduzia o tempo de propaganda eleitoral na TV nas eleições. A oposição ficou contra alegando que a proposta favorecia a presidente Dilma.

Roda, roda, roda
O Salão Verde da Câmara virou picadeiro ontem. Autorizados a pedido do deputado Cleber Leite (PRB), humoristas de TV maranhense fizeram lá seu cenário. Os atores de turbante e perucas vermelha, verde e azul dominaram a cena.

O governo Dilma está resistindo às intensas pressões de entidades sindicais para aprovar uma regulação do trabalho da imprensa.








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O PT e a reforma política, por Henrique Fontana

O Partido dos Trabalhadores nasceu com uma vocação democratizadora. Por um motivo simples: para se realizarem, os interesses dos trabalhadores, que são a ampla maioria da população, precisam de uma institucionalidade baseada nos valores da liberdade e da igualdade de oportunidades para intervir no cenário político. Sem democracia, os trabalhadores estão fadados a assistirem de longe o acordo político entre as elites. 

A democracia é um sistema em que cada pessoa tem o direito de dar opinião e se posicionar sobre os temas públicos e buscar, através de mediações institucionais, realizar na prática suas opiniões e defender os seus posicionamentos. Existem formas diferentes de dar vazão a esses interesses e posicionamentos - como sindicatos, associações e mesmo movimentos de ação direta -, mas a forma mais universal, aquela que possui a maior abrangência para racionalizar os interesses de determinadas parcelas da população ou, porque não dizer, de determinadas classes sociais, é o partido, uma instituição que serve para organizar as opiniões e os interesses dos vários setores em uma determinada organização social.

No Brasil, conquistamos muitas coisas nos últimos 30 anos. Mas ainda é preciso caminhar para concretizar essa visão de democracia. Assim como é fácil perceber que os próprios valores democráticos ainda não se enraizaram suficientemente na sociedade brasileira a ponto de orientar toda a estrutura do Estado e da própria sociedade. A dificuldade em tratarmos da questão da democratização da comunicação, por exemplo, é reveladora de que ainda existem setores sociais e econômicos que resistem à ideia de uma democracia plena e abrangente. 

Para o PT, portanto, a reforma do atual sistema político se enquadra no rol das lutas democráticas. O financiamento público, peça fundamental da reforma, realiza a ideia da igualdade de oportunidades para os vários matizes do pensamento se apresentarem como projeto político. O voto em lista, mesmo com as mediações necessárias com a atual maioria política no parlamento, é a realização da ideia de que os partidos são os instrumentos institucionais que precisamos reforçar para a produção da mediação entre a vontade das várias partes da sociedade com a universalidade do Estado. E a consolidação do sistema proporcional é a realização do espaço plural que está na origem da ideia democrática. 

Encarada desta forma, a reforma política é, provavelmente, a mais importante das reformas modernizadoras da sociedade brasileira e se constitui em uma das principais bandeiras do PT, porque com a proposta que estamos sustentando, consolidaremos um tipo de sistema político mais capaz de ampliar a consciência política da população e agregá-la aos processos decisórios. Para o PT, a reforma política é também uma reforma das práticas políticas, algo que originou a nossa própria existência como partido.

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Terça-feira, 3 de setembro de 2013 às 16:02

Dilma chega à Rússia para participar do G20


Presidenta Dilma chega a São Petersburgo, na Rússia. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff desembarcou, nesta terça-feira (3), em São Petersburgo, na Rússia, onde participa, até a próxima sexta-feira (6), da reunião de cúpula do G20, acompanhada dos ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Luiz Alberto Figueiredo, das Relações Exteriores.
Antes das atividades do G20, a presidenta terá encontros bilaterais com os presidentes da China, Xi Jiping, do Japão, Shinzo Abe, e da Coreia do Sul, Park Hein-hye. Ela ainda participa de reunião dos chefes de Estado do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.


O G20

A reunião de cúpula do G20 é o principal foro internacional de discussão de matérias financeiras globais, que reúne como membros África do Sul; Alemanha; Arábia Saudita; Argentina; Austrália; Brasil; Canadá; China; Coreia do Sul; Estados Unidos; França; Índia; Indonésia; Itália; Japão; México; Reino Unido; Rússia; Turquia; e União Europeia.
Criado em 1999, em um período marcado por crises de balanço de pagamento que afetaram países do mundo inteiro, o grupo existiu primeiro em nível de ministros de finanças (no caso brasileiro, da Fazenda) por nove anos. Desde 2008, com a necessidade de uma maior cooperação internacional para que se desse uma resposta à crise iniciada naquele ano, chefes de estado e governo passaram a participar das reuniões do grupo. A partir de então, já foram realizadas sete cúpulas: Washington (2008), Londres e Piitsbug (2009), Toronto e Seul (2010), Canne (2011) e Los Cabos (2012).
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Brasileiro é falso moralista e duas-caras quando se trata de sexualidade, dizem historiadores


No carnaval, os desfiles das escolas de samba mostram mulheres seminuas a sambar. Emissoras de TV fazem a cobertura dos bailes gays nessa época. Telejornais exibem imagens da folia nos blocos em todo país onde a sensualidade rola solta.

Fora do Carnaval, São Paulo celebra a diversidade sexual e vira palco de uma das maiores paradas gay do mundo. Em 2009, a universitária Geisy Arruda teve de sair da faculdade em São Bernardo do Campo (SP) escoltada por policiais e ouvindo xingamentos por usar um vestido considerado justo e curto. A intolerância também frequenta a Avenida Paulista, local cujas câmeras ali instaladas costumam registrar, com frequência, ataques a homossexuais.

"A mesma avenida que abriga uma das maiores paradas gay do mundo é o lugar onde se mata homossexuais. É inadmissível. Somos pessoas de duas caras, falsos moralistas", afirma a historiadora Mary Del Priore, que estuda a sexualidade no Brasil ao longo dos séculos. Mary acaba de lançar o livro "A Carne e o Sangue" (Editora Rocco), que aborda o triângulo amoroso constituído por Dom Pedro I, a Marquesa de Santos e a imperatriz Leopoldina. "D. Pedro dizia que fazia ‘amor de matrimônio’ com Leopoldina e ‘amor de devoção’ com Domitila. Do sangue nobre cuidava a mulher, que lhe dava os filhos e era a matriz. O prazer era com a outra. A imperatriz era muito religiosa e tinha horror ao sexo. A marquesa, ao contrário. E D. Pedro era um inconsequente machista, que teve dezenas de amantes", conta Mary.

Segundo a historiadora, o papel da igreja na formação da nossa sociedade no século 19 ajudou a formar essa dupla moral. "A casa tinha de ser o exemplo da sagrada família de Maria, José e Jesus, voltada para os valores mais altos que preconizava a igreja católica. A igreja consagra o matrimônio como obrigatório. Mais do que isso: o sexo dentro do casamento tinha de ser higiênico e a única preocupação era a reprodução". De acordo com a pesquisadora, a igreja regulamentava inclusive o que deveria acontecer entre quatro paredes.

“Os beijos eram condenados. Os padres confessores perguntavam o que as pessoas faziam no quarto e reprovavam todo tipo de toque no corpo com objetivo de ter prazer. A posição da mulher sobre o homem era contrária à lei divina. E ficar de quatro seria uma forma de animalizar o ato. Esse casamento sem prazer vai incentivar o sexo prazeroso fora de casa", declara a historiadora. E ela inclui outro exemplo da ambiguidade moral do brasileiro: as pornochanchadas da década de 70. "Há vários estudos que mostram que esse foi um momento de revolução sexual. Mas uma característica comum nesse tipo de filme é que o homem que pega todo mundo está sempre atrás de uma virgem. E a prostituta sonha com casamento de véu e grinalda. No Brasil, a mulher sempre teve de ser pura, virgem, não saber de sexo. Isso depunha contra o sexo feminino até pouco tempo", comenta Mary.

(Para ler artigo completo, clique no título)
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Prefeitura de São Petersburgo proíbe festival de cinema homossexual

02/10/2008

SÃO PETERSBURGO - As autoridades municipais de São Petersburgo proibiram nesta quinta-feira o festival de cinema homossexual "Boca a boca". Foram fechados dois clubes onde seriam exibidos mais de vinte filmes europeus, norte-americanos, latino-americanos e asiáticos sobre os problemas de homossexuais e lésbicas na sociedade atual, informou a agência Interfax.


As autoridades locais disseram que os clubes The Place e Sochi foram fechados por risco de incêndios. O ativista de direitos dos homosexuais Nikolái Alexéyev respondeu: "Eles não só impedem a celebração de atividades públicas das minorias homossexuais, como também proíbem as que acontecem a portas fechadas em locais privados".


Em junho passado, 13 pessoas foram presas ao tentar realizar em Moscou uma marcha pelos direitos dos homossexuais. A primeira e única, até agora, manifestação gay da história da Rússia autorizada pelo governo aconteceu em maio de 2006 e terminou em uma batalha campal na qual homossexuais foram agredidos por nacionalistas e ortodoxos.


Comentário: Rússia dá bom exemplo ao mundo.

Leia arquivo do blog A Verdade:


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- por Paulo Nogueira

Se a Globo confessar todos os pecados, o confessionário ficará ocupado por muitos anos.

Mas é de uma confissão específica que vamos tratar: o apoio ao golpe de 1964. A confissão, expressa numa nota publicada ontem, teve ampla repercussão, como era de esperar.

A questão mais intrigante, para mim, é: o que a Globo pretendeu com isso? A única hipótese lógica que encontro é que ela quis fazer uma ação de marketing que limpe uma marca – ela própria – que, como os protestos de agora mais uma vez mostraram, sofre uma colossal rejeição dos brasileiros.

São remotas, remotíssimas na verdade, as chances de que isso melhore o drama da má reputação da Globo.

(...)

Se realmente quiser melhorar sua imagem, a Globo terá mais sucesso com ações concretas.
Uma delas, que poderia ser a primeira, é pagar o que deve à Receita Federal depois de ter sido flagrada numa fraude fiscal na compra dos direitos da Copa de 2002.

O problema é que, para isso, não bastam palavras. É preciso colocar dinheiro: 1 bilhão de reais em valores atuais.

E quem acredita que a Globo põe a mão no bolso, mesmo em situações escandalosamente claras como aquela, acredita em tudo, como disse Wellington.

(Para ler artigo completo, clique no título)
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De...
 Informativo assinado por 111.950 comunicadores
...para a PressAA...


Ali Kamel ganha processo contra blogueiro que o chamou de ator pornô

     
O diretor geral de jornalismo e esporte da Rede Globo, Ali Kamel, ganhou na Justiça do  Rio de Janeiro a indenização de R$ 50 mil por danos morais contra o Senhor Cloaca, responsável pelo blog Cloaca News.
0-ali kamel-numero1-globo"Número 1" do jornalismo da Rede Globo vence mais uma ação judicial (Imagem: Reprodução/Memória Globo)Em 2008, o blog publicou a informação de que Ali Kamel teria sido ator de filmes pornográficos durante a juventude, nos anos 80, e que teria estrelado a obra Solar das Taras Proibidas. O Senhor Cloaca ainda deverá arcar com os custos processuais e honorários de advogados.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, do ‘Radar On-line’, da Veja, a sentença informa que “não se compreende – senão pelo intuito de arregimentar seguidores de gosto duvidoso e pela prática de sensacionalismo e de inexplicável ataque pessoal ao autor e à emissora e que trabalha – o interesse em trazer à tona o nome de ator pornô que acabou por não ganhar expressão em correlação ao nome do autor – conhecido jornalista que galgou degraus dentro dessa mesma profissão”. Cabe recurso.
O executivo da Globo já moveu e ganhou ações judiciais por danos morais contra outros blogueiros, como Luiz Carlos Azenha e Rodrigo Vianna, que deixaram a reportagem  Globo e atualmente integram o quadro da TV Record. Os jornalistas foram condenados também por fazer referência à atuação de Kamel em filmes eróticos.
O ex-editor do ‘Jornal Nacional’ em São Paulo, Marco Aurélio Mello, foi condenado em março deste ano por ter publicado no blog Doladodelá uma versão distorcida aa discussão entre a família do diretor global e um vizinho do prédio onde moram.
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Fausto Wolff teve também algumas participações no cinema.7 Em 1977, foi co-roteirista do filme dinamarquês Jorden er flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus - como Tanga (Deu no New York Times?) (1987), do cartunista HenfilNatal da Portela (1988) e O Viajante (1999), ambos de Paulo César Saraceni.


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Saudades do Velho Lobo


Na semana passada, o Mario Adolfo me presenteou com algumas fotos que nós fizemos juntos com o escritor e jornalista Fausto Wolff, quando ele esteve em Manaus para lançar o livro À Mão Esquerda.


O rebuceteio rolou na casa do Joaquim Marinho, que tinha sido companheiro de batente do velho lobo na extinta revista Status.


Vasculhando o computador, encontrei esse texto do Márcio Pinheiro, que foi publicado originalmente no caderno Literatura, do jornal Zero Hora, alguns dias depois da morte do escritor. Curtam.



Contrariando a nobreza européia que seu nome carregava, Fausto Wolff – nascido Faustin von Wolffenbüttel – optou pela versão reduzida e preferiu o lado plebeu da vida. 


Como definiu Millôr Fernandes, parceiro de Pasquim, “Fausto Wolff, em toda parte, procurou e conviveu com os da sua estirpe – escritores, cineastas, poetas e grã-finas. E com os da sua laia – bêbados, putas e brigões”. 


Seu perfil, era o de um homem de excessos. Mais de 1m90cm, voz tonitruante, capacidade infinita para tomar chopes e steinhagers. Tantos exageros cobraram seus preços e, no dia 5, Fausto Wolff morreu de uma infecção generalizada. Estava com 68 anos.

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Trajetória da mítica figura do jornalista e empresário Roberto Marinho

Gabriel Collares

Doutor em Comunicação pela ECO-UFRJ. Docente da Faculdade de Comunicação da UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

1 – INTRODUÇÃO [Epa!]


A tradição contemporânea ocidental delegava ao historiador a legitimação do acontecimento. Pierre Norra afirma que cabe agora à mídia este papel onde somente por intermédio dela é que o fato se concretiza.

"Acontecimentos capitais podem ter lugar sem que se fale deles. O fato de terem acontecido não os torna históricos. Para que haja acontecimento é necessário que seja conhecido" (1)

As versões da história fornecidas pela Imprensa forneceriam à sociedade um mosaico onde a partir da junção dos relatos fragmentados de cada veículo de comunicação compor-se-ia o "real". No Brasil, em especial, isto se torna problemático na medida em que, somado ao monopólio dos meios de comunicação, apresentam-se os donos das empresas jornalísticas como ícones transformadores da identidade nacional.

Aos empresários não é conveniente ater-se em apenas relatar o acontecido, mas sim tentar persuadir o receptor de que aquela versão produzida é definitiva. Cabe a estes homens o monopólio da história.

"Os media transformam em atos aquilo que não teria sido senão palavra no ar, dão ao discurso, à declaração, à conferência de imprensa a solene eficácia do gesto irreversível". (2)

Nas sociedades de consumo, o sistema tende a alimentar a chamada fome de acontecimentos. Pierre Norra coloca que "(...) é próprio do acontecimento moderno encontrar-se numa cena imediatamente pública, em não estar jamais sem repórter-espectador nem espectador-repórter" (3). Os meios de comunicação de massa aperfeiçoam seus dispositivos técnicos para atingir a um público consumidor cada vez mais abrangente.

Os mass media se caracterizam, entre outros, justamente por envolverem máquinas na mediação da comunicação: aparelhos que possibilitam o registro permanente e a multiplicação das mensagens, onde podem atingir simultaneamente uma vasta "audiência".

(...)


Quando foi lançado, O Globo procurou se posicionar no mercado optando por ser um vespertino eminentemente carioca. Para tanto, Roberto Marinho patrocinava a Orquestra Sinfônica; foi ele também quem ajudou na organização do primeiro desfile de escolas de samba do Rio de Janeiro.

As editorias com mais destaque eram as de PolíticaSociedadeCidade. Na sua concepção, as notícias mais importantes deveriam estar necessariamente na primeira ou na terceira página.

Porém, é sabido que o sucesso do jornal se deve em grande parte ao jornalista Evandro Carlos de Andrade. Caso único na história do jornalismo brasileiro, permaneceu por quase três décadas como diretor de redação do jornal O Globo. Foi ele quem profissionalizou a redação e tornou o jornal competitivo: contratou profissionais, organizou as faixas salariais, lançou a edição de Domingo — dia em que o Jornal do Brasil reinava absoluto —, adquiriu máquinas off-set, reformou graficamente o jornal — inclusive com a introdução de cores — e partiu para a conquista dos anunciantes.

"Na primeira vez, estivemos apenas os dois, na casa do Cosme Velho. Ele queria me ouvir, saber o que eu achava que deveria ser um jornal moderno, ágil... Ao ‘fechar negócio’, ele disse: ‘Eu não agüento mais levar tanto furo!’ Embora ainda estivéssemos no apogeu da ditadura, o Dr. Roberto já tinha a percepção de que aquilo ali não ia durar. Começamos então, eu, o Zé Augusto Ribeiro e o Henrique Caban, a mexer no jornal tendo como meta principal conquistar a mocidade, a universidade. O caderno de vestibular foi idéia do Caban, assim como o suplemento do Vestibular (...) O Jornal de Bairros foi sugestão do Dr. Roberto. E não foi uma coisa assim, ‘vamos planejar um jornal assim e assim...’ É: ‘quero em uma semana’ (risos) Caderno de TV? ‘Sim, quero para Domingo’. E saiu tudo numa semana!" (13)

Em julho de 2000, Evandro Carlos de Andrade completou cinco anos à frente da Central Globo de Jornalismo. Antes, trabalhou por 24 anos como diretor de Redação do jornal O Globo. Os jornalistas que tiveram a oportunidade de trabalhar com ele são unânimes em afirmar que Evandro sempre foi um chefe duro, obsessivo, mas que, em contrapartida, sabia reconhecer o mérito de uma boa reportagem.. O mesmo se classificava da seguinte maneira:

"Eu sou a favor do Poder exercido com autoridade! (...) Eu não tenho espírito de turma, não tenho grupo de amigos, profissionais que eu proteja; eu nunca toleraria formação de igrejinha, de grupinho no lugar que eu trabalhasse! Eu trabalho voltado exclusivamente para o bom resultado!" (14)

Sobre os políticos, o diretor nunca escondeu de ninguém sua predileção por Antônio Carlos Magalhães. Aliás, tanto Evandro Carlos de Andrade como Roberto Marinho procuraram dar espaço ao político nas Organizações Globo. Nesta entrevista, Evandro discorre sobre os políticos que admira:

"Antônio Carlos Magalhães nas circunstâncias do Brasil é um grande político, porque tem uma extraordinária percepção do sentimento do povo. Ele, na Bahia, como o Sarney, no Maranhão, andam na rua sem segurança. ACM é hábil, sabe até onde vai, não ultrapassa o ponto, tenta ocupar todo o espaço que estiver disponível. Indiscutivelmente um grande político!" (15)

Embora a história oficial registre, não foi divulgado ao grande público o fortalecimento do jornal graças as benesses do governo militar. Anúncios oficiais de página inteira, isenção de impostos e outra regalias fizeram com que o vespertino desbancasse os concorrentes. Em contrapartida, O Globo portava-se como um jornal chapa-branca a favor das elites e comprometido com a ditadura. Outra estratégia adotada foi se valer da "máquina" dasOrganizações Globo para vender o produto jornal na televisão e na rádio.


(...)

Em 1994, foi a vez de Fernando Henrique Cardoso aparecer como o candidato ideal para, mais uma vez, derrotar as forças progressistas:

"Em 1994, além dos óbvios interesses de classe, a Globo tinha seus próprios temores, pois parte de seu império de concessões de rádio e TV, e seus projetos de TV a cabo, não tinham base legal sólida e muitas concessões caducariam nos anos próximos. A legislação brasileira, mesmo incompleta, não permite tal concentração de canais numa só empresa." (47)

Vale salientar que o mesmo discurso discriminatório foi usado novamente contra Lula em 1994. 

Numa tentativa de esvaziar o debate, a esposa de Fernando Henrique Cardoso, Ruth Escobar [?], disse: 

"Nesta eleição há duas opções, a escolha é entre um encanador e um Jean-Paul Sartre". 

A mídia como um todo funcionou como uma caixa de ressonância das elites a fim de que fosse veiculado que Lula acabaria com o Real, a inflação voltaria e o país se veria em um caos sem precedentes. A retórica usada pela Globo foi a de que Lula não estava preparado para governar, o que encontrou eco na parcela da população de baixa renda já acostumada com sua baixa auto-estima. O preconceito foi uma das armas utilizadas.

(Para ler matéria completa, clique no título)

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de: Paralerepensar 
para: *Fernando Soares Campos
data: 4 de setembro de 2013 17:46
assunto: LINK DE DESTAQUE para o seu texto "Blogs do PIG, demagogia e plágio ",

Prezado escritor Fernando, agradecemos e informamos, que foi colocado um LINK DE DESTAQUE para o seu texto "Blogs do PIG, demagogia e plágio ",  setor "ARTIGOS E CRÔNICAS". Este texto  ficará neste espaço durante 1 semana, ou até ser substituído por outro mais recente. Clique na página principal, setor "ARTIGOS E CRÔNICAS" e confira: http://www.paralerepensar.com.br#link_de_destaque
  
Abraços,
Albertino Fernandes (Construtor)
Para você que pensa e atua!

Leia também...


JORGE HESSEN
 A EDUCAÇÃO ESPÍRITA CONSTITUI-SE A BASE PARA A CRIANÇA SAUDÁVEL 
Recentemente assisti a um documentário assombroso, noticiando sobre a adolescência e a juventude dessas “ex-misses mirins”. Muitas delas foram forçadas pelos pais a participar desses concursos peculiares. Registra o documentário que a maioria dessas crianças se transforma em pessoas com dramas psiquiátricos profundos, e algumas mergulham nos subterrâneos das drogas e do meretrício. No epílogo do programa, ficamos sabendo que ao início dos problemas pessoais dessas crianças, na fase pré-adolescente, a maioria dos pais abandona as filhas ao “deus-dará”, na vida mundana.

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No blog da redecastorphoto...


China: Comunismo e Confúcio

People’s Daily Online, Pequim
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Com a escala da guerra já em expansão, o número de mortos subindo, dissemina-se a ideia de que a guerra síria alcançou o ponto mais crítico. Com a atenção fixada nas rápidas modificações da situação de guerra, muitos parecem ter esquecido que, nos primeiros dias, a tragédia síria chegou a ser vista no ocidente como extensão da “Primavera Árabe”.

Hoje, o tiroteio em Damasco já fez sumir do radar mundial a difícil situação na Tunísia, na Líbia, no Egito – campos principais da “Primavera Árabe”.

Mas quando a atitude cega, de só ver a ação em torno, dá lugar ao pensamento racional, vê-se claramente a evolução do processo da “Primavera Árabe” – e uma tendência à guerra aberta aparece logo à vista, bem clara.

Por isso os círculos ideológicos nos EUA trataram logo de rebatizar como “guerra civil na Síria” o que em outros locais foi a tão popular “Primavera Árabe”. E assim a realidade tornou-se afinal novamente transparente.

Há duas considerações que explicam o rebatizamento da “Primavera Árabe”, agora chamada “guerra civil na Síria”: primeiro, que, no calor da hora, uma “revolução” sempre se parece mais a uma tempestade, que a alguma “primavera”. Todos aqueles países continuam em tumulto, com as respectivas economias em frangalhos.

Segundo, que reconstruir a ordem não é coisa fácil. Quem perca a direção do desenvolvimento só gerará em torno de si caos em grande escala. 

Mapa da Primavera Árabe
(clique na Imagem para aumentar)

Uma página árabe na internet lembrou em artigo, há alguns dias, que o nome “Primavera Árabe” dado ao torvelinho por que passam a Ásia Ocidental e o Norte da África mostra que os EUA ainda tentam controlar a “campanha” e conduzi-la na direção de alguma democracia de modelo norte-americano (quando então a “primavera” estaria desabrochada em maduro e feliz verão). E esse impulso, que tem raízes num preconceito ideológico, impediu que os países ocidentais mantivessem a compostura e a decência.

(Para ler completo, clique no título)
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Ilustração:  AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA

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A Globo vai para El Paredón à brasileira --- Donadon e o efeito Orloff retroativo

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Charge extraída do site da Fundação Leonel Brizola - Alberto Pasqualini - Artigo: Trabalhismo e Soberania, por Brizola Neto
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Luis Fernando Verissimo
Início do conteúdo

Crec-crec - Em O Globo

05 de setembro de 2013 

Luis Fernando Verissimo - Também no Estadão

Toda morte é prematura, mas algumas doem mais do que outras nos que ficam. Até hoje, os amigos lamentam a falta que faz a inteligência aguda do José Onofre, que partiu cedo demais. Foi o Onofre que, certa vez, reagindo à velha máxima de que não se pode fazer omelete sem quebrar ovos, usada para justificar toda sorte de violência, disse: "É, mas tem gente que não quer fazer omelete, gosta é de ouvir o barulhinho de cascas de ovos se quebrando". Segundo o Zé, era preciso distinguir o sincero desejo de revolução ou mudança da busca do crec-crec pelo crec-crec.

Na véspera das manifestações anunciadas para o dia 7, e ainda no rescaldo das manifestações passadas, a distinção é vital. E não parece difícil: a turma do crec-crec é a turma do quebra-quebra, identificada pelos rostos tapados ou pelo cuidado em não ser identificada. Mas não é tão simples assim, há mascarados com boas causas e caras limpas que só estão ali pela baderna, os aficionados do crec-crec como espetáculo de rua.

E, como um complicador a mais, há a natureza indefinida das omeletes pretendidas. "Abaixo tudo!", como li num dos cartazes sendo carregados em junho, tem a virtude da síntese, mas não parece ser uma reivindicação viável. Li que a extrema direita pretende encampar a megamanifestação de sábado e que seu objetivo - uma omeletaça - é derrubar a Dilma.


De qualquer maneira, pode-se prever mais algumas cabeças sendo quebradas, como cascas de ovos, nas manifestações contra tudo e a favor de, do, da... enfim, depois a gente vê - que vem por aí.

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Filho: - Mãe, o que é niilista?
Mãe: - Niilista... Niilista... Ah, meu Deus, como é que eu vou lhe explicar?!
Pai: - Filho, niilista é tipo assim... como... por mau exemplo... a sua mãe, que destrói toda a nossa poupança no shopping, a fim de que eu pressione o chefe por um aumento...

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O lado oculto da votação que livrou Donadon



Ao longo desta semana, Carta Maior conta o lado oculto na votação que livrou o deputado-presidiário Natan Donadon da cassação. Informações de assessores de gabinetes e consultores da Câmara revelam que o que pesou mais na decisão dos que ajudaram o parlamentar foi o medo de terem o mesmo destino. É que mais de uma centena de deputados é acusada de crimes similares aos de Donadon. Por Antonio Lassance*, de Brasília


Efeito Orloff

Foi mais do que simples corporativismo. Muitos parlamentares ficaram aterrorizados com a situação de Natan Donadon (Sem partido-RO) porque viram a si próprios em sua pele. Ela tinha as marcas das algemas. É como se, em seus ouvidos, tivesse soado a frase celebrizada por uma antiga propaganda de vodca (Orloff) em que um clone diz ao seu original: "eu sou você amanhã".

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Condenado pelo STF, deputado está preso em Brasília por desvio de dinheiro público


Por 233 votos a favor, 131 contra e 41 abstenções, a Câmara manteve o mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO). Para ser cassado, seriam necessários 257 votos ou mais a favor da perda do mandato.
Donadon está preso em Brasília desde o dia 28 de junho, condenado em última instância pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo desvio de R$ 8,4 milhões da Assembleia de Rondônia, quando era diretor financeiro da instituição.
Devido à rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves tomou a decisão de afastar o parlamentar devido à impossibilidade de ele exercer suas atribuições de deputado federal.
“Me cabe nessa hora, no dever de presidente dessa Casa, com a experiência de parlamentar de 12 mandatos, assumir a responsabilidade de fazer esse comunicado à Casa e ao País”, afirmou Alves.
(Para ler reportagem completa, clique no título)
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Assaz Atroz
Natan Donadon fez a sua defesa no plenário da Câmara e disse que nunca roubou nada:


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Nº 1264





ÚLTIMAS


Reinaldo Azevedo morre de medo de que o povo carioca seja realmente feliz

(Wikipédia: Inveja)

Em palestra nos EUA, Chalita compara as favelas do Rio à costa grega, que atrai os milionários. Entendi: a Rocinha, um dia, será Mykonos!

Estava sem Internet! Alô, Telefonica! Tá tudo bem por aí? Desde ontem, o Sppedy está uma porcaria!
Poucos políticos são tão apaixonados por si mesmos e falam tanta bobagem quanto o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo. Atrás daquela fala doce, daquele discurso cute-cute, estão Michel Temer, José Sarney, Renan Calheiros e patriotas do mesmo jaez. Leio na Folha que ele deu uma palestra para brasileiros e latinos em Nova York e que elogiou políticas do PT e criticou o pré-candidato tucano José Serra. Não me digam! Mas qual é o lead? Ah, encontrei: Chalita comparou as favelas brasileiras com a costa turística da Grécia. Santo Deus! É provável que Chalita esteja indo muito a Mykonus e pouco à Rocinha. No mundo ideal, todo político deveria ter direito a uma TMB (Taxa Mensal de Besteira). Esgotou, acabou. Só voltaria no mês seguinte. Num momento de rasgo poético, delirou:

“Algumas favelas se localizam nas áreas mais bonitas da cidade, então as pessoas estão comprando esses barracos e transformando em casas. Analistas dizem que várias dessas favelas estão parecendo com a Grécia pela beleza do oceano, pela montanha e [por] como as casas vão ficando bonitas.”
Um sonho de Chalita - Um dia a Rocinha será assim, como Mykonos, na Grécia! É só a gente amar!
Um sonho de Chalita - Um dia a Rocinha será assim, como Mykonos, na Grécia! É só a gente amar!
Que coisa mais bilu!!! Que “pessoas” estão comprado? Quais “analistas” dizem? Para onde estariam indo os que vendem os barracos? Que importa? É Chalita! Ele não está aqui para explicar nada. Seu negócio é fabricar metáforas. Se duvidar, chega em casa e escreve um livro sobre o assunto.
Do mesmo partido do governador Sérgio Cabral, do Rio, Chalita também falou da necessidade de melhorar a segurança de São Paulo. E usou como exemplo virtuoso a cidade do Rio. É uma agressão estúpida, ainda que com bico doce, àquele que vive elogiando para ver se leva a cizânia ao PSDB: o governador Geraldo Alckmin. São Paulo é hoje a capital com o menor número de homicídios por cem mil habitantes — abaixo de 10. No Rio, é quase o triplo.
[AA: Quem mandou você, Chalita, elogiar "políticas do PT" e criticar "José Serra"?! Ainda mais sendo você um político do PMDB, mesmo partido de Cabral, governador do Estado do Rio de Janeiro. Deus do Céu! Inflamou o coração e a mente doentia de Reinaldo Azevedo. Ele agora é capaz de ligar para os seus amigos do PCC no Bandeirantes, pedir a eles que liguem para o Bope, falem com o capitão Nascimento, indicando a rota de elite fascista para matar 500 favelados em 3 dias, dando a dica de como jogar a culpa no CV e, assim, pacificar a ex-Cidade Maravilhosa, este desvairado, depravado e sujo balneário que faz desleal concorrência de turismo com as margens plácidas do Tietê.]

(Veja bem o que você vai fazer, leitor, ao clicar no título, a fim de ler os arrotos completos do In-Vejoso)

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04 Setembro de 2013


Editorial do Clube Militar, aquele que apóia Gabeira [AA: Quer saber o motivo do apoio? Clique AQUI, para rir; ou AQUI, para chorar] e as “manifestações“, ataca frontalmente a hipocrisia das Organizações Globo:

(…) o apoio [da Globo] ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugarnão foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes (…)

Íntegra da nota do Clube Militar:

NOSSA OPINIÃO – EQUÍVOCO, UMA OVA!


Numa mudança de posição drástica, o jornal O Globo acaba de denunciar seu apoio histórico à Revolução de 1964. Alega, como justificativa para renegar sua posição de décadas, que se tratou de um “equívoco redacional”.

Dos grandes jornais existentes à época, o único sobrevivente carioca como mídia diária impressa é O Globo. Depositário de artigos que relatam a história da cidade, do país e do mundo por mais de oitenta anos, acaba de lançar um portal na Internet com todas as edições digitalizadas, o que facilita sobremaneira a pesquisa de sua visão da história.

Pouca gente tinha paciência e tempo para buscar nas coleções das bibliotecas, muitas vezes incompletas, os artigos do passado. Agora, porém, com a facilidade de poder pesquisar em casa ou no trabalho, por meio do portal eletrônico, muitos puderam ler o que foi publicado na década de 60 pelo jornalão, e por certo ficaram surpresos pelo apoio irrestrito e entusiasta que o mesmo prestou à derrubada do governo Goulart e aos governos dos militares. Nisso, aliás, era acompanhado pela grande maioria da população e dos órgãos de imprensa.

Pressionado pelo poder político e econômico do governo, sob a constante ameaça do “controle social da mídia” – no jargão politicamente correto que encobre as diversas tentativas petistas de censurar a imprensa – o periódico sucumbiu e renega, hoje, o que defendeu ardorosamente ontem.

Alega, assim, que sua posição naqueles dias difíceis foi resultado de um equívoco da redação, talvez desorientada pela rapidez dos acontecimentos e pela variedade de versões que corriam sobre a situação do país.

Dupla mentira: em primeiro lugar, o apoio ao Movimento de 64 ocorreu antes, durante e por muito tempo depois da deposição de Jango; em segundo lugar, não se trata de posição equivocada “da redação”, mas de posicionamento político firmemente defendido por seu proprietário, diretor e redator chefe, Roberto Marinho, como comprovam as edições da época; em segundo lugar, não foi, também, como fica insinuado, uma posição passageira revista depois de curto período de engano, pois dez anos depois da revolução, na edição de 31 de março de 1974, em editorial de primeira página, o jornal publica derramados elogios ao Movimento; e em 7 de abril de 1984, vinte anos passados, Roberto Marinho publicou editorial assinado, na primeira página, intitulado “Julgamento da Revolução”, cuja leitura não deixa dúvida sobre a adesão e firme participação do jornal nos acontecimentos de 1964 e nas décadas seguintes.

Declarar agora que se tratou de um “equívoco da redação” é mentira deslavada.

Equívoco, uma ova! Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia do último grande jornal carioca.

Nossos pêsames aos leitores.



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Reviravolta! Lewandowski é novo relator do Gavetão

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Superlotação dos Presídios!

ASSASSINO DE JORNALISTA
Pimenta Neves vai para o regime semiaberto

                   [A fim de que ele fuja e ceda a vaga para Dirceu]

http://www.mailingplus.com.br/deliverer_homolog/arq/cli/arq_3197_134492.jpg


MENTIRA DESLAVADA
General lamenta editorial de O Globo sobre Golpe de 64

"HIGIENE MENTAL"
Presidente da Bolívia recomenda que Veja seja ignorada

ROUBO NA PUC
"Tem que ter mais vigilância", diz estudante assaltado

USP - PÓS-GRADUAÇÃO
Inscrições para cursos em Comunicação e Artes

CPI DA ESPIONAGEM
Comissão pede proteção ao jornalista que denunciou o crime

MARCO CIVIL DA INTERNET
Para empresas, projeto pode inibir investimentos

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Recebido por e-mail da redecastorphoto(clique aí, para ler atualizações do blog)...

IMPORTANTE Manifestação de afeto


De: Denise Paraná 
 
Oi, Castor,
 
 
Tudo bem?

Ficaríamos felizes se você pudesse divulgar, em sua fantástica rede, esta informação:

Nós, um grupo grande de amigos do Genoino, desejamos declarar publicamente nosso apoio a ele, neste momento em que tanta injustiça se faz e tantas versões mentirosas circulam travestidas de verdade. Nenhuma prova foi encontrada contra Genoino pelo Ministério Público. Mas ele foi condenado por presidir o PT em 2005.

Somos intelectuais, como Marilena Chauí; jornalistas, como Luis Nassif, Paulo Henrique Amorim, Franklin Martins; escritores, como Fernando Morais; cineastas como Luiz Carlos e Lucy Barreto; advogados, como Luiz Moreira, Conselheiro Nacional do Ministério Público; economistas, como Ladislau Dowbor, políticos, como Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo; artistas, engenheiros, motoristas de taxi, donas de casa, empresários, cabeleireiros, entre tantos outros cidadãos.

Nós manifestamos nosso abraço-assinado, dizendo:

"Nós estamos aqui!

Somos um grupo grande de brasileiros iguais a você, que deseja um país melhor.

Estamos aqui para dizer em alto e bom som que José Genoino é um homem honesto, digno, no qual confiamos.

Estamos aqui porque José Genoino traduz a história de toda uma geração que ousa sonhar com liberdade, justiça e pão.

Estamos aqui, mostrando nossa cara, porque nos orgulhamos de pessoas como ele, que dedicam sua vida para construir a democracia.


Genoino personifica um sonho. O sonho de que um dia teremos uma sociedade em que haja fraternidade e todos sejam, de fato, iguais perante a lei."


Quem quiser se unir a nós, colocando seu nome no link abaixo, será muito bem-vindo:


Bjs,
Denise.

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Importante manifestação de afeto do nosso eventual colaborador...

de: Benedicto Moreira 
para: Fernando Soares Campos
data: 24 de agosto de 2013 23:57
assunto: Re: Olha lá! É um mensalão?! Não! Chacinas?! Nâo! Privatizações?!
Não! É a canalha se escondendo por detrás da própria lama!
A fim de roubar a lama petrolífera

Oi, guerreiro Fernando! Ao fim e ao cabo, tens razão! Vou repassar! Em que pese o adiantado da hora (23.22h), e meu dia cansativo de elaboração de acórdãos criminais, vou ser sintético: "A Maldição do Petróleo". O tema é longo mas, se necessário, explicá-lo-ei. E se tiver, no caso, qualquer réplica, a tréplica será devastadora, vez que, embates em auditórios universitários, salas de aulas, anfiteatros e quejandos outros, ensinaram-me  a não "gastar" as estocadas, "prima facie", no esgrimir interpretativo dos argumentos, reservando estocadas para o deslinde ( final) da controvérsia. Como é do meu feitio procedimental, cá entre nós, reservadamente, sem qualquer nuance de superioridade, revelo: Bacharel em Direiro, Economia, Administração de Empresas e Administração Pública. Prof. Universitário concursado (7 matérias, inclusive Economia Política e Problemas Brasileiros). ESG - Escola Superior de Guerra-PR/RJ). De novo, cá entre nós somente - aprecio ficar na "sombra" -; conheço, "in loco" os Continentes, e me divirto (mas com tristeza!) nesta América "Latrina", "A" sem juízo há séculos. Meus efusivos parabéns a você, um impávido lutador pelo bem e pela verdade. - Respeitosamente - Benê. (meu apelido desde a pia batismal)

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Importante manifestação de alerta de nosso eventual colaborador:

de: Benedicto Moreira 
para:
cco: fernando.56.campos@gmail.com
data: 2 de setembro de 2013 20:15
assunto: CONGRESSO: CENTRO DE ESCATOLOGIA NACIONAL

CONGRESSO: CENTRO DA ESCATOLOGIA NACIONAL

ELA É DOUTORA, SIM!

* AILEDA DE MATOS OLIVEIRA

Que o antro político dos ‘Vossas Excelências’ não para de cometer delitos, falcatruas, fraudes, libertação de criminosos, tudo o que se relaciona à área policial, é verdade incontestável. Delinquentes como os da periferia urbana, põem em prática as mesmas regras da confraria da malandragem e protegem-se mutuamente pelo ‘código de honra’ dos bandidos, pois um será o outro, amanhã.

No campo executivo, destroçado pela irascível e incompetente camarada da anaconda boliviana, correm soltas as maquinações contra a integridade do país, pelas vias labirínticas que ligam o Planalto ao Caribe.

O caráter reles da comandante em chefe fez soçobrar o que ainda restava de pudor político nesta república de apátridas eméritos e especialistas em traições e intentonas para levar a efeito, com mais presteza e precisão, a derrocada final do país.

Não, as palavras não são fortes, como dirão alguns, apenas seguimos o rastro do insuportável mau cheiro que deixam à sua passagem. Concluímos que desde os tempos das guerrilhas urbanas até hoje, nesta guerra deflagrada para depenar a nação, tudo nesta gente desprezível é proporcional à extensão territorial.

Os seus atos são superlativos: roubos de primeira grandeza; fraudes gigantescas; megalomaníacas obras inacabadas, favorecendo os viciados em dinheiro público; ministérios ocupados por ideólogos incapacitados para a função; amantes, viajantes, diamantes constroem a rima mais que perfeita dos poetas de alcova petistas, também a mais abjeta; que dizer, então, daquele, o da Defesa, antítese de si mesmo: pequeno no porte, gigante no deboche. Tudo é soberbo neste estranho país. Até a desqualificação humana.

Não podemos ser econômicos, esta a razão dos dois títulos para um mesmo texto, diante da avassaladora ocorrência de fatos que nos incapacita de acompanhar o desenrolar de cada um. Tudo é gigantesco! Há uma população de políticos de rasteira qualidade, sem qualquer cultura, sem educação, sem moral, sem compostura, uma grandiosidade negativa. Infelizmente!

Não podemos ser sovinas quanto à análise da sem-vergonhice em que se esbaldam as instituições que, há muito, eram representadas por nomes de grande altitude moral e gabarito cultural.

Para não conspurcar a língua com a grossa sujeira acumulada nesses mais de dez anos de imundície petista, tentamos omitir os nomes adequados aos dois cortiços, centros da improbidade de seus membros, mas é impossível evitá-los.

O Congresso é escatológico. É o vazadouro de toda podridão moral até então nunca vista na história política desta infelicitada nação.

Por outro lado, tenho que reconhecer ser verdadeiro o título de doutor que a dona Dilma, em um momento do passado, alegara ter. De fato, esta senhora concluiu com elevados méritos o seu doutorado.

Sim, a Dulce é doutora em esbanjar o dinheiro do contribuinte; doutora na arte de curvar-se aos chefões do bando que se intrometem nas coisas de governo deste gigante acovardado: o velho curandeiro cubano e o rotundo Morales de quem a doutora Wanda, acostumou-se a levar safanões verbais; a Estela é doutora em explorar os seus assistencializados e em desmoralizar as instituições sérias do país, como as Forças Armadas.

Todas, doutoras em burlar a Constituição, em deboche, em cinismo, em escárnio. Cabe à doutora Patrícia, sujar o nome do país, em vendê-lo, em transformá-lo à sua imagem e semelhança; em tornar OM do Exército, a grande pedra no seu pequenino sapato, numa pousada para estranhos agentes do mal, codinominados ‘médicos’. Muitas doutoras num só feixe de ruindade.

O Congresso, portanto, é o espelho de sua executiva, guerrilheira travestida de presidente, que pôs o Brasil ao rés do chão, fazendo-o rastejar em direção à destroçada Ilha e a beijar as mãos do índio boliviano numa subalternidade de causar náuseas, em nome do desvairado totalitarismo latino. Este o objetivo maior da camarilha sem freios.

Se qualquer uma das faces dessas doutoras conhecesse História, saberia que inserir o português no castelhano, nem Felipe II, durante a União Ibérica, conseguiu. E olha que foram sessenta anos!

(*Dr.ª em Língua Portuguesa. A opinião expressa é particular da autora.)

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Mais AILEDA DE MATTOS OLIVEIRA:


E se fosse na "Ditadura" Militar? 
12/06/2013   foto: Jornal Inconfidência 

Aileda de Mattos Oliveira* 

Se o peculato de Lula, por se apossar dos bens pertencentes ao Estado Brasileiro, acondicioná-los em onze caminhões, entre eles o que carregava a adega do Palácio Alvorada, espetacular carreata comprobatória da ausência de pudor por constituir norma de sua conduta tomar como próprio o patrimônio ao alcance da mão rapinante; se, repetimos, este fato ocorresse na tão difamada «ditadura» militar, o autor da espoliação seria levado à execração pública, promovida pelo peculatário de hoje, autodidata em técnicas de enriquecimento ilícito.


Se no jogo de interesses, com fins rentáveis de grandes proporções ‑ o «mensalão» ‑ ocorresse no tempo da fria «ditadura», os sindicatos, arrebanhados pelo mais emérito professor em estelionato político, iriam pregar a baderna na Cinelândia, centro nervoso da esquerda carioca, para a conclamação ao caos total. Os caras-pálidas pintadas, à frente das câmeras DAQUELE canal, iriam mostrar como os ‘estudantes’ reagiriam aos «golpistas» de direita. 

(...)

Mas... como esses militares, urutus humanos, torturadores dos delinquentes que hoje ocupam o trono de Brasília, sem nenhuma sequela, permitiram a população assistir à sessão de meia-noite nos cinemas de qualquer bairro, adornada com suas joias e saísse dos bailes, madrugada a fora, andando pelas ruas em tranquila animação; 

Os esquerdistas, o maior conjunto de pusilânimes que já se concentrou num mesmo espaço geográfico, invejam a «ditadura» por incompetência, ignorância, por somente conseguirem apoio à custa do domínio da consciência dos ‘assistencialializados’, da deterioração da Educação, da degradação moral da população sem luzes como eles, para alimentar a fome de totalitarismo. 

O único erro dos truculentos, dos torturadores, dos desalmados militares, cruéis «ditadores», irresponsáveis agentes da melhor época do Brasil, no século XX, o único erro, temos que enfatizar, foi trazer de volta os predadores da Nação. 

foto acima: Aileda de Mattos Oliveira 

(*Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.) 

Enviado em 11 de junho de 2013 às 22:30 hs. 
por Manoel Soriano Neto 
Coronel de Infantaria e Estado-Maior do glorioso Exército Brasileiro, Historiador Militar. 
msorianoneto@hotmail.com
 

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Assaz Atroz

Segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Para Pensar... Brasil!

Subdesenvolvimento não se improvisa. É obra de séculos!

Prof. Benedicto Moreira*

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*Prof. Benedicto Moreira - OAB – PR 15.786 - Colaborador eventual desta nossa Agência Assaz Atroz (PressAA).

Breve, do mesmo autor, publicaremos a série...

O FUTEBOL
AS SUAS ORIGENS REMOTAS: 
HISTÓRIA, REGRAS, CRAQUES E OPINIÕES

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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O Big Brother é assim: Faz de você um POP e depois manda você pra PQP --- O 7 de Setembro pode vir a ser uma parada sinistra!

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Para compor esta charge, usamos a imagem do ministro Joaquim Barbosa obtida no site FAMÍLIA BOLSONARO, uma homenagem que os Bolsonaro fazem a ele, por ter dito:


Os Bolsonaro até destacam vídeo postado na coluna do Anselmo Gois, em O Globo, através do qual editaram os trechos da fala do ministro e compuseram o honroso quadro acima:

JOAQUIM BARBOSA CITA BOLSONARO NO MENSALÃO 

Com isso, o presidente do STF pretende provar que a quadrilha petralha realmente comprava votos dos aliados, como FHC fez para aprovar a emenda constitucional que instituiu a reeleição de presidente da República. Pelo visto, os petralhas compravam até os seus pares... quer dizer... comparsas... Porém o Genoino, por mau exemplo, não tem apartamento em Miami, nem montou empresa de fachada em sua própria casa (única que o pobretão possui) em São Paulo, para sonegar imposto e ficar rico... Deve ter gasto sua cota pagando dívidas que deixou nas bodegas do Araguaia. Um genuíno otário!
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Como agente, a gente sempre acha que tudo mundo é corrupto, que todo mundo é igual. Quando o PT honrou seus compromissos, pagando as dívidas de campanha, nós subentendemos tratar-se de propina para aprovar as matérias de interesse do governo.

Era pra dar R$ 30 mil por mês a cada parlamentar, um mensalinho, que eu chamei de mensalão! Até recebi uns R$ 4 milhões. Mas, como não gostava de distribuir mixaria com o meu pessoal do PTB,  torrei tudo em cd pirata de Lupicínio Rodrigues.

Mixaria mesmo! O governo Lula, com aquela mania de honestidade, reestruturação da Polícia Federal, coisas assim, estava pegando no pé, não deixava a gente se dar bem no por-fora. O meu cupincha Maurício Marinho não arrecadava nada lá nos Correios! Aí tivemos uma ideia. Quer saber qual foi? Clique AQUI


O Bolsonaro nem viu a cor da bufunfa...
Roberto Jefferson fala com José Dirceu:
 “Vossa excelência provoca em mim 
os instintos mais primitivos.” 
– Foto: Jose Varella/CB
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Leia também... Os deuses de Absurdil

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O efeito Orloff retroativo...



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E por falar em Anselmo Gois, na sua coluna de hoje em O Globo, ele informa:

A coluna de hoje



Vô João


João Bosco é vovô pela segunda vez. Nasceu, na segunda, Lourenço, filho de Francisco Bosco e Antônia Pellegrino.


Mas ontem ele também estava, como sempre, muito bom...
Rio contra o crime


O número de vítimas de homicídios dolosos no Rio, em julho, foi de 310 (em junho, foram 362). É o segundo menor de toda a série histórica.

Mas cresceu 4,7% em relação a julho do ano passado (296), o melhor número da série.


Na verdade...



No passado, o Rio já teve índices bem altos. Em julho de 1991, foram 558 homicídios dolosos.



Não é só Obama



Em tempos de espionagem, o ex-procurador-geral de Justiça Claudio Lopes e alguns colegas denunciam que estão tendo desviadas várias mensagens encaminhadas ao fórum de discussão dos procuradores.



Ele diz que recebeu explicação da PGJ que isso se deve “à ação de hackers revoltados com a comissão do MP criada para fiscalizar a ação da Polícia Militar durante as manifestações”. Será?



Em alta



A Rádio Sacristia diz que o Papa Francisco convidou Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio, para trabalhar com ele no Vaticano.



Porcelana russa



Em São Petersburgo para a reunião de cúpula do G20, Dilma tinha ontem o dia livre.



Mas preferiu ficar na vila isolada onde o governo russo hospedou os chefes de Estado. Já Paula, sua filha, agendou uma visita à antiga fábrica de porcelana, criada por Pedro, o Grande.



Perigo comunista



Dom Luiz de Orleans e Bragança, chefe da Casa Imperial do Brasil, criticou a importação de médicos cubanos. Para ele, a medida “visa estender pelo território brasileiro os males do expansionismo castrista”. Menos, Dom Luiz, menos.



(Para ler mais, clique AQUI)

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De...

...para a PressAA...

Boletim de Atualização - Nº 302 - 6/9/2013
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Obra de Margarethe von Trotta sugere que totalitarismo pode assumir faces “normais” – e parece indispensável num cenário de democracia esvaziada e guerra iminente. Por Ladislau Dowbor (Outras Palavras)


Levantamento demonstra: embora novas, composições vendidas em concorrência manipulada quebram quatro vezes mais que as de trinta anos e alimentam caos do transporte público. Por Tadeu Breda Vinícius Gomes (Blog)



Registro de comunicação entre repórter e Companhia do Metrô revela: empresa tenta evitar investigação jornalística de sua crise ocultando dados e praticando despiste primário (Blog)




Entre organizadores da "manifestação", uma frente curiosa: homofóbicos, anti-nordestinos, privatizadores e... a família Bolsonaro. Por André Barrocal, em Carta Capital (Outras Mídias)


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Entre organizadores da “manifestação”, uma frente curiosa: homofóbicos, anti-nordestinos, privatizadores e… a família Bolsonaro
Por André Barrocal, em Carta Capital
As manifestações de junho começaram com a defesa do transporte público gratuito e de qualidade por militantes do Movimento Passe Livre (MPL), mas depois tomaram rumos novos e uma proporção inesperada. Aglutinados pelas redes sociais da internet, milhares de jovens foram às ruas contra “tudo isso que está aí”, sobretudo os partidos políticos. Nas mesmas redes sociais há quem tente articular outra explosão de protestos, agora no Dia da Independência. Não se sabe se o plano vai funcionar, mas uma coisa é certa: ao contrário dos acontecimentos de junho, o movimento nada tem de apartidário.
O alvo da “Operação Sete de Setembro” é a presidenta Dilma Rousseff. O caráter político-ideológico da “operação” fica claro quando se identificam alguns de seus fomentadores pela internet. Entre os mais ativos consta uma ONG simpatizante de uma conhecida família de extrema-direita do Rio de Janeiro, os Bolsonaro. E um personagem ligado ao presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB paranaenses, Valdir Rossoni. É uma patota e tanto. Envolvidos em algumas denúncias de corrupção, não surpreenderia se eles mesmos virassem alvo de protestos.
A ONG em questão é a Brazil No Corrupt – Mãos Limpas, sediada no Rio. Seus principais integrantes são dois bacharéis em Direito, Ricardo Pinto da Fonseca e seu filho, Fábio Pinto da Fonseca. Há cinco anos eles brigam nos tribunais contra a Ordem dos Advogados do Brasil na tentativa de acabar com a exigência de uma prova para obter o registro de advogado. Os dois foram reprovados no exame da OAB. Em sua página na internet e no Twitter, a ONG promove a “Operação Sete de Setembro” e a campanha Eu não voto em Dilma: Eleição 2014, Brasil sem PT.
(Para ler artigo completo, clique no título)


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De...
Informativo assinado por 111.950 comunicadores
...para a PressAA...

6/9/2013

Máfia paulista que explora trabalhadores estrangeiros clandestinos, depois de matar uma criança boliviana, volta a atacar...

NOVO COMANDO
Diário de S. Paulo e jornais da Rede Bom Dia
são vendidos pelo Grupo Traffic

http://www.mailingplus.com.br/deliverer_homolog/arq/cli/arq_3197_134568.jpg

SEM CENSURA
Jornais de Pernambuco podem voltar a citar nome de político

JOVENS TALENTOS
Programa do Jornal do Commercio tem inscrições abertas

DUDA RANGEL NO RJ
Lançamento do livro de humor sobre a vida de jornalista

NOVA PROGRAMAÇÃO
Maestro João Carlos Martins ganha atração na Cultura FM

´BEM PARANÁ´

Gazeta do Povo lança série de reportagens que valoriza inovação

DEPOIS DE 6 ANOS
CBN Campinas volta a ter equipe esportiva
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Recebido por e-mail da lista de Hélder Câmara...

de: Vera Vassouras 



PAPA FRANCISCO
ANGELUS 
Praça de São Pedro
Domingo, 1º de Setembro de 2013
  
Hoje, queridos irmãos e irmãs,

queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).

Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!

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No blog da redecastorphoto...


3/9/2013[*] Andrew LevineCounterpunch
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


Entreouvido na Vila Vudu: Artigo que se desatualizou, porque o autor usou, como “gancho”, o que muitos interpretaram como “um recuo” de Obama – quando de fato Obama tentava avançar e arrancar do Congresso uma autorização para guerra total (que por hora não conseguiu, há esperança de que não consiga, mas isso nem interessa, porque Obama fará o que Israel e os banqueiros mandarem, o mais que puder obedecer-lhes, com ou sem autorização de seja lá quem for).

Mesmo assim o artigo nos parece leitura interessante pela quantidade de informação, pela qualidade da argumentação e pelo uso inteligente da linguagem.

“Informação” não é “fato” jornalístico vendido pela imprensa-empresa. Nenhum fato jornalístico nos interessa. Já se conhecem todos os fatos publicáveis sobre o ataque dos EUA à Síria. E os fatos decisivos não são “fatos” jornalísticos e jamais chegarão aos jornais da imprensa-empresa, porque são empresas, muito mais que imprensa.

Por isso, absolutamente não se encontra, nos jornais, nenhuma informação relevante que ajude a entender – “entender” é diferente de tomar conhecimento – o que realmente está em disputa na Síria ou à custa da Síria.

Então, decidimos traduzir e distribuir esse artigo, apesar dos “fatos” ultrapassados.

Guerra civil na Síria (em cores)
Clique na imagem para aumentar

Sobre a proposta do presidente Obama, de intervenção de tipo bater-e-correr na Síria, há, como diria Donald Rumsfeld, “os sabidos já sabidos, as coisas que sabemos. Há os sabidos não sabidos, o que sabemos hoje que não sabemos. E há os não sabidos não sabidos, o que não sabemos que não sabemos”.

Para começar pelos “sabidos já sabidos”, é ou deveria ser claro, de um ponto de vista “pragmático”, que nada poderia ser mais alucinado do que o que Obama tem mente.

Ao argumentar a favor de ‘'ensinar modos'’ a Bashar Al-Assad, Obama chora copiosamente as crianças mortas no subúrbio de Damasco – vítimas supostas do gás venenoso lançado pelo “regime de Assad”. É sabido bem sabido, sem dúvida possível, que intervir lá com bombas e mísseis norte-americanos, na mistura inflamável em que se converteu a Síria, é fórmula garantida para matar mais crianças. Se há criança síria cuja sobrevivência preocupe realmente Obama, melhor faria ele se as mandasse brincar no quarto, enquanto os adultos se matam.

(...)

Ter-se-ia Obama convertido repentinamente aos neoconservadores? Pouco provável, sobretudo hoje, quando até neoconservadores começam a pensar duas vezes, por causa de eleições livres, justas e muito competitivas que terão de enfrentar.

Era mudança que sempre aparecia no topo da lista do que diziam que queriam, enquanto os EUA destruíam o Oriente Médio. Mas agora estão percebendo que, nos países cujos governos tanto queriam derrubar, os resultados não são muito satisfatórios; e não dão sinais de mudança para melhor, tão cedo. As ilusões que o Partido da Guerra divulgou e promoveu em 2002 e 2003 já não se sustentam em pé, dez anos depois.

Terá acontecido de intervencionistas humanitárias nefandas como Susan Rice e Samantha Powers terem posto sob coleira o laureado Prêmio Nobel da Paz? É possível. Talvez Obama não se tenha convertido ao neoconservadorismo, só à sua variante liberal. Mas Obama é líder fraco e indeciso, que não se exporia ao risco de ofender mentes mais brilhantes que as que ainda comandam o complexo militar/segurança nacional que governa o Estado nos EUA. E não o faria por razões tão frouxas como as que aquelas intervencionistas humanitárias obscenas têm apresentado.

Samantha Powers (E), Susan Rice (C) e Barack Obama (E)
Talvez Obama tenha, repentinamente, redescoberto a lei internacional. Assim se explicaria a insistência em fazer valer a proibição de armas químicas. Mas essa é a pior explicação dentre todas – não só porque Obama não faz outra coisa além de violar o espírito e a letra da lei internacional, mas, também, porque as ações militares que Obama quer autorizar sem mandado do Conselho de Segurança da ONU são, também, absolutamente ilegais.

Ou talvez, por inverossímil que pareça, é o contrário, e Obama virou realista; talvez o preocupe o fato de que o governo sírio vai-se saindo bem demais na sua guerra, e Obama queira devolver a vantagem, alistando suas tropas do outro lado.

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Entrevista com o Superior Geral dos jesuítas
por Adolfo Nicolas
O Superior Geral da Companhia de Jesus afirma que ao pretender bombardear a Síria, os Estados Unidos e a França se arrogam uma prerrogativa que não lhes pertence e estão violando o direito internacional. Washington e Paria conduzem assim a humanidade à barbárie.
Red Voltaire | Roma (Italia) | 6 de septiembre de 2013 http://www.voltairenet.org/squelettes/elements/images/ligne-rouge.gif

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Pergunta: O Santo Padre (o Papa Francisco) saiu de seu protocolo normal para falar em prol da paz na Síria. O que pensa o senhor a respeito?

Padre Adolfo Nicolás: Não tenho o costume de comentar sobre situações internacionais ou de caráter político, porém, no caso presente estamos em frente a uma situação humanitária que supera os limites normais que apoiariam o silêncio. E tenho que confessar que não entendo quem deu autorização aos Estados Unidos ou à França para atuar contra um país de tal modo que sem dúvida aumentará o sofrimento de uma população que já sofreu além do admissível. A violência ou ações violentas, como a que se está preparando, somente são justificáveis como último recurso e de tal maneira que somente os culpados sofram as consequências. No caso de um país, isto resulta totalmente impossível e, portanto, a mim me parece totalmente inaceitável. Nós, Jesuítas, apoiamos em cem por cento a ação do Santo Padre e desejamos desde o fundo de nossos corações, que a anunciada ação punitiva não ocorra.

(...)

[1] «Angelus el Papa François anunciando un día de oración por la paz en Siria», por el papa Francisco, Red Voltaire, 1ro de septiembre de 2013.
Adolfo Nicolas
Prepósito General de la Compañía de Jesús (depues 2008).


Trad. Vera Vassouras
Nota- Não sou católica, todavia, se cristianismo é humanismo, não posso deixar de ser cristã, assim como sou muçulmana, budista, agnóstica e o que vier de agrupamento pelo bem da humanidade. Fiquei sabendo do Angelus do Papa Francisco imediatamente após o pronunciamento, todavia, certa de que seria censurada, aguardei que estrangeiros publicassem para enviar aos contatos no Brasil, pois, estranhamente, embora de importância psicológica social inalcançável, o Angelus não foi mencionado. Interessante que, para propagandear a morte ou a fala dos bárbaros de todos os matizes, sites e blogues se esmeram na formatação e traduções de artigos alienígenas. Ora, sendo o Brasil um país, ao que dizem, formalmente católico e se historicamente a Igreja tem silenciado quando à sua verdadeira missão, não seria óbvio que os ateus humanistas dessem a devida, necessária e urgente importância ao chamado do Papa pela paz, já que os católicos estão armados “até os dentes”? Ou estamos, psicologicamente em estado de barbárie absoluta, daquelas que não consegue somar esforços pelo bem do planeta atacado por primatas amorais?

(Para ler entrevista completa, clique no título)
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HANNAH ARENDT



“A triste verdade é que os maiores males são praticados por pessoas que jamais se decidiram pelo bem ou pelo mal.”

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O Papa É Pop


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Dirceu escapou da morte mas sofre hoje um dos maiores linchamentos da História --- Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação de Lula, agoniza abandonado pelo PT

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JOSÉ DIRCEU: NUNCA, ANTES, NA HISTÓRIA DESTE PAÍS, UM HOMEM SOFREU TAL LINCHAMENTO


Havia no ar uma certa sensação de alívio. Alguém atrás de mim comentou: “Mais uma semana!”. O que entendi como “mais uma semana de esperança”.
O irmão de José Dirceu, Luís, que naquela manhã teve um mal estar cardíaco e precisou ser atendido numa clínica, veio me cumprimentar e agradecer o apoio, “em nome da família”. Gesto inesperado e tocante, de quem estava claramente emocionado.
José Dirceu é o que a literatura define como “homem de fibra”. Impressionante como se manteve e se mantém de pé, ao longo de todos esses anos, mesmo atacado por todos os lados, metralhado por todas as forças, todos os poderosos grupos de mídia, os políticos seus detratores, todas as forças da elite do país, formadores de opinião de todos os segmentos e matizes, de forma maciça e ininterrupta, massacrante.
De modo como jamais se viu uma pessoa nesta Nação ser ofendida, ele vem sendo acossado, desmoralizado, num processo de demolição continuada, sem deixarem pedra sobre pedra, esmiuçando-se cada milímetro de sua intimidade, devassando, perseguindo, escarafunchado e, sem qualquer evidência descoberta, juízes o condenam proferindo frases do tipo “não tenho prova cabal contra Dirceu, mas vou condená-lo porque a literatura jurídica me permite”. Nem mesmo o mais reles criminoso foi satanizado de tal forma ou sofreu linchamento tão perverso.
Com tal carga a lhe pesar sobre os ombros, ele não os curva. Às vezes mais abatido, outras aparentemente decepcionado, contudo sempre em combate, preparando-se para o momento seguinte. Não se queixa, não acusa, não lamenta, nem cobra a ausência de apoio daqueles que, certamente, deveriam o estar respaldando. É discreto. Não declina nomes. Nunca deixa transparecer quem está próximo dele, quem não. Um eterno militante de 68, que jamais despiu a boina.
“Família”, antes da reunião daquela tarde, em seu prédio, com os companheiros que o apoiam nessa via crucis penal, para juntos assistirem à transmissão da TV Justiça, ele almoçou em casa com suas suas três ex-mulheres, filhas, irmãos, uma confraternização familiar necessária para quem poderia, dali a algumas horas, escutar o pior dos resultados.
E lá estávamos nós, aguardando sua chegada, falando baixo, sem grande excitação no ambiente, enquanto um técnico ajeitava, no laptop, o projetor das imagens da TV que seriam exibidas na parede.
A diretora de cinema Tata Amaral fez uma preleção sobre seu filme “O grande vilão”, um documentário sobre esse período da vida de Dirceu, “o homem mais perseguido da história da República”, e distribuiu termos de autorização de uso de imagem para que os presentes, que assim o desejassem, assinassem. Pelo que percebi, todos assinaram.
Dirceu cumprimentou um por um, agradecendo a presença de todos. Parecia calmo ao chegar. E calmo permaneceu até o final. Quando se despediu de mim, José Dirceu disse, elogiando: “O ministro Barroso estava certo, quando defendeu a suspensão da sessão até a próxima semana”.
Ele se referia à argumentação do ministro Luis Roberto Barroso, que, para garantir aos advogados plena defesa dos réus, usou a  frase “seria gentil e proveitoso dar aos advogados a oportunidade de apresentar memoriais”. Ponderação que o presidente Joaquim Barbosa acolheu muito a contragosto.
Na próxima semana, estaremos lá todos com você de novo, José Dirceu. Acredito em sua inocência. Acredito em Mentirão, não em Mensalão, que para mim existe muito mais para desqualificar a luta dos heróis e mártires da ditadura militar do que para qualquer outra coisa. Mais para justificar o apoio dado pela direita reacionária de 1964 – as elites e a classe média manipulada – ao totalitarismo que massacrou nosso país, tolheu nossa liberdade e nosso pensamento, dizimou valores, destruiu famílias, acabrunhou, amedrontou, paralisou, despersonalizou e tornou apático o povo brasileiro por duas décadas.
E como alvo maior desse processo de desqualificação reacionária, que ressurge como um zumbi nostálgico assombrando o país, foi eleito José Dirceu, o qual, como bem analisa o cineasta Luiz Carlos Barreto, cometeu o grave delito de colocar no poder um sindicalista das classes populares, o Lula.
Pois foi por obra, empenho, articulação e graça de José Dirceu que Luís Inácio Lula da Silva chegou a Presidente da República. E chegou com um projeto político de sucesso, bem estruturado, com um discurso certo, que alçou Luís Inácio não só a um patamar diferenciado de Estadista em nossa História, como também a um conceito internacional jamais alcançado por um Chefe de Estado brasileiro.
Grande parte disso tudo pode ser creditada (ou, segundo interpretação de alguns,debitada) a José Dirceu.
Motivos não faltaram nem faltam para essa obsessão de tantos por destruí-lo.
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Escândalo!

Falta de solidariedade!

Ingratidão!

Genoíno quer desertar!

Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação no governo Lula, internado em estado grave por causa de um câncer, estava abandonado no hospital Sírio-Libanês. Gushiken, deprimido, ligou para "amigos petistas", implorando que estes o visitassem.



Genoíno, também doente, foi o primeiro a comparecer; entrou no hospital pela porta dos fundos, cabisbaixo. No dia seguinte, outros petistas fanáticos e nem tanto foram visitar o coitado.


Comentário de Urariano Mota, colaborador desta nossa Agência Assaz Atroz:

Luiz Gushiken e o PT
de: Urariano

Na coluna de Mônica Bergamo hoje.

Isto a seguir exige reflexão, fora do clima do fla x flu ou petistas x antipetistas. Isso fala de uma geração importante para  a esquerda no Brasil.

Me faz mal, muito mal, por exemplo, ver a derrocada de Genoíno. Eu queria vê-lo vivo, brigando na arena política, combatê-lo no bom combate, nunca na saída pela porta dos fundos, cabisbaixo, doente, no recurso último de uma aposentadoria. Isso nos faz muito mal, amigos.

Os esquerdistas (naquele sentido de Lênin) ainda não percebem, mas essa derrocada não diz respeito somente ao PT.

Fala a todos nós, sectários e não-sectários.

Pela transcrição e comentário

Urariano

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Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação de Lula, chamou amigos para visitá-lo no hospital Sírio-Libanês. Internado em estado grave por causa de um câncer, mas lúcido, ele próprio ministrava as doses de morfina para controlar a dor e decidia quando ficava acordado para conversar com os antigos companheiros.

JULGAMENTO



José Genoino o visitou na quarta. Na noite de quinta, Gushiken reuniu em seu quarto José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais como o presidente da CUT, Vagner Freitas. Calmo, fez um balanço de sua vida e do PT. Segundo um dos presentes, disse que o julgamento do mensalão é uma 'fase heroica' do partido, que em sua opinião estaria sofrendo um ataque sem precedentes.

LIÇÃO



De acordo com a mesma testemunha, Gushiken deu uma 'lição de política e uma aula sobre a vida. Demonstrou não ter mágoa, tristeza nem remorsos'. No fim da visita, emocionados, todos tiraram fotos ao lado do ex-ministro. Um cinegrafista registrou toda a cena para um documentário que está fazendo sobre Gushiken."

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Página da coluna de Mônica Bergamo chama para leitura de:

drauzio varella

 

07/09/2013 

Demagogia eleitoreira


A questão dos médicos estrangeiros caiu na vala da irracionalidade.

De um lado, as associações médicas cobrando a revalidação dos diplomas obtidos no exterior; de outro, o governo que apresenta o programa como a salvação da pátria.

No meio desse fogo cruzado, com estilhaços de corporativismo, demagogia, esperteza política e agressividade contra os recém-chegados, estão os usuários do SUS.

Acompanhe meu raciocínio, prezado leitor.

(...)

Reformar esse mastodonte desgovernado, a um só tempo miserável e perdulário, requer muito mais do que simplesmente importar médicos, é tarefa para estadistas que enxerguem um pouco além das eleições do próximo ano.
Drauzio Varella
Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".
(Para ler artigo completo, clique no título)

[AA: Ué! Nos créditos não consta que o dr. Drauzio Varela é um dos mais badalados colaboradores da Rede Globo de Televisão. Será que ele tem vergonha disso, ou a Folha é que não aceita ele assumir que trabalha para "desertores"?]

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06 Setembro de 2013




Ela é a negação do individualismo, do egoísmo e da ganância.


Algumas das mais tocantes reflexões dos filósofos referem-se à amizade. Sem ela não há sociedade que se sustente. Aristóteles, que disputa com Sócrates e Platão o título de maior entre todos os sábios, a definiu como “uma alma em dois corpos”.

Segundo Aristóteles, os grandes estadistas de história da humanidade deram mais importância a como estimular as relações de amizade do que a qualquer outro tema, incluída a justiça.

Marco Aurélio, o imperador filósofo de Roma, afirmou que as pessoas nascem para ajudar umas às outras, assim como os braços quase nada fazem um sem o outro.

“A natureza parece muito particularmente interessada em semear em nós a necessidade de termos amigos”, disse Montaigne, o estóico tardio que iluminou a França no século 16. “A amizade assinala o ponto mais alto de perfeição na sociedade.”

A amizade é a base da elevação de toda comunidade. Pois ela se opõe a venenos como o egoísmo, o individualismo, a ganância. A amizade significa compartilhar, dividir, crescer não sozinho mas em grupo.

Sêneca, estadista e filósofo de Roma, expressou isso em palavras memoráveis: “Se tenho prazer em aprender é para ensinar”, disse ele. “Nenhuma descoberta poderia interessar-me, por mais útil e importante que fosse, se eu tivesse que ser o único a lucrar com ela. Se me derem a sabedoria com a condição de que eu a guarde para mim sem poder transmiti-la, eu a recusarei.”

Para mim, é de Montaigne a mais bela frase sobre a amizade, entre tantas as produzidas pelos sábios ao longo dos tempos: “As almas se entrosam e se confundem em uma única alma, tão unidas uma à outra que não se distinguem e nem se percebe a costura entre elas”.

Montaigne escreveu um ensaio notável sobre a amizade. Dedicou-o a seu grande amigo La Boétie, autor de um pequeno grande livro chamado Servidão Voluntária. A morte de La Boétie mergulhou Montaigne numa “noiteescura e aborrecida”. “Já me acostumara tão bem a ser sempre dois que me parece agora que não sou senão meio”, escreveu ele.

Eis a parte dura: a perda de amigos. Também sobre esse tema os sábios se debruçaram. Um deles escreveu: “A lembrança dos nossos amigos mortos é suave e ácida a um só tempo, como um vinho velho demais cujo amargor nos agrada. Mas depois de um tempo toda a acidez desaparece e em nós fica só um prazer puro.”

Numa carta a um discípulo que perdera um amigo, Sêneca usou aquela frase em seu esforço de consolação. “Para mim, a lembrança dos meus amigos mortos é doce; quando os tinha ao meu lado, pensava que teria de perdê-los; agora que os perdi, penso que sempre os tive ao meu lado”.

A arte de lidar com a perda de um amigo é mais fácil na teoria do que na prática. Sêneca admite que foi “esmagado” pela morte de um amigo mais jovem do que ele. “Hoje compreendo que a causa principal de tamanho sofrimento era que eu nunca imaginara que ele pudesse morrer antes de mim. Como se a morte respeitasse uma ordem de passagem.”

Toda a sabedoria do mundo costuma ser impotente para deter a noite escura e aborrecida que nos trazem os amigos perdidos, aos quais dedico esse artigo.

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Arnaldo Jabor não apoia o golpe contra Dilma. Verdade?!
Arnaldo Jabor é um grande cineasta. Verdade?!
Arnaldo Jabor prefere demo-cracia à dita-dura. Verdade?!


De...
 Informativo assinado por 111.950 comunicadores

...para a PressAA...

7/8/2013

“O Brasil é um país democrático. Mentira!”, diz Arnaldo Jabor

     
Nessa quinta-feira, 5, o comentarista da Rede Globo e da CBN e colunista do Estadão, Arnaldo Jabor participou do último dia do Fórum Global de Liderança, realizado em Curitiba.  Durante o evento, o crítico falou sobre o Brasil. Para ele, o país convive com características do anarquismo, conforme informou o site Paraná Shop.
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Arnaldo Jabor participou de evento na capital paranaense (Imagem: Paraná Shop)

“O Brasil é um pais democrático. Mentira! Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos têm direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia”, disse o comentarista da Globo.

Ao complementar a análise, Jabor chamou a atenção para o fato de, na democracia brasileira, todos serem obrigados a votar. “Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense nisso!”.
Organizado pela Estação Business School (EBS), o Fórum Global de Liderança aconteceu de 3 a 5 de setembro. De acordo com a organização, a edição 2014 do evento já tem datas definidas: 2, 3 e 4 de setembro.

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AA: Ricardo Noblat pede aos amigos...

AA: Nós, prosaicos pauteiros da PressAA, torcemos para que Noblat se recupere, viva por muitos anos, o suficiente para meditar, reconhecer seus pecados, arrepender-se de toda sacanagem que fez/faz na condição de jornalista vendido, ou exercendo as funções de blogueiro profissional a serviço do PIG. Amém.

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08.09.2013


Manifestação contra a guerra marca ato de solidariedade à Síria. 18850.jpeg

Enquanto o presidente Barack Obama insiste em atacar a Síria, no Brasil, movimentos sociais, centrais, partidos políticos, ativistas e a sociedade civil saíram às ruas, nesta sexta-feira (6), em repúdio a mais um ataque imperialista dos EUA, que pode ter consequências graves para o Oriente Médio e para o mundo. Em São Paulo, o "Ato público em solidariedade ao povo e à soberania da Síria" concentrou manifestantes na Praça Ramos, no centro da cidade.

Por Théa Rodrigues, da redação do Vermelho

Na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo se agitaram as bandeiras sírias e os cartazes de "não à guerra".


Na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo se agitaram as bandeiras sírias e os cartazes de "não à guerra". A iminência do ataque norte-americano e a arrogância de Obama - que já afirmou não depender da decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) para intervir na Síria - só fazem crescer o descontentamento da opinião pública. 

Em declaração para o Vermelho, Eduardo Elias, presidente da Federação das Entidades Árabes do Brasil (Fearab) e filho de sírios, disse que é contra "qualquer intervenção em qualquer país do mundo, pois cada povo deve decidir entre os nacionais o que é melhor para a sua nação". Segundo ele, "se o Brasil não tomar cuidado, (os norte-americanos) vão tentar fazer o mesmo aqui, porque temos a maior reserva de água potável do mundo, temos a Amazônia e temos o pré-sal" por isso, "é preciso barrar os EUA agora e, com isso, prestar um serviço para a humanidade".

Ainda de acordo com Elias, "o imperialismo não mede consequências, é atroz". Para o presidente da Fearab, o ato de solidariedade ao povo sírio é mais uma expressão do povo "que se engaja a cada dia na luta pela liberdade".

Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos em Luta pela Paz (Cebrapaz), disse ao Vermelho que "há uma crescente consciência e um posicionamento contra a agressão na Síria por parte dos povos e nações". Na semana passada, a ameaça de guerra ao país foi repudiada em todo o mundo. Dentre os que se opõem veementemente à decisão de Obama estão Rússia, China, Irã, Brasil, Cuba, Equador, Argentina, Bolívia, entre outros. 

Contudo, "o presidente norte-americano segue insistindo no ataque por conta da natureza agressiva e da posição beligerante do país", disse Socorro. Para ela, "se os EUA intervierem militarmente na Síria, será uma demonstração de um total desapreço pela paz".

A presidenta do CPM lembrou ainda que no caso de um ataque, o governo norte-americano estaria violando o Direito Internacional e a Carta da ONU, que em seu artigo 51 diz: "Nada prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva, no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais". Ou seja, "nenhum país pode atacar outro a não ser em legítima defesa e as nações só podem intervir militarmente com o aval do Conselho de Segurança", explicou Socorro.

Segundo ela, "a Síria não atacou nenhum país, muito menos os EUA". Portanto, "ao agredir o país do Oriente Médio, o governo estadunidense transforma o Estado em 'fora da lei' e deve ser julgado dessa forma", completa a ativista que também marcou presença no ato "para abraçar a nação síria e defender a autodeterminação dos povos".

O deputado estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Alcides Amazonas, complementou a fala de Socorro ao dizer que "a manifestação é fundamental para que se eleve o nível de consciência dos brasileiros e do mundo em prol da bandeira da paz e de liberdade dos países".

"Esse filme nós já vimos antes, os EUA invadiram o Iraque (2003) sob o pretexto de que ali havia armas de destruição em massa, devastaram o país e não encontraram sequer uma 'biribinha'", disse o deputado ao Vermelho.

Para Amazonas, "cada povo precisa enfrentar os seus problemas internos", se um país quiser ajudar "será bem-vindo", mas a Síria não precisa deste tipo de intervenção norte-americana. "Essa agressão do imperialismo, a exemplo de outras que nós já vimos, deve revoltar não só o povo brasileiro, mas o mundo todo", completou o deputado.

Todos são contra a intervenção 

Assim pensa também Dom Damaskinos Masour, arcebispo metropolitano da igreja ortodoxa antiquina no Brasil, que fez os estudos elementares em Damasco (capital síria): "Esse ataque é um absurdo. Qual é o motivo? Matar pessoas?". 

"Somos contra qualquer tipo de guerra, qualquer ataque que resulte na morte de pessoas, seja quem for", declarou o arcebispo.

Assim como ele, outros religiosos se posicionaram contra a deliberação equivocada do presidente Obama. O próprio papa Francisco pediu aos seguidores da igreja católica que fizessem um dia de jejum e orações pela paz na Síria. Segundo informou a agência AFP, o pedido do pontífice recebeu adesões no mundo mulçumano e entre não-crentes.

"O papa deixou bem clara a posição dele contra a intervenção, então, essa é a primeira vez que você vê católicos fervorosos e comunistas revolucionários juntos na mesma luta pela paz mundial", disse Assaad Afrangie, editor da Oriente Mídia, um dos organizadores do evento, enquanto segurava uma bandeira do vaticano.

Segundo Afrangie, o ato de solidariedade desta sexta-feira teve duas finalidades: "ser contra a guerra propriamente dita e apoiar o governo brasileiro no seu posicionamento em relação ao tema". Nesta mesma data, a presidente Dilma Rousseff reiterou que o Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entidades brasileiras

Rogério Nunes, secretário de movimentos sociais da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirmou ao Vermelho que o ataque "é uma interferência brutal de um país que não respeita a soberania de um povo". 

"Para justificar o desrespeito ao direito do povo sírio à autodeterminação e levar à frente um novo ato de barbárie, Washington recorre à mentira descarada acusando sem provas o governo daquele país árabe de usar armas químicas", apontou o presidente da CTB, Adilson Araújo por meio de uma nota de apoio àquele país.

O presidente municipal do PCdoB, Jamil Murad, endossa a afirmação de Araújo dizendo que "os argumentos dos EUA são cínicos e hipócritas" e que "o imperialismo está sendo agressivo, pois o capitalismo está em crise profunda e não tem perspectiva de saída". Sendo assim, segundo ele, "eles tentam incrementar a economia através da indústria da guerra".

Jamil qualificou o ataque como "um crime contra a humanidade" e disse que a manifestação é uma tentativa de impedir tal agressão. Em congruência com o pensamento do presidente municipal, Márcia Campos, da Federação Democrática de Mulheres (Fdim), também defendeu que se deve evitar que a invasão ocorra: "não estamos aqui só para condenar, estamos aqui para barrar a iminência de guerra".

Por sua vez, Marcelo Buzetto, secretário de relações internacionais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou que essa "é mais uma tentativa de genocídio contra o povo sírio", mas ressaltou que é importante "não confundir o povo dos Estados Unidos com o governo". Ele lembrou ainda que quando Obama recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 2009, (mesmo sem autoria de qualquer ação digna do prêmio), a palavra que o presidente norte-americano mais utilizou em seu discurso foi "guerra".

O papel da juventude

Para a União da Juventude Socialista (UJS), Obama repete o mesmo erro do seu antecessor, George Bush, a quem criticou duramente pela desastrosa guerra no Iraque. Embebido de uma autoridade de polícia do mundo, que não lhe é cabida, decide unilateralmente iniciar um ataque militar violento que só trará mais mortes e a destruição da Síria.

Segundo a presidenta da UJS da capital paulista, Camilla Lima, "trata-se de mais um ato guerra onde quem sai prejudicado e a população civil". Esse é um dos argumentos que Jonathan Silva, vice-presidente da União Estadual de Estudantes (UEE), utilizou para afirmar que "os estudantes são contra a intervenção dos EUA".

No ato de solidariedade ao povo sírio também estiveram presentes representantes do Levante Popular da Juventude e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), que fazem parte do comitê do evento.

Outras manifestações

Cerca de 400 jovens participaram na tarde desta sexta-feira (6) de uma manifestação em frente à Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília (DF). Eles repudiaram o iminente ataque militar ao país árabe, anunciado nesta semana pelo presidente dos EUA, Barack Obama.

"A Síria, o último país do Oriente Médio com plena liberdade religiosa, com mais de dez mil anos de civilização, berço do alfabeto mais antigo, que tem como capital uma das cidades mais antigas do mundo, Damasco, está prestes a ser atacada militarmente pela potência bélica mais poderosa, letal e sem escrúpulos que a humanidade já conheceu: os Estados Unidos". Esta é parte da convocatória para o ato em defesa da Síria que será realizado nesta sexta (6) em Florianópolis, Santa Catarina.

A iminência da guerra anunciada pelos Estados Unidos tem provocado reação de pacifistas em todo o mundo. Diante deste fato, movimentos sociais florianopolitanos convocaram um grande ato na Esquina Democrática, no centro da capital, em solidariedade ao povo sírio.

Também em Florianópolis (SC) manifestantes se concentraram na Esquina Democrática, no centro da cidade, para expressar seu repúdio à guerra e se solidarizar com o povo sírio.

Participantes do evento

Os partidos políticos que apoiam são Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Pátria Livre (PPL). Também Consulta Popular, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Confederação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), União Nacional dos Estudantes (UNE); União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Federação Democrática Internacional das Mulheres (Fdim), a Marcha Mundial de Mulheres, União Brasileira de Mulheres (UBM), Liga Comunista, União pela reconstrução comunista (URC), Movimento Bandeira Vermelha, entre outras

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Quem tem medo dos Hitlernautas? --- Liquidação: Tomahawk a R$ 1,99 - na mão de Kátia Flávia

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Ana Helena Tavares*

Há mais de dois meses, a internet foi tomada por informações de que hoje seria o maior protesto da história do Brasil e até mesmo de que haveria um golpe militar. Proliferaram-se paranóicos preocupadíssimos com o que poderia acontecer hoje. E o que aconteceu, para desespero da direita, foi o que se vê nessa foto tirada por Guilherme Moreira, do jornal "A Nova Democracia", Os que foram às ruas levantaram, em sua maioria, as bandeiras progressistas de sempre. A direita radical enfiou a viola no saco ao descobrir que a guerra fria acabou. É bom que todos entendam que não será fácil repetir a façanha de junho. É bom que todos percebam que a realidade é caprichosa e não gosta de ficar imitando a internet toda hora. (Ana Helena Tavares, editora do QTMD?) Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
O QTMD? divulga carta aberta do filho de João Goulart, presidente do Instituto que leva o nome de seu pai, em resposta ao mea culpa do Globo – “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro”, publicado em 01 de setembro deste ano de 2013 e, portanto, 49 anos e alguns meses após o golpe. Divulgamos também um comunicado do Clube Militar sobre o assunto, cujo título é “Equívoco, uma ova!”. E, ao final, reproduzimos ainda a opinião de Eliakim Araújo, jornalista que trabalhou muitos anos para a Globo e que não acredita no arrependimento global. Clique aqui para ler.
Leia também:
COLUNAS:
QTMD? - Quem tem medo da democracia?
Jornalismo-político e alguma arte

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Enviado por  06/09/2013

Os urubus estão acuados com o bombardeio de notícias promissoras para a economia brasileira, e nervosos com o risco cada vez  maior de 2013 ser um excelente ano para o Brasil, o que enterraria os sonhos da oposição.

O IBGE acaba de divulgar a inflação de agosto.  O índice ficou em 0,24%, quase a metade da inflação em igual mês do ano passado. No acumulado 12 meses, a inflação registrou queda substancial e ficou em 6,09%, abaixo do teto de 6,5%.



Os que vinham apostando numa disparada inflacionária provocada pela alta do dólar terão que rever seus prognósticos. O dólar alto certamente pressiona muitos setores da economia, mas também ajuda outros. A indústria nacional, por exemplo, ganha competitividade. A exportação de veículos registrou o melhor desempenho de sua história: US$ 1,67 bilhão, crescimento de 22% sobre o ano anterior.

E não foi um aumento puramente “cambial”. Segundo a Anfavea, o volume de unidades exportadas em agosto deste ano foi 50% superior ao registrado em 2012.

Com isso, as montadoras prevêem agora um crescimento de 12% na produção de veículos, estimativa que representa mais que o dobro do que previam no início do ano.

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Portal Vermelho
Destaques da edição de
hoje do Portal Vermelho

Apoio à Síria
Centenas repudiam agressão dos Estados Unidos em Brasília 
Leia...
Nova pesquisa 
Dilma lidera intenções de voto; adversários perdem força 
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Neste sábado
Movimentos organizados integram Grito dos Excluídos no país 
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Desplante
EUA não precisam de autorização da ONU para atacar 
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Ingerência 
Otan quer atacar Síria sem resolução do Conselho de Segurança 
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06 Setembro de 2013 


“Na dosimetria, fase de definição das penas, o Supremo adotou um sistema faccioso de deliberação

Paulo Moreira Leite, ISTOÉ

“O céu abriu um pouco, define um assistente de um dos onze ministros do STF, no final da sessão de ontem.

Ele se referia ao voto de Teori Zavaski, o ministro que interrompeu o debate para questionar o ponto mais frágil das condenações produzidas pela Ação Penal 470 – as penas de quem foi condenado por formação de quadrilha, que atinge vários réus, entre José Dirceu e José Genoíno.

No percurso labiríntico que as discussões do STF costumam tomar, vez por outra, a decisão de Zavaski pode vir a ter um alcance muito maior do que parece.

Zavaski anunciou que mudava seu voto, para concordar com a minoria que, em deliberações nos dias anteriores, questionou a condenação por quadrilha.

O ministro não anunciou exatamente o que irá fazer.

Como a internet está arrebentando a audiência da Globo


Salve Jorge foi a pior audiência da história da Globo

Não é apenas o Jornal Nacional que perdeu um terço do público na última década.


Dias atrás circulou na internet um levantamento. Nos últimos dez anos, o Jornal Nacional perdeu um terço da audiência.

Quem ganhou? Não foi a concorrência na tevê.

Foi a internet.

Todos já notaram que a internet está matando a mídia impressa – jornais e revistas.

Mas são poucos os que estão enxergando um pouco adiante: a tevê, tal como a conhecemos, já está também no corredor da morte, sob a ação da internet.

Uma pesquisa da prestigiosa Forrest traz um dado que conta tudo: hoje, os brasileiros gastam três vezes mais tempo na internet do que na tevê.

(Para ler completo, clique no título)

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Assaz Atroz

Os Hitlernautas atacariam o Papa com coquetel molotov?


Mauro Santayana
Os primeiros desfiles das SA na República de Weimar também não reuniam mais que 30 pessoas, que carregavam as mesmas suásticas hoje tatuadas na pele dos skinheads presentes à Marcha das famílias contra o Comunismo, em São Paulo, no dia 10. As pessoas normais, ao vê-los desfilando nos parques, com os seus ridículos uniformes, acharam, na década de 30, que os nazistas eram um bando de palhaços. Eles eram palhaços, mas palhaços que provocaram a maior carnificina da História. Sob seus olhos frios, seus gritos carregados de ódio, milhões de inocentes foram torturados, levados às câmaras de gás, e incinerados, em Auschwitz, Maidanek, Birkenau, Dachau, Sachsenhausen – e em dezenas de outros campos de extermínio montados por ordem de Hitler.

Os hitlernautas não devem ser subestimados. É melhor que a sociedade os conheça. A apologia da quebra do estado de direito é crime e deve ser combatida com os rigores da lei. Cabe ao Ministério Público, com a ajuda da Polícia Federal, identificá-los e denunciá-los à Justiça, para que sejam julgados e punidos, em defesa da democracia.
(Para ler artigo completo, clique no título)

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O 7 de Setembro de máscaras e por um mundo sem catracas

 Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre



Vamos relembrar. As manifestações de junho tiveram como pavio para explodirem nas ruas em reivindicações de toda ordem, violência e depredações do patrimônio público e privado, além do enfrentamento com as polícias, o Movimento Passe Livre (MPL), que defende a adoção da tarifa zero para o transporte coletivo de concessão pública. Seu bordão principal: “Por um mundo sem catracas!”

Como se observa, uma pauta e pleito nitidamente de esquerda e, evidentemente, não reivindicada pelos direitistas mascarados que oportunistamente tomaram as ruas, de forma anárquica ao tempo que fascista. Muitas dessas pessoas não sabiam por que estavam a protestar, pois não tinham pautas e muito menos conhecimento das questões brasileiras.

Os mascarados dos diferentes grupos de Anonymous e Black Blocs se autodenominaram “apartidários” e “apolíticos”, palavras estas muito usadas pelos seguidores de Adolf Hitler e Benito Mussolini — e deu no que deu. Alemães e italianos saíram às ruas para apoiá-los e depois viram suas cidades serem bombardeadas e ocupadas por forças estrangeiras. Aqui no Brasil, diversos grupos e partidos de direita, além dos coxinhas reacionários de classe média, realizaram a Marcha da Família com Deus e pela Liberdade. E deu no que deu: 21 anos de ditadura militar.

A verdade é que o MPL foi fundado no Fórum Social Mundial em 2005, em Porto Alegre. O fórum, como todo mundo sabe, reúne ativistas, militantes, partidos e entidades do campo da esquerda, que discutem e debatem soluções para que o Brasil e as outras nações se transformem em sociedades mais justas e democráticas, a ter sempre como meta a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

(...)


É ridícula a visão desprovida de senso crítico das classes médias tradicionais e de grupos mascarados que não percebem que o Brasil mudou e para melhor em todos os sentidos, segmentos, áreas da economia e da sociedade civil. Quando mascarados vão às ruas, de forma não representativa e ilegal, pois esconder o rosto é a mesma coisa que não assumir as consequências e desrespeitar os limites e as leis de um País plural, que se alicerça no estado democrático de direito.

(Para ler artigo completo, clique no título)
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Posted: 06 Sep 2013 10:29 AM PDT
Vídeo de execução de prisioneiros pelos rebeldes sírios choca o The New York Times

The New York Times publica um imagem de rebeldes sírios se preparando para executar, com tiros na nuca, soldados do governo.

No site do jornal, o vídeo é reproduzido e narrado assim:

Os presos, sete ao todo, eram soldados sírios capturados. Cinco estavam amarrados, com as costas marcadas com vergões vermelhos. Eles mantiveram seus rostos pressionados contra o chão, enquanto o comandante dos rebeldes recitava um versículo revolucionário amargo.

“Por 50 anos, eles foram companheiros para a corrupção”, disse ele. ”Nós juramos para o Senhor do Trono, e este é o nosso juramento: Queremos vingança.”

No momento em que o poema terminou, o comandante, conhecido como “Tio”, disparou uma bala na parte de trás da cabeça do primeiro prisioneiro. Seus homens armados seguiram o exemplo, matando imediatamente todos os homens a seus pés.


Não é o único vídeo de execuções bárbaras feitas pelos rebeldes, mas é o primeiro divulgado pela grande mídia americana. O anúncio da China de que se junta à Rússia na oposição ao ataque à Síria e a convocação pelo Papa de uma jornada de jejum e orações contra a guerra aumentam o isolamento dos EUA nesta questão.


Por: Fernando Brito


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Lá como cá...

8/9/2013, [*] Patrick Diamond, New Statesman
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

 Angela Merkel reviveu a duvidosa ciência da “economia monetarista”
Com eleições gerais à vista na Alemanha e na Noruega, é visível que a política de centro-direita passa por mudanças dramáticas em grande parte da Europa – e a esquerda ainda tem de andar muito para entender o significado dessas mudanças.

Erna Solberg
Esse chamado “conservadorismo progressista” evita o estilo 1980 da economia neoliberal, mas mostra renovada hostilidade contra o estado centralizado. Mais importante que isso, o “conservadorismo compassivo” abraça abertamente as liberdades sociais da geração pós-68, o que possibilita que os partidos conservadores disputem votos no centro. Tudo isso está pondo partidos de centro-direita, como a União Cristã Democrática [orig. CDU] de Angela Merkel, na Alemanha, e o Partido Conservador Norueguês, de Erna Solberg, a um passo de vitórias eleitorais.

A esquerda ainda não entendeu, ou só entendeu muito mal, essa mudança dramática na estratégia política dos conservadores. O adversário de Merkel, Peer Steinbrück, do Partido Social Democrata [orig. SPD] nada diz, além de repetir que o partido de Merkel “roubou” suas políticas, mas [alô, alô PETISTAS!] ter-se deixado roubar não é boa credencial para fazer-se atraente para os eleitores.

Peer Steinbrück

A tática mais convencional é a esquerda insistir que o centro-direita não passaria de “lobo em pele de cordeiro”, e que adota retórica só aparentemente moderada, para ocultar o objetivo das políticas neoliberais de reduzir o tamanho do Estado e de defender os tradicionais interesses conservadores para os ricos, para a finança e para o establishment. Pode até haver aí um grão de verdade: os Conservadores (especialmente Angela Merkel) adotaram uma forma de austeridade pós-crise que reviveu a duvidosa ciência da “economia monetarista”. Fizeram vastos cortes no gasto público, em nome da consolidação orçamentária, um passo arriscado diante da crescente contração da demanda global e dos sinais fracos de alguma recuperação na Eurozona.

Mesmo assim, os progressistas devem ter muito cuidado ao desqualificar só superficialmente o novo modelo da política de centro direita, como se não passasse de reles individualismo ao estilo do Tatcherismo dos anos 1980.

Depois da vitória histórica do Partido Conservador em 1979, a esquerda britânica não soube ver um dos potenciais consideráveis daquela direita: a capacidade do Tatcherismo para se projetar como se estivesse aliado às grandes mudanças que varriam a economia mundial e aliado também ao reconhecimento popular de um novo acordo entre o trabalho e o capital para conter o relativo declínio econômico da Grã-Bretanha.

Assim, hoje, os partidos de centro-direita estão redescobrindo meios para alcançar votos: estão ativamente atacando os setores centristas e buscando ali seus eleitores. A União Cristã Democrática alemã, de Angela Merkel, há muito tempo quer atrair a esquerda, e governou ao longo do primeiro mandato em coalizão com os sociais-democratas do SPD. A crise financeira reforçou a determinação dos políticos alemães para demarcarem um “modelo alemão”, diferente dos piores excessos do capitalismo anglo-americano e da globalização neoliberal.

A chanceler alemã parece decidida a derrotar seus adversários social-democratas atacando-os pela esquerda. O programa da União Cristã Democrática alemã inclui um salário mínimo federal, ação governamental para atacar o preço crescente dos aluguéis no setor de moradia e legislação a favor do casamento gay. A política de Merkel a favor de resgatar a Grécia e seus frequentes chamamentos à solidariedade europeia foram apoiados pelos progressistas, que não têm nada de melhor a acrescentar à posição de Merkel pró-Europa.

Sten Inge Jorgensen
Assim também, a centro-direita na Noruega (onde haverá eleições na próxima 2ª-feira, 9/9) declara apoio aberto aos sindicatos, e promete não interferir nas leis hoje vigentes para o mercado de trabalho, mantendo a licença para trabalhadores doentes e as leis para o trabalho temporário. Para Sten Inge Jorgensen, jornalista em Morgenbladt, a explicação é clara: “O sucesso do Partido Conservador é resultado de estratégia cuidadosamente planejada, para mostrar-se como partido popular”. Contra essa visível mudança da direita em direção do centro e o novo apelo retórico, os progressistas noruegueses só ofereceram promessas de “governo seguro” e “estabilidade” – o que é pouco e não inspira confiança.

Em toda a Europa, o conservadorismo “progressista” está aparecendo, sob diferentes formas, adaptadas a diferentes tradições políticas, imperativos eleitorais e condições sociais. Mas o argumento ideológico que as unifica é a disposição para distanciar-se do individualismo, marca dominante do pensamento Conservador durante os anos 1980s [no Brasil, é o papo da “ética” moralista udenista, que os petistas abraçaram]; e para combinar aquela disposição e um renovado ceticismo contra o papel do Estado centralizado e contra a eficiência e eficácia do setor público. Essa agenda conservadora ‘progressista’ repousa sobre quatro pilares:

Primeiro, manter a dominância da economia: os conservadores muito lutaram pela bandeira da competência econômica, pintando os progressistas como “negadores do déficit” incapazes de encontrar paliativo para a catástrofe do crash das finanças. Os partidos de centro-esquerda pareceram complacentes na questão da escala das dívidas públicas, pouco interessados a fazer as ‘'escolhas duras'’ entre aumentar impostos e cortar gastos públicos, necessárias para manter algum equilíbrio fiscal sustentável. E o centro-direita conseguiu redefinir a narrativa da crise como se fosse questão de “endividamento público”, não de “falibilidade dos mercados”. Hoje, já nenhum partido no mundo industrializado se manterá, como candidato com possibilidade de chegar ao governo, se não puder apresentar-se como gerente confiável da economia.

Segundo, redefinir o campo “centrista”: os Conservadores “progressistas” combinam ceticismo quanto ao setor público e renovado compromisso com os valores da comunidade e do bem público. Na Noruega e na Alemanha, o centro-direita está conseguindo roubar da esquerda a bandeira da reforma progressista. Já abraçaram o compromisso de incluir os mais pobres e vulneráveis, criando um novo papel para as organizações caritativas, ONGs e todo o terceiro setor [isso é a caaaara escarrada de Marina Silva, a insuportável: ARREEEDE, Marina. Xô!]. Ao mesmo tempo, políticos de centro-direita cuidam atentamente de reformar direitos, como a assistência pública à saúde, aposentadorias e pensões, apelando diretamente aos eleitores que não confiam na seguridade pública.

Terceiro, renovar “valores tradicionais” numa sociedade moderna: outra característica do apelo Conservador é promover as virtudes da “autenticidade”, da moralidade e da família, sem alienar os eleitores jovens, prósperos e educados [isso também é a caaaara escarrada de Marina Silva, a insuportável: ARREEEDE, Marina. Xô!]. Isso significa reforçar modos de vida tradicionais, protegendo simultaneamente as comunidades contra as forças impessoais da modernidade e da mudança social. O centro-direita aprendeu a fazer isso de tal modo que quase sempre evita o conflito social sobre o papel da mulher (como faz Merkel, que oferece bolsa de 100 euros a mães que permaneçam em casa), reconhecendo direitos individuais à não discriminação e tratamento igual às minorias. Os conservadores, assim, conseguiram romper a filiação tradicional aos partidos progressistas.

(Para ler artigo completo, clique no título)
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Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros


Kátia Flávia

Fausto Fawcett

"Kátia Flávia, a Godiva do Irajá"


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Obama se explica: "Nunca! Jamé! Never metemos a mão no forévis de ninguém!" --- Manifestantes apelaram para Iemanjá, São Pedro atendeu: Deu sol e praia no 7 de Setembro

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O mundo espera que o Congresso dos EUA, obedecendo à opinião da maioria de sua população, negue autorização para participar do ataque à Síria.

O Conversa Afiada republica, através do Viomundo, artigo de Mauro Santayana, extraído de seu blog:




Cairo, Damasco e a hipocrisia norte-americana

por Mauro Santayana, em seu blog

John Kerry anunciou esta semana, na Casa Branca, que os Estados Unidos têm “provas irrefutáveis” do uso de armas químicas pelo governo sírio. Traços de gás sarin teriam sido encontrados no sangue e nos cabelos de voluntários que participaram do resgate de civis atingidos logo após um suposto ataque do governo contra rebeldes no dia 21 de um agosto.

Já vimos esse filme. O uso de armas de destruição em massa pelo governo de Saddam Hussein também foi apresentado de forma inconteste e irrefutável pelo governo norte-americano.

Em nome dessa “certeza”, o Iraque foi bombardeado e invadido, suas defesas foram destruídas por corajosos jogadores de vídeo-game instalados a bordo de aviões e porta-aviões, sem um único combate corpo a corpo, e morreram milhares de crianças e civis iraquianos.

E até hoje nem uma única arma de destruição em massa foi encontrada – apesar de milhares de soldados norte-americanos terem também sido mortos ou feridos, tentando ocupar o território virtualmente “conquistado”, de onde os EUA já se retiraram, depois de centenas de bilhões de dólares em gastos.

Na época, o inspetor da ONU Hans Blix – que deu uma entrevista esta semana ao jornal britânico The Guardian dizendo que não há justificativa para um ataque ocidental à Síria – negou que houvesse armas de destruição em massa no Iraque e teve sua missão em Bagdá interrompida pelos bombardeios norte-americanos.

Os EUA costumam usar, sem nenhum escrúpulo, seus eventuais aliados, e depois livrar-se deles sem nenhuma consideração moral ou ética.

Foi assim, quando se aliaram a Saddam armando-o na guerra contra o Irã, para depois destruir o seu regime sob um pretexto falso, e persegui-lo até a execução de sua sentença de morte por enforcamento, no dia 30 de dezembro de 2006 em Bagdá.

Foi assim que fizeram com Osama Bin-Laden – com cuja família os Bush tinham negócios – depois de apoiá-lo na guerrilha contra os russos no Afeganistão, até cercá-lo e abatê-lo desarmado, na frente de sua família, no dia 2 de maio de 2011, em Abbotabad, no Paquistão.

E foi assim que aconteceu também com Muamar Kadhaffi, capturado de mãos nuas e espancado brutalmente até a morte, em 20 de outubro do mesmo ano, em Sirte, na Líbia, a ponto de ter seu corpo transformado em um hambúrguer diante das câmeras de seus verdugos, armados pelos mesmos países ocidentais que antes o recebiam e apoiavam.

Agora, a história se repete. Os EUA e as grandes redes de meios de comunicação do ocidente procuram desqualificar a denúncia da inspetora da ONU Carla Del Ponte, de que teria levantado evidências, na Síria, de que gás sarin estaria, na verdade, sendo usado pelos “rebeldes”, apoiados pelo Ocidente, com a intenção de culpar o governo de Bashar Al Assad pelo seu uso.

Ao invadir outros países sem provas e sem autorização das Nações Unidas, os Estados Unidos agem como os nazistas, que deram início à Segunda Guerra Mundial com uma farsa que completou há três dias exatos 74 anos.

No dia 31 de agosto de 1939 a SS nazista simulou a invasão de uma rádio de língua alemã, na cidadezinha fronteiriça de Gleiwitz, por tropas do exército polonês, para divulgar uma falsa mensagem conclamando a população da Silésia a se revoltar contra Hitler.

Para dar o máximo de verossimilhança aos fatos, os oficiais de Himmler, disfarçados de soldados poloneses, levaram com eles, também vestidos com os mesmos uniformes, 12 prisioneiros de campos de extermínio, que foram abatidos no local, ao final da operação, para que seus cadáveres servissem de prova da suposta ”invasão” polonesa. No dia seguinte, 1 de setembro de 1939, as tropas de Hitler, já agrupadas na fronteira, invadiriam a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.

Ressabiado, talvez, pela participação – sem provas que a justificassem – da Grã Bretanha na Guerra do Iraque, o Parlamento inglês negou na última semana ao Primeiro-Ministro James Cameron autorização para participar do ataque à Síria.

O mundo espera que o Congresso dos EUA, obedecendo à opinião da maioria da população norte-americana, tome atitude semelhante. E que Obama recue, como pode acabar fazendo, de seu plano contra a Síria, estabelecido, como afirmou John Kerry, em sua entrevista na Casa Branca, para “mandar uma firme mensagem” a outros países, como a Coréia do Norte e o Irã.

Não se pode aceitar que a mesma nação que apóia e financia, com bilhões de dólares, o exército golpista egípcio – para que seus soldados massacrem a população civil nas ruas do Cairo – ataque ou bombardeie Damasco, sob pretexto de defender a liberdade. 


(Para navegar nos blogs ECOePOL e MAURO SANTAYANA, clique AQUI AQUI)

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(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)

Notícias abaixo também estão no Blog RodapéNews:


PAGAMENTOS DE SUBORNOS PELA SIEMENS PARA AGENTES POLÍTICOS

PUNIÇÕES DECORRENTES DA CORRUPÇÃO BANCADA PELA SIEMENS EM VÁRIOS PAÍSES PROSSEGUEM NA ALEMANHA

Deutsche Welle

No momento em que está no centro de escândalo no Brasil, multinacional alemã vê novamente um de seus ex-executivos no banco dos réus. Desta vez, por supostas irregularidades em negócios na Argentina.


EM SP, PROMOTORES E EX-EXECUTIVOS DA SIEMENS NEGOCIAM ACORDO

Folha – 09/09/2013


Os seis executivos que ajudaram a multinacional alemã Siemens a expor o cartel de empresas que atuou em licitações públicas de trens em São Paulo e Brasília estão negociando um acordo com o Ministério Público de São Paulo para colaborar com as investigações e tentar evitar punições na área criminal.

Promotores envolvidos com as investigações desconfiam que funcionários públicos receberam propina das empresas para facilitar a atuação do cartel e acham que os executivos podem contar o que sabem sobre isso se tiverem a promessa de que não sofrerão punição depois.

A legislação brasileira permite a negociação de acordos de delação premiada para incentivar criminosos a colaborar com investigações em troca de redução ou extinção de penas. Os acordos entre promotores e investigados precisam receber o aval da Justiça

INTERNACIONAL

NOBEL DA PAZ VIRA POLICIAL DO MUNDO E QUER GUERRA


IstoÉ


Foi a partir da ilha de Ascensão, a 2,5 mil quilômetros do Recife, que agentes de Barack Obama conseguiram bisbilhotar conversas telefônicas e trocas de e-mails da presidenta Dilma Rousseff

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Dilma deixa Rússia com destino ao Ceará, onde inaugura estádio da Copa


15 DE DEZEMBRO DE 2012
A presidente Dilma Rousseff embarcou da cidade de Moscou, na Rússia, por volta de meio-dia deste sábado (15) com destino a Fortaleza, no Ceará, informou a assessoria da Presidência da República.
Dilma deve chegar à capital cearense no começo da madrugada deste domingo (16), quando vai inaugurar o primeiro estádio a ficar pronto para a Copa do Mundo de 2014, o Castelão.

Dilma passa por tropas antes de embarcar para o Brasil (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)

(Para ler completo, clique no título)

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Nome da empresa aparece em apresentação ultrassecreta feita pela NSA para treinar novos agentes a acessar e espionar redes privadas.

 

Arquivo / AE
P-36
Depois de duas explosões, P-36 ficou inclinada e tombou. Petrobras tentou salvar a unidade, mas ela afundou
Depois da presidente Dilma Rousseff, agora é a Petrobras que foi alvo da espionagem americana. A denúncia foi feita neste domingo (09) pelo Fantástico a partir de documentos ultrassecretos entregues pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional Americana Edward Snowden.
Leia na reportagem de Sônia Bridi e Glenn Greenwald.
É uma apresentação ultrassecreta, feita pela NSA em maio do ano passado, para treinar novos agentes no passo a passo para acessar e espionar redes privadas de computador, as redes internas de empresas, governos, e instituições financeiras, redes que existem justamente para proteger informações.
O nome da Petrobras, a maior empresa do Brasil, aparece logo no início, sob o título: "muitos alvos usam redes privadas". Além da Petrobras, aparecem listados como alvos:
- A infraestrutura do Google, o provedor de e-mails e serviços de internet. A empresa, que já foi apontada como colaboradora da NSA, aqui aparece como vítima da agência.
- A diplomacia francesa - com o acesso à rede privada do Ministério das Relações Exteriores da França.
- E a rede do Swift, a cooperativa que reúne mais de dez mil bancos de 212 países e regula as transações financeiras internacionais por telecomunicações. Qualquer remessa de recursos entre bancos que ultrapassa fronteiras nacionais passa pelo Swift.
O nome da Petrobras aparece em vários slides, à medida em que o treinamento vai avançando na explicação de como é feito o monitoramento de dados das empresas e instituições-alvo.
(Para ler reportagem completa, clique no título)

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AA: Reportagem do Jornal Nacional sobre essa questão consultou vários especialistas em espionagem, economia e crise financeira. Um deles falou que informações sigilosas sobre o leilão do campo de Libra, roubadas via internet, poderiam servir para privilegiar alguns concorrentes, ou seja, deixou subentendido que alguém pode ter "vazado" as informações a fim de favorecer empresas arrematantes; mas não deu nome aos bois, nem mesmo falou da possibilidade de que assessores do governo possam estar mancomunados com corruptores; isto foi apenas insinuado. 

Também não podemos esquecer as falcatruas do governo FHC. Por exemplo, essa o Altamiro Borges nos conta:

Desvalorização do real

De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Leia mais clicando AQUI

Leia também...


Empresa dos EUA sugere que Lula recebeu propina e ataca Marinha brasileira: "é uma merda!"

A informação é de um relatório divulgado pelo Wikileaks. Revoltados com a provável escolha brasileira pelo caça Rafale, a empresa de espionagem dos EUA lança a ideia de que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses

AA: Nos comentários alguém postou e vale (re)ler:

Fernando Soares Campos – Quando a verdade serve para se introduzir uma mentira »         QTMD? Quem Tem Medo da Democracia?POSTADO EM 26/AUG/2012 ÀS 16:23
[...] mandaram pro WikiLeaks outra peça virulenta. Dessa vez com absurdas acusações contra Lula: Empresa dos EUA sugere que Lula recebeu propina e ataca Marinha brasileira: “é uma merda!” A informação é de um relatório divulgado pelo Wikileaks. Revoltados com a provável escolha [...]
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Merval Pereira e colegas chantagistas pressionam o STF a fim de ver Dirceu, Genoíno e João Paulo em cana; mas metem a viola no saco quando se trata dos crimes de seus donos.



8 DE SETEMBRO DE 2013
Paulo Moreira Leite                                 Merval Pereira
:

Análise ferina do jornalista Paulo Moreira Leite revela como era frágil o argumento de colunistas como Merval Pereira, do Globo, que defendiam que o Supremo Tribunal Federal desse uma resposta à sociedade antes do desfile de 7 de setembro – havia até quem previsse que a estátua da Justiça seria depredada por uma multidão enfurecida. "Interessados num eventual proveito político do julgamento, tentam chantagear as instituições da democracia, sem importar-se, sequer, com outros prejuízos de natureza cultural que o estimulo à baderna possa produzir", diz Moreira Leite; plano de Merval e do Globo, de usar o 7/9 como argumento para acelerar prisões, não funcionou.
247 - Ao contrário das apostas alarmistas de colunistas como Merval Pereira, do Globo, que defendiam que o Supremo Tribunal Federal desse uma resposta às ruas, prendendo réus antes mesmo do fim dos recursos, para que multidões enfurecidas não quebrassem tudo no 7 de setembro, nada disso aconteceu. Muito pelo contrário. A tentativa de parte da imprensa de usar possíveis protestos para chantagear as instituições fracassou. E o jornalista Paulo Moreira Leite escreveu uma análise impecável a respeito. Leia abaixo:
Crocodilos derrotados
Nossos cronistas que tentam impedir que os condenados da Ação Penal 470 tenham direito a uma revisão adequada de suas penas e mesmo uma segunda jurisprudência perderam um argumento depois de ontem.
Numa postura autoritária, que confundia seus desejos com a realidade, falavam do monstro, do ronco, do demônio das ruas para justificar a prisão imediata dos condenados.
(Para ler reportagem completa, clique no título)
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Na madrugada de 7 de Setembro, em vigília ecumênica, cariocas pedem a Iemanjá que interceda junto a São Pedro, a fim de que ele promova um feriado com sol e praia...

Leonardo Barros 
Publicado: 7/09/13 

ONG faz vigília em protesto na Praia de Copacabana Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo
ONG faz vigília em protesto na Praia de CopacabanaMARCOS TRISTÃO / AGÊNCIA O GLOBO

RIO - A madrugada do Dia da Independência começou com uma vigília cívica realizada pela ONG Rio de Paz na Praia de Copacabana, Zona Sul da cidade. Um grupo de cerca de 30 pessoas permaneceu no local até o amanhecer segurando velas e debatendo assuntos relacionado a melhorias em várias áreas públicas, principalmente saúdeeducação e segurança.
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Comprovado: Deus é brasileiro e ouviu as nossas preces!
Celebridades comemoram o 7 de Setembro nas praias do balneário "rural"


Veja Fernanda Lima jogando vôlei com Rodrigo Hilbert em praia no Rio


07 de Setembro de 2013

115
A atriz Fernanda Lima aproveitou a tarde deste sábado (7) para jogar vôlei com o marido, Rodrigo Hilbert, na praia do Leblon, zona sul do Rio de Janeiro
Foto: Wallace Barbosa / AgNews





























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Os loucos, os normais e o Estado


ELIANE BRUM - 03/06/2013 


Antônio Gomes da Silva soltou a voz ao empolgar-se com a Banda da Polícia Militar.  Ao seu lado, o funcionário levou um susto:
– Por que você nunca disse que falava?
E Antônio:
– Uai, mas ninguém nunca perguntou.
Ele tinha passado 21 anos como mudo na instituição batizada de“Colônia”, considerada o maior hospício do Brasil, no pequeno município mineiro de Barbacena. Em 21 anos, nenhum médico ou funcionário tinha lhe perguntado nada. Aos 68 anos, Antônio ainda não sabe por que passou 34 anos da vida num hospício, para onde foi despachado por um delegado de polícia. “Cada um diz uma coisa”, conta. Ao deixar o cárcere para morar numa residência terapêutica, em 2003, Antônio se abismou de que era possível acender e apagar a luz, um poder que não sabia que alguém poderia ter. Fora dos muros do manicômio, ele ainda sonha que está amarrado à cama, submetido a eletrochoques, e acorda suando. A quem escuta a sua voz, ele diz: “Se existe um inferno, a Colônia é esse lugar”. 
Antônio ganhou nome, identidade e história em uma série excepcional de reportagens. Publicado na Tribuna de Minas, de Juiz de Fora (MG), o trabalho venceu o prêmio Esso de 2012 e foi ampliado para virar um livro que chega às livrarias nesta semana. Na obra, a jornalista mineira Daniela Arbex ilumina o que chamou de “holocausto brasileiro”: a morte de cerca de 60 mil pessoas entre os muros da Colônia ao longo do século XX. Convidada por Daniela para fazer o prefácio de seu livro, abri uma exceção e aceitei, pela mesma razão que me move a escrever esta coluna: a importância do tema para compreender nossa época.
Em Holocausto Brasileiro (Geração Editorial), Daniela Arbex devolve aos corpos sem história, que eram os corpos dos “loucos”, uma história que fala deles, mas fala mais de nós, os ditos “normais”. Durante décadas, as pessoas eram enfiadas – em geral compulsoriamente – dentro de um vagão de trem que as descarregava na Colônia. Lá suas roupas eram arrancadas, seus cabelos raspados e, seus nomes, apagados. Nus no corpo e na identidade, a humanidade sequestrada, homens, mulheres e até mesmo crianças viravam "Ignorados de Tal".

(Foto: Luiz Alfredo/FUNDAC)
Qual é a história dos corpos sem história? Esta é a questão que Daniela se propõe a responder pelo caminho da investigação jornalística. Eram Antônio Gomes da Silva, o mudo que falava, Maria de Jesus, encarcerada porque se sentia triste, Antônio da Silva, porque era epilético. A estimativa é de que sete em cada dez pessoas internadas no hospício não tinham diagnóstico de doença mental. 
Quem eram eles, para além dos nomes apagados? Epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, mendigos, militantes políticos, gente que se rebelava, gente que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas, violentadas por seus patrões, eram esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, eram filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento. Eram homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns deles eram apenas tímidos. Cerca de 30 eram crianças. 
(...)
No hospício, [AA: tenta-se tirar] tira-se o caráter humano de uma pessoa, e ela [parece deixar] deixa de ser gente. É permitido andar nu e comer bosta, mas é proibido o protesto, qualquer que seja a sua forma”. Perdeu o emprego. 

Sônia Maria da Costa está entre os que conseguiram dar o passo para além do cárcere. Às vezes ela coloca dois vestidos para compensar a nudez de quase uma vida inteira. [AA: Leia também: “Para além das grades" – Editora PUC e Loyola Editores].
 (...)
Ao empreender uma investigação jornalística para escrever este livro, Daniela leva adiante pelo menos três trabalhos fundamentais de documentação contemporânea: as 300 fotos feitas pelo fotógrafo Luiz Alfredo, para a revista O Cruzeiro, a primeira a denunciar a Colônia, em 1961(duas fotografias deste acervo são publicadas nesta coluna); a reportagem transformada no livro Nos porões da loucura (Pasquim), do jornalista Hiram Firmino; e o documentário Em nome da razão, de Helvécio Ratton, filmado em 1979, que se tornou o símbolo da luta antimanicomial.

(...)
Se não quisermos continuar sendo cúmplices da barbárie descrita por Daniela Arbex neste livro, é preciso refletir sobre o nosso papel. É bastante óbvio perceber que fábricas de loucura como a Colônia só persistiram por um século porque podiam contar com a cumplicidade da sociedade. Mesmo quando o holocausto foi denunciado na revista de maior sucesso da época, O Cruzeiro, no início dos anos 60, passaram-se décadas até que a realidade do hospício começou – muito lentamente – a mudar. E outras gerações foram aniquiladas entre seus muros. Como é possível? É possível porque a sociedade prefere que seus indesejados sejam tirados da frente de seus olhosNão enxergar, para muitos, ainda é solução. [Grifo AA]
 
E esta é uma das razões pelas quais a tese do encarceramento sempre encontra ampla ressonância – e tem sido largamente manipulada por políticos ao longo da história do Brasil, e inclusive hoje.
(...)
Vale a pena repetir que, na Colônia, sete em cada dez não tinham diagnóstico de doença mental.
O diagnóstico, além de não representar nenhuma verdade absoluta sobre alguém, perde qualquer possível valor num lugar como o hospício descrito. Sua única utilidade seria como justificativa oficial para retirar pessoas incômodas do espaço público, aquelas cujo sofrimento não poderia existir, violando neste ato seus direitos mais básicos. Mas o fato de 70% dos internos não ter nem sequer um diagnóstico é um dado importante para perceber com que desenvoltura os manicômios serviram – e ainda servem – a um propósito não dito, mas largamente exercido pelo Estado: o de ampliar as categorias das pessoas que não devem ser escutadas, calando todos aqueles que dizem não apenas de si, mas de toda a sociedade.

(Para ler resenha completa, clique no título)

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Nº 1268 





ÚLTIMAS


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Mensagens de nossos correspondentes...

De nosso correspondente e eventual colaborador Julio Cesar Montenegro, jornalista, Fortaleza (CE):

como des tacados vinhos
temos também controle de origem
quem caminhou cantou lutou
contra a redentora
se considera(va) companheiro
 
reunindo
mais proximamente acompanhado
pasquim opinião movimento
beijo
separado
 
quem atenta
ao espetáculo do momento
olha pras estrelas
se ofuscando
ou querendo competir
 
humanos simplesmente
procuramos estrelas
na obscuridade
quando a claridade próxima
não é con corrente
 
acima dos bustos
con decorações
olhares ao alto
seria pra inteira humanidade
um grande salto

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De nosso amigo e correspondente Zé Carvalho, Maceió (AL):


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de: Ellen Louise Otis <eotis@uark.edu>:

certain sum has been donated to you contact (harry.black@rogers.com)‏‎

[Tradução online: certa quantia foi doada para você entrar em contato ( harry.black @ rogers.com )]

[Quando a gente sacar (depois do contato, claro... vamos bancar uma festa bem bacana! Desde já, todos os leitores desta nossa Agência Assaz Atroz estão convidados pro bacanal!]
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De nossa colaboradora-correspondente Urda Alice Klueger, comentando sobre...

Genial! Repassado;
Urda.

"Eu me dei conta de que cada vez que um dos meus cachorros parte, ele leva um pedaço do meu coração com ele. Cada vez que um cachorro novo entra na minha vida, ele me abençoa com um pedaço de seu coração. Se eu viver uma vida bem longa, com sorte, todas as partes do meu coração serão de cachorro, então eu me tornarei tão generoso e cheio de amor como eles."  (Autor desconhecido)
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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PressAA

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http://assazatroz.blogspot.com/
http://santanadoipanema.blogspot.com/
http://pressaa.blogspot.com/



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Obama dá uma de Don Juan para conquistar aliados --- Olhos azuis do filho do Amarildo conquistam o mundo Top Fashion --- Caetano: Baiano carioca, sim; paraíba paulista, não!

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OS DERROTADOS DA GUERRA À SÍRIA 

Raul Longo*
Essa guerra à Síria é um completo desastre. Nem começou e já tem vários derrotados.
Por enquanto, de ganhador só a Inglaterra que dessa vez foi experta o suficiente para não entrar na roubada dos Estados Unidos que, já na última, a do Iraque, moralmente virou pó perante o mundo.
Quem diria? Até o final do século passado o sujeito que sabia meia dúzia de palavras em inglês as usava mais do que todo o vocabulário de seu próprio idioma. Quando terminava a reduzida coleção de english words, apertava o rewind, and repet, carregando no sotaque ianque. Hoje, por mais que saiba, faz que desconhece. As escondidas lê Shakespeare no original, mas faz questão de dizer que só conhece uma palavra ou outra e pra confirmar escreve emeiu ao invés de e-mail.
Analfabeto em inglês autêntico sou eu, que sempre escrevi imeiu. O resto é puro fingimento, só pra não passar vergonha porque desde que o moral dos Estados Unidos foi derrotado no Iraque e no Afeganistão, qualquer afinidade compromete.
Amiga minha que não vou dizer quem porque muita gente conhece, se descabelava apavorada porque o filho partiu em viagem ao exterior. “- Tem mais de 20! Deixa o garoto conhecer o mundo lá fora!” – tentei consolar.
Histérica e inconformada, inviabilizou qualquer ponderação: “- Onde fosse! Antártica, Saara, Amazônia, Transilvânia! Mas o desacorçoado resolveu ir logo pra Florida só pra me dilacerar!”
Já outro amigo, fez uso pedagógico: - Se não estudar, te mando pra Disneylândia!”. A menina ficou tão apavorada que nem precisou fazer as provas pra passar de ano.
Agora, com essa história de guerra à Síria, os Estados Unidos derrotou-se em seu próprio país. Se fosse do governo sírio eu mandava fechar as portas da embaixada em Washington porque há risco eminente de invasão de estadunidenses com pedido de asilo. Ninguém aguenta mais viver naquele país!
Sozinha, uma cidadã de lá filmou seu próprio desespero e postou no YouTube como pedido de SOS no oceano da internet. Fernando Soares olhou aquilo e não aguentou... Mandou pra Regina Duarte aprender a interpretar medo de verdade.
Outra grande derrota da guerra à Síria que ainda nem começou, é a dos Sionistas. Nesse aspecto o lado negativo é que se tem de ficar explicando às pessoas para não confundirem. Há que contar a história direitinha, dizer que Hitler não tinha razão coisa nenhuma, que os judeus dos campos de extermínio eram todos socialistas e não sionistas.
“- Que diferença faz?” – desafiou o filho do vizinho e tive de ir ponto a ponto desde a Idade Média quando a Igreja Católica convenceu os estúpidos dos Senhores Feudais que dinheiro era coisa do diabo e pra não ir pro inferno tinha de ter o salvo conduto dos bispos que instituíram os vigários. Em latim quer dizer “substituto”.

O garoto se divertiu quando soube que a palavra vigarista surgiu porque os vigários roubavam a parte da igreja dos cofres dos Senhores Feudais que passaram a contratar os serviços de contabilidade dos judeus. Contei que além de bons na matemática que aprenderam nos tempos do Cativeiro na Babilônia, os judeus não tinham isso de ir pro inferno e ofereciam a vantagem de não roubar. Até porque se roubassem seriam mortos e matar judeu não era pecado.

Expliquei que assim inventaram as aplicações, os empréstimos e os juros. Os Senhores Feudais gostaram da rentabilidade e os judeus, antigos pastores, aprenderam a sobreviver da agiotagem que os preconceitos cristãos os impediam de trabalhar em qualquer outra coisa acabaram inventando os bancos financeiros e o capitalismo.

Quis que eu explicasse o que é o capitalismo, mas me safei dizendo que é uma coisa tão complicada que só outro judeu, como o Karl Marx, é quem pôde destrinchar a trama do sistema e propor o socialismo como estrutura sócio/econômica mais justa e igualitária. Claro que desagradou profundamente os banqueiros judeus como os Rothschild que, apesar de judeus alemães, nunca nenhum pisou num campo de concentração.

Garoto experto, logo deduziu que se judeu-alemães e não foram incomodados pela turma do Hitler é porque alguma coisa houve. Sem querer forçar a mão, apenas lembrei que a ascensão do nazismo se deu em meio a uma crise financeira mundial igual à de agora, com a Europa acabando de sair de uma guerra onde a Alemanha esteve enfiada até o pescoço. Não foi preciso mais para concluir que tanto investimento em armamento e montagem de um exército como o nazista não se faz com dinheiro que caia do céu. Mas quis saber onde, depois da guerra, arrumaram ainda mais dinheiro para fazer o Estado de Israel.



Foi só eu sorrir e já matou a charada: “- Que filhos da puta! E os judeus não sabem que são usados por estes sionistas?”

“- Tem muitos que sabem! Tem muitos que sabem!”  Tranquilizei notando que com essa guerra à Síria a falta de escrúpulo do sionismo ficou ainda mais escancarada não só aos judeus como ao mundo todo. Ninguém tem mais dúvida de que por interesses econômicos financiam mortes de homens, mulheres e crianças e põe o próprio povo em risco. “- Bombardeiam até a mãe!” Todos: sionistas e o braço armado do imperialismo capitalista, os Estados Unidos.

Difícil foi explicar ao rapaz como é que os Estados Unidos, que diziam combater o terrorismo internacional agora financiam a mesma Al Qaeda que na Síria deixou de ser organização terrorista para ser apenas “Rebelde”.

Aí tive de contar quem são os Sauditas de quem ninguém fala nada, mas que os tais preconceitos machistas dos islâmicos, tão condenados pela mídia ocidental, ocorrem sobretudo nos países da península saudita que não admitem mulher nem andando de bicicleta e as leis condenam as que são pegas dirigindo automóvel. E que esses sauditas também são os que financiam os mercenários terroristas da Síria, inclusive a Al Qaeda do Osama Bin Laden que era saudita e os pais eram sócios do Bush no truste internacional do petróleo, como os reis sauditas são sócios dos sionistas e todos formam uma só quadrilha a explorar o fanatismo religioso daquela gente.

Para que compreendesse melhor, exemplifiquei com os malandros que exploram o fanatismo de seguidores de certas seitas evangélicas. “- O que não quer dizer que toda mulher cristã tem de usar vestido nas canelas e cabelo pela cintura”. –comparei e contei das mulheres políticas e intelectuais da Síria, do Irã, da Palestina e de diversos outros países islâmicos, enquanto a mulheres sauditas são apenas mais uma do harém de cada sheik daqueles.

Espantado, o garoto achou um absurdo a mídia brasileira deturpar e omitir tantas informações.

Expliquei que depois da Segunda Guerra, além das grandes instituições financeiras os sionistas se dedicaram também aos meios de comunicação e como aprenderam com o Goebbels, o chefe da propaganda nazista, repetem uma mentira mil vezes até todo mundo acreditar como verdade. Mostrei que hoje detêm os maiores conglomerados de empresas desse setor em todo o mundo, como é o caso do Rupert Murdoch, dono da TV Fox, da distribuidora de cinema 20th Century, da Sky, do Wall Street Journal, do Dow Jones e associado à Globo no Brasil, que também é de judeus sionistas.

O rapaz contradisse, lembrando que os Mesquita do O Estado de São Paulo e os Civita da Editora Abril são judeus e sem dúvida sionistas, mas o Roberto Marinho era católico. Concordei, afinal judeu é religião e não etnia e, se católico como se dizia, Marinho não poderia ser judeu, mas descendia de hebreus e seguia a ideologia sionista como a seguem seus filhos e empregados, inclusive o Arnaldo Jabor que descende de árabes, mas vai ver que sauditas.

E aí já encontramos outros derrotados prévios da guerra que ainda não aconteceu, pois o vexame internacional da ameaça do Obama tem envergonhado a todos que apoiam o ataque com a mesma desculpa das armas químicas que nunca foram encontradas porque não existiam no Iraque.

Na Síria existe, mas porque diabos o governo sírio iria usar armas proibidas internacionalmente quando está vencendo as forças mercenárias financiadas pelos interesses capitalistas? E mais: por que iria usar essas armas e ele mesmo chamar a ONU para investigar quando as tais armas químicas foram usadas em março? Além disso, por que os Estados Unidos, a França e a Inglaterra adiaram a ida dos investigadores da ONU, quando chamados pelo próprio governo Sírio?   

Uma cambada de especuladores e inescrupulosos promovedores de matanças de populações, de homens, mulheres e crianças já derrotados antes de a guerra começar.

E a França! Mas que vergonha, hein! Logo a França do LibertéIgualité,Fraternité!  Que fraternidade é essa? Qual o socialismo desse governo? Bem que a França poderia curtir suas velhas glórias sem se expor a mais uma vergonha histórica!

Há tanto tempo a França não entra numa guerra e escolhe logo o lado derrotado antes da guerra começar.

Por mais que vençam, por mais que se comprove e alardeie que o Bashar Assad é um tirano, a desculpa que arrumaram e os motivos que escondem para essa guerra já os tornam tão derrotados quanto Bush quando mandou implodir um prédio para invadir o Afeganistão por um gasoduto.

Ô gente porca! E ainda fazem pose de luzes da civilização! Ou o mundo os apaga, ou o futuro da humanidade será uma volta à Idade das Trevas!  E pode ser sem chances de renascimento.

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*Raul Longo, jornalista, escritor e pousadeiro. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

Foto do Raul, com novo visual, extraída de SAMBAQUI NA REDE 2.

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Ser doutor é mais fácil do que se tornar médico

Eliane Brum
em seu blog revista ÉPOCA, publicado em 17.7.2013
Jornalista, escritora e documentarista.

elianebrum@uol.com.br / @brumelianebrum 


O Programa Mais Médicos, lançado pela presidente Dilma Rousseff, não vai resolver o problema do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas pode, sim, ser parte da solução. Ou alguém realmente acredita que colocar mais médicos nos lugares carentes do Brasil pode fazer mal para a população? 

Sério que, de boa-fé, alguém acredita nisso? A veemência dos protestos contra o projeto de ampliar o curso de medicina de seis para oito anos e tornar esses dois últimos anos um trabalho remunerado para o SUS revela muito. Especialmente o quanto é abissal a fratura social no Brasil. E o quanto a parte mais rica é cega para a possibilidade de fazer a sua parte para diminuir uma desigualdade que deveria nos envergonhar todos os dias – e que, no caso da saúde, mata                                                                                                                       os mais frágeis e os mais pobres.


(Para ler matéria completa, clique no título)

Conheça também o blog PODRES PODERES, também administrado por Pedro Porfírio:

Protestos com humor

A irreverência é uma das formas mais contundentes de dar o recado.  As imagens abaixo foram enviadas por  um amigo, que sabe das coisas.





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Imagem extraída de Cadê Amarildo - fotosãopaulo - Folha de São Paulo





Filho de Amarildo vai estrear nas passarelas este mês


  • Com 1,83m e olhos azuis, Anderson Gomes chamou a atenção de olheiros do mundo da moda

  • Jovem de 21 anos continua em busca de informações sobre o pai



Anderson: “Vamos ver no que vai dar”

Anderson: “Vamos ver no que vai dar”
RIO - Em meio a tantos desencontros na história mal amarrada do desaparecimento de seu pai, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, Anderson Gomes, de 21 anos, encontrou um jeito de superar a dor. Com 1,83m de altura, olhos azuis e caráter gentil, o rapaz chamou a atenção de olheiros do mundo da moda e já se prepara para estrear nas passarelas. Ele vai desfilar no próximo dia 16, às 20h, no Intercoiffure Regional do Rio de Janeiro, no shopping Fashion Mall, em São Conrado. O evento será em comemoração aos 20 anos de fundação do Instituto Zuzu Angel de Moda.

A entrada de Anderson no mundo da moda se deu com a ajuda de Michele Lacerda, parente da família. Ela o apresentou a Ricardo Moreno [ AA: visagista do casting da Globosat, de atores de teatro e em eventos de moda], dono do salão RM, no Leblon, e coordenador regional do Intercoiffure Rio. Ricardo logo levou o rapaz ao encontro de Sérgio Mattos, dono da agência 40º Models.

— É um rapaz muito bonito e de uma educação exemplar. Ele tem um caráter muito bem formado. É humilde, simpático. Tem tudo para ser um excelente profissional — comentou Ricardo, informando que já está em gestação uma campanha de moda tendo Anderson como protagonista.
Anderson está empolgado, embora não tenha a menor ideia sobre até onde pode chegar. Fora das salas de aula há dois anos, ele já se matriculou num curso para poder retomar os estudos e concluir o ensino médio.

— Estou contente. Melhor seria se meu pai estivesse aqui. Mas pode ser uma forma de ajudar minha família. Vamos ver no que vai dar. As pessoas estão me ajudando, e eu não posso falhar — disse, com simplicidade.

Veja também
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Ainda em O Globo...

Recurso tem o poder de reabrir o caso, com novo exame de provas e possibilidade de absolvição de réus condenados 

AA: Nãããooo...!!!

Isso mesmo, ministro! 
Precisa-se agilizar esse processo! 



Ad aeternum no gavetão, basta o Tucano Mensalão! 

Alckmin, Serra e FHC unidos jamais serão detidos!

Dirceu, Genoíno e João Paulo, direto pra cadeia já! 
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Navegando contra a maré...


O grupo Nós do Morro reabre o Teatro do Vidigal com a estreia de ‘A Mancha Roxa’, de Plínio Marcos, no sábado, dia 27 de julho, às 20h. A peça nasceu a partir de um grupo de estudos, formado em setembro do ano passado por oito atrizes e alunas dirigidas pelo multiplicador Luís Delfino. Após dez meses de estudos, o espetáculo é a primeira atração da retomada de atividades do Teatro do Vidigal em 2013. ‘A Mancha Roxa’ fica em cartaz no Teatro do Vidigal, aos sábados e domingos, às 20h, até 11 de agosto, com ingressos populares, R$ 4, a inteira, e R$ 2, a meia-entrada.

O Teatro do Vidigal, conhecido como o ‘teatrinho’ do Nós do Morro, foi a sede do grupo de1995 a 2001, ano em que foi reformado e transformado em um teatro de palco italiano com 54 lugares, e o grupo transferiu oficialmente suas oficinas e corpo administrativo para o Casarão, também localizado na Rua Dr. Olinto de Magalhães, no Morro do Vidigal.


(...)


Plínio Marcos e a AIDS no sistema prisional

Escrita em 1988, quando muito pouco se sabia sobre a AIDS, além da informação que o estágio final da doença se caracteriza pelo aparecimento de grandes manchas roxas pelo corpo, ‘A Mancha Roxa’ coloca seis presidiárias que se descobrem soropositivas em uma mesma cela.  Na época, a doença, que significava uma sentença de morte, atingiu níveis epidêmicos no sistema prisional brasileiro e era conhecida nos presídios como “a mancha roxa”.

Dono de uma dramaturgia que foca o universo marginalizado, sombrio e violento, Plínio Marcos foi contratado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo em 1988 para participar de uma campanha de esclarecimento à população carcerária sobre a AIDS. Para criar ‘A Mancha Roxa’, o autor usou um rascunho de um texto sobre mulheres presidiárias que estava há anos engavetado. Era uma tentativa de uma versão feminina de ‘Barrela’, primeira peça de sua obra, que também era ambientada em uma cela, mas de um presídio masculino. ‘A Mancha Roxa’ teve sua primeira montagem no ano seguinte, dirigida pelo filho do dramaturgo.


(...)


Grupo Nós do Morro

O grupo Nós do Morro foi fundado em 1986 pelo ator e diretor artístico Guti Fraga e até hoje mantém sua visão original: proporcionar acesso à arte. Em 26 anos de resistência cultural, o grupo é conhecido nacionalmente como um exemplo inspirador de formação artística e inclusão sociocultural originado em uma favela.

São mais de 50 premiações, tanto para a instituição, quanto para espetáculos de teatro e filmes; como também para artistas do grupo.  Entre eles, os prêmios Shell de Teatro, Coca-Cola de Teatro, Cultura Viva do MinC, Menção Honrosa da UNESCO, Troféu Raça Negra. Filmes produzidos pelo Núcleo de Audiovisual ganharam mostras competitivas de cinema como o Festival Internacional de Cinema de Brasília, Festival do Rio, Festival Rencontres Cinématographiques de Marseille, entre outros. Os espetáculos ‘Os Dois Cavalheiros de Verona’, ‘Os Pequenos Burgueses’ e ‘Bandeira de Retalhos’ fizeram apresentações na Inglaterra e em Portugal, incluindo uma temporada no Barbican Theatre da peça de Shakespeare, em 2008.

Cerca de doze mil pessoas já passaram pelas oficinas do grupo. Hoje, a instituição possui dois espaços no Morro do Vidigal: o Casarão, sede do Grupo, que compreende cerca de oito espaços multiuso para aulas técnicas e teóricas, apresentações culturais e realização de debates e eventos de ideias abertos ao público e está em funcionamento desde 2001, quando a antiga sede do Grupo deu lugar ao Teatro do Vidigal, que possui palco italiano, equipamentos de som e luz e permite uma ocupação de até 60 pessoas. Ambos os espaços são equipamentos culturais fundamentais para a comunidade do Vidigal, já que oferecem programação cultural com regularidade, sendo quase a totalidade com entrada gratuita, ou ingressos populares.

Anualmente, cerca de 300 pessoas são atendidas pelas atividades de iniciação e formação artística na sede do Vidigal. Desde 2001, as Oficinas Artísticas do grupo e a manutenção das atividades permanentes têm patrocínio da Petrobras.


(Para ler reportagem completa, clique no título)

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Colunista da Folha critica manifestantes de rua por atos violentos e depredações: ‘essas bestas de cara escondida ou descoberta são indefensáveis. O que quer que lhes aconteça é problema estritamente seu. Nada tem a ver com democracia ou com direitos humanos. Poderiam ser levados para a cadeia ou o hospital metidos em uma caçamba de lixo’

10 de Setembro de 2013

247 – O colunista da Folha Janio de Freitas detonou os manifestantes de rua por atos violentos e depredações. Em artigo, diz que baderneiros são lixo de gente e que poderiam ser levados para a cadeia ou o hospital metidos em uma caçamba. Leia:

Lixo de gente

Destruir utensílios urbanos é antissocial. Quebrar porta de banco como 'agressão ao capitalismo' é imbecilidade

Há quem pense que faz pouco quem passa a vida, para ganhá-la honestamente, lidando com os restos deixados pelos outros. É o que pensam --se os imaginamos capazes de pensar-- os depredadores que despejam nas ruas o lixo das caçambas públicas, a pretexto de manifestação e protesto. O que fazem é impor um acréscimo perverso de degradação aos garis, sem a mais mínima consideração humana a esses a quem devemos, mais do que a quaisquer outros, a possibilidade de vida em comum nas usinas de imundice chamadas de cidades.

Destruir utensílios urbanos e emporcalhar prédios públicos é antissocial. Quebrar porta de banco como "agressão ao capitalismo" é imbecilidade. Mas não é provável que os autores de tais façanhas sejam capazes de perceber que não produziram efeito algum, além da mera destruição.

(Para ler entrevista completa, clique no título)

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Caetano, mas pode chamar de Jabor


Dias depois de posar com uma máscara dos black blocs, o cantor baiano muda de ideia.

Caetano na visita à Mídia Ninja no Rio
Caetano Veloso publicou um mea culpa em sua última coluna do Globo, “Um Dia Aventuroso“. Falou da foto que fez com uma camiseta preta cobrindo o rosto, à guisa de black bloc, tirada numa visita à sede da Mídia Ninja no Rio de Janeiro. Explicou as circunstâncias em que o retrato foi feito. A imagem cumpriu o objetivo de dar o que falar. (O Diário comentou aqui).
“Eu sou apenas um velho baiano mas moro aqui há muitos anos e acho que proibir máscaras numa cidade como o Rio é violência simbólica”, escreveu no jornal. “Agora vejo aqui que eles puseram a foto na rede e logo alguém tuitou que sou oportunista e incito a violência. Não. Entendo que Black Bloc faz parte. Mas nem anticapitalista convicto eu sou. E quero paz”.
Basicamente, ele alega que foi enganado pelos membros da Mídia Ninja/Fora do Eixo. Conta uma história rocambolesca sobre como ele, Sidney (?), Yvonne Maggie e Olga Bronstein foram de metrô à Zona Sul, comeram sashimi e aterrissarem na reunião na UFRJ.
(Para ler completo, clique no título)
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Escrito por Mário Tonocchi

Lula, genial segundo Nêumane


Nêumanne: Lula cometeu muitos erros, mas que justamente o levaram às vitórias./Newton Santos-Hype

O ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva é o maior político que o Brasil já teve. É ainda um dos mais importantes políticos do mundo atual, pois age como um ator político perfeito: consegue chegar ao coração do mais simples dos eleitores por sua genialidade na comunicação e tem a extrema capacidade de conseguir conciliar o mundo da política. [Grifo AA] A análise não é de nenhum grande afeto de Lula. Pelo contrário, é do jornalista, comentarista de rádio e TV, escritor, poeta e editorialista do jornal O Estado de S. Paulo, José Nêumanne Pinto. 
A conclusão do jornalista – um dos mais ácidos críticos das atitudes e também da falta de ações do ex-presidente em momentos de crise –  transparece claramente no livro O que sei de Lula (Topbooks, 522 págs; R$ 69,00). O lançamento está previsto para amanhã, a partir das 19h, na Livraria da Vila (rua Fradique Coutinho, 915, na Vila Madalena).
Por meio de consultas de biografias, entrevistas e de sua própria experiência com o ex-presidente – Nêumanne teve relacionamento profissional estreito com Lula entre 1975 quando o conheceu até a criação do Partido dos Trabalhadores (PT), nos anos 90 – o jornalista diz que conseguiu chegar ao homem Luiz Inácio que no início só queria se dar bem na vida revelando em suas mazelas, equívocos e erros na política como conseguiu passar por dois mandatos pelo posto máximo da República com fabulosa aceitação popular.
Erros certeiros – Em sua peregrinação política, lembra Nêumanne, o ex-presidente Lula resistiu em participar de sindicatos e da campanha nacional pelas Diretas-Já nas eleições para presidente; tentou boicotar a Constituinte de 1988; foi um feroz crítico do Plano Real e considerou "herança maldita" os avanços sociais do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. E é justamente no avanço do processo de Fernando Henrique Cardoso que Lula obteve o maior reconhecimento da população brasileira.
"Lula cometeu muitos erros e equívocos em análises do processo em sua carreira política. Mas justamente esses erros o levaram a todas as vitórias que teve na República", diz Nêumanne.  "E ele foi um homem de muita sorte, sempre. A começar quando vinha para São Paulo quando ele desceu do pau de arara e foi esquecido, mas o caminhão voltou para pegá-lo. Algo incompreensível naquela situação. Era apenas mais um menino que estaria perdido no sertão", conclui o autor.
Pedras – A versão de Nêumanne sobre Lula tem impressões políticas, mas está baseada na tentativa de realizar o trabalho de forma isenta. 
O jornalista revela que o elogio ao ex-presidente lhe valeu severas críticas. 

"E estou sendo apedrejado por isso principalmente pela direita". O jornalista também diz que as próprias histórias de vida dele e de Lula lhe dão arcabouço para realizar a tarefa de contar o que é Lula. 
"Como ele, eu  sou sertanejo. E, como ele, fui retirante em  busca de uma vida melhor."

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No blog da redecastorphoto... 

9/9/2013[*] Ray McGovernInformation Clearing House Consortium News
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu



Denis McDonough e Barack Obama
Se o Chefe de Gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, não estivesse trabalhando a favor de mais uma guerra baseada no que muito parecem ser novas mentiras, seria o caso de ter pena dele, depois de suas várias aparições na televisão ao longo de todo o domingo, argumentando a favor de um ataque militar à Síria. O serviço pouco invejável acabou recaindo sobre McDonough, forçado a substituir as duas escolhas mais naturais para promover o plano do governo Obama de guerra “limitada” contra a Síria.

(Para ler artigo completo, clique no título)

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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A gafe do garoto propaganda: John Kerry não aprendeu japonês em braile --- CADÊ OS AMARILDOS DA BAHIA? --- Pior só em Guantánamo

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De...
Boletim de Atualização - Nº 303 - 10/9/2013

...para a PressAA...

Obama e Washington em xeque


130910-Obama
Como uma gafe histórica ajudou a desarmar ataque à Síria. Que o episódio revela sobre poder internacional no século 21
Um olhar superficial poderia atribuir ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o gesto desengonçado que tornou difíceis e arriscados os planos da Casa Branca para uma guerra contra a Síria. Na manhã desta segunda-feira (9/9), ao falar de improviso em Londres, Kerry sugeriu que o ataque anunciado por Obama poderia ser cancelado, caso o presidente sírio, Bashar Assad, entregasse “todas as suas armas químicas, sem demora” e permitisse “a verificação completa” do ato pela comunidade internacional. No instante seguinte, tentou neutralizar o efeito de sua própria frase, talvez por perceber o risco que implicava. “Ele [Assad] não o fará, isso não pode ser feito”, disse. Minutos depois, a porta-voz do Departamento de Estado correu em seu socorro, afirmando que ele fizera apenas “uma argumentação retórica”, sobre a “impossibilidade de Assad abrir mão das armas”. Mas era tarde.
Muito rápido, o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, que se opõe à guerra, aproveitou a brecha. Assegurou que seu país recomendaria à Síria colocar os arsenais sob supervisão de inspetores internacionais. O círculo fechou-se quando o próprio chanceler sírio, Walid al-Moulen, que estava em Moscou, acolheu a proposta e saudou “a sabedoria da liderança russa, que tenta prevenir uma agressão norte-americana contra nosso país”… Nos instantes seguintes, e na velocidade da internet, a ideia receberia o aval do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e de diversos parlamentares em Washington. À noite, um Obama relutante foi obrigado a ceder, parcialmente. Em cinco entrevistas à TV, que haviam sido agendadas para defender o ataque à Síria, ele disse desconfiar do compromisso sírio, mas declarou-se disposto a testá-lo. Outras reviravoltas poderão surgir, mas atacar Damasco, nas novas circunstâncias, havia se tornado insustentável. A questão é: tudo terá sido, mesmo, resultado de um escorregão de John Kerry?
(Para ler artigo completo, clique no título)

O envenenamento das abelhasPrestadoras de inestimáveis serviços ambientais, elas sucumbem a agrotóxicos, monocultura, manejo intensivo das colmeias. Como viverá a humanidade se desaparecerem? Por Inês Castilho, com participação de Taís González (Outras Palavras)

Pós-Junho: esquerda ganhou a primeira partida
Ao atacarem programa Mais Médicos, conservadores voltaram a expor seu elitismo e se desgastaram. Mas batalhas decisivas estão por vir – e envolverão a Economia. Por André Singer, no Viomundo (Outras Mídias)
Obsolescência programada: arma estratégica do capitalismo
Para que lucros floresçam, produtos precisam quebrar mais rápido, tornar-se ultrapassados ou indesejados. Preço é eterna angústia dos consumidores e devastação da natureza. Por Valquíria Padilha Renata Bonifáciono Le Monde Diplomatique (Outras Mídias)

As vozes abertas da América Latina
Nossa série sobre mudanças nas comunicações na região prossegue e sugere: a despeito das características nacionais, tentativas democratizantes têm história e tendências comuns (C.H.(Blog)

Mídia na Argentina: lei democratiza, mas Grupo Clarín quer barrá-laComo a Ley de Medios restringe a concentração de poder midiático e qual a tática do maior grupo local para anulá-la na Justiça Por Cibelih Hespanhol (Blog)

O vergonhoso mercado das armas anti-multidão
Crise aumenta procura por bombas, "tasers" e outros artefatos para repressão a protestos. Brasil é um dos grandes fornecedores internacionais. Por Tomaz Amorim Izabelno blog do Negro Belchior (Outras Mídias)

Para entender as ameaças aos povos indígenas
Um breve guia para enxergar as ameaças dos ruralistas, os projetos de lei que ferem direitos, o silêncio do governo e as formas de apoiar a resistência. Por Carol Nunes, no Pagina22 (Outras Mídias)

Pesquisadores criam biossensor para detectar pesticiida
Criado pela USP e UFMT, ele aponta, em minutos, presença de agrotóxico proibido. Em breve, permitirá verificar uso de outros venenos. Por Elton Alisson, na Agência Fapesp (Outras Mídias)

A vida como ela é, em ocupações
Novo projeto parceiro, Centro Ocupado aborda situações e acontecimentos de gente que ainda não tem onde morar. A primeira história é de José, pai de família. Por Rafael Rojas (Blog)
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Como eles espionam


Foi a partir da ilha de Ascensão, a 2,5 mil quilômetros do Recife, que agentes de Barack Obama conseguiram bisbilhotar conversas telefônicas e trocas de e-mails da presidenta Dilma Rousseff

 06 de Setembro 2013 

Claudio Dantas Sequeira e Josie Jeronimo
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A cerca de 2,5 mil quilômetros do Recife (PE), numa região inóspita do Atlântico Sul, existe uma pequena ilha de colonização britânica chamada Ascensão. É lá que os agentes de Barack Obama captam aproximadamente dois milhões de mensagens por hora. São basicamente conversas telefônicas, troca de e-mails e posts em redes sociais. É dessa pequena ilha que os técnicos da NSA, uma das agências de inteligência dos Estados Unidos, vêm bisbilhotando as conversas da presidenta Dilma Rousseff e de alguns de seus ministros mais próximos, segundo especialistas ouvidos por ISTOÉ na última semana. A ilha de Ascensão tem apenas 91 quilômetros quadrados e seria irrelevante se não estivesse numa posição estratégica, a meio caminho dos continentes africano e sul-americano. Ao lado de belas praias, sua superfície abriga poderosas estações de interceptação de sinais (Singint), que se erguem como imensas bolas brancas. Elas integram um avançado sistema de inteligência que monitora em tempo real todas as comunicações de Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela e fazem parte de um projeto conhecido como Echelon (leia quadro à pág. 46), que envolve, além dos Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e Canadá.
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INÍCIO DE TUDO
Documentos mostrados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden indicam
que a interceptação americana partiu da ilha de Ascensão

O indicativo mais forte de que a invasão de Obama nas conversas da presidenta Dilma e seus ministros se deu a partir da ilha está nos próprios documentos exibidos por Edward Snowden, denunciando o esquema. Neles, lê-se, na parte inferior, o grau de classificação “top secret” (ultrasecreto), o tipo de documento Comint/REL (comunicação interceptada) e sua divulgação (USA, GBR, AUS, CAN, NZL), exatamente as siglas que indicam os países do sistema Echelon. “Há um alto grau de probabilidade de que a NSA já tenha entrado não apenas no sistema de comunicações da presidenta, mas em todos os sistemas nacionais críticos”, alerta o consultor em segurança Salvador Ghelfi Raza, que já trabalhou para o governo de Barack Obama.
As antenas da ilha de Ascensão conseguem captar as mensagens logo depois de serem produzidas, antes mesmo que elas cheguem aos satélites para serem distribuídas. Uma vez recolhidas, as informações são lançadas em um gigantesco computador instalado no Fort Meade, em Maryland, nos EUA. Lá, são processadas em um programa chamado Prism (Prisma), que localiza, por intermédio de palavras-chaves, aquilo que os bisbilhoteiros procuram, entre os milhões de dados recebidos por hora. A partir daí as informações são submetidas a um outro programa, que quebra a criptografia. Ainda em Maryland, computadores traduzem as informações coletadas. Feita a análise, o que for de interesse do governo americano será distribuído aos agentes espalhados por todo o mundo para continuar o serviço de monitoramento. Muitas vezes empresas americanas ligadas à telefonia e à internet são acionadas para informações complementares. Com acesso à rede, por um técnico autorizado, é possível captar todo o tráfego de dados, sejam arquivos de vídeo, sejam fotos, trocas de mensagens ou chamadas de voz sobre IP.
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A cooperação de grandes corporações, como Microsoft, Google, Facebook ou mesmo os gigantes da telefonia, Verizon e At&T, é fundamental para o funcionamento da rede da NSA. Documentos vazados pelo WikiLeaks mostram ainda que os EUA contam com dezenas de empresas de segurança da informação, num total de 1,2 milhão de técnicos, agentes e autoridades. Na ilha de Ascensão, que serviu à Inglaterra na Guerra das Malvinas, também estão instalados o serviço de inteligência criptológica britânico (GCHQ), estações de monitoramento de testes nucleares e uma das duas estações da emissora de rádio “The Counting Station”, apelidada de “Cynthia”, pela qual a CIA se comunica com seus agentes secretos espalhados pela América do Sul e África.
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Foi a partir de 11 de setembro de 2011, com George W. Bush e o início da guerra ao terror, que a Casa Branca determinou uma modernização completa da base de Ascensão. Desembarcaram na pequena ilha voos regulares com supercomputadores, novas estações de monitoramento e uma vasta gama de equipamentos de ponta. O contingente de agentes da NSA cresceu cinco vezes e foi acompanhado por esforços britânicos no mesmo sentido. Ao assumir em 2009, Barack Obama determinou uma revisão completa da política de cyberdefesa, que ele classificou como “o mais sério desafio econômico e de segurança nacional” que os EUA deveriam enfrentar como nação. Para o democrata, era necessário promover um salto tecnológico e estratégico em toda a infraestrutura de comunicações e informação. Logo ele nomeou um comitê executivo, integrado por representantes governamentais e do setor empresarial, e um coordenador, o cyberczar, com livre acesso a seu gabinete e com quem passou a despachar diariamente. Hoje, a NSA é a agência principal do sistema de inteligência americano. Abaixo dela estão outras 18, inclusive a velha CIA. Embora muitos acreditem que o Echelon seja coisa do passado, a verdade é que ele foi atualizado e sua plataforma de operação digital é a base da atual defesa cibernética, que não respeita limites na realização de seus objetivos estratégicos, políticos e comerciais.
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PressAA DESTAca COMENTÁRIOS:

ATONIO CONSELHEIRO

EM 09/09/2013 00:16:41
Operações da PF foram desmanteladas no STJ porque envolvem políticos da direita. Agora essas operações caíram nas mãos de Barbosa (e do STF). No STJ a teoria do domínio no fato passou longe. Doravante eu quero ver se Barbosa confirmará que no Brasil a JUSTIÇA é imparcial, ou tem DONO!

JOSE MONTEIRO TEIXEIRA

EM 08/09/2013 23:33:44
Não investimos em educação, então estamos pagando caro por isso. O Brasil não aprende mesmo. Os americanos sabem se defender, são espertos. Tão certos. Nós é que somos uns irresponsveis e no poder público tá cheio de antipatriota. Esperemos que Dilma tome as providência com a segurança do país.

RICARDO ALVES DOS SANTOS

EM 08/09/2013 20:28:32
Graças aos militares estadunidenses nós temos hoje o computador que eles criaram, e graças aos estadunidenses nós temos a internet que a dona Dilma e o Congresso Nacional se pudessem proibiriam para evitar manifestações de ruas contra os seus desmandos políticos. Acorda povão, deixa de ser trouxa!

 MARCIO

EM 08/09/2013 19:26:42
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2011/09/ex-soldado-americano-vira-pacifista-apos-atuar-na-guerra-do-iraque.html Aí está todo o vídeo da entrevista com o soldado americano após lutar no Iraque.

MARCIO

EM 08/09/2013 19:10:27

"O surpreendente é que fui para o Iraque para levar a liberdade aos iraquianos. Mas os iraquianos é que me libertaram. Os iraquianos me libertaram de ser um escravo cego do meu governo. Abriram os meus olhos para o mundo à minha volta". Na entrevista com um soldado americano. Geneton Moraes Neto.

Chamadas do Portal Terra hoje...
  • Peritos da ONU concluem que governo sírio usou armas químicas
  • Obama se diz aberto à proposta sobre Síria, mas buscará apoio militar
  • Síria aceita colocar armas químicas sob controle internacional





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    Crendeuspai! Sinto um cheiro arretado de chifre queimado no ar. As redes sociais anunciam que o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), vai enfrentar nas próximas semanas inferno tão terrível quanto o de seu colega do Rio, Sérgio Cabral. O rabo do capiroto já balança dentro do Palácio de Ondina, residência oficial, impregnada do fedor de enxofre.
    Tudo isso porque jagunços armados que mataram um índio permanecem impunes, o que estimula a criação de novos amarildos, desta vez baianos. Relatos de Yakui Tupinambá e de Edson Kayapó, sequestrado e espancado, narram a violência contra os índios, sem que a grande mídia desse um pio. Por isso, o movimento indígena está recorrendo às redes sociais para romper o silêncio.
    Barulho do gatilho
    Edson Kayapó, 41 anos, coordena o curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Instituto Federal da Bahia (IFBA) no campus Porto Seguro e lá é professor de História. Tem muitos amigos espalhados pelo Brasil: do Oiapoque ao Chuí, passando por Minas onde se graduou na UFMG e por São Paulo, onde concluiu o mestrado e o doutorado em História Social na PUC, orientado pela doutora Circe Bittencourt.
    Respeitado e querido na academia, o doutor Edson Machado de Brito - o Edson Kayapó - deu aulas na PUC/SP e na Universidade Federal do Amapá como professor colaborador. Na qualidade de doutor, especialista em educação indígena, foi chamado ao Rio de Janeiro para participar de evento organizado pela Pós-Graduação em História e da banca de monografia do guarani Algemiro Karai Mirim na Licenciatura em Educação do Campo da UFRRJ, realizada na última segunda-feira, quando estivemos juntos.
    Foi aí que o convidei para irmos no dia seguinte à Bienal do Livro, lá encontraríamos dois escritores indígenas Daniel Munduruku e Graça Graúna, com quem eu compartilhava uma mesa no Café Literário. Edson agradeceu o convite, mas informou que tinha obrigações na Bahia e precisava retornar na terça-feira. Voltou e dois dias depois sofreu um atentado, quando seguia para Pau Brasil num carro oficial do IFBA, na companhia de dois professores: João Veridiano e Júlia Rosa.
    Por volta das 11h da última quinta-feira, quatro jagunços armados interceptaram o carro do IFBA em São José da Vitória, nas proximidades de Buerarema. "Tem um índio no carro" - disse um deles. Expulsaram os professores e o motorista, confiscaram os celulares de cada um, deixaram todos eles na estrada e incendiaram o carro. Duas viaturas da Guarda Nacional passaram pelo grupo, mas se recusaram a dar proteção a Edson, que é funcionário federal. Seus colegas, então, recomendaram que ele voltasse de táxi a Itabuna para se afastar da área de tiro.
    - Foi o que fiz, no entanto o taxi foi interceptado em Buerarama por pessoas armadas, que me espancaram, me ameaçaram de morte com uma arma apontada pra minha cabeça. Fui submetido a um interrogatório pelo chefe dos pistoleiros:
    - Você é índio, né?
    - Sou Kayapó, não sou daqui da Bahia.
    - Mas você é indío, né?
    - Sou, sou Kayapó, sou da Amazônia.
    - O que você tá fazendo aqui?
    - Sou professor do IFBA, trabalho na Licenciatura Intercultural Indígena.
    - Você é amigo deles. Você está preparado pra morrer?
    - (silencio).
    - (barulho do gatilho da arma…Não disparou)
    - Vá embora, nem olhe para trás.
    Arco digital
    Por telefone, de um lugar escondido no interior da Bahia, Edson me conta o que aconteceu depois:
    - Eles me soltaram, consegui chegar em outra cidade, onde me escondi. Não sei quando poderei sair daqui, a BR está fechada pelos capangas dos fazendeiros. Estou com o olho esquerdo inchado. Hoje, eu achei que morreria.
    A região da Serra do Padeiro, entre Buererama, Una e Ilhéus, é um caldeirão que já começou a explodir, devido à disputa por terra indígena ocupada por fazendeiros. Um índio de 35 anos, casado, da comunidade Tupinambá de Olivença, foi morto na noite de terça-feira, o que foi confirmado pela Polícia Federal e pela Funai. Seu corpo permanecia no Departamento de Polícia Técnica (DPT), aguardando o reconhecimento da família para ser liberado.
    O couro comeu na semana passada, quando a Justiça Federal suspendeu as nove liminares que favoreceriam os grandes fazendeiros da região. A medida, segundo a Advocacia Geral da União, autoriza a permanência na área de cerca de 500 famílias tupinambá, o que deixou os fazendeiros enfurecidos, passando a atuar à margem da lei.
    O depoimento de Yakuy Tupinambá, 51 anos, confirma o clima de terror instaurado pelos jagunços no sul da Bahia:
    - "Eles nos atacaram, tocaram fogo em nossas casas, expropriaram nossa produção, queimaram carros do governo que prestavam assistência a nós. O clima é de apreensão e medo, o governo não dá atenção ao caso, os direitos humanos são violados, ainda há pouco fecharam a estrada vicinal em Sapocaeira, queimaram oito casas dos parentes, saquearam e depredaram uma loja só porque o dono vendia material de construção para os índios. Um ônibus escolar com crianças indígenas foi atingido por disparos".
    Yakui critica o governo da Bahia e a imprensa local, que "está incitando a violência contra nós". Reclama da "mídia comprada", que cobre um engavetamento de carros no interior da Inglaterra, mas não conta o massacre daqui. "A mídia não nos ouve, nos desqualifica e nos descaracteriza. Quando registra a recuperação da terra indígena por nós, não fala em 'retomada', mas em  'invasão'. A mídia é tendenciosa". Recentemente o Globo confessou que errou na cobertura do golpe militar de 1964. Falta reconhecer o erro, que persiste, na cobertura dos conflitos com índios.
    Fitifiu e vaia
    Com essa avaliação, Yakui recorreu às redes sociais, que conhece bem por atuar  no blogÍndiosonline e por ter reflexão apresentada em vários eventos sobre o tema, entre os quais o I Simpósio Indígena sobre Uso da Internet nas Comunidades Indígenas e o SeminárioLiteratura Internet e Liberdade, na UFRJ, em 2010. Ela diz:
    - Não existe instrumento de comunicação mais democrático que a internet, jamais conseguimos espaço na grande mídia para contar a nossa história, denunciar a violação de nossos direitos. Hoje, basta um clic e estou passando informações para todo o Brasil, para organismos internacionais como a Anistia Internacional e até para a ONU.
    Yakui deu um depoimento interessante sobre o assunto no livro Arco Digital: uma rede para aprender a pescar: "A internet promoveu a abertura de horizontes, contrariando o pensamento de quem está interessado em nos manter amordaçados, trouxe-nos novos significados, sem que isso implique abandono de nossas tradições. Conectar-se ao mundo através da internet é ter direito a um rosto e fazer ouvir nossa voz".
    O blog Indiosonline exibe, entre outros, quatro vídeos referentes à retomada de território pelos Tupinambá, que acumularam mais de 500 anos de resistência, incluindo o longo período em que, para sobreviver, permaneceram camuflados. São produções realizadas pelos próprios índios, em imagens registradas por Potyra Tê Tupinambá, Fábio Tupinambá e Bruno Ninhã Tupinambá e editadas por Alex Pankararu.
    O movimento indígena está usando essas novas tecnologias para denunciar o governador Jaques Wagner. Sua eleição foi celebrada por todos nós por derrotar a oligarquia da Bahia, mas agora ele acabou aceitando a pressão dos fazendeiros. Solicitou que o reconhecimento das terras indígenas fosse adiado. Por isso, os Tupinambá podem significar para ele o que a aldeia Maracanã foi para Sérgio Cabral. As vaias e o fitifiu generalizado já começam a se transformar em rotina nos eventos públicos da Bahia.
    Uma pena! Gostaríamos de aplaudir Jaques Wagner por uma decisiva defesa dos direitos indígenas. Se isso não acontecer, podem me incluir entre aqueles que vão pedir a ficha de inscrição no black bloc para acampar virtualmente em frente ao Palácio de Ondina e infernizar a vida do governador para que ele retome os princípios que o elegeram. Não queremos mais amarildos.
    P.S. 1
    No Rio, na segunda-feira, dia 2 de setembro, Edson Kayapó participou da banca de Algemiro Karai Mirim na Licenciatura em Educação do Campo da UFRRJ, coordenada por Roberta Lobo da Silva, ao lado de Ana Paula da Silva - orientadora e José Bessa - coorientador (UNIRIO/UERJ), Marília Campos e André Videira (UFRRJ) e Ruth Monserrat (UFRJ), que enviou por escrito seus comentários. Depois compartilhou a mesa no evento "Territórios e Territorialidades Indígenas" com Juciene Apolinário (UFPb), Izabel Missagia e Vânia Moreira (PPGCS-UFRRJ), além do autor deste texto. Os depoimentos de Yakui Tupinambá foram recolhidos por Renata Daflon em sua dissertação "Patrimônio em rede, memória criativa e performance: um estudo do blog Índios Online"(PPGMS-UNIRIO).

    P.S. 2
    ALARCON, Daniela Fernandes. O retorno da terra: as retomadas na aldeia Tupinambá da Serra do Padeiro, sul da Bahia. 2013. xx, 272 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013.Orientador: Baines, Stephen Grant.

    Resumo: Esta dissertação de mestrado discute as “retomadas de terras” levadas a cabo pelos Tupinambá da aldeia Serra do Padeiro, sul da Bahia, Brasil. Em definição sucinta, pode-se dizer que as retomadas consistem em processos de recuperação, pelos indígenas, de áreas por eles tradicionalmente ocupadas, no interior das fronteiras da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, já delimitada, e que se encontravam em posse de não-índios. Entre 2004 e 2012, os Tupinambá da Serra do Padeiro retomaram 22 fazendas e, a despeito das tentativas de reintegração de posse – com a realização de prisões de lideranças e prática de tortura contra os indígenas –, mantêm a ocupação de todas as áreas. Concebendo o território, a um só tempo, como pertencente aos “encantados” (classe de seres não humanos com os quais convivem os indígenas), construído pelos antepassados, e como condição de possibilidade de vida autônoma, os Tupinambá compreendem sua atuação como inscrita em uma história de longa duração. Nesse sentido, as retomadas são mais que “instrumentos de pressão”, destinados a fazer com que o Estado brasileiro concluísse o processo administrativo de demarcação da Terra Indígena. Essas formas de ação são parte de uma estratégia de resistência e luta pelo efetivo “retorno da terra”, categoria engendrada pelos Tupinambá, lastreada em suas concepções territoriais, e que será debatida neste estudo. Apesar de as retomadas serem reconhecidas pela literatura antropológica como uma prática disseminada entre os povos indígenas no Brasil, elas não têm sido objeto de estudos detidos. Tendo isso em vista, por meio de incursão etnográfica e pesquisa documental, buscou-se descrever e analisar o processo de retomada do território Tupinambá, com vistas a somar esforços na construção de um quadro analítico das formas contemporâneas de resistência indígena.

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    José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nosssa Agência Assaz Atroz.

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    No blog da redecastorphoto...


    Entrevista (ing.) a Charlie Rose, CBS America (vídeo) 
    Transcrição traduzida pelo pessoal da Vila Vudu

    Obama pode traçar linhas para ele mesmo e seu país. Não para outros países. Nós temos nossas linhas vermelhas, como nossa soberania e nossa independência. Mas se você quer falar sobre linhas vermelhas para o mundo, os EUA usaram urânio baixo-enriquecido no Iraque. Israel usou fósforo branco em Gaza. Os EUA nada disseram. Linhas vermelhas? Não vemos linhas vermelhas que nos digam respeito, além das que nós traçamos.


    Charlie Rose: Senhor presidente, obrigado pela oportunidade dessa entrevista, nesses momentos tão importantes. Porque o presidente dos EUA falará ao povo americano essa semana. Como o senhor sabe, está havendo importante debate em curso, em Washington . E também estão acontecendo coisas importantes em seu país. O senhor espera um ataque aéreo?

    Presidente al-Assad: Dado que os EUA não se regem pela lei internacional e tripudiam sobre a Carta da ONU, temos de nos preocupar com qualquer decisão. E não só do atual governo. Fazem qualquer coisa. Conforme as mentiras que ouvi durante os dois últimos meses, de altos funcionários dos EUA, sim, temos de esperar o pior.

    Charlie Rose: O senhor está preparado para isso?

    Presidente al-Assad: Vivemos em circunstâncias difíceis já há dois anos e meio. E nos preparamos para todas as possibilidades. Mas isso não significa que, só porque você deseja, as coisas possam melhorar. As coisas piorarão com qualquer novo golpe ou alguma nova guerra estúpida.

    Charlie Rose: O que o senhor quer dizer com [بالأسوأ ]?

    Presidente al-Assad: Pior, porque ninguém pode prever as consequências de um primeiro ataque. Estamos falando de vastas áreas, não só da Síria. Nossa região é inter-relacionada e interdependente. Se você ataca num ponto, deve esperar consequências em outros pontos, de outros modos e outros métodos que você menos esperava.

    (Para ler a entrevista completa ou assistir ao vídeo, clique no título)


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    Base de Guantánamo

    O Fato dos americanos
    Desrespeitarem
    Os direitos humanos
    Em solo cubano
    É por demais forte
    Simbolicamente
    Para eu não me abalar

    Abase de Guantánamo
    A base
    Da baía de Guantánamo
    A base de Guantánamo
    Guantánamo

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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA



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    A História e as farsas: Médici x Allende: Câmara Canto & Eduardo Aguirre & Aristóteles Drummond // Dilma x Evo: Eduardo Saboia & Roger Pinto & Clóvis Rossi --- Nassif: Lá como cá --- Urda: ontem como hoje --- Fátima Bernardes: Encontros com Bonner sem cristalino

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    [*] [Fátima BernardesNascida no Rio de Janeiro. Com sete anos começou a cursar balé mas depois optou por cursar jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a fim de ser crítica de dança. Em 1983, começou a trabalhar no jornal O Globo como repórter de um caderno regional. Em fevereiro de 1987 entrou para a Rede Globo de televisão após ser aprovada em um curso de telejornalismo da emissora. Meses depois passou também a apresentar o RJTV. Em maio de 1989 assumiu a apresentação do Jornal da Globo ao lado de Eliakim Araújo e em julho de 1989, passou a dividir a bancada com William Bonner, que viria a se tornar seu marido a partir de 1990. Em 1993, começou a apresentar a revista eletrônica Fantástico ao lado de Celso Freitas e Sandra Annenberg. Em 1 de abril de 1996 assumiu a apresentação e edição do Jornal Hoje, voltando ao Fantástico em 1997, formando dupla com Pedro Bial.

    Atualmente faz programa Encontro com Fátima Bernardes
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    De...
     Informativo assinado por 111.950 comunicadores

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     Publicado em Sexta, 06 Setembro 2013 
     Escrito por Redação Comunique-se
    0-olho bonnerBonner mostrou o olho recém-operado da miopia (Imagem: Reprodução/Instagram)
    Usuário assíduo das redes sociais, o jornalista William Bonner usou seu perfil no Instagram nessa sexta-feira, 6, para comunicar aos seus seguidores que voltará ao trabalho na próxima segunda-feira. O apresentador ficará ausente do ‘Jornal Nacional’ por ter se submetido a uma cirurgia no olho esquerdo.

    Na legenda de foto publicada na rede social, Bonner explicou como foi a operação realiza nessa quinta-feira, 5. "Troquei meu cristalino com catarata precoce por uma lente intraocular que zerou minha miopia de 6 graus", escreveu. 
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    Marinho da Muda

    Ninguém Tasca

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    Salvador Allende

    Publicado em 10/09/2013 por [*] Mário Augusto Jakobskind

    O 11 de setembro da América Latina está completando 40 anos. Trata-se de uma data trágica que corresponde ao golpe comandado pelo general Augusto Pinochet que derrubou o Presidente constitucional Salvador Allende. Muito se denunciou sobre a participação dos Estados Unidos comprovada por inúmeros documentos oficiais demonstrando a culpa no cartório do então Secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger.

    Nestes dias, documentos da chancelaria do Chile tornados públicos confirmam a participação também do Governo do então ditador de plantão Garrastazu Médici no golpe sangrento. A embaixada brasileira tornou-se inclusive num espaço de apoio aos golpistas. O chefe da representação diplomática, embaixador Câmara Canto, esteve de braços dados com militares que transformaram o Chile numa espécie de sucursal do inferno. Tanto assim que quando se confirmou a vitória dos golpistas, Câmara Canto comemorou com seus asseclas abrindo champagne.

    Logo após o golpe, o Governo brasileiro colaborou financeiramente com a ditadura e assim sucessivamente. Mesmo antes do golpe, a ditadura civil militar vigente no Brasil respaldava os chilenos de extrema direita. Documentos tornados públicos no Chile comprovam a participação de brasileiros em apoio a grupos extremistas de direita como o Patria y Libertad.

    Matéria do jornal O Estado de S. Paulo informa que em julho de 1973, o Brasil concedeu asilo político a Eduardo Roberto Keymer Aguirre, identificado como integrante do Patria y Libertad. A concessão ocorreu quatro dias depois que os extremistas assassinaram um ajudante de ordens de Allende, o capitão Arturo Araya Peeters.

    René Dreifuss
    Os vínculos da extrema direita chilena com extremistas brasileiros não se resumiram a este fato. Anos atrás, o cientista político René Dreifuss em seu livro “A Internacional capitalista” revelou que o jornalista Aristóteles Drummond, uma figura nefasta vinculada até hoje a antigos golpistas da pior espécie, fornecia armas para os extremistas do Patria y Libertad

    Há tempos este espaço democrático divulgou a informação veiculada no importante trabalho de pesquisa de René Dreifuss sobre o extremista brasileiro acusado inclusive de responsável pela explosão de uma bomba numa exposição soviética no Rio de Janeiro.

    Pois bem, na reportagem do Estadão sobre os documentos divulgados nestes dias no Chile aparece novamente o nome de Aristóteles Drumond como um dos brasileiros que teria transportado recursos para os chilenos que preparavam o golpe contra Salvador Allende.

    Aristóteles Drummond
    Questionado pelo jornal paulista, Aristóteles Drummond preferiu não assumir diretamente a ajuda fornecida, mas a sua resposta é um reconhecimento da ajuda. Analisem bem o que disse este senhor que todo ano aparece no Clube Militar para comemorar o golpe que levou o Brasil a ingressar numa noite escura de 21 anos. 

    Eu não levei, mas teria levado. Tenho o sentimento de que os brasileiros amigos do Chile tenham (enviado dinheiro). Sou de classe média, mas, se corresse uma lista aqui para dar US$ 500 (a grupos anti-Allende), eu daria do meu bolso. Acho que o general Pinochet foi decisivo para evitar a criação de uma sucursal de Cuba no Pacífico. Pinochet salvou o Chile, assim como os militares salvaram o Brasil. 

    Aristóteles Drummond, que chegou a ocupar um cargo de confiança no governo Negrão de Lima na área de habitação, não foi perguntado pelo Estadão sobre a denúncia de René Dreifuss do fornecimento de armas ao gupo Patria y Libertad, mas se em algum momento for perguntado sobre o tema, provavelmente não confirmará integralmente a ação, mas o teor da reposta será nos moldes da que deu ao Estadão.

    Tais fatos são importantes de serem conhecidos pela opinião pública e ajudarão também à Comissão da Verdade a concluir seu relatório sobre os trágicos acontecimentos ocorridos no Brasil depois do golpe de estado que derrubou o Presidente constitucional João Goulart.

    O caso de Aristóteles Drumond é bastante emblemático e não será nenhuma surpresa se outros documentos a serem tornados públicos apontarem a participação de outros brasileiros que seguiram impunes ao longo do tempo. É também uma demonstração concreta segundo a qual o golpe no Brasil não foi apenas de conotação militar, mas civil também

    Por estas e muitas outras não bastam apenas autocríticas de estilo marqueteiro, como fez recentemente O Globo, sobre o golpe de 64. No caso das Organizações Globo, que ao longo dos anos se transformaram numa espécie de diário oficial dos detentores de fato do poder, teria que acontecer um reconhecimento que além do “erro editorial” do apoio ao golpe, o grupo midiático então comandado por Roberto Marinho, como diria Leonel Brizola, engordou na estufa da ditadura.
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    [*] Mário Augusto Jakobskind é correspondente no Brasil do semanário uruguaioBrecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do semanário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídiaDossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE
    Sobre o Direto da Redação
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    Ultimo discurso de Salvador Allende, 11 de sept. de 1973


    salvador-allende
    Raúl Antonio Capote | septiembre 11, 2013 
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    00clovisr0509Clóvis Rossi, Folha de S. Paulo (Imagem: Antônio Gaudério)
    De um andar para o outro - Clóvis Rossi, Folha de S. Paulo

    "Em 1973, estava no Chile como enviado especial. Em determinada sexta-feira aconteceria uma reunião com reitores e militares. Tentei acompanhar o encontro, mas foi impossível pois era fechado e, também, porque tinha toque de recolher e eu precisava voltar ao hotel. Lembro que, na época, passávamos os textos por meio de telex e sempre acontecia algum problema e as informações chegavam com erros de transmissão ao Brasil. O meu texto, que seria publicado no Estadão de sábado, já estava escrito e enviado, mas precisei retornar e reenviar o documento para corrigir esses erros. Foi aí que encontrei um homem dentro do elevador. Ele me perguntou se eu era jornalista e eu confirmei. Depois, questionou se eu tinha conseguido acompanhar a reunião com os reitores. Nessa conversa, ele comentou comigo o que aconteceu nesse encontro, pois ele tinha participado. Entrevistei essa fonte e ganhei um furo. Ele me contou que iriam intervir  nas universidades do país e que um militar seria nomeado como reitor de todas as instituições. Eu tinha acompanhado o começo dessa reunião e sabia que algo de grave seria anunciado ali. No momento da entrevista, a fonte se mostrou muito bem informada sobre o que estava acontecendo e não me pareceu que ela inventaria tal coisa. Fora isso, ele era reitor de uma das universidades. Confiei, escrevi e transmiti o texto no mesmo dia. Ganhei a manchete do jornal de domingo e éramos os únicos a ter a informação."

    ______________________________________________

    Fernando Soares Campos

    Para apoiar, incentivar, mascarar a verdade, culpar o "comunismo ateu" e ainda fazer pose de "bom jornalismo", naquela época o PIC (Partido da Imprensa Colaboracionista) falava até de "incidentes" que agitavam o Chile e, com coisas assim, tranquilizava a Família Brasileira com Deus pela Liberdade e Propriedade. Mas duvidamos muito que informasse detalhadamente sobre as intenções golpistas, duvidamos que a matéria do jornalista Clóvis Rossi, manchetada  num domingão do Estadão, tratasse dos detalhes sórdidos do golpe que se articulava, como, por exemplo, informar que "...iriam intervir  nas universidades do país e que um militar seria nomeado como reitor de todas as instituições". Isso seria mais ou menos como “combinar com os russos”. Não acreditamos que o PIC tivesse moral para contrariar os militares autóctones em relação aos seus planos de apoio a golpes além das fronteiras, eles eram os pontas-de-lança da seleção sul-americana no jogo sujo que golpeou Allende e o povo chileno.

    Mas também não duvidamos que, na época, Clóvis Rossi fosse um jovem jornalista bem-intencionado. Mas, razoavelmente alienado; o que é compreensível. Tanto que até hoje ele vibra com a manchetada de sua matéria, seu “furo”, que até o momento fura sua vaidade, seu orgulho de ter sido "testemunha" da História.

    Com essa história mal contada, Clóvis Rossi me fez lembrar, mais uma vez, de artigo de minha autoria: "As Especulações e os Golpes", publicado na Folha de Pernambuco, em 1988. 

    Eis alguns trechos desse artigo:

    Alguém aí já ouviu, em qualquer época, o anúncio [oficial] de um golpe de Estado em andamento? Acredito que não. Então, por que a imprensa nativa, geralmente ao som de boatos, procura as autoridades competentes para confirmar ou desmentir os rumores de um provável golpe que estaria sendo articulado nos bastidores do poder? (...) Não se especula as possibilidades de um golpe junto a quem deseja a virada da mesa. Negar é dever de quem conspira, ignorar é inconsciência de quem não tem compromisso com a Democracia; desmentir, baseando-se em declarações oficiais, é direito de quem não quer jogar lenha na fogueira.”
    Às vésperas do golpe, nem mesmo Allende acreditava que seria golpeado. Ele confiava em Pinochet, como se pode observar nessa publicação do site Editorial, que acabo de ler:
    No dia 11 de setembro de 1973 ocorreu o sangrento golpe de Estado no Chile contra o governo socialista de Salvador Allende. O fim de semana anterior havia sido marcado por reuniões para decidir a data do plebiscito que tiraria Allende da presidência, já que o país passava por uma crise econômica. As tropas do general Augusto Pinochet entraram na cidade portuária de Valparaiso, a 120km da capital Santiago na manhã de terça feira terça-feira, cortando toda a comunicação da cidade com o resto do país.

    O presidente Allende foi avisado mas acreditava que o golpe poderia ser contornado. Não era a primeira vez que o exército se rebelava contra o governo, e Allende confiava em Pinochet acreditando que seria tão leal a ele quanto seu antecessor. Preferiu permanecer no palácio do governo, onde tirou a própria vida. Segundo dados oficiais, mais de 3,2 mil pessoas foram assassinadas e mais de 38 mil foram torturadas. Muitos eram exilados brasileiros e foram executados com outros militantes no Estádio Nacional, em Santiago.” [Editorial – 40 anos do 11 de Setembro Chileno – Acesse e assista ao vídeo “Guerrilheiro comunista (brasileiro) dá testemunho sobre deposição de Salvador Allende”]

    O Estadão manchetou a matéria de Clóvis Rossi, dias antes do golpe; mas, no dia seguinte à tragédia, estampou friamente, sem protestos:



    Dias depois, não podiam nem mesmo "informar" (simplesmente informar) sobre atentado contra a LanChile no Rio nem publicar entrevista com a viúva de Allende:

    'Estado' teve noticiário sobre o Chile censurado

    Em 1973, entrevista com viúva de Allende e atentado contra a LanChile no Rio foram censurados

    01 de setembro de 2013 
    Liz Batista
    A censura imposta pelo regime militar brasileiro ao Estado deixou marcas no noticiário sobre o Chile em 1973. Em julho, reportagens críticas ao governo do presidente socialista Salvador Allende eram publicadas sem cortes. Em setembro, porém, declarações sobre a censura imposta pela junta chilena eram vetadas. É o caso da entrevista realizada, dias após o golpe, com Hortensia Allende, a viúva de Salvador Allende.

    A entrevista foi publicada em 18 de setembro de 1973, mas não integralmente. Entre as declarações cortadas está a parte em que ela fala sobre a existência de apenas “dois jornais, uma emissora de televisão e uma rede de rádio controlada pelas Forças Armadas” no Chile, já comandado pelo general Augusto Pinochet, e outra em que pede a solidariedade de “todo o mundo”.
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    Hoje, Clóvis Rossi destila o ódio de seus donos contra o presidente Evo Morales e defende o diplomata brasileiro Eduardo Saboia, que articulou e operou a fuga de um criminoso boliviano, trazendo-o para o Brasil e criando, por conta própria, um clima de desentendimento nas relações Brasil-Bolívia.

    Para Clóvis Rossi, o boliviano é “um cidadão que merece proteção”. 

    Claro! Proteção, sim; cumplicidade, não.


    clóvis rossi

     

    27/08/2013

    O senador e os ovos de ouro

    Não faz sentido sacrificar o chanceler Antonio Patriota no altar das relações com a Bolívia. Quem errou no caso todo foi o governo Evo Morales, que se recusou a respeitar o direito de asilo. Afinal, se Patriota foi cúmplice, ainda que por omissão, da atitude do subordinado Eduardo Saboia, o diplomata que trouxe ao Brasil o senador boliviano, é uma omissão baseada em elogiável pressuposto:

    "Escolhi a vida. Escolhi proteger um perseguido político, como a presidente Dilma (Rousseff) foi perseguida", declarou Saboia ao chegar.

    É bom deixar claro que, para o governo brasileiro (e não apenas para Saboia ou para Patriota), Roger Pinto é um cidadão que merece proteção, tanto que lhe foi concedido asilo já faz 15 meses. Não é considerado um criminoso, ao contrário do que diz o governo boliviano.

    Se é assim, nada mais natural do que trazê-lo para o Brasil, já que o governo Evo Morales se recusa a conceder o salvo-conduto de praxe, um comportamento inaceitável.

    Afinal, o governo boliviano se prontificou a oferecer refúgio a Edward Snowden, que, guardadas as proporções, fez mais ou menos o que fez Pinto: um denunciou a megaespionagem dos EUA, evento obviamente de dimensões planetárias.

    Já Pinto denunciou um escândalo (tráfico de drogas) de dimensões apenas internas, ainda por cima de um país absolutamente periférico. Nem por isso deixou de correr riscos, do que dá prova definitiva a frase de Eduardo Saboia sobre "escolher a vida", ao tirar o senador do país que o ameaçava.

    Claro que o Itamaraty, como instituição, teria imensa dificuldade em assumir o gesto humanitário de seu funcionário, o que dá um verniz de correção burocrática à demissão de Patriota. Mas, se foi uma decisão para acalmar o governo Evo, Dilma Rousseff precipitou-se.
    Ainda mais que La Paz reagira com relativa moderação, quando é usualmente escandalosa ao reagir ao que considera ofensivo à sua soberania/dignidade.

    Juan Ramón Quintana, o ministro da Presidência da Bolívia, admitiu, é verdade, que o episódio afeta as relações bilaterais entre os países, mas logo acrescentou que "devemos resolvê-lo no âmbito diplomático", âmbito sabidamente avesso a ruídos escandalosos.

    Explique-se a contenção, se é que ela será mantida nos próximos capítulos: "Não é possível matar a galhinha dos ovos de ouro, e o Brasil é isso para a Bolívia", como escreve Pablo Ortiz para o jornal "El Deber", de Santa Cruz de la Sierra.

    Completa o ministro Quintana: "O Brasil é o nosso principal aliado comercial, é o nosso principal sócio em questões energéticas, é o país com o qual temos a maior fronteira territorial. Temos temas comuns, formamos parte de mecanismos de integração regional, temos muitas tarefas pendentes para construir economias solidárias. Devemos conviver de maneira harmoniosa, e nossa política exterior com o Brasil deve ser amigável, de benefícios recíprocos".

    Muita coisa para que Evo, que já fez desfeitas até com seu amigo Lula, se arriscasse a uma crise, que a cabeça de Patriota deve matar de uma vez.

    Clóvis Rossi
    Clóvis Rossi é repórter especial e membro do Conselho Editorial da Folha, ganhador dos prêmios Maria Moors Cabot (EUA) e da Fundación por un Nuevo Periodismo Iberoamericano. Assina coluna às terças, quintas e domingos no caderno "Mundo". É autor, entre outras obras, de "Enviado Especial: 25 Anos ao Redor do Mundo" e "O Que é Jornalismo". Escreve às terças, quintas e domingos na versão impressa do caderno "Mundo" e às sextas no site.

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    A BURGUESIA FEDE!

    Urda Alice Klueger*

    Eu não sabia que os amava tanto, até dois dias atrás. Nem sei muito direito como entraram na minha vida – penso que começamos a nos unir, de alguma forma, lá por 1985, em plena ditadura do governo Figueiredo, quando eu ainda pertencia a uma profissão que se podia dizer “inexistente”, a de “economiária”, isto é, eu não era nem bancária nem funcionária pública, mas trabalhava numa empresa pública que funciona como banco, a Caixa Econômica Federal, histórica instituição que nos veio com a Independência, e que naquelas alturas do século XIX se chamava de “Monte do Socorro”. Então em 1985 houve uma primeira greve de bancários, em Blumenau, e eu nem era bancária, mas fui ver tudo de perto, as Assembléias,  o que acontecia no Sindicato que ainda não era meu – aquilo me despertava a maior curiosidade, e achava que tinha a obrigação de ir lá ver, ao menos como escritora. Se não me engano, em 1986 conseguimos, nós, economiários, que a justiça nos considerasse bancários, e então passamos a ter sindicato também, e as amizades foram se estreitando naquele novo mundo que num sindicato atuante se descortina.

    O que me espanta é que muita gente que é meu amigo hoje sequer tinha nascido naqueles idos do meu alvorecer para outros olhares de mundo. O que sei é que a vida seguiu, e hoje, se tenho uma coisa preciosa na vida, é esse meu colar de amigos que sabe chorar junto quando  fica sabendo que em Faluja foram destruídas 36.000 casas por bombardeios invasores (se você não sabe onde é Faluja, preste mais atenção no que acontece no SEU mundo!), que em Faluja e outros lugares do Iraque as pessoas são atacadas com a proibida arma química chamada fósforo branco, e viram caveiras dentro das suas roupas intocadas, porque o fósforo branco só atua sobre coisas que contenham água, como células humanas, por exemplo. Eu citei Faluja porque é uma das coisas que mais me horroriza, aquela cidade sacrificada ao algoz por mera brincadeirinha, onde até os médicos e os doentes do hospital foram bombardeados inapelavelmente, onde as pessoas ainda apodrecem sob seus escombros, nesta virada de ano para o 2006 d.C. Faluja é só um exemplo: e o Afeganistão, e Guantánamo, e a Palestina, e os cárceres secretos onde se tortura e se humilha em plena “civilizada” Europa, e as barbaridades acontecidas contra as minorias, e os rios que são salvos porque bispos com consciência decidem morrer por eles ... ah! Meu querido John Lennon, o sonho não acabou! Tenho o privilégio desse colar de amigos que ainda sabe chorar e sonhar, e que vai para o bar comemorar, de tanta felicidade, quando um índio aimara, quase pela primeira vez na História dos Índios, se elege presidente de um país! Evo Morales é como um símbolo para mim, para nós, símbolo de que os nossos sonhos podem ser sonhados, que não estamos errados, que os excluídos destinados à destruição (como diria Hitler: “à solução final”) sabem muito, e podem se organizar e reagir aos desmandos impiedosos de uma entidade chamada Capital, coisa recente no mundo, forma de viver que tem lá seus meros 250 anos, mas que é tão prepotente que faz com que a maioria dos seres humanos pensem que sempre se viveu assim...

    Bem, eu comecei lá em cima dizendo que não sabia, até dois dias atrás, que os amava tanto, a esses meus amigos que hoje são como um precioso colar na minha vida – só que antes deles eu tinha uma outra turma, e por ironia, era a turma “que amava os Beatles e os Rolling Stones”, John Lennon que me perdoe! Um desses amigos antigos esteve, faz dois dias, lançando um livro aqui na minha cidade, e fui lá prestigiá-lo. Ainda não li o livro, ainda não opino sobre o livro ou sobre ele – o que quero falar é que, com a vinda dele, saiu da toca toda a velha guarda que amava os Beatles e os Rolling Stones, e num primeiro momento houve uma grande alegria ao revê-los, e abraços conforme iam chegando,e tentativas de fazer ressuscitar antigos tempos lá de quando John Lennon ainda era vivo – mas fui descobrindo que eles já não tem sonhos. Os caras que amavam os Beatles e os Rolling Stones, hoje, quase todos, são a burguesia. E nunca entendi tão de perto aquele curto verso de Cazuza: “A burguesia fede”. E essa burguesia já não sabe quem é Evo Morales, e se algum sabe fala dele não como uma possibilidade de promessa, mas como o bobo da corte que veio para ocupar algum espaço que o Capital esperava para se solidificar mais. Os sonhos deles acabaram e eles fedem. E um dia tinham sido meus amigos e tínhamos sonhado juntos. Ainda nem consigo entender, e saí de lá de alma machucada e com medo de feder como eles.

    Por sorte, tenho os amigos de hoje, e eles não deixaram morrer os sonhos. E até dois dias atrás eu não sabia que os amava tanto! Já não saberia viver sem eles! É bom, é muito bom, assim numa beirada do Natal, descobrir tal tipo de coisa!

    Blumenau, 22 de Dezembro de 2005.
                        
    *Urda Alice Klueger - Escritora - Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

    Como Nossos Pais

    Elis Regina

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    Coluna Econômica - 11/9/2013
    Na nova economia, há um conjunto de movimentos brilhantes prenunciando os novos tempos de Internet.

    De um lado, existe a nova indústria do audiovisual, os novos projetos jornalísticos, as novas experiências virtuais, um contraponto eficaz no mercado de opinião política e uma rapaziada esfuziante desenvolvendo aplicativos, sistemas, redes. Todo esse universo é movimentado por pequenas empresas, por jovens empreendedores, criando um arquipélago rico, diversificado, com amplo espaço para o exercício da criatividade e da inovação.


    De outro, os campeões do período anterior – grupos jornalísticos com emissoras de TV e rádio e publicações impressas, grandes empresas controlando centralizadamente diversos meios de comunicação, atuando em forma de truste e/ou cartel, envelhecendo a olhos vistos e valendo do poder remanescente combater o novo que nasce.

    ***


    Trata-se de uma disputa ancestral no capitalismo que se manifesta especialmente nesses momentos de transição.


    Há grupos dominantes do período em curso. As novas tecnologias abrem espaço para o novo. Não entendendo o novo, a defesa do velho consiste em se fechar em trustes ou cartéis utilizando o poder remanescente para manter o controle sobre o mercado.


    ***


    Hollywood é um caso clássico, fruto direto dessa batalha entre o velho e o novo ocorrida na indústria cinematográfica dos Estados Unidos no início do século 20.


    Vale a pena entender os paralelos entre aqueles tempos e os tempos atuais.


    ***


    O enorme mercado norte-americano fechou-se em torno de um truste de dez companhias organizado por Thomas Alva Edison, a partir de seu trunfo com a invenção do gramofone. O Truste era constituído pelos maiores produtores e distribuidores de filme, por George Eastman, da Kodak, principal fabricante de películas, dentre outros.


    Sem competição, mataram o mercado. Impuseram cláusulas leoninas para os exibidores, adquiriram a maioria das distribuidoras independentes.


    Enquanto Paris tornava-se o grande centro cinematográfico do planeta, atraindo espectadores com grandes nomes, como Sara Bernhardt.
    nos Estados Unidos o truste permitia apenas filmecos de poucos minutos e proibia os modelos de filmes fundados em personalidades artísticas – para não encarecer as produções.

    ***


    Em 1909 houve a rebelião inicial de um dos distribuidores, Carl Laemmle, que queria implantar o sistema europeu, de produções maiores com grandes estrelas. Quase foi destruído. Mas conseguiu a aliança com um grupo de produtores franceses, italianos e britânicos, que montaram uma empresa para combater o truste.


    A luta para valer foi interna, quando apareceram outros aliados, dos quais o mais relevante foi o único distribuidor que se recusou a vender sua empresa para o truste. Atendia pelo nome de Willhelm Fuchs.


    Com o tempo, começaram a aparecer produtores independentes,  pequenas empresas ousando sair do figurino do truste e passando a fazer filmes mais extensos, com roteiro e temáticas até então inéditas.


    ***


    O Truste reagiu, recorrendo até à censura contra filmes considerados mais fortes. Tentou sufocar os “independentes” com toda sorte de ações judiciais. Depois, apelou para o uso de força, quebrando salas que passassem seus filmes e apelando para a polícia contra a quebra de patentes das novas produtoras.


    As ameaças legais eram de tal ordem que parte dos independentes fixou-se em países vizinhos. E parte foi para Los Angeles, por ser perto da fronteira do México, facilitando as fugas da Justiça.


    O truste era formado por anglo-saxões de cintura dura. Os independentes, em sua maioria, por judeus com sensibilidade artística e enorme foco no público que se formava.


    Gradativamente, o truste foi perdendo o pé do mercado, afastando-se cada vez mais do público, enquanto os independentes ganhavam espaço e passavam a produzir em quantidade cada vez maior.


    Laemmle e Fuchs tornaram-se produtores de sucesso, recorrendo à importação de películas para fugir ao boicote da Kodak. O estúdio de Laemmle se tornaria a Universal; o de Fuchs, a Fox, depois que ele adaptou seu sobrenome. William Hodkinsons, dono de um teatro, montou uma distribuidora e, depois, a Paramount. E Hollywood tornou-se o mais importante centro da indústria cinematográfica.


    ***


    Em muito, a ação do truste cinematográfico norte-americano lembra o truste midiático reforçado no país após 2005.


    Com o pacto dos quatro grandes controladores do mercado de opinião – Globo, Abril, Estado e Folha - tendo as demais emissoras e jornais a reboque, criou-se o Truste da Mídia - a não ser a diferença de escala e de tecnologia, com métodos idênticos ao do Truste dos Dez.


    Moveram campanhas sistemáticas contra os novos atores que surgiam, os blogs, preservando para si a maior parte da publicidade pública. Tentaram assassinar a reputação de novos grupos que se instalavam – como foi o caso dos portugueses da Ongoing.


    Abarrotaram os blogs com ações judiciais, para sufoca-los financeiramente. Reagiram com fúria a qualquer tentativa de regulação do mercado que pudesse abrir espaço para o novo.


    ***


    Mesmo assim, as poucas brechas abertas estão permitindo o nascimento do novo. 


    Já existe uma indústria de audiovisual promissora, algumas (embora poucas) experiências inovadoras de jornalismo online, mas que já fazem um contraponto expressivo no mercado de opinião política. E um conjunto de personagens à espera do próximo grande agente aglutinador, dentro das possibilidades abertas pelas novas tecnologias.


    O novo já nasceu. É questão de tempo para o velho morrer.

    Emailluisnassif@ig.com.br

    Blog: www.luisnassif.com.br
    Portal: www.luisnassif.com

    "Todos os direitos reservados, sendo proibida a reprodução total ou parcial por meio impresso."

    Visite o BLOG e confira outras crônicas
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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons
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    PressAA


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    Roquin riu de Beyoncé: MC Ludmilla diz que phode mais que mulheres-fruta --- Depois de desmentir a farsa do mensalão, Dirceu desmente O Globo --- Enquete: Quem melará mais no STF?

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    Why Don't You Love Me?

    (Legendado em português)

    Beyoncé

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    09/09/2013 

    Em Fortaleza, Beyoncé abre turnê brasileira com show impecável

    Rock in Rio 2013
    É pouco dizer que Beyoncé foi simpática em Fortaleza neste domingo (8), primeira etapa de sua nova turnê pelo Brasil, que inclui nas suas cinco datas o Rock in Rio, na próxima sexta, e um show no estádio do Morumbi, no domingo.

    A cantora americana de 32 anos desembarcou na capital cearense às 15h30, apenas seis horas antes do horário marcado para o show. Seguiu direto para a Arena Castelão e cerca de três horas depois teve um breve encontro com alguns jornalistas.

    Foi extremamente simpática, como seria depois com as quase 50 mil pessoas que deixaram ainda espaços vazios em vários pontos do estádio. Se a lotação não foi total, o profissionalismo da cantora transbordou.

    Em duas horas no palco, Beyoncé foi impecável. Cantou bem, dançou ainda melhor e trocou várias vezes as roupas exuberantes, que em nada lembraram a simplicidade da camiseta colorida com shortinho jeans no encontro com a imprensa.

    BEYONCÉ EM FORTALEZA

    AVALIAÇÃO ótimo


    (Para ler reportagem completa, clique no título)

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    A arte imita a vida ou vice-versa ou tanto fez como tanto fazem?

    Leia também...

    Amor à Vida


    Ana Carbatti irá interpretar uma psicóloga que ajudará no caso de Atílio (Luis Melo) no Hospital San Magno. Em conversa com o Purepeople , ela revelou que já estava acertada para entrar na novela e isso não aconteceu por nenhum tipo de pressão

    A atriz Ana Carbatti foi o centro de uma polêmica racial nesta sexta-feira (14). Segundo o jornal "Folha de São Paulo" ela entraria em "Amor à Vida" para responder às reclamações de telespectadores que sentiram falta de personagens negros na trama. Em conversa com o Purepeople, a atriz esclareceu que já estava escalada há alguns meses.

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    Publicado em 06/07/2013

    Perdeu! MC Beyoncé não pode mais usar nome artístico

    Funkeira saiu de escritório e, proibida, agora adotou o próprio nome, MC Ludmilla

    mcbeyoncéMontagem R7/Reprodução/Twitter e Facebook
    Veja o verdadeiro nome dos funkeiros
    MC Beyoncé não existe mais... agora é MC Ludmilla

    Prove que você sabe tudo sobre as funkeiras!



    A Mulher Moranguinho já foi noiva de qual funkeiro?









    (Para ler mais a página R7 Entretenimento, clique no título)

    Leia também...

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    13/09/2013 



    Dançarinas de Beyoncé dão aula para fãs e ‘seguram o tchan’


    Glauco Araújo
    Do G1 Rio

    MC Beyoncé participa e desiste das coreografias por causa do calor.

    Bailarina de Anitta mostra mais desenvoltura em escola no Rio.


    As dançarinas da cantora  Beyoncé não resistiram ao balanço da música baiana e “seguraram o tchan” durante o workshop que realizaram para os fãs em uma escola de dança na Barra, no Rio, na noite desta quinta-feira (12). A coreografia do grupo É o tchan marcou a década de 1990 no Brasil. (Veja vídeo ao lado)
    A cantora Beyoncé é a principal atração da abertura do Rock in Rio, nesta sexta-feira (13), no palco principal da Cidade do Rock.
    As nove integrantes do corpo de bailarinas de Beyoncé e os irmãos gêmeos Laurent e Larry Bourgeois, conhecidos como Le Twins, ficaram quatro horas com cerca de 140 fãs em uma das salas de aula da escola Petite Danse. O G1 acompanhou, com exclusividade, três horas do curso. A última delas foi reservada para um bate-papo entre fãs e dançarinos da cantora americana.
    A rotina das crianças e alunos da instituição mudou completamente quando o grupo chegou ao local. Além dos inscritos, os frequentadores habituais da escola se aglomeraram nas pequenas janelas das salas para tentar um autógrafo ou tirar uma foto, o que só foi possível quando as bailarinas pararam o aquecimento para irem ao banheiro.
     A funkeira MC Beyoncé foi uma das participantes do workshop (veja no vídeo ao lado), mas não mostrou muita desenvoltura. Ao chegar à segunda hora com as bailarinas da Beyoncé, ela foi para o canto, exausta, e “desistiu” de acompanhar a aula. “Muito calor, muita gente. Não estou conseguindo aprender nada. Ainda bem que meu tio veio comigo e trouxe água. Tá muito cheio”, disse                                                                a MC.
    Kimberly, dançarina de Beyoncé, se espanta com o tamanho da fila para workshop (Foto: Glauco Araújo/G1)
    Kimberly, dançarina de Beyoncé, se espanta com
    tamanho da fila (Foto: Glauco Araújo/G1)
    Também participou do evento a dançarina Arielle Macedo, que faz parte do corpo de bailarinas da cantora Anitta, que ficou famosa com o hit "Show das poderosas". Por estar mais acostumada a coreografias, foi até o final e ainda ganhou uma conversa com o staff de Beyoncé depois do workshop. “Resolvi apresentá-la para o grupo porque ela é muito fã da Beyoncé e também por causa do cabelão vermelho dela”, disse Kauê Neves, organizador do Workshop Brasil. Ele é responsável pela casting da cantora americana no Brasil.
    Neves contou que realizou as inscrições em quatro lotes pela internet. “Os preços variaram de R$ 120 a R$ 180. Recebemos inscrições de Manaus, Recife, de todos os estados. Agora, elas farão outro workshop em São Paulo e em Brasília, antes dos respectivos shows da Beyoncé”, disse o organizador.
    (Para assistir aos vídeos, clique no título)

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    Muito se falou dos gastos públicos com a Copa do Mundo de 2014. Manifestantes foram às ruas protestar contra o Mundial. E poucos, diria quase ninguém, se aventuraram em defender o evento no Brasil. Nem mesmo com números e exposições em órgãos de respeito, como o Tribunal de Contas da União, mostrando a situação dos investimentos do governo na Copa, se consegue convencer os incautos ou oportunistas de plantão.
    Recorro aqui ao consultor da ONU na Copa 2014 e coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pedro Trengrouse, de 34 anos de idade, para argumentar contra os que são contra a Copa no Brasil.
    Os investimentos do governo em obras que considera como relevantes, até julho, era de R$ 25 bilhões em mobilidade urbana, aeroportos, segurança, telecomunicações, saúde e turismo, entre outros, sempre de acordo com a Matriz de Responsabilidades da Copa, informa o consultor Trengrouse.
    São R$ 25 bilhões investidos em função da Copa contra R$ 557,4 bilhões do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) investidos em infraestrutura pelo País afora até junho.
    (Para ler artigo completo, clique no título)
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    De Mílton Jung

    Direto de Roma/Itália

    Toda vez que o presidente Lula abre a boca pra falar de Copa, o projeto Morumbi 2014 sai da gaveta novamente, onde está guardado com pastas e documentos importantes que podem decidir o destino do estádio de São Paulo.
    No lançamento do estranho logo para o Mundial do Brasil, Lula passou recado ao prefeito da capital paulista Gilberto Kassab (DEM), que está na África sob a alegação de que precisa conhecer programas e soluções desenvolvidas por aquelas cidades.
    Kassab foi, na verdade, fazer política, não planejar.
    As constatações do prefeito de que São Paulo não deve nada ao sistema de transporte de Johannesburgo e seria impossível construir um Soccer City com dinheiro público poderiam ser feitas de dentro do gabinete dele, no Viaduto do Chá.
    Haja vista que ao planejarem a Copa da África, as autoridades sul-africanas foram a São Paulo, especificamente na região do ABD paulista, passaram por Curitiba e esticaram viagem a Bogotá, na Colômbia, para entender como transportar passageiros com qualidade. Devem ter ficado presos em congestionamentos na cidade de São Paulo, onde não se investe em corredores de ônibus há bons anos.
    E como Kassab foi fazer política, voltará da África com o recado do presidente lhe coçando a orelha: “Continue a brigar pelo Morumbi” - está no Blog de Cosme Rímoli, em 08/07/10.
    Há pouco mais de um ano, em outro cochicho nem tão baixo assim, Lula falou ao ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, durante cerimônia no estádio do Morumbi: “Diga ao Ricardo (Texeira) para parar de falar m… É preciso baixar a crista dele. O Morumbi é o estádio de São Paulo para a Copa” - descreveu Juca Kfouri em 24/06/09
    Pode parecer uma contradição (mas só a quem mantém a visão ingênua de que tudo é uma questão de preferência clubística), o corintiano Lula tem sido o “embaixador do Morumbi” desde o primeiro minuto de jogo e seu esforço aumentou após encontro com o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio - o mesmo que ao assinar nota em resposta a exclusão do estádio da Copa, ameaçou: “A Justiça é filha do Tempo. O Tempo é o Senhor da Razão. O Tempo dirá. E nós também” (16/06/10). Dirá o quê?
    Há quem não consiga dissociar a frase final daquela nota com o comentário presidencial, na cerimônia africana, de que o Brasil é feito de gente que não desiste nunca. Disse isso em uma das três vezes nas quais citou nominalmente Ricardo Teixeira, durante a cerimônia. Mais do que um slogan, um alerta?
    Destacou, também, o necessário combate a corrupção na Copa 2014. Quando, aliás, não será mais presidente do Brasil: “pode contar comigo no que for necessário” - fez questão de avisar a Teixeira.
    Terça-feira (07/07/2010), já em solo africano, em outra das suas frases, Lula não foi descuidado na fala: “Se a CBF adotasse o que eu adotei quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, a cada oito anos a gente trocava a direção da CBF. No sindicato a gente trocava”.
    Quanto a Kassab, não-alheio a discussão, voltará a São Paulo talvez com a bagagem vazia de projetos urbanísticos, mas com um aparente alívio: poderá reaproximar seu discurso pró-Morumbi ao do Palácio dos Bandeirantes, de onde se ouvia dos corredores críticas pesadas contra o alcaide. E, ao mesmo tempo, costurar com investidores a construção do Plano B, ou P, o Piritubão.
    Desembarcará em São Paulo, com um pé em cada estádio.
    Por enquanto, vizinho do Palácio, Juvenal Juvêncio só abre a gaveta de seu escaninho, cheia de pastas e documentos, pra remexer no projeto de reforma do Estádio do Morumbi.
    É das conversas ao pé de orelha, bate-papo nos bastidores e recados indiretos que se constrói o caminho para São Paulo ser sede da abertura da Copa do Mundo de 2014. Ou qualquer outra coisa que tenha o mesmo valor.


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    Crônica indicada pela nossa colaboradora-correspondente Urda Alice Klueger...




    Amilcar Neves  |  variedades@diario.com.br
    Bem que o Flávio sempre me advertiu: ironia e sutileza não cabem na crônica de jornal, o leitor não percebe a insinuação e lê o que está escrito, não as entrelinhas. E a culpa nem é do leitor, mas do fato de estar lendo jornal, veículo de matérias diretas, objetivas e precisas. É assim que ele lê o jornal, é assim que lerá a crônica do jornal. A digressão, a sugestão, a provocação caem melhor no texto literário, que o leitor aprecia como um desafio, uma charada, um enigma a ser solucionado.

    O risco de ser sutil e irônico na crônica jornalística, conclui o Flávio, é ser entendido e interpretado erroneamente (do ponto de vista do autor) pelo leitor, que já tem um olho na parte de baixo da página e ainda nem chegou propriamente a desgrudar o outro olho da página anterior: há que ler rápido,fast read, porque o tempo urge e sempre está na hora de voltar, de fazer o que realmente te dá camisa. E o Flávio José Cardozo, sabemos todos, é dos mais brilhantes cronistas que jamais brotou em terras catarinas. Além de construir-se em contista dos mais importantes que o Brasil já deu.

    Pois tal é o mal que me aflige desde que, sutil, tentei ironizar alguns absurdos e contrassensos que rolam por aí. Meu problema, minha dúvida atroz e cruel reside simplesmente em encontrar uma forma eficaz de devolver, por imerecida, uma torrente de elogios que recebi quando tratei aqui, outro dia, da efetiva importação de médicos pelo governo federal, da suposta importação de engenheiros e da fictícia importação de escritores.

    Parecia-me que o disparate das argumentações que usei (sem contar a história que os meus textos vêm contando desde 1963) seria suficiente para denunciar com clareza o verdadeiro sentido e as reais intenções da crônica em questão. Aí o erro grotesco do cronista: quem condena a vinda de médicos para atender as populações marginalizadas, necessitadas, só tem olhos e ouvidos para o corporativismo grotesco e delinquente, e se escora atrás exatamente de argumentos disparatados, às vezes sem se aperceber da falsidade do raciocínio. Assim, o que estes leram aqui foi a música dissonante à qual se acostumaram. E aplaudiram entusiasticamente o cronista que, supuseram, enfim enxergava a realidade - deles.

    De forma idêntica obram os que denunciam a importação de engenheiros pelo governo federal - para criticá-lo acidamente -, quando se sabe, apenas para ficar em um exemplo, que os EUA desenvolveram sua engenharia, ciência e tecnologia graças à sedução de cérebros de todo o mundo, inclusive da Alemanha nazista, da União Soviética e do desprezado Terceiro Mundo. Só nós, no Brasil, com deficiências gritantes nessa área conhecidas há décadas, é que devemos permanecer puristas, nacionalistas, xenófobos.

    Por outro lado, o erro de avaliação cometido pelo cronista gerou iradas mensagens eletrônicas exigindo a exclusão do endereço do remetente da minha lista de distribuição, com a afirmação categórica de que, "se é para ler esse tipo de lixo, prefiro ficar com a Veja inevitável dos consultórios médicos".

    Enfim, como declarou de peito aberto o presidente do Sindicato dos Médicos de Campinas, apoiando o programa Mais Médicos, "a não ter nem médico nem estrutura de atendimento à saúde nos cantos desassistidos do Brasil, é preferível ter ao menos o médico, que acabará se tornando o indutor para a criação dessa estrutura". Atendendo ao Flávio, o doutor paulista não foi sutil nem irônico: deu o seu recado de forma direta.

    Diário Catarinense

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    12 Setembro 2013
    Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, dá entrevista ao programa Bom Dia, Ministra. Foto: Agência Brasil
    Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, dá entrevista ao programa Bom Dia, Ministra. Foto: Agência Brasil

    Os benefícios do Bolsa Família são muitos e para toda população brasileira, não só para os beneficiários, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, no programa Bom Dia Ministra desta quinta-feira (12). Segundo ela, entre os benefícios do Bolsa Família está a garantia de que as crianças estejam na sala de aula.
    “Hoje, a evasão escolar de crianças pobres no Brasil é muito menor do que a evasão média do resto da rede pública e isso acontece graças ao Bolsa Família (…) Nesses dez anos não só nós conseguimos aliviar a pobreza da população, mas garantir as crianças em sala de aula, reduzir a mortalidade infantil. (…) Nós tiramos 22 milhões de pessoas no Brasil da extrema pobreza (…) A gente consegue comprovar que cada R$ 1,00 que a gente investe no Bolsa Família, retorna R$ 1,44 para a sociedade. Então ganha quem? Ganham os beneficiários, ganham as crianças. Mas ganha também a comunidade”, afirmou.
    O Bolsa Família completa 10 anos em outubro e, atualmente, atende quase 14 milhões de famílias (mais de 50 milhões de pessoas). O programa é reconhecido internacionalmente como uma política pública social que conseguiu romper o círculo da miséria pela educação.

    12 Setembro 2013 
    Agenda presidencial
    A presidenta Dilma Rousseff se reúne, nesta quinta-feira (12), às 9h30, com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, no Palácio do Planalto. Em seguida, às 10h30, Dilma recebe a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

    (Para ler notas completas, clique nos títulos)

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    No blog da redecastorphoto...


    (da Organização de Cooperação de Xangai)


    13/9/203[*] Pepe EscobarAsia Times Online –The Roving Eye
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    O PM do Quirquistão, Jantoro Satubaldiev e Xi Jinping (D)
     Bishkek - 11/9/2013 (Clique na imagem para aumentar)
    Enquanto o mundo parava, petrificado ante o risco de o governo Obama bombardear a Síria, o presidente Xi Jinping da China trabalhava, costurando a Rota da Seda.

    É dito que muito se deve amar, aquele, famoso, de Deng Xiaoping: “mantenha-se discreto”, low profile. Mas no caso da segunda maior economia do mundo, low profile sempre implica grande impacto.

    Foi o que aconteceu dia 7/9, em Astana, capital do Cazaquistão, quando o presidente Xi propôs oficialmente nada menos que uma Nova Rota da Seda, em coprodução com a Ásia Central.



    A nova Rota da Seda e os ramais comerciais
    (Clique na imagem para visualizar)
    (...)

    Na China, nenhuma decisão tão ampla como essa é jamais “espontânea”, mas cuidou-se de construir uma bem visível campanha de Relações Públicas para suavizar o impacto. Em Astana, Xi disse: “minha terra natal, a província de Shaanxi, é o ponto de partida da antiga Rota da Seda”. Disse que se “emocionou” ao repassar a história da Rota da Seda naquela viagem.


    Praça Registan, em Samarcanda
    (clique na imagem para visualizar)

    (...)

    Fica-se imaginando o que pensam disso tudo os adultos que vivem em quartos separados no tal cinturão chinês (supondo que saibam do que está acontecendo). A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton dava-se a arroubos poéticos sobre uma “nova rota da seda” a ser promovida pelos EUA. É. Depois da viagem de Xi, a coisa já soa, mesmo, como uma das promessas de campanha de Barack Obama.
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    [*] Pepe Escobar (1954) é jornalista, brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna (The Roving Eye) no Asia Times Online; é também analista e correspondente das redes Russia TodayThe Real News Network Televison Al-Jazeera. Seus artigos podem ser lidos, traduzidos para o português pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu, no blog redecastorphoto.
    Livros

    (Para ler reportagem completa, clique no título)

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    11 Setembro 2013

    Escrevo em repúdio à manchete de hoje do jornal O Globo, que me acusa de desafiar o STF. A conclusão exposta pelo jornal em sua primeira página se baseia em entrevista que concedi à TV da Fundação Perseu Abramo. Qualquer um que tenha assistido à entrevista, ainda disponível na internet, sabe que em nenhum momento desafiei o Supremo. A interpretação adotada pelo Globo e sua opção por alçá-la à manchete traem a intenção de interferir no andamento da ação penal 470.


    O que fiz na entrevista foi apenas reafirmar meu direito à revisão criminal, procedimento garantido pela Constituição e pelas leis penais. E também meu direito de recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos, de cuja convenção o Brasil é signatário por aprovação do Congresso Nacional, estando submetido a ela não apenas nosso governo, mas também o poder Judiciário.



    As Organizações Globo não têm legitimidade para me acusar de afronta à Justiça. Elas, sim, têm em sua história passagem notável de afronta ao STF, ao apoiar o golpe militar, a ditadura e o AI-5, que usurpou os poderes constitucionais do Supremo, eliminou as garantias individuais, o habeas corpus, a liberdade de expressão e organização. Eu estava do outro lado da trincheira, defendendo a democracia.


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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA



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    Dilma explica a Obama: "Gossip, no Brasil, é noticioso que cospe no prato que come" --- Brasil: Oportunidade tecnológica --- China: falsificações bizarras

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    Barack Obama conversa com Dilma Rousseff na cúpula do G20, na Rússia; encontro entre os dois aconteceu no início de setembro

    14/09/2013 

    Dilma não deve ir a encontro com Obama

    MÔNICA BERGAMO
    COLUNISTA DA FOLHA

    A presidente Dilma Rousseff deve cancelar a reunião com o presidente americano Barack Obama, marcada para ocorrer no dia 23 de outubro.

    A decisão, que ela já estava propensa a tomar, foi reforçada ontem, depois de um encontro que a petista teve com o conselho político informal com o qual costuma se reunir regularmente.

    Fazem parte do grupo o ex-presidente Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, o ex-ministro Franklin Martins, da Comunicação, e o publicitário João Santana, que se reuniram com Dilma ontem em Brasília na Granja do Torto, uma das residências oficiais da Presidência.

    Praticamente todos manifestaram a opinião de que a presidente deveria abortar a viagem aos EUA. O país espionou o Brasil e comunicações da própria presidente com auxiliares. Até agora, não pediu desculpas, não deu explicações convincentes e até deu a entender que manteria a prática de monitorar o país.

    De acordo com um auxiliar direto de Dilma, ela ainda terá uma conversa com o chanceler Luiz Alberto Figueiredo antes de sacramentar e anunciar a decisão.

    Ele esteve nesta semana em Washington para uma reunião com representantes do governo Obama e deve fazer um relato mais detalhado da conversa à presidente.

    Mas a possibilidade de Dilma manter a reunião, a essa altura, é extremamente remota, de acordo com o mesmo auxiliar. "Ela já queria cancelar a viagem e está praticamente decidida. A não ser que os EUA apresentem alguma explicação clara, o que até agora não ocorreu".
    Para que a presidente mantivesse o encontro, "seria preciso o Obama vir ao Brasil pedir desculpas, ou algo equivalente", nas palavras do interlocutor de Dilma com quem a Folha checou a informação.
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    Dilma confirma viagem a EUA para abrir Assembleia da ONU



    Dilma inaugurou hoje terminal de GLP da Petrobras, no Rio  Foto: Daniel Ramalho / Terra
    Dilma inaugurou hoje terminal de GLP da Petrobras, no Rio 
    Foto: Daniel Ramalho / Terra

    A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, usou a ironia para comentar sua viagem aos Estados Unidos prevista para 23 de outubro, alimentando especulações a respeito do cancelamento de sua visita ao país americano em resposta ao escândalo de espionagem de mensagens do Palácio do Planalto e da Petrobras. Ao ser perguntada ontem por um jornalista sobre sua ida a Washington, Dilma respondeu, sorridente: "Minha viagem aos Estados Unidos? Que viagem?". As informações são da Agência Ansa.
    Porém, nesta quarta-feira, Dilma confirmou que viajará aos EUA, mas em setembro, para abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas. "Dia 23 eu abro a Assembleia Geral da ONU", disse Dilma, após cerimônia no Estaleiro Inhaúma, na região portuária do Caju, no Rio.
    (Para ler completo, clique no título)
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    MENSALÃO E SUPREMO: O TEATRO DOS VOTOS





    Jean Menezes de Aguiar

    JEAN MENEZES DE AGUIAR
    Análise bem humorada, ou nem tanto, da semana no STF e uma homenagem ao querido e inesquecível Mussum
    O que os votos dos juízes do Supremo Tribunal Federal "são"? O que escondem? O que observadores atentos conseguem perceber? Estas questões são legítimas a intérpretes de fatos sociais. O STF fez uma opção até discutível, diga-se de passagem, quando resolveu entregar à sociedade suas entranhas pela TV. Permitiu ser analisado, discutido, criticado, elogiado e odiado. É o preço pela opção da fama buscada. Ou como querem alguns: transparência.
    O racha que se estabeleceu no julgamento relativo à ação penal 470, vulgo Mensalão, nas sessões de 11 e 12.9.13, talvez nem seja mais jurídico. Mas personalista, ideológico, arrogancial, duelar, exibicionista, cênico e quase patético se não fosse trágico. Mas observe, não há uma infâmia nisso, mas apenas uma natural verificação da essência humana, geral e própria de todos nós. Sim, o patético somos nós, não os leões ou elefantes. Eles vivem, comem, transam, dormem e morrem. Não inventam coisas. Nós temos Einstein. Ou Toffoli. Os "lindos" somos nós.
    No Mensalão discute-se direito e as ciências antiga da interpretação e moderna da ponderação. Conceitos como derrogação, preclusão consumativa, diferenças epistemológicas entre dispositivo, ementa e fundamentação de voto. Tudo isso tem sido tempero no banquete televisivo para os ávidos. Mas há uma aura mímica, jactanciosa, nem sequer disfarçada. Certamente a fogueira de vaidade do Supremo – dizem que ela existe – nunca teve seu fogo tão alto como neste setembro de 2013. Mas isto também nos pertence. Não cerceie a minha vaidade. Não ouse.
    Os votos ministeriais podem ser divididos ou classificados em grupos. Os que defendem os embargos infringentes, foram sonoramente recatados e, talvez mais preocupados com uma demonstração "metodológica". Científicos? Não se pode parcializar assim a divisão. Mas a teatralização cênica, perdoe-se o pleonasmo, esteve muito mais no lado contrário, com Fux, Mendes e Marco Aurélio.
    Barroso deu uma aula, empregou ciência, foi paciente e didático. Mesmo quando "xingado" de "novato" por Marco Aurélio, após Gilmar Mendes mostrar-se preocupado "mais" (?) com as ruas e imprensa do que com o Direito, Barroso foi cirúrgico e de uma firmeza talvez irritante para seu opositor. Começou a falar e não parou, só parou quando quis, mesmo com sua voz de garoto. Disse que em hipótese alguma votaria preocupado com as ruas e com os jornais. Barroso deu um direto no queixo de um Gilmar Mendes rotatório na cadeira, totalmente teatral e exibindo uma zanga jurídica de última hora. Mendes calou, murchou. Mendes não falou nada. Quem o defendeu foi o próprio Marco Aurélio que "tentou" dizer que vota, sim, preocupado com "a sociedade". Surfou. Então tá.
    Os que apoiam Joaquim Barbosa pareciam não defender uma tese, mas atacar a tese adversária. Fux em sudorese gesticulava e tentava se ver livre do próprio colarinho a la Fux que, ao que parece, mostrou-se seu grande inimigo. Aparentemente nervoso e irritado, com seu sotaque praiano de eterno garotão, atirou para todos os lados. Mas não chegou a ter o padrão metodológico de Barroso. Seus fãs pediram a aula de processo, ele não deu. Até agora continua invencível na serenidade de desmontar pontualmente os 7 argumentos de Joaquim Barbosa o "novato". Se Luís Roberto Barroso foi modesto e "científico", seus adversários foram "grandiosos", em volume e gestos.
    É claro que um voto jurídico não se mede pela linguagem corporal. Mas que esta linguagem é valiosa para intérpretes que a conhecem, não resta a menor dúvida. Aquelas várias vezes que Fux tirou o lenço do bolso para enxugar o suor em seu inexistente bigode perpassariam um nível de nervoso e ansiedade inequívocas a um negociador treinado e com olhar fixo no outro, como a cobra olha o sapo, numa mesa de Negociação.
    Meio paralelamente a tudo via-se um Marco Aurélio "tranquilão", às vezes quase-risonho. Como se estivesse à beira da piscina do Copa, no Rio, com uma caipirinha na mão esperando a sua vez de atirar o dardo no alvo. Não se deixou "abater" e manteve seu discurso um tanto quanto pensativo-arrogancial com as últimas sílabas prolongadas para dar um efeito fonoaudiológico de saída exagerada de ar – a sua marca-. A impressão era de um Marco Aurélio bon vivant - a 3 anos da relativa jovem aposentadoria – se divertindo, um pouco, e tendo que se mostrar totalmente compenetrado. Ah se não fosse a TV.
    Os ministros do Supremo Tribunal Federal agora "pop", biguibroderizado, se tornaram nossas propriedades. Entraram em nossas casas, botecos e cozinhas. São os Tarcísios Meiras do Judiciário do século 21. E quando se aposentarem, serão os primeiros ministros aposentados "da TV". Deixarão saudade.
    No plano menos antropológico da análise e mais jurídico há nuanças. Os que defendem Joaquim Barbosa mostraram-se mais preocupados com 1) uma resposta à sociedade e imprensa; 2) a segurança jurídica sistêmica e em prol do Judiciário; 3) a fixação da duração do processo como ditame constitucional de sua finitude e não eternização; 4) a imagem que o Supremo pode vir a desafiar se não acabar o processo rapidamente; 5) as cinquenta sessões como prova de exaustão processual em busca de o que em Direito se chama "verdade real".
    Os contrários a Joaquim Barbosa, defendendo os embargos infringentes para os réus se mostraram mais preocupados com: 1) a liberdade como valor máximo do homem que precisa ser discutida até uma certeza mínima que não reste grandes dúvidas; 2) o risco que é se cercear um recurso num processo de índole penal em que a liberdade é o objeto e o processo não teve recurso.
    Outros temas houve, derrogação, análises comparativas de lei e Corte Interamericana de Direitos Humanos. Mas como se pode "tentar" buscar uma análise minimamente isenta, à luz da Constituição da República, para esses dois lados acima, o primeiro até com maior "quantidade" de argumentos?
    O grande ponto, de todos, todos eles, que deveria estar sendo muito enfatizado é apenas um: a liberdade. Enquanto houver uma divisão tão profunda, tanto no plano processual quanto no material, mandar-se para a cadeia "porque está de bom tamanho" será açodado. Ou louco mesmo.
    Não se pode lidar assim com a liberdade. Aqui pode estar o único e, reconheça-se, "pequeno" defeito que inferioriza o lado favorável a Barbosa. Estão solapando a discussão da liberdade. Isto em uma época de Constituição da República de 1988, que quem pertence ao Direito sabe o que é, e influenciou todos os direitos a lhes aceitar princípios absolutos e inegociáveis.
    A sociedade em geral, e se o diz com profundo respeito, não tecnicamente afeita ao mundo jurídico e constitucional modernos, tem todo direito de "opinar", como queira. Mas tem o dever de confiar que, justamente esta discussão com o nível de cisão verificada, está a qualificar o Supremo. Parece que o decano julgará a favor dos embargos infringentes. Só ele pode "salvar" o Supremo a favor do princípio constitucional maior: a dignidade da pessoa humana. O resto é cena e teatro.
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    Coluna Econômica - 13/9/2013

    Há dois setores nos quais o Brasil poderá montar estratégicas competitivas de inovação, graças ao mercado interno, ao poder de compra do Estado e a parceria com institutos de pesquisa: fármacos e cadeia de petróleo e gás.

    A opinião é de João Negri, diretor de Inovação da Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisa), no seminário sobre as cadeias de pesquisa do setor, promovido pela Brasilianas.

    ***

    No caso de petróleo e gás, a Petrobras costuma se comparar à NASA e ao desafio de colocar o homem na lua. São desafios tecnológicos intensos, de equipamentos resistentes a condições extremas de temperatura e pressão, exigindo o  desafio de novos materiais, nanotecnologia, engenharia, colocando-a na fronteira da tecnologia no mundo. E não pode errar.

    ***

    Em países como o Brasil, com determinado nível de renda mídia, explica Negri, não se conseguem saltos na produtividade per capita, como ocorre nos grandes movimentos de urbanização ou de migração da mão-de-obra de setores estagnados para outros mais dinâmicos.

    O grande desafio, então, passa a ser ganhar produtividade através da tecnologia e inovação.

    ***

    Negri identifica dois modelos de política econômica  adotados no país.

    A tradição da política econômica do período 1950-1970 era o da criação de um ambiente protegido, no qual fatores como custo não contavam. E onde, também, havia os bónus de produtividade, na urbanização e na industrialização inicial.

    Nos anos 90, muda-se a linha e economistas julgam que se poderia reorganizar a economia a partir da abertura e da integração internacional, aumentando a competição e proporcionando ganhos maiores de produtividade.

    ***

    Nem a tradição dos anos 50/70 nem dos anos 90 dão conta de responder porque economia brasileira não ganha em produtividade, diz ele. A razão de fundo é a falta de domínio dos tecnologias críticas e chaves em diversos segmentos.

    ***

    E ai se entra pela janela de oportunidade proporcionada pelo pré-sal. Nesse ponto, Negri levanta alguns pontos relevantes, questões pouco enfrentadas por sucessivas políticas públicas: não se conseguirá desenvolvimento próprio de tecnologia se não for com empresas de capital nacional.

    De fato, nos últimos anos há um deslumbramento com os grandes centros de pesquisa de multinacionais implantados especialmente no Fundão.. Em geral, considera-se que os ganhos do país se dão por formas indiretas, na qualificação de técnicos, em alguma melhoria da cadeia produtiva.

    É pouco, segundo Negri.

    Se se quiser tecnologia autônoma, que permita desenvolver grandes fornecedores globais, há que se ancorar o desenvolvimento em empresas nacionais. Foi assim na Noruega - considerada o grande modelo de desenvolvimento petrolífero. É assim nos estudos de Michael Porter, o maior industrialista contemporâneo

    Em 2003, uma empresa norueguesa, a Aker Solution, estava prestes a ser adquirida por outra norte-americana. O próprio governo norueguês interveio, adquirindo parte do capital da empresa para impedir sua desnacionalização.

    A grande oportunidade que se abre para a tecnologia nacional é que as dificuldades do pre-sal são de novas e nenhuma empresa estrangeira tem domínio sobre a tecnologia. Haverá, então, o aprendizado para desenvolver equipamentos e produtos.

    É esse desafio que não pode ser desperdiçado.

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    12 Setembro 2013

    Segundo dados do IBGE, as vendas no comércio brasileiro tiveram alta de 1,9% em julho ante junho e registraram elevação de 6,0% em relação a igual mês de 2012

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    Retrospectiva PressAA:



    O ano de 2008 começou promissor e parecia que o Brasil iria brilhar em meio a um cenário internacional favorável. Entre abril e maio, o país recebeu de três fontes diferentes o tão sonhado grau de investimento (o que significa baixo risco para aplicações de estrangeiros).

    Primeiro, em 30 de abril, foi a agência de avaliação de risco Standard & PoorŽs. Menos de um mês depois, a agência canadense DBRS tomou a mesma decisão. No dia seguinte, a Fitch também concedeu o grau de investimento.

    Com a boa notícia, a Bovespa bateu sucessivos recordes de pontuação, chegando a 73.516,8 pontos em 20 de maio. Mas o tempo virou e, cinco meses mais tarde, em outubro, a Bolsa foi jogada abaixo dos 30 mil pontos.

    A causa da virada foi a derrocada financeira global, que sacudiu a economia de todos os países em 2008 e teve início nos EUA um ano antes, com a crise do "subprime", como é chamada a modalidade de empréstimos de segunda linha no país. 

    Apesar da crise, Petrobras colocará em operação nove plataformas entre 2009 e 2013

    02/01/2009 

    Nielmar de Oliveira

    da Agência Brasil

    Apesar da crise financeira internacional e do conseqüente adiamento da divulgação do Plano de Negócios da Petrobras para o período 2009/2013, a estatal manterá o ritmo de investimento, em 2009, contratando, construindo, e colocando em produção 20 plataformas nos próximos anos, segundo informações da Agência Brasil.

    De acordo com a Agência, dessas, nove deverão começar a operar entre 2009 e 2013.

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    Petrobras colocará em operação seis novas plataformas em 2013

    RAMONA ORDOÑEZ 
    Publicado: 

  • Capacidade das unidades é de 840 mil barris por dia
  • Produção vai compensar redução em outras plataformas


  • Navio-plataforma Cidade de São Paulo terá capacidade para 120 mil barris diários Foto: Divulgação / Petrobras

    Navio-plataforma Cidade de São Paulo terá capacidade para 120 mil barris diáriosDIVULGAÇÃO / PETROBRAS

    RIO – A Petrobras colocará em operação no próximo ano seis plataformas, que acrescentarão cerca de 840 mil barris de petróleo à capacidade atual da companhia. Segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, três delas – a P-63, P-55 e a P-61 – são de produção única da companhia. Outras três – Cidade de São Paulo, Cidade de itajaí, e Cidade de Paraty – serão instaladas em campos do pré-sal, na Bacia de Santos, e parte da produção será dos parceiros da Petrobras nos blocos.

    — Vão entrar essas seis unidades novas de produção e a produção da Petrobras de terceiros vai aumentar bastante — disse Graça Foster.

    Destaque dos comentários:


    Carlos Henrique Xavier dos Santos 
    Atenção, paulistada. Bacia de Santos aí não significa Bacia "em" Santos; 80% dos poços da Bacia de Santos ficam em litoral do Rio de Janeiro (o poço de Tupi, o maior do Brasil, fica a 350km da praia de Copacabana em linha reta). Logo, quando o Rio se tornar um país, essa riqueza é somente para o povo fluminense! RIO DE JANEIRO INDEPENDENTE! O PETRÓLEO É NOSSO, O PETRÓLEO É DO RIO!

    (Para ler matérias, clique nos títulos)

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    Foi concluído hoje (13/5), na Baía da Ilha Grande (RJ), o deck mating da P-61, primeira plataforma do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Platform) construída no Brasil. O deck mating é uma operação para unir o casco ao convés da unidade. A construção da P-61 entra agora na reta final. Após a fase de integração, será instalada no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos. 

    O casco foi construído no Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), e a P-61 será nossa primeira plataforma TLWP. Esse tipo de unidade de produção é semelhante a uma semi-submersível, mas usa tendões verticais para a sua ancoragem, ao invés das linhas de ancoragem padrão. Essa tecnologia faz com a que a plataforma tenha uma baixa amplitude de movimentos, permitindo que as árvores de natal (equipamentos de controle na cabeça dos poços) sejam secas e instaladas no convés da TLWP, ao invés de submarinas, como nas plataformas do tipo SS (Semi-submersíveis) e FPSO (sigla em inglês que significa plataforma que produz, processa, armazena e escoa petróleo). 

    O Deck Mating 

    A operação de Deck Mating teve início no dia 2 de maio, quando o casco da P-61 saiu do estaleiro e foi rebocado e ancorado na baía de Ilha Grande, onde foram realizados vários testes de submersão. Durante a operação, o casco foi submergido e o convés foi transportado sobre uma balsa e posicionado sobre o casco. Com uma gradativa e controlada perda de lastro, o casco emergiu e levantou o convés até que balsa fosse retirada. Após as manobras, o convés foi acoplado ao casco definitivamente. 

    A P-61 será instalada no campo de Papa-Terra, no pós-sal da Bacia de Campos, e vai operar em conjunto com a P-63, que está sendo construída em Rio Grande (RS). A capacidade de produção do campo de Papa-Terra é de 140 mil barris diários e tem a participação de 62,5% da Petrobras como operadora e 37,5% em parceria com a Chevron. 



    18 de junho de 2013


    O navio-plataforma P-63 saiu nesta terça-feira (18/06), do Canteiro Quip/Honório Bicalho, na cidade de Rio Grande (RS), após serem concluídos os serviços de integração dos módulos e comissionamento da plataforma. A P-63 está entre as novas unidades que entrarão em operação em 2013, contribuindo para o aumento da produção de petróleo e o alcance da nossa meta de produção de 2,75 milhões de barris por dia, prevista para 2017. Com capacidade para processar 140 mil barris/dia de óleo e comprimir 1 milhão de m3/dia de gás, a unidade irá para o campo de Papa-Terra, no pós-sal da Bacia de Campos, que operamos (62,5%) em parceria com a Chevron (37,5%). A P-63 foi convertida em um FPSO a partir do navio-tanque BW Nisa, no Estaleiro Cosco, na China. A unidade chegou ao Brasil em janeiro deste ano para passar pelas últimas etapas de construção. Ao todo foram instalados e interligados 23 módulos da planta de processo. Os serviços  executados pelo consórcio formado pela Quip (Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Correa) e a BWOffshore empregaram, no pico das obras, cerca de 1.500 trabalhadores. O FPSO P-63 atuará junto à plataforma P-61, primeira do tipo TLWP (Tension Leg Wellhead Plataform) construída no Brasil, que está em fase final de obra em Angra dos Reis (RJ). As unidades compõem o Projeto Papa-Terra, que prevê a perfuração, completação e interligação das unidades a 30 poços produtores de petróleo. Toda a produção da P-61 será transferida para o FPSO P-63, responsável pelo processamento, armazenamento e transferência do óleo extraído. Em função da necessidade de alteração do layout submarino dos poços, para atendimento a condicionantes do processo de licenciamento ambiental, serão realizadas obras complementares na P-63 na Ilha de Santana, em Macaé (RJ). 

    Dados Técnicos - Dimensões do casco (compr. x larg. x alt.): 340 m x 58 m x 28 m - Acomodações: para 110 pessoas - Peso total do Topside (convés/módulos): 18.500 toneladas - Conteúdo Local da Unidade Estacionária de Produção: 65% - Produção de Petróleo: 140 mil barris por dia - Compressão de Gás: 1 milhão de m3 por dia - Injeção de água: 340 mil barris por dia - Investimento: US$ 1,3 bilhões

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    Boletim Portal Vermelho: Sex 13/09/13
    Portal Vermelho
    Destaques da edição de
    hoje do Portal Vermelho

    Mais flexível 
    Irã reafirma disposição para acordo sobre programa nuclear 
    Leia...
    Câmara
    Deputados aprovam Política Nacional de Defesa do Brasil 
    Leia...
    No Plenário
    Senadora Vanessa manifesta solidariedade aos cinco heróis cubanos 
    Leia...
    Baixo quórum
    Câmara adia votação do Estatuto do Judiciário para dia 25 
    Leia...
    Perspectivas
    Prefeitos buscam soluções em reunião com o governo federal 
    Leia...
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    por  13 Setembro 2013 

    Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira revela que os americanos não estão embarcando no canto de guerra da Casa Branca.
    ScreenHunter_2529 Sep. 13 14.51
    O blog liberal (um dos poucos no WP) Plum Line, assinado por Greg Sargent, que analisa os números da pesquisa NBC/WSJ, transcreve as duas principais perguntas aos cidadãos:
    Como você sabe, há informações de que o governo sírio usou armas químicas contra seus cidadãos. O presidente Obama decidiu buscar apoio no Congresso para uma ação militar contra a Síria, em resposta ao uso de armas químicas. Você acha que os parlamentares devem aprovar um ataque militar contra a Síria, ou não?
    Sim, deve aprovar um ataque militar: 33%.
    Não, não deve aprovar um ataque militar: 58%.

    E ainda:
    Agora, mais especificamente. Se a ação militar americana na Síria fosse limitada a ataques aéreos usando mísseis de alta precisão lançados de navios americanos, apenas para destruir unidades militares e infra-estrutura usada para carregar armas químicas, neste caso você aprovaria uma ação militar na Síria?
    Sim, apoiaria: 44%.
    Não, seria contra: 51%.

    Sargent constata o óbvio. Os americanos não caem nessa conversinha de ataques cirúrgicos. Provavelmente inclusive porque eles não acreditam mais piamente na mídia, considera subserviente não apenas ao governo, mas à indústria bélica.
    Isso é um bom sinal, embora nada que se refira à indústria bélica americana mereça ser considerado com otimismo.
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    Leia também no Cafezinho...


    12 setembro 2013 

    No desespero por condenar petistas a todo custo, os ministros que defenderam a revogação dos embargos infringentes entraram em contradição consigo mesmos e negaram não apenas o Regimento Interno do STF como mais de 300 anos de tradição humanista de proteção do indivíduo contra o afã justiceiro do Estado.

    É o caso de lhes opor uma citação latina: 

    Allegans contraria non est audiendus.
    Aquele que dá declarações contraditórias não merece ser ouvido.

    (...)

    O que vai fazer bem ao Brasil não é ver Dirceu indo para cadeia, mas a oportunidade de debater, de forma livre, democrática e serena, sem a pressão desesperada e vingadora da grande mídia, os fundamentos e eventuais falhas do processo pelo qual ele foi condenado.

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    Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania





    Ministro se irrita com tentativas de Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes de pressionar Celso de Mello a votar contra recursos de réus do mensalão. Dupla ofende recém-chegados ao STF

    Redação, RBA


    12 setembro de 2013

    Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo

    “Por acaso, acompanhei a sessão do STF na Globonews. Vi, no Twitter, que podia ver o julgamento ao vivo lá com um mero clique.

    O que mais de chamou a atenção foi o planeta paralelo em que jornalistas e comentaristas da Globonews parecem viver.

    Neste PP, chamemos assim, os brasileiros parecem realmente clamar pela condenação e prisão dos réus do mensalão. E podem provocar tumultos nas ruas do Brasil se seu clamor não for acolhido pelos senhores membros do STF.

    Invoco mais uma vez Wellington: quem acredita nisso acredita em tudo.

    Mas uma jurista convocada para opinar sobre a sessão de ontem parecia acreditar. Ela disse que, embora tecnicamente os embargos infringentes simplesmente “existam”, os juízes poderiam votar contra ele caso considerassem que a sociedade assim deseje.

    Pausa para rir.”
    Artigo Completo, ::AQUI::


    12 setembro de 2013



    “O julgamento de ontem, da AP 470, deslindou de forma didática o perfil dos Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O Ministro Luis Roberto Barroso mostrou, finalmente, seu estilo. Foi de uma cortesia a toda prova. Recolheu inúmeras declarações de Ministros do STF favoráveis aos embargos infringentes. Por cortesia, não mencionou declarações dos Ministros presentes.

    Enfatizou o cansaço geral com o julgamento, e o clamor de "milhões" pelo final rápido. Mas colocou o prpincípio basilar, intemporal,  legitimador da justiça contra todos os arbítrios: a defesa dos direitos individuais, para pavimentar seu voto em favor dos embargos infringentes.

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    Artigo enviado a esta nossa Agência Assaz Atroz pelo autor, Roni Chira, a título de colaboração...





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    Na sessão desta última quinta-feira, disse o ministro Barroso que “vota com sua consciência e não se pauta pelo que vai sair no jornal do dia seguinte”. É o resumo da ópera 470 – vulgarmente conhecida como Mensalão do PT: submeter-se ou não à Globo?

    A estratégia preparada por Joaquim Barbosa foi a de isolar o derradeiro voto (que desempatará em 6 x 5 para um dos lados) para a próxima sessão, quarta-feira que vem, e assim jogar o ministro Celso de Mello aos leões da mídia durante os próximos 7 dias.
    Se resistir à pressão vulcânica que o aguarda nesta semana, na mídia, e acabar por aceitar os tais embargos infringentes – adiando ou apagando para sempre as capas que o PiG sonha imprimir há 8 anos –, Celso de Mello salvará o STF (e, mesmo, a consciência dos outros cinco ministros que tentam “executar” o PT sumariamente).
    Por outro lado, se o ministro dobrar-se à vontade da mídia e consentir que se algeme os petistas em praça pública(da), realizará o sonho de curto prazo de Globo, Folha, Estadão e Veja. Neste caso, ao contrário do que muita gente pensa, a novela estará longe de terminar. Além de transformar o STF na casa da mãe Joana da Globo e abrir precedentes para outros linchamentos nos mesmos moldes da 470 em qualquer tribunal do Brasil, a prisão de Dirceu, Genoino, J. P. Cunha e Delúbio levará o caso à Corte da OEA – que tem o poder de anular o julgamento ou partes dele. Isso significaria mais desmoralização ao STF e seus atores. Não só no Brasil, mas aí sim, perante toda a comunidade jurídica internacional.
    Os ministros que votaram pela degola imediata dos réus parecem não se importar em serem achincalhados por quem entende de direito penal. Parece que o que mais aterroriza Barbosa e os demais que votam com ele é a opinião publicada na imprensa. Desde o início do julgamento ficou evidente sua postura político-partidária a serviço de interesses escusos.
    Ao PiG só interessa uma coisa: algemar e fotografar. Mais tarde podem anular o julgamento, pouco importa. O estrago já estaria feito: finalmente o PT estaria “em cana”.

    (Leia completo clicando no título)


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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA


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    Professor Bessa: O DIA EM QUE FIZ UM CAFÉ PARA ALLENDE --- Cuba: Os mojitos-dólares do turismo --- De gente maluca, Aldir Blanc entende pacas!

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    O DIA EM QUE FIZ UM CAFÉ PARA ALLENDE 
    (SEGUIDO DE VERSIóN EN ESPAñOL UN CAFECITO PARA ALLENDE)



    Eu estava lá, em janeiro de 1970, lá na avenida Bulnes, em Santiago de Chile, lá no meio da multidão, no comício da Unidad Popular, quando o senador Salvador Allende, do Partido Socialista, foi proclamado o candidato das esquerdas. No palanque, ao fundo, gigantesco painel branco sobre o qual uns trinta artistas plásticos pintaram ali, na hora, coletivamente, um mural colorido. Apenas dois oradores: Pablo Neruda, do Partido Comunista, que em breve discurso renunciou a sua pré-candidatura e em seguida Allende que falou já como candidato. O resto foi festa.
    Com alguns brasileiros exilados, entre eles o titiriteiro Euclides Souza, o Dadá, que hoje mora em Curitiba, e o jornalista Tarcisio Lage que virou holandês, eu estava lá, eu e os meus 22 anos. Entoamos com a multidão: Se siente, se siente, Allende presidente! Ouvimos as palavras de ordem: Jota, Jota, Ce Ce: Juventudes Comunistas de Chile! Crianças cantavam em jogral: Pica el ajo, pica el ají, sale Allende, claro que sí! Cantores e grupos musicais alegravam a festa: Isabel e Ángel Parra, Victor Jara, Quilapayún, Intillimani e outros menos conhecidos.
    A avenida Bulnes fervilhava como um formigueiro humano, da Alameda até o Parque Almagro, com gente pendurada nos galhos das árvores para ver melhor o palanque. Bandeiras, cartazes, faixas. As pessoas, em pequenas rodas, bailavam cueca e refalosa, rodopiando e girando graciosamente um lenço na mão. Cantavam e festejavam o sonho de construir uma pátria sem injustiça, sem miséria, sem exploração. Os chilenos estavam enamorados da vida. Nutriam esperanças. Transbordavam alegria. Santiago era uma festa. Os exilados brasileiros estávamos ébrios de civismo (e do bom vinho chileno).
    El cafecito
    A campanha eleitoral durou uns oito meses. Acompanhei parte dela de um lugar privilegiado, ao lado do poeta Thiago de Mello, que até o golpe militar de 1964 havia sido adido cultural do Brasil no Chile, onde escreveu o Estatuto do Homem e conquistou a amizade de intelectuais e artistas chilenos, entre eles Neruda, Violeta Parra, Allende, o pintor Nemesio Antúnez - diretor do Museu Nacional de Belas Artes, Isidora Aguirre - dramaturga e autora de La Pérgola de las flores, a atriz Inés Moreno e tantos outros intelectuais. 
    Os chilenos, solidários, acolheram Thiago com carinho em seu exílio. Isabel, uma das filhas de Allende - hoje senadora por Atacama - que estava de férias em Valparaíso, cedeu seu apartamento de Santiago, em uma torre no bairro La Providencia, para Thiago e Lurdinha que me haviam perfilhado. Naquele verão, morei com eles dois meses. Num domingo à tarde, acho que em fevereiro, toca a campainha. Abro a porta e tomo um susto: diante de mim, em carne e osso, Salvador Allende, acompanhado de Inés Moreno.
    Eu, ali, em pé, diante dos dois, na soleira da porta. Allende - "El pije" - porte elegante, vestia sua tradicional guayabera branca de linho, manga comprida, com discreto bordado nos quatro bolsos. Inés Moreno, atriz e poeta, já era minha conhecida, pois residia no mesmo prédio, em outro andar, e frequentava os saraus da casa de Thiago. Era uma bela mulher, magra e espigada, aparentando uns quarenta e poucos anos. Vinham visitar Thiago. Informei que o poeta tinha ido passar o fim de semana emViña del Mar. Eu estava sozinho. E de tão espantado, nem sabia como agir.
    Allende em pé, na porta, e eu paralisado diante dele, bloqueando sua passagem. Foi quando com fino humor, me perguntou se podia entrar na casa de sua filha. Estava em plena campanha e havia decidido tirar uma folga naquela tarde. Entraram. Conversamos sobre política, Chile, Brasil, literatura, música e amenidades. Ele conhecia a bossa-nova e gostava de João Gilberto. No meio da conversa, com um toque de ironia, perguntou:
    No hay café en casa de brasileño?
    Com o maior prazer, passei, então, um café, al tirito, nomás, como minha mãe me ensinou: jogando o pó dentro da água fervendo para imediatamente coar num filtro de papel na falta de coador de pano. Tomamos café os três, eu ali, de quase-penetra, intrometido num pedaço da História, pegando uma carona naquele momento singular, olhos bem abertos, apreendendo tudo e dando gracias a la vida por me haver dado tanto. 
    Chirimoya alegre
    Inés recitou algo tocando violão, talvez um poema retirado do seu livro Mi mano en tu mano,do qual não consigo me lembrar. Eu já conhecia seu talento de declamadora, sua voz aveludada. Na primeira vez em que a ouvi, num jantar oferecido por Thiago, ambos recitaram juntos, alternando vozes, o Romancero Gitano de Garcia Lorca. Um espetáculo! Naquela sala, cabia toda a Andaluzia. Irromperam os dois rios de Granada que "bajan de la nieve al trigo", o Guadalquivir "con sus barbas granates", as meninas mirando a lua, os gitanos, a guarda civil, os carabineiros com "sus negras capas ceñidas" e até o cadáver de Antoñito el Camborio.
    "Ay, amor, que se fue por el aire!" A tarde acabou, despedimo-nos de Inés que subiu para seu apartamento. Com um gesto inesperado, Allende retribuiu o café me convidando a tomar sorvete. Ele próprio dirigiu o carro, comigo no banco do carona, até uma sorveteria da moda, no sopé da Cordilheira dos Andes, em Las Condes. Em poucos meses, seria o presidente da República e três anos depois morreria no Palácio La Moneda, resistindo ao golpe. Agora, estava ali, sem qualquer segurança, nem mesmo um motorista.
    Ocupamos uma mesa. Saboreamos sorvete de ‘chirimoya alegre’, o que me permitiu matar as saudades do Amazonas. A chirimoya é irmã do nosso biribá e prima da graviola. Fica alegre quando sua polpa é misturada com suco de laranja, um pouco de passas e nozes. Alegres também estavam as pessoas que vinham até a mesa abraçar Allende, embora Las Condes e o vizinho Vitacura fossem bairros de ricos, sede de embaixadas com luxuosas mansões. Aos que conheciam o poeta, ele me apresentava: “Un brasileño, amigo de Thiago”.
    Eu estava ali como Pilatos no Credo, mas consciente de estar vivendo aquele momento ao lado de um homem bom, límpido, decente, de tanta importância para a história dos povos humildes de nossa América. No início de setembro, Allende era eleito e dois meses depois assumia a presidência. O resto nós já sabemos.
    Si vas para Chile
    Dizem que o moribundo, na hora da verdade, recorda momentos vitais de sua existência. Suspeito que quando chegar minha vez, cenas que vivi no Chile ocuparão boa parte do filme. Minha estadia durou menos de um ano, mas foi um momento histórico muito intenso. Nos anos 1960-70, milhares de brasileiros saíram do Brasil, muitos foram recebidos fraternalmente pelos chilenos que compartilharam conosco casa, pão, vinho, música, poesia, alegria, sonhos. Como foram generosos esses chilenos! Dormi em casas de desconhecidos, que me acolheram como um parente querido.
    Quando finalmente deixei o Chile, na despedida Inés Moreno rasgou no meio um bilhete de 1 (um) escudo chileno, que tinha no centro a figura de Arturo Prat, um herói naval do século XIX. Ela ficou com a parte que continha o Arturo e me deu a outra metade. Se alguém a procurasse com o Prat na mão, significava que ia enviado por mim. Era mais um gesto de solidariedade, de proteção, muito mais simbólico que prático.
    Passei pelo Chile vinte e cinco anos depois, em meados dos anos 90, quando Thiago lá estava de volta como adido cultural e organizou um encontro com Inés. Encontrei Inés, mas o Arturo não encontrou Prat, ambos havíamos perdido nossas metades (o escudo já nem era mais a moeda do Chile).
    Tudo isso lembrei agora nesta semana, ao acompanhar a cobertura da mídia brasileira e internacional sobre a rememoração dos 40 anos do golpe militar, quando Allende foi homenageado como merece. Com o coração na mão, li o artigo La sombra de Inés Moreno escrito em 2003 pelo jornalista Luis Alberto Mansilla na revista Punto Final, noticiando a morte da atriz: 
    Nos últimos dias, ela já não podia falar. Comunicava-se escrevendo em pedaços de papel que entregava às suas filhas. Um deles era uma citação de Borges, que expressava suas últimas percepções: "toda pessoa que viveu projeta uma sombra que nunca acaba".
    Deixo aqui e no Diário do Amazonas a sombra de Salvador Allende e de Inés Moreno, com aroma de café e sabor de chirimoya alegre. “Si vas para Chile, te ruego viajero, que digas a ella, que de amor me muero”.
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    José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nosssa Agência Assaz Atroz.


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    Leia mais matérias doEspecial "Chile de Allende: 40 anos do Golpe"

    O processo chileno tem recados  a dar ao governo do PT. E aos que se evocam à esquerda do governo do PT. (LEIA MAIS AQUI)
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    Leia também...

    DEPUTADA DO PSOL ACUSADA DE EVENTUAL CRIME ELEITORAL SF 


    Ex-assessor acusa deputada Janira Rocha de crime eleitoral Marcos Paulo Alves, 
    ex-assessor da deputada estadual Janira Rocha (PSOL), depôs, nesta quarta-feira, 

    na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e reafirmou à corregedoria

    da casa o que disse à Justiça. Ele afirmou que a Deputada  Cometeu crime
    eleitoral, como Boca de urna, cotização e possível desvio de dinheiro



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    Gerardo Hernández: “Los años no han podido ni podrán hacer mella en nuestra certeza de que algún día Los Cinco estaremos junto a ustedes”

    13 SEPTIEMBRE 2013 11 COMENTARIOS

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    Mensaje de Gerardo Hernández Nordelo, en su voz, al pueblo cubano y los presentes en el Concierto en la Tribuna Antimperialista, 12 de septiembre de 2013


    Es Gerardo, desde Victorvilles, Adelanto, desierto de California.
    Un saludo a todos los presentes y en general a nuestro pueblo, y el agradecimiento de Los Cinco, a quienes han estado participando y organizando esta y otras actividades por el 15 aniversario de nuestro arresto.

    Muchas gracias también a quienes han aportado su arte en gesto solidario, lo necesitamos y nos alegra saber que podemos contar con ustedes.

    Se dice fácil 15 años. Estoy seguro de que además de Ivette habrá otras quinceañeras entre los presentes que nacieron en el año en que a Los Cinco nos privaron de la libertad.
    Ha llovido mucho desde entonces, pero no tengan la menor duda de que los años no han podido ni podrán hacer mella en nuestra certeza de que algún día Los Cinco estaremos junto a ustedes, junto a nuestro pueblo allí en esa misma tribuna.
    De nuevo, gracias a todos y cuenten siempre con nuestra lealtad.
    Un fuerte abrazo y que siga la música, porque esta batalla hay que librarla con mucho entusiasmo.
    ¡Pa’lante siempre!

    Fidel Castro: Recuerdos imborrables 

    13 SEPTIEMBRE 2013 23 COMENTARIOS

    Fidel junto al Primer Ministro vietnamita Pham Van Dong en Septiembre de 1973. Foto: Estudios Revolución/Cubadebate
    Fidel junto al Primer Ministro vietnamita Pham Van Dong en Septiembre de 1973. 
    Foto: Estudios Revolución/Cubadebate

    (+ Fotos)

    Prohíben al Actor Danny Glover visitar a Gerardo Hernández, uno de los 5 Cubanos presos en EEUU


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    Rebelión

    Oakland, CA 8 de Abril (CI)

    Otra  injusticia se cometió ayer contra uno de los 5 cubanos en la Penitenciaría de Victorville, ubicada en el desierto de Mojave en California. 

    Se le prohibió al reconocido actor Danny Glover realizar la visita que tenía prevista a Gerardo Hernández. Las autoridades de la prisión dijeron a Glover, quien ha visitado a Gerardo en 9 ocasiones desde el 2010, que no sería admitido porque no tenían conocimiento de la realización de la visita.  Esta es una decisión absolutamente arbitraria de la prisión. Cualquier persona que esté incluido en la lista de un preso tiene derecho a realizar las visitas.
    Glover había tomado un vuelo ayer por la  mañana desde el norte de California, alquiló un auto para llegar a la remota  prisión, ubicada a 16 kilómetros a las afueras de Victorville, pero tuvo que regresar sin poder ver a su amigo. Danny Glover ha dejado bien claro que pronto volverá a Victorville.
    Tratar de aislar a Gerardo de sus familiares y amigos ha sido un patrón del gobierno estadounidense durante casi 15 años. Durante ese período de tiempo el gobierno de EE.UU. le ha negado reiteradamente la visa a su esposa Adriana Pérez para visitar a Gerardo en prisión.

    El Comité Internacional para la Libertad de los 5 Cubanos agradece a Danny Glover por su continuo esfuerzo por apoyar a Gerardo y sus cuatro hermanos en la lucha por su libertad.
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    Especial turismo em Cuba, enviado à PressAA pelo nosso correspondente João TNT, com grifos seus, diretamente de uma reserva de caatinga no Sertão Alagoano...

    Cresce o número de turistas americanos em Cuba

    (Publicado em Notícias UOL para assinantes)

    Stephanie Rosenbloom DOMINGO 15 de setembro de 2013

    Fotos mostram o cotidiano dos moradores de Cuba52 fotos

    21.ago.2012 - Carro passa pelo Malecón, o calçadão de Havana, capital de Cuba 
    Enrique De La Osa/Reuters

    Dois anos após o governo Obama ter relaxado as restrições de viagem a Cuba, quase toda grande operadora de turismo disputa pelos corações e carteiras dos turistas americanos. E por que não? Quando a Grand Circle Foundation, parte da Grand Circle Corp., ofereceu sua primeira viagem autorizada de intercâmbio educativo a Cuba (conhecida como excursão "people-to-people", ou "povo para povo") em 2011, ela atraiu cerca de 1.000 viajantes. No ano passado, o número saltou para 1.900. Em 2013, a empresa espera levar mais de 2.200 turistas americanos para Cuba. E isso em apenas uma agência.


    As excursões "people-to-people" são viagens de caráter educativo -- uma pessoa não pode simplesmente ir e se regalar na praia -- que podem ser oferecidas apenas por operadoras de turismo que obtiveram uma licença do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro. Neste ano, há ainda mais concorrência, com operadoras experientes -- Globus, People to People Ambassador Programs, Discovery Tours by Gate 1 -- oferecendo suas primeiras excursões a Cuba. Ao mesmo tempo, as empresas com prática em levar turistas para Cuba estão ampliando sua oferta para grupos específicos; por exemplo, em abril, a Insight Cuba se associou à Coda International Tours para oferecer excursões de luxo gays pela ilha.


    As mais recentes excursões são mais frequentes e de maior alcance do que nunca. Empresas como Abercrombie & Kent estão levando os visitantes para pontos mais remotos da ilha, permitindo que explorem além de Havana. E operadoras como National Geographic Expeditions -- entre as primeiras a oferecer excursões "people-to-people" em 2011-- agora oferecem datas de partida adicionais. (Até mesmo empresas como Island Travel & Tours estão entrando na ação, adicionando mais voos da Flórida para Cuba.)


    Para cumprir as regras de intercâmbio educativo "people-to-people" do Departamento do Tesouro, todas as seguintes excursões incluem encontros pessoais com artistas, agricultores, pescadores, médicos, mecânicos e outros cidadãos locais cubanos.


    Se você quiser ir, aqui está o que você deve esperar ver, fazer e gastar (tenha em mente que, em muitos casos, a passagem aérea não está inclusa no preço). E não deixe de checar o site das empresas para atualizações sobre preços e partidas em 2014.

    Abercrombie & Kent

    Neste mês, a operadora de turismo de luxo começou a oferecer um programa de 10 dias para até 24 pessoas, que inclui aula particular de salsa, assistir a um concerto estilo "Buena Vista Social Club" e um encontro com Salvador Gonzáles, um artista cujos esforços transformaram um beco em Havana conhecido como Callejón de Hamel em um destino de arte e música afro-cubana. Os participantes também excursionarão por Havana com um arquiteto local; comerão em um "paladar" (um restaurante dirigido por família) e ouvirão os proprietários discutirem a cozinha cubana; farão uma caminhada com um pintor e ceramista, José Fuster, antes de jantar na casa dele; visitarão uma fábrica de charutos (e aprenderão sobre a vida em uma fazenda de cultivo de tabaco); visitarão Las Terrazas, uma reserva de biosfera da Unesco; participarão de uma palestra sobre a história das relações entre Estados Unidos e Cuba; e até mesmo jogarão beisebol com moradores locais. A partir de US$ 5.395 por pessoa para quarto duplo (o adicional para individual é US$ 895). Informação: Abercrombiekent.com/travel-destinations/cuba.

    Classic Journeys

    Esta operadora, conhecida por suas caminhadas pelo interior, está oferecendo excursões para apresentar os viajantes ao "povo cubano de todos os estratos da sociedade". O itinerário inclui encontros com artistas e moradores de Luyanó, um projeto comunitário; uma exploração pela Velha Havana, um Patrimônio da Humanidade da Unesco; discussões com líderes religiosos sobre a cultura afro-cubana e a religião Santería; e um olhar para a vida de Ernest Hemingway durante os tempos em que ele passou em Cuba. A caminhada pelo interior ocorre no Vale Viñales, a oeste de Havana, e inclui uma visita a fazendas de café e tabaco. A partir de US$ 4.895 por pessoa para quartos duplos (o adicional para individual é US$ 695). Informação: Classicjourneys.com/cuba.

    Discovery Tours by Gate 1

    Pela primeira vez, a Discovery Tours está levando grupos de 10 a 18 pessoas em uma excursão de nove dias para ouvir música tradicional cubana no Museo de Artes Decorativas; aprender sobre os projetos de restauração da Velha Havana com arquitetos e planejadores municipais; frequentar uma cerimônia religiosa afro-cubana; reforçar as relações cubano-americanas durante uma palestra sobre políticas; e conversar com músicos de jazz após se apresentarem no Instituto Cubano de la Música. A partir de US$ 3.599 por pessoa para quartos duplos; a partir de US$ 3.918 por quarto individual. Informação: Discovery-tours.com/small-groups.

    Grand Circle Foundation

    Esta divisão sem fins lucrativos da Grand Circle Corp. oferece pequenas excursões como "Cuba: Uma Ponte Entre Culturas", e uma novidade neste ano é uma excursão de 13 dias chamada "Cuba: Música, Cultura & as Raízes da Revolução". Paradas incluem a segunda maior cidade da ilha, Santiago de Cuba, onde os visitantes podem aprender sobre as influências afro-cubanas locais; Baracoa, perto do local de chegada de Cristóvão Colombo; e, é claro, Havana. A partir de US$ 4.395 para quartos duplos; não há disponibilidade de quarto individual pelo restante de 2013. Informação: Grandcirclefoundation.org/cuba.

    Insight Cuba

    Em resposta à demanda por opções mais curtas, a Insight Cuba, que é especializada em pequenas viagens "people-to-people", está oferecendo uma excursão de seis dias chamada Vintage Cuba para até duas dúzias de pessoas. Da cidade colonial de Santa Clara (lar do Mausoléu de Che Guevara) até Havana, esta excursão (com início em novembro) leva os viajantes em um antigo trem a vapor; os apresenta aos mecânicos que fazem a manutenção dos carros antigos que passaram a ser associados à ilha; e mostra a eles Cayo Santa María e a cidade costeira de Caibarién, conhecida por suas praias. A partir de US$ 2.995 por pessoa para quarto duplo; a partir de US$ 3.395 para quarto individual. A empresa, que tem 150 partidas para Cuba programadas até junho de 2014, oferece outras excursões, incluindo Cuba Não Descoberta (12 dias), Cuba Clássica (oito dias), Cuba Pitoresca (oito dias), Jazz em Havana (cinco dias), Música & Arte Cubana (nove dias) e Fim de Semana em Havana (quatro dias), Informação: Insightcuba.com.

    Smithsonian Journeys

    Esta excursão de nove dias com saída de Miami inclui uma excursão a pé pela arquitetura da Velha Havana, com paradas nas oficinas para conversas com artesãos sobre a restauração da área; uma visita ao lar e estúdio do artista Fuster; a propriedade de Ernest Hemingway, Finca Vigía, onde ele morou e trabalhou por mais de 20 anos; o Jardim Botânico de Cienfuegos e a cidade colonial de influência francesa Cienfuegos, um Patrimônio da Humanidade; a Universidade de Havana, para encontros com professores e alunos; e a Casa de África para aprender sobre a influência da África em Cuba. Também há uma festa em Santa Marta e uma visita à cidade velha de Matanzas (incluindo o Museu Farmacêutico e a editora independente de livros de arte Ediciones Vigía). A partir de US$ 5.495 por pessoa para quartos duplos; a partir de US$ 6.045 para quartos individuais. Informação: Smithsonianjourneys.org/tours/cuba.


    Outros grupos com licença para operarem excursões "people-to-people" para Cuba incluem Austin-Lehman Adventures, Friendly Planet Travel e Center for Cuban Studies.

    Tradutor: George El Khouri Andolfato

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    Publicado em 27/04/2013



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    Sexta-feira, 5 de abril de 2013


    Cuba e a perseguição aos gays


    A sexóloga Mariela Castro, filha do ditador de Cuba, Raúl Castro, e sobrinha do ex-ditador Fidel, está em Porto Alegre a convite e com tudo pago pelo governo gaúcho. Chegou a almoçar no Palácio Piratini com o governador do RS. Veio participar do Seminário Internacional Educação e Saúde Sexual. Deputada pelo único partido permitido em Cuba - o comunista - ela preside um centro de educação sexual. "Usamos a sexualidade como pretexto para trabalhar outros princípios de cidadania" afirma. Entre outras coisas, ela diz que pretende lutar pela união homoafetiva em seu país. Curioso isso. Se tem um grupo que historicamente teve seus direitos de cidadania negados na ilhota caribenha desde Fidel foram os gays. Como é sabido, as perseguições após a revolução de 1959 se tornaram foco de estudo e protestos no mundo todo. Em 1971 o governo comunista editou uma resolução em seu I Congresso Nacional de Educação e Cultura, onde decretou que “os desvios homossexuais representam uma patologia anti-social, não admitindo de forma alguma suas manifestações, nem sua propagação, estabelecendo como medidas  preventivas o afastamento de reconhecidos homossexuais artistas e intelectuais do convívio com a juventude, impedindo gays, lésbicas e travestis de representarem artisticamente Cuba em festivais no exterior.” Está Cuba mudando? Mariela defende de fato minorias? Ou é apenas mais um fantoche de propaganda de uma das últimas tiranias do planeta?


    Abaixo, alguns links sobre o assunto:


    Gays exigem que Fidel Castro peça perdão pela perseguição aos homossexuais em Cuba
    http://www.ggb.org.br/cuba_livre.html



    Fidel assume culpa por perseguição a homossexuais em Cuba há 50 anos
    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/791745-fidel-assume-culpa-por-perseguicao-a-homossexuais-em-cuba-ha-50-anos.shtml



    CUBA, cesse a perseguição a Travestis e Homossexuais!
    http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/07/287635.shtml



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    Pequenas e grandes passos em direção à igualdade para gays em Cuba


    Por Ivet González

    Manifestantes em uma linha de conga terminou quatro dias de atividades contra a homofobia em Ciego de Ávila, Cuba.  Crédito: Jorge Luis Baños / IPS
    Manifestantes em uma linha de conga terminou quatro dias de atividades contra a homofobia em Ciego de Ávila, Cuba. 
    Crédito: Jorge Luis Baños / IPS
    Ciego de Avila, Cuba, 20 de Maio de 2013 (IPS) - A comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais em Cuba ganhou avanços em questões como a mudança de nome de pessoas transexuais pré-operatório, enquanto eles continuam a lutar pelo direito para as uniões civis do mesmo sexo.
    Pela primeira vez desde 1997, uma mulher transexual que não tinham sido submetidos a cirurgia de mudança de sexo foi emitido um cartão de identificação com fotografia este ano, refletindo o seu nome escolhido e identidade de gênero, Manuel Vázquez, um advogado com o Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), um organismo financiado pelo governo, disse à IPS.
    "Continuaremos apoiando os esforços para alcançar mudanças de nome em outros casos, e esperamos que se tornará a norma", disse Vázquez, que é chefe da unidade de serviços jurídicos no Cenesex , que relata que a família eo trabalho são as esferas onde os direitos das pessoas LGBT são violados mais.
    Até agora, a foto no cartão de identificação nacional de mulheres e homens trans teve a reflectir o seu sexo biológico.
    Em 1997, o Cenesex conseguiu chegar a acordos com os ministérios do Interior e da Justiça para alterar os nomes e fotos sobre os cartões de identificação de 13 pessoas transexuais que não se submeteram a cirurgia de redesignação sexual, embora outros documentos de registro civil, como certidão de nascimento , não foram modificadas. Mas isso não tinha acontecido de novo até agora.
    As pessoas transexuais que se submeteram a cirurgia de mudança de sexo, que é fornecido gratuitamente em Cuba desde 2008, estão autorizados a modificar os seus cartões de identificação. Em Cuba, 19 pessoas - dois deles pessoas transexuais mulher-para-homem - tiveram a cirurgia de redesignação sexual, até agora, de acordo com o Cenesex.
    "Agora, uma pessoa trans que não teve a cirurgia é livre para buscar e conquistar uma mudança de nome, graças a esse precedente", disse Vázquez.

    (Para ler reportagem completa, clique no título)
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    De Pelé a Joaquim Barbosa a história é a mesma

    Em certos aspectos, o Brasil não mudou nada no último meio século.
    Pelé e Xuxa, no passado
    Pelé e Xuxa, no passado
    Não é um assunto fácil de tratar.
    Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de enfrentá-lo.
    Começo, então, com uma digressão.
    Uma das coisas notáveis que o ativista negro Malcom X fez pelo seu povo foi, em suas pregações, elevar-lhe a auto-estima.
    Malcom X, com seu poder retórico extraordinário, dizia aos que o ouviam que deviam se orgulhar de sua aparência.
    Os lábios grossos de vocês são lindos, bem como o cabelo crespo, bem como as narinas dilatadas – bem como, sobretudo, a cor de sua pele.
    Os negros americanos tinham sido habituados a se envergonhar de sua aparência, e a buscar tudo que fosse possível para aproximá-la da dos brancos.
    O próprio Malcom X, na juventude, alisou os cabelos.
    Não foi por vaidade que um dos seguidores de Malcom X, Muhammad Ali, dizia que era o homem mais bonito do mundo. Ali estava na verdade dizendo aos negros que eles eram bonitos.
    Ali casou algumas vezes, sempre com negras. Era mais uma maneira de sublinhar a beleza dos negros. Se Ali, no apogeu, tivesse casado com uma loira a mensagem não poderia ser pior.
    JB e namorada, no presente
    JB e namorada, no presente
    Pelé, no Brasil, teve uma atitude bem diferente – e não apenas ele. Era como se na ascensão dos negros no Brasil estivesse incluída a mulher branca.
    Falta de consciência? Alienação? Deslumbramento? Compensação? Alpinismo social? A resposta a esse fenômeno é, provavelmente, uma mistura de todos estes fatores.
    Pelé casou com uma branca, Rose, há meio século. Depois, passou para uma Xuxa adolescente. É uma bênção para as negras brasileiras que seu orgulho nunca tenha estado na dependência de estímulos de celebridades como Pelé.
    Quanto mudou o cenário nestes cinquenta anos fica claro quando se olha a fotografia da namorada de Joaquim Barbosa.
    Não mudou nada.
    Quando falaram que JB fora fotografado dias atrás em Trancoso numa pizzaria com uma namorada, imediatamente pensei:  branca e com idade para ser sua filha.
    Ao ver a foto, ali estava ela, exatamente como eu antecipara para mim mesmo.
    Não sou tão inteligente assim. Mas observo as coisas.
    Seria esperar demais que JB, por tudo que já mostrou, agisse diferentemente. Que estivesse mais para Ali do que para Pelé.
    Os traços de personalidade já estavam claros. Numa entrevista à Veja, ele se gabou dos ternos de marca estrangeira que estão em seu guarda-roupa. Não é uma coisa pequena senão por ser grande na definição de caráter.
    A partir desse tipo de coisa, você pode montar os dados básicos do perfil  da pessoa. Ou alguém imagina, para ficar num personagem dos nossos dias, um Pepe Mujica falando de grifes a repórteres?
    De Pelé a JB, o Brasil sob certos aspectos marchou para o mesmo, mesmíssimo lugar.
    Racismo não faltou, neste tempo todo. Faltou foi gente do calibre de Malcom X e de Muhammad Ali.
    Sobre o Autor
    O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


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    Der Spiegel: Snowden, o Homem Bomba!

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    SNOWDEN! A BOMBA

    Fernando Soares Campos

    Edward Snowden, ex-agente terceirizado da CIA, em pequeno artigo publicado pela revista Der Spiegel, sob o título “Manifesto pela Verdade”, afirma: “Em um curto espaço de tempo, o mundo aprendeu muito sobre a operação das agências de inteligência e sobre os programas de monitoramento muitas vezes ilegais.”

     ["muitas vezes ilegais" ou "muitos deles ilegais"? A diferença é que, no primeiro caso, estaria se referindo à “ilegalidade” da “ação de operar” (operação, emprego) o programa; e, no segundo, à "ilegalidade" do programa em si (ilegalidade na constituição do programa).]

    Snowden também afirma que as agências mais atuantes, a NSA e a GCHQ (inteligência britânica), “parecem ser os piores culpados” [pelas vezes em que operam os programas "de forma ilegal", ou pelas vezes em que empregam determinados programas "ilegais"?] e conclui que “Nós temos a obrigação moral de garantir que nossas leis e valores limitem os programas de monitoramento e protejam os direitos humanos”.

    [Que as leis e valores garantam limites à forma como operam os programas (a fim de evitar excessos, como se estabelece por lei a maneira de guiar um automóvel), ou estabelecer limites para a instalação de recursos do programa quando da elaboração destes?]

    Sempre usando a palavra “monitoramento”; em momento algum, “espionagem”. Mas... qual seria a diferença entre uma e outra nesse específico caso? Veremos. Ou tentemos identificar. Pelo visto, não existem mais espiões; mas, sim, monitores.

    A “operação das agências de inteligência” não se limita a esta atividade (monitoramento), a qual nem mesmo é a verdadeira determinante do conceito de “espionagem”.

    A CIA e qualquer entidade congênere autodenominam-se “agências de inteligência”, e não, de “espionagem”.

    O termo espionagem só se aplica a uma atividade essencialmente clandestina, ilegal; mas não em função do monitoramento em si nem mesmo por este ter sido realizado de forma secreta.

    Quando mantemos alguma informação em segredo, temos o objetivo de resguardar interesses e podemos exigir confidencialidade de quem a ela tiver acesso.Porém, as pessoas que conscientemente mantiverem segredo sobre informações obtidas através de um monitoramento realizado de forma ilegal (invadindo espaços à força ou de forma sub-reptícia, sequestrando mensagens, decodificando, qualificando e classificando-as de acordo com as suas importâncias para específicos setores da empresa para a qual trabalham), tornam-se confidentes-cúmplices (ou cúmplices voluntários) dos processos e efeitos do “monitoramento”. Nesse caso, podemos deduzir que todos os tecnólogos e técnicos em informática que servem aos sistemas de espionagem das agências especializadas, conscientes da ilegalidade do processo, ação ou efeito inerente às suas funções, e que guardam segredo sobre a transgressão das normas legais, são confidentes-cúmplices. Porém, caso exista, entre tais profissionais, alguém suficientemente ingênuo ao ponto de não perceber o fator de ilegalidade no processo ou efeito de sua ação, este pode ser considerado apenas cúmplice involuntário, sujeito aos ditames da lei, visto que a ninguém é vedado conhecê-la, porém embasado de recurso moralmente atenuante.

    Numa dessas condições, o tecnólogo Eduard Snowden pode ser enquadrado por cumplicidade voluntária ou involuntária num processo ilegal de monitoramento de uma agência de espionagem. Porém, o mais curioso na sugestão de Snowden é o fato de ele solicitar leis e valores que “limitem” os programas de monitoramento, sem especificar em que sentido seriam aplicados (no uso ou na elaboração dos programas de monitoramento), pois isso implica criar obstáculo para as pesquisas que gerem informações para o desenvolvimento de mais avançadas linguagens de programação empregadas nas estruturas de segurança de bancos de dados e dos fluxos de mensagens.

    Estamos acostumados a falar de espionagem como sendo o trabalho realizado sistematicamente por um país, uma empresa privada ou um indivíduo, através domonitoramento(identificação, observação, acompanhamento, análise e qualificação) de eventos produzidos por pessoas ou entidades coletivas; com o propósito de tomar decisões em função de determinados interesses. Sendo assim, no âmbito das estruturas de uma agência de espionagem, um monitor atua como simples operador apenas enquanto está coletando, observando, analisando e qualificando os eventos; porém sua condição de espião só se caracteriza no caso em que ele, ao fornecer o material coletado e finalmente qualificado ao seu empregador, possa assumir participação no processo de análise e deliberação sobre as atitudes a serem tomadas, considerando o destino e emprego do material qualificado.

    Por exemplo: uma agência de espionagem decide monitorar o comportamento de um diplomata no seu país de origem, com o propósito de obter informações sobre o posicionamento do seu governo em relação a determinada questão  que envolve interesses comuns entre diversos países, inclusive o da agência espiã. Primeiro passo: expedir específica ordem de monitoramento para o setor responsável por esse tipo de atividade.

    A função dos profissionais em monitoramento, na estrita realização do seu trabalho, consiste basicamente em: a) determinar instrumentos e métodos de captação de material informativo; porém, à falta destes, cabe aos mais habilitados obter ou criar instrumentos, preparar e supervisionar equipe operacional ― isto a empresa pode fazer utilizando seus próprios recursos, ou contratando empresa especializada, ou seja, terceirizando; b) observar o material coletado e selecionar aquele que for identificando através de alguma característica previamente determinada como indício de informação importante no contexto do propósito da empresa contratante; c) avivar a observação com o propósito de perceber outros indícios consideráveis e reuni-los num conjunto formado por uma série de dados interativos, o qual expresse um conceito ou uma informação objetiva.

    Na condição de servidor terceirizado da CIA, Snowden e tantos outros profissionais de TI (técnicos e tecnólogos) certamente são contratados para exercerem as funções inerentes às atividades de criador, desenvolvedor, analista e administrador de sistemas, aparelhos, instrumentos e dispositivos próprios para coletar dados, verificar suas mensagens e importâncias para os propósitos da agência contratante.

    O agente de monitoramento, no âmbito da espionagem sistemática, não passa de funcionário de um dos setores operacionais. Sua atuação está limitada à especialidade e grau de conhecimentos técnicos apropriados para desenvolver operacionalidade de tecnologias em informática e executar operações específicas ― em quantidade e qualidade (seleção de produtos mais ou menos importantes).

    Observemos que Snowden fundamenta sua sugestão de “garantir que nossas leis e valoreslimitem os programas de monitoramento” no fato de que o mundo teria, segundo ele, aprendido “muito” sobre a “operação das agências de inteligência” e sobre os “programas de monitoramento”. Portanto, a garantia (legal e moral) que ele sugere PARECE visar tão-somente limitar a forma como alguém opera (aplica) os “programas de monitoramento”. Mas só parece.

    É como se continuássemos debatendo sobre o emprego pacífico ou para fins bélicos da energia nuclear, visando apenas o poder destruidor da bomba nuclear. Leis (normas) que impedem o uso de bomba nuclear são elaboradas sob acordo entre partes conflitantes, e os argumentos se fundamentam em valores essencialmente “afetivos” (desumanidade, monstruosidade, covardia... os quais reforçam a defesa de direitos à democracia e liberdade; tudo expressando conceitos subjetivos).

    Pesquisas e desenvolvimento de tecnologias nucleares

    Ao afirmar que as “leis e valores” devem limitar “os programas de monitoramento”, Snowden pode estar sugerindo limites ao “desenvolvimento” dos programas; e não, ao “emprego” destes. Pelo menos ele não deixou isso bem definido.

    Chamar para o debate simplesmente falando em limitar os programas de monitoramento, sem especificar o alvo (emprego e desenvolvimento) das determinações legais, nos remete à questão do limite do “emprego” da energia nuclear, pois o debate sobre pesquisas e desenvolvimento de tecnologia no campo da energia nuclear parece estar fundamentado apenas no que diz respeito ao uso (emprego) pacífico ou bélico. Hoje diríamos: para fins pacíficos ou terroristas. E discutir essa questão apenas sob esse ponto de vista, cria-se um impasse em relação às pesquisas sobre a forma de controlar a fusão nuclear como acontece com a fissão (creio que o mais correto seria dizer: como também não se controla a fissão), pois  tais pesquisas são de fundamental importância para o “desenvolvimento” de tecnologias nucleares para uso pacífico.

    Se criarmos leis, ou empregarmos as já existentes, com o propósito de limitar o desenvolvimento de programas de monitoramento mais potentes do que os hoje existem para atacar os sistemas, acreditando que só precisamos criar programas de defesa a esses ataques, estaremos comparando os programas de monitoramento agressivos a uma bomba nuclear virtual (material bélico). Quem tem, não pode ou não deve usar, mas pode estocar e manter seu arsenal ameaçador, obrigando quem não tem a criar ou comprar programas de defesa (material pacífico).

    É fácil disseminar o terror que é o uso da bomba nuclear, pois todos sabemos que ela tem um muito elevado poder de destruição em massa, inclusive de todo o planeta, levando consigo toda vida inteligente nele existente.

    Discutir a questão do uso da energia nuclear simplesmente vedando o seu emprego no âmbito da ação bélica trava os trabalhos de pesquisa. Os governos que queiram utilizar a energia nuclear para fins pacíficos precisam provar que não o farão com objetivos bélicos.

    O mais irônico nessa história é que o governo mais exigente no que se refere à não-proliferação de armas nucleares é exatamente aquele que, junto com seus aliados, detém o mais poderoso arsenal atômico da Terra e possui o maior número de usinas para geração de eletricidade; mais do que todas as outras nações juntas. E também domina as mais avançadas tecnologias com o emprego de energia nuclear em instrumentos e produtos nas áreas de saúde, agricultura e indústria alimentícia.

    Desde Hiroshima e Nagasaki, os maiores atos terroristas da História da Humanidade, toda a população humana teme uma hecatombe nuclear.

    Então, considerando que esses eventos evocam o profetizado Armagedom, fortaleceu-se o pavor de um mundo com armas de destruição em massa, principalmente a bomba atômica. Assim sendo, o império belicista consegue travar as pesquisas sobre o controle da fusão e fissão do núcleo atômico, colocando obstáculos para que outros países, principalmente os não alinhados pelo seu poder, desenvolvam sua própria tecnologia nuclear com finalidades pacíficas. Para isso, basta insinuar e alardear o perigo do desvio de intenções.

    Observemos, por exemplo, o caso do Irã. Se aquele país, em vez de desenvolver pesquisas sobre o emprego de energia nuclear e radioatividade para fins pacíficos, resolvesse comprar projetos de usinas e equipamentos produzidos para pronta entrega nos Estados Unidos ou na mão de seus aliados, não teria dificuldades.

    Instituir leis que possam limitar “o emprego dos programas existentes” e proibir o desenvolvimento de “programas iguais ou ainda mais potentes” é uma forma indireta de obrigar os países que não possuem tecnologia própria a comprar programas, equipamentos e sistemas de proteção contra ciberespionagem, mantendo a ciberguerra fria.

    Quando Ronald Reagan determinou o desenvolvimento do programa Strategic Defense Initiative (Iniciativa de Defesa Estratégica), também conhecido como Guerra nas Estrelas, não pretendia com isso oferecer proteção apenas ao território dos Estados Unidos, como aparentemente sugeria, mas, sim, a todo o bloco ocidental formado pelos países alinhados ao império belicista, contra possível ataque da União Soviética . Isso no auge do período da chamada II Guerra Fria, anos 1980.

    Acontece que ambos os lados possuíam imensos arsenais nucleares. Quer dizer, os países que formavam o bloco ocidental (capitalista) deveriam temer ataques do bloco soviético (socialista). Mesmo assim esse projeto de barreira de proteção não foi adiante nos termos em que foi proposto. Mas existem sistemas menores similares ao mega projeto original, com finalidades idênticas, produzidos pelos Estados Unidos e vendidos no mundo inteiro.

    Hoje, no chamado mundo virtual, os mísseis nucleares cibernéticos são programas de computador que atacam redes e sistemas, porém, o que parece estar acontecendo é que apenas um bloco detém o poder de fogo e quer vender proteção contra si próprio. Para isso, produziu ataques relâmpago em série a instituições militares, políticas, econômicas, financeiras e produtoras em geral de todo o mundo, disseminou (fazendo vazar) informações sobre tudo isso, inclusive com detalhes sobre seu material bélico e poder de destruição. Simulou ataques contra si próprio e seus mais diretos parceiros. Mandou mundo afora alguns de seus mais competentes colaboradores (elementos de terceiro escalão a baixo),  aos quais, para legitimá-los como seus inimigos, os acusou de traição (nunca se viu tantos agentes “traidores” e “madalenas arrependidas”, fazendo falsos mea-culpa, tentando se infiltrar nas trincheiras inimigas, em postos estratégicos. Foi assim que Hong Kong passou a ser conhecida como a cidade em que o gatosnow morreu na China e reencarnou em Moscou,  Jack, o estripador da Oceania, se perdeu no fog londrino e foi parar numa choupana andina, Glenn Greengonwald veio pro Brasil e virou guardião do mirador.


    Apesar dos pesares, o mundo real não vai explodir aos pedaços devido a uma hecatombe no universo virtual. O máximo que pode acontecer, no caso do Brasil, por exemplo, é uma viagem no tempo, uma volta a vinte e dois de abril de mil e quinhentos. Com a vantagem de havermos formado uma nação maravilhosamente miscigenada e nos tornado um dos mais (se não o mais) multicultural país do planeta. Sorry, pump.

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    O ex-agente da CIA Edward Snowden paquerando Komila Nakova às margens de um rio em Moscou.



    Este artigo de Edward Snowden foi publicado 11/03/2013, em Der Spiegel . Desde que eu não poderia encontrar uma tradução online, decidi publicar um (sugestões de melhorias são bem-vindas). Eu publiquei anteriormente o texto completo em alemão .

    04 de novembro de 2013 " Informações Clearing House - Em muito pouco tempo, o mundo aprendeu muito sobre agências secretas inexplicáveis ​​e, por vezes, sobre os programas de vigilância ilegais Às vezes, as agências até mesmo deliberadamente tentam esconder sua vigilância de altos funcionários ou o público. Enquanto o. NSA ea GCHQ parecem ser os piores criminosos - é isso que os documentos atualmente disponíveis sugerem - não podemos esquecer que a vigilância em massa é um problema global na necessidade de soluções globais.

    Esses programas não são apenas uma ameaça à privacidade, eles também ameaçam a liberdade de expressão e de sociedades abertas. A existência de tecnologia de espionagem não deve determinar a política. Temos o dever moral de garantir que as nossas leis e valores limitar programas de monitoramento e proteção dos direitos humanos.

    A sociedade só pode compreender e controlar esses problemas através de um debate aberto, respeitoso e informado. No início, alguns governos se sentindo envergonhado pelas revelações de vigilância em massa iniciou uma campanha inédita de perseguição para suprimir este debate. Eles intimidar jornalistas e criminalizados publicar a verdade. Neste ponto, o público ainda não foi capaz de avaliar os benefícios das revelações. Eles dependiam de seus governos para decidir corretamente.

    Hoje sabemos que isso foi um erro e que tal ação não serve o interesse público. O debate que eles queriam impedir que ocorrerá agora em países ao redor do mundo. E em vez de fazer o mal, os benefícios sociais desse novo conhecimento público agora é claro, desde que as reformas são agora propostas, na forma de uma maior supervisão e nova legislação.

    Os cidadãos têm de combater a supressão de informações sobre assuntos de importância pública vital. Para dizer a verdade não é um crime.

    Este texto foi escrito por Edward Snowden em 01 de novembro de 2013 em Moscou. Ele foi enviado para a equipe Spiegel através de um canal encriptado.

    Traduzido por Martin Eriksson





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    Professor Bessa: DESAPRENDENDO NA ESCOLA --- Os "ciberrevolucionários" e o "ciber-saco de cibergatos"

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    DESAPRENDENDO NA ESCOLA



    Um professor Kaxinawá me contou da visita que a educadora Nietta Monte fez à sua aldeia, no Acre, há muitos anos, quando ela conversou durante horas com um velho sábio. Enquanto ouvia as narrativas tradicionais saborosas e cheias de vida que circulam em língua indígena, ela viu passar um jovem, caminhando em direção ao igarapé. Nietta, então, perguntou ao velho:
    - Este menino aí conhece as histórias que o senhor me contou? Ele fala a língua Kaxinawá?
    O velho respondeu:
    - Não, minha filha! Coitadinho! Ele não sabe nada. É que ele frequentou a escola.
    A escola, para os índios, durante muito tempo foi o lugar onde se desaprendia todas as coisas que sabiam sobre eles próprios. Se não me falha a memória, minha amiga Nietta descreveu essa experiência, com outras palavras e maior competência, em algum livro ou artigo, mas quem também me contou foi um aluno do Curso de Formação de Professores Indígenas, onde ministrei, em três ocasiões diferentes, módulos de História da Amazônia Indígena, convidado pela Comissão Pro-Indio do Acre (CPI/AC).
    Para quem, como nós, trabalhamos com a escola e nela acreditamos, é terrível essa imagem de uma escola que des-ensina, de um lugar aonde os alunos desaprendem língua, tradição, saberes. Se não tivesse frequentado a escola, o menino dominaria língua e conhecimentos transmitidos através da pedagogia da oralidade, que ele desaprendeu dentro da instituição. Em muitos casos - é preciso reconhecer - a escola fez com extraordinária eficiência aquilo que a senadora Kátia Abreu sonha: eliminar os índios do mapa do Brasil.
    Fábrica de brancos
    No Brasil durante cinco séculos, a relação dos índios com a escola foi sempre tensa e conflituosa. Embora seu alcance tenha sido bem restrito, essa escola para índios, inaugurada com a catequese, atravessou o Império e a República. O estado neo-brasileiro herdou o modelo de escola que reprimia as línguas indígenas e excluía os conhecimentos tradicionais, as narrativas orais e os processos próprios de aprendizagem. Essa escola nunca contou com um único professor indígena.
    Para os índios, a escola foi historicamente devoradora de identidades, apagadora de memórias, exterminadora de línguas.Aliás, num mito andino, a escola é apresentada como um monstro que maltrata e engana as crianças com mentiras.
    Há alguns anos, pedi a meus alunos indígenas do Programa Kuaa Mbo'e de Formação de Professores Guarani da Região Sul que desenhassem a escola onde estudaram. Cada um dos 80 alunos fez o trabalho pedido. Um deles, Vanderson, revelou-se um grande artista do traço. Ele morava então na aldeia Pinhalzinho (PR), mas havia nascido em Laranjinha, onde ninguém mais falava guarani, porque a escola não-indígena já havia cumprido seu papel devastador de des-ensinar.
    O desenho do Vanderson é uma obra prima. Trata-se de uma história em quadrinhos com muito movimento que acontece na sua escola. Ele desenhou um grande prédio, com uma chaminé, que ocupou toda a folha de papel. Escreveu na fachada, com letras grandes: FÁBRICA DE FAZER BRANCOS. Do lado esquerdo, na parte inferior, frente à porta de entrada, uma fila de crianças indígenas com cocar e tanga. Um agenciador com um megafone grita: - Entrem, entrem, crianças!
    No quadro seguinte, as crianças que ingressaram encontram um cesto onde está escrito: "Deixem aqui os vossos adornos". As crianças se despem, então, do símbolo externo estereotipado de suas identidades. Prosseguem seu caminho em direção a um chuveiro, onde tomam banho de água sanitária para embranquecer. Daí, saem para outro espaço, onde lhes aguarda um laboratório. Lá, colocam na cabeça das crianças um capacete com fios para realizar uma lavagem cerebral.
    Depois de mudados por dentro e por fora, as crianças passam por uma engrenagem sofisticada, com rodas dentadas, que parecem máquina de moer carne. Os coitadinhos são triturados, moídos, pulverizados e reformatados. Saem de lá para uma sala com guarda-roupa, onde vestem calça, camisa, sapato. No outro lado da página, no canto inferior, fica a porta de saída. O agenciador observa as crianças que saem e exclama com júbilo:
    - Deu certo! Eles viraram brancos!  
    Embaixada estrangeira
    Foi contra essa fábrica de fazer brancos que, em princípio, foram criadas as escolas bilingues interculturais garantidas pela Constituição Federal de 1988. Pela primeira vez na história do Brasil, o estado nacional, pressionado pelo movimento indígena e por seus aliados, manifestou vontade política de reconhecer e valorizar as línguas e culturas indígenas e de sepultar a velha escola para índios, criando um novo modelo de escola de índios, bilingue, intercultural, específica e diferenciada.
    Nos últimos 25 anos se estruturou dentro do sistema nacional de educação um sub-sistema escolar indígena, do qual fazem parte, hoje, cerca de 2.700 escolas, com 11 mil professores (10 mil deles são índios) que dão aula para mais de 205.000 alunos no ensino fundamental e médio, segundo o Censo Escolar de 2008 elaborado pelo INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. A escola indígena é, talvez, a única coisa nova na educação brasileira. Um pouco mais de 66% das escolas indígenas no Brasil são bilíngues e interculturais, seja lá o que isso signifique.
    Cabe, então, perguntar: Qual o bilinguismo e a interculturalidade praticado? Como é que os índios veem hoje essa nova escola e qual a imagem que ficou da velha escola que legalmente deixou de existir? Registrei ao longo dos anos, nos cursos de formação de professores bilíngues que ministrei em 14 estados do Brasil, algumas histórias que revelam a imagem que tem os índios da escola.
    Bartomé Meliá - uma vida inteira dedicada aos guarani - escreveu: "a interculturalidade é uma teoria bonita e uma proposta racional, ao se constituir também como pedagogia do diálogo e exercício de superação de diferenças sem eliminá-las, inclusive potencializando-as. A interculturalidade tem sido, no entanto, na prática, um rotundo fracasso. E precisamos perguntar: por que?". Para Meliá, "a farsa" engloba uma área particular da interculturalidade que é o bilinguismo: "Sem bilinguismo, ao menos intencional, não existe interculturalidade. O fracasso de um leva ao fracasso da outra".
    Os avanços significativos não são ainda compartilhados por todas as escolas indígenas. Um controle rigoroso por parte de zelosos funcionários das Secretarias Municipais e Estaduais de Educação e um desconhecimento de muitos índios sobre seus direitos nesse campo, acabam evidenciando as limitações dessa escola.
    "A escola dentro da aldeia é como se fosse uma embaixada de outro país". Foi assim que Leonardo Werá Tupã, professor bilingue guarani definiu a Escola Indígena da aldeia Massiambu, Palhoça (SC), numa entrevista para a dissertação de mestrado de Helena Alpini. A imagem, de forte valor explicativo, sinaliza para o fato de que embora a escola esteja localizada em território Guarani, quem tem controle sobre ela não é a comunidade local, mas o Estado nacional brasileiro, da mesma forma que a embaixada de um país estrangeiro é inviolável, conforme a Convenção de Viena.
    Como escreveu o antropólogo José Augusto, o Guga, "a escola não é dos índios, é do Estado que constrói prédios, dá merenda, paga salários dos professores. É uma instituição de fronteira, de diálogo entre instituições sociais, instância de comunicação, campo de disputas, de efervescência política, de luta no plano simbólico".
    A imagem e os avanços da escola indígena - esse foi um dos temas do I Congresso Internacional América Latina e Interculturalidade organizado pela UNILA - Universidade Federal de Integração Latinoamericana nos dias 7, 8 e 9 de novembro, em Foz de Iguaçu, dentro do Parque Tecnológico de Itaipu, de onde escrevo. Envio este resumo da minha fala para os leitores do Diário do Amazonas que devem ter percebido que no campo da educação indígena, como poetou César Vallejo em Los Nueve Monstruos: "Hay hermanos, muchísimo que hacer". 
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    José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
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    Entrevista de José Ribamar Bessa Freire ao programa "Comitê de Imprensa", da TV Câmara


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    Não deixem a paranoia e o medo afastá-los do ativismo. Derrubem tudo!

    11/11/2013, [*] Chris HedgesTruthdig
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    Jeremy Hammond
    NEW YORK – Jeremy Hammond estava sentado no Centro Correcional Metropolitano de New York, semana passada, numa pequena sala reservada para visitas dos advogados. Vestia o macacão de prisioneiro, largo demais. Muito alto e muito magro, o cabelo cai-lhe sobre as orelhas e está com uma barbicha rala. Falou com a clareza e a intensidade que se espera de um dos mais importantes prisioneiros políticos hoje presos nos EUA.

    Sexta-feira, o ativista, de 28 anos, comparecerá para ouvir a sentença ante a Corte Distrital Sul de New York em Manhattan. Depois de ter-se declarado culpado, em troca de um acordo para reduzir a sentença, encara agora a possibilidade de ser condenado a 10 anos de prisão, por ter invadido os computadores da empresa de segurança privada Strategic Forecasting Inc., ou Stratfor, do Texas, que presta serviços sob contrato ao Departamento de Segurança Interna dos EUA; ao Marine Corps; à Agência de Inteligência do Departamento de Defesa e a inúmeras empresas entre as quais a Dow Chemical e a Raytheon.

    Quatro outros envolvidos na mesma ação de hacking foram condenados na Grã-Bretanha, e todas as penas deles somadas – a mais longa foi de 32 meses – são muitíssimo menores que a pena possível de 120 meses que ameaça Hammond.

    Hammond entregou o material todo à página WikiLeaks e à revista Rolling Stones e a outras publicações. Os três milhões de e-mails, quando tornados públicos, expuseram as ações de infiltração, monitoramento e vigilância contra manifestantes e dissidentes, sobretudo do movimento Occupy, feitas a serviço de empresas privadas e do estado de segurança nacional. Foi quando todos ficamos sabendo, comprovadamente, e talvez seja a revelação mais importante, que as leis antiterrorismo estão sendo aplicadas rotineiramente pelo governo federal dos EUA para criminalizar dissidentes democráticos não violentos, e para associar, falsamente, dissidentes norte-americanos e organizações internacionais terroristas. Hammond não procurava ganho financeiro. E nada recebeu.

    Os e-mails que Hammond tornou de conhecimento público são parte das provas que instruem a ação que movi contra o presidente Barack Obama, nos termos da seção 1.021 da Lei de Autorização de Defesa Nacional [orig. National Defense Authorization Act (NDAA)]. Essa seção 1.021 permite que militares prendam cidadãos que o estado acuse de serem terroristas, permite negar-lhes o devido processo legal e mantê-los presos por tempo indefinido em instalações militares. Alexa O'Brien, estrategista de conteúdo e jornalista, co-fundadora de US Day of Rage [Um dia de Fúria-EUA], organização criada para reformar o processo eleitoral, é um dos coautores, comigo, naquela ação.

    Katherine Forrest
    Empregados da empresa Stratfor tentaram – e sabe-se pelos documentos que Hammond vazou – associar falsamente ela e sua organização a islamistas radicais e respectivas páginas de Internet, e à ideologia jihadista, pondo-a sob a ameaça de ser presa, nos termos da nova lei. A juíza Katherine B. Forrest decidiu, em parte por causa das informações vazadas, que nós tínhamos motivos razoáveis para ter medo, e anulou os efeitos da lei – decisão que foi anulada num tribunal de apelação, quando o governo Obama recorreu contra ela.

    O estado-empresa já cancelou a liberdade de imprensa e a proteção legal a quem exponha abusos e mentiras praticados pelo estado e pelo governo. Daí resultaram o autoexílio de jornalistas investigativos como Glenn Greenwald, Jacob Appelbaum e Laura Poitras, além do processo contra Barret Brown. Todos os atos de resistência – inclusive o protesto não violento – já foram decididos, pelo estado-empresa, como atos terroristas. A imprensa foi castrada pelo uso repetido, pelo governo Obama, da Lei Antiespionagem [orig. Espionage Act], para acusar e condenar os tradicionais “tocadores de alarme” [orig. whistle-blowers].

    Funcionários do estado e do governo norte-americano, que tenham consciência, estão aterrorizados e não procuram jornalistas, sabendo que o controle “no atacado” de tudo que se diga ou escreva pelos veículos de comunicação eletrônica é material rastreado e os torna facilmente identificáveis. E políticos eleitos ou o Judiciário já não impõem qualquer restrição à espionagem contra os cidadãos, ou eles mesmos nos espionam.

    A última linha de defesa que nos resta são gente como Hammond, Julian Assange, Edward Snowden e Chelsea Manning, capazes de entrar dentro dos registros do estado de vigilância e controle, e que têm a coragem para entregar aos cidadãos o que lá encontrem. Mas o preço da resistência é muito alto.

    Sarah Harrison fundamentou sua resposta lendo 

    Der Spiegel: Snowden, o Homem Bomba!

    Nesses tempos de secretude e abuso de poder, só há uma solução: a transparência, escreveu Sarah Harrison, a jornalista britânica que acompanhou Snowden à Rússia e, de lá, partiu para o exílio, em Berlin.

    Se os nossos governos já estão tão comprometidos a ponto de não dizer jamais a verdade, temos de avançar e pegá-la. Desde que se tenha em mãos as provas inequívocas, documentos, fontes primárias, é possível lutar e resistir. Se o governo não nos dá informação verdadeira, temos de tomá-la, nós mesmos.

    Quando os “vazadores”, “tocadores de alarme”, nossos sentinelas, avançam e chegam à verdade, temos de lutar por eles, para que outros se sintam encorajados a avançar, continua ela...

    Quando caem, temos de ser a voz deles. Quando são caçados, temos de garantir-lhes abrigo e escudo. E quando são encarcerados, temos de libertá-los. Dar a verdade à maioria não é crime. Os dados são nossos, a informação é nossa, é nossa história. Temos de lutar por eles. Coragem é contagiosa.


    Hammond sabe desse contágio. Estava em casa, em Chicago, vivendo em regime de prisão domiciliar das 7h às 19h, condenado pela prática de vários atos de desobediência civil, quando Chelsea (então ainda Bradley) Manning foi presa por entregar a WikiLeaks informação secreta sobre crimes de guerra praticados por militares e mentiras do governo. Hammond, naquela época tocava programas sociais de ajuda para alimentar pobres famintos e enviar livros a prisioneiros. Ele tem, como Manning, especial talento para ciências, matemática e linguagens de computador, e sempre teve, desde menino. Invadiu os computadores de uma loja local da Apple, aos 16 anos. Invadiu a página do departamento de ciência computacional da University of Illinois-Chicago, no primeiro ano de universidade, ato pelo qual a universidade não o admitiu à universidade no ano seguinte, quando voltou das férias.

    Foi precoce apoiador da “ciber-libertação” e em 2004 iniciou um jornal “jornal de desobediência eletrônica(o)” que batizou de Hack This Zine. Conclamou os hackers, em palestra na Convenção DefCon, em 2004, em Las Vegas, a usar suas competências e talentos para tumultuar a Convenção Nacional Republicana anual. Quando foi preso, em 2012, era uma das invisíveis estrelas do underground do ativismo hacker, dominado por grupos como Anonymous e WikiLeaks, nos quais só o anonimato e rígidas regras de segurança eletrônica, com frequentes troca de apelidos, garantiam o sucesso e a sobrevivência. A coragem de Manning induziu Hammond a praticar o seu próprio grande gesto de ciber-desobediência civil, embora soubesse que corria alto risco de ser identificado.


    PressAA: Colocar Glenn Greenwald, Julian Assange e Edward Snowden no mesmo saco de todos os acusados de vazamento de “ciber-documentos” e denúncias contra o governo e empresas dos Estados Unidos e seus parceiros mais graduados é fazer o jogo do “todos são iguais”. A mídia empresarial não se ocupa de muitas outras pessoas que estão em condições semelhantes mundo afora. Por que tanto interesse em falar desses de forma que ninguém sabe quando estão defendendo ou acusando? Por que esses viraram estrela e até continuam em perfeita liberdade, como Glenn Greenwald? (As agências de espionagem não perdoam, matam).

    O que querem dizer com “auto-exílio”? Se algum deles assumir que optou por um tal de “auto-exílio”(Que droga é isso?!), estará dizendo que em seu país de origem não sofria perseguição, apenas discordavam da ilegalidade nas operações de monitoramento ilegal, que eles usaram, usam e abusam para fazer “ciber-ativismo”, “ciber-libertação”(?). Pede exílio quem se sente ameaçado, quem é realmente perseguido, quem está na iminência de ser violentado. Afinal, Glenn Greenwald foi e continua sendo perseguido, ameaçado? Não parece.

    Por que pregar uma tal de “ciber-desobediência civil”, se não podem ou não têm culhões para pregar e praticar a desobediência civil no dia-a-dia, objetivamente, discordando de leis injustas? Praticar a própria desobediência civil no mundo real não exige assumir atitudes de vândalo, de exterminador do patrimônio público ou privado. Isso é coisa de “ciber-babaca”.

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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA


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    O Diabo veste Prada e lê o Pravda

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    França bloqueou acordo nuclear com Irã por uma razão óbvia

    12.11.2013


    Para surpresa geral, o ministro francês do Exterior, Laurent Fabius, não aceitou selar o acordo nuclear do grupo P5+1 e o Irã no domingo 10, em Genebra. A França é um dos países com poder de veto entre os cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU, e portanto a próxima rodada de negociações foi postergada para o próximo dia 20.
    O chanceler Fabius quer estreitar elos comerciais com o Golfo Pérsico. Riad, inimiga de Teerã, comprou seis fragatas francesas por 1 bilhão de euros em outubro
    Gianni Carta, de Paris 
    CartaCapital
    Para surpresa geral, o ministro francês do Exterior, Laurent Fabius, não aceitou selar o acordo nuclear do grupo P5+1 e o Irã no domingo 10, em Genebra. A França é um dos países com poder de veto entre os cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU, e portanto a próxima rodada de negociações foi postergada para o próximo dia 20.
    O motivo da surpresa? No sábado 9 um acordo estava, segundo o ministro britânico do Exterior, William Hague, prestes a ser assinado por todos os presentes, inclusive pelo representante do sexto país, a Alemanha.

    E particularmente entre o Irã e os
     Estados Unidos . Para Barack Obama, que tem enviado seu secretário de Estado John Kerry para consertar os fiascos alimentados pelo Tio Sam no Oriente Médio, um acordo seria, pelo menos por ora, uma forma de evitar uma guerra dos EUA contra o Irã.Mohammad Javad Zarif, o chanceler do novo presidente iraniano Hassan Rouhani, tinha motivos para sorrir. Nunca, desde a revolução islâmica de 1979, o diálogo entre os países Ocidentais e o Irã parecia ter sido tão decisivo.
    Mais: o acordo com o Irã, e aí adentramos o campo do ingênuo otimismo norte-americano, poderia acabar com as divisões entre xiitas liderados pelos iranianos e os sunitas, como aqueles da reacionária Arábia Saudita, aliada, diga-se, do Tio Sam. Nesse quadro geopolítico - continuamos a delirar - haveria paz entre xiitas iranianos a apoiar o ditador sírio alauíta (seita xiita) Bashar al-Assad e os sauditas a financiar, na guerra civil na Síria, a oposição sunita, um saco de gatos composto inclusive por fundamentalistas.
    Como sempre, após a inesperada notícia dada por Fabius teve início o costumeiro balé diplomático. Da chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, ouvimos: "Houve progresso concreto, mas algumas diferenças permanecem".
    No entanto, houve fúria por parte de iranianos. De sua conta Twitter, o Líder Supremo, Ali Khamenei, antiamericano até a eleição de Rouhani, disparou em inglês: "Funcionários franceses têm sido abertamente hostis contra o Irã nos últimos anos". A conta Facebook de Fabius foi inundada por frases como esta: "O muro da embaixada da França em Teerã tem quantos metros?"
    Na verdade, não foi nenhuma surpresa a atuação de Fabius. De saída, o ex-premier não pode ser considerado um novato no cenário da política internacional. A França quer reforçar sua influência política no Golfo Pérsico. E, por tabela, estreitar os elos comerciais com a região. Em outubro a Arábia Saudita adquiriu seis fragatas francesas por 1 bilhão de euros. Em julho, os Emirados Árabes Unidos pagaram 1 bilhão de euros em por um sistema de defesa antiaéreo francês. E o Catar, onipresente na França, estaria interessado na compra de caças franceses Rafale.


    Leia também...

    Brasil espionou diplomatas da Rússia, Irã e Iraque

    Brasil espionou diplomatas da Rússia, Irã e Iraque
    Ser ou não ser santo de pau oco, eis a questão, senhora presidente Dilma Rousseff. Na seara das relações internacionais não existem inocentes, não escapa ninguém, nem o Brasil: todos são lobos em pele de cordeiro. Vejam a reportagem abaixo.

    Em comunicado, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República afirmou que as operações de contra-inteligência da ABIN estão previstas na legislação e "obedeceram a legislação brasileira de proteção dos interesses nacionais", mas que não pode comprovar a autenticidade de um relatório ao qual não teve acesso. "Como a Folha de S. Paulo preferiu não enviar cópia dos documentos obtidos, não podemos validar sua autenticidade." A nota diz ainda que o vazamento de relatórios classificados como secretos constitui um crime e que o governo, sem violar as garantias constitucionais à liberdade de imprensa, adotará medidas para processar os responsáveis pela entrega dos documentos.

    (...)


    Snowden pede "solução global" para limitar a espionagem.
    No caso do Brasil, as denúncias de que a NSA espionou conversas de Dilma, políticos e empresários, além de atividades da Petrobras, levaram a presidente a cancelar uma visita de Estado que iria realizar a Washington em outubro. Críticas à espionagem americana tiveram destaque no discurso de Dilma na abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU. Na semana passada, Brasil e Alemanha levaram à ONU um projeto com regras sobre o direito à privacidade na internet. O documento ressalta que a vigilância ilegal das comunicações e a interceptação constituem "atos altamente intrusivos que violam o direito à privacidade e à liberdade de expressão e que podem ameaçar os fundamentos de uma sociedade democrática".
    Fonte: Redação ÉPOCA, com Agência EFE e Agência Brasil.
    (Para ler completo, clique no título)
    PressAA: Pelo visto, a campanha "É tudo farinha do mesmo saco", ou "Somos todos iguais!", está a todo vapor. Para tentar entender um pouco mais sobre "monitoramento", "espionagem" e "legalidade de operações secretas", leia também no Pravda...

    Mundo

    Snowden! A bomba
    Snowden! A bomba
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    12 DE NOVEMBRO DE 2013

    A direita facilitou a espionagem


    Eron Bezerra *

    Muitas vezes a sociedade se questiona porque certas coisas acontecem sem que ninguém lhe dê uma explicação convincente, como é o caso da espionagem praticada pelo governo americano contra “aliados”, incluindo o Brasil, e outros nem tanto.


    A razão porque ninguém explica é simples. Os ditos “grandes meios de comunicação” como um instrumento do aparelho de estado não podem revelar que foram exatamente os seus tutores ou os prepostos destes que facilitaram o serviço de espionagem no Brasil, o que não elimina, obviamente, que ela não ocorreria sem essa “prestimosa ajuda”.

    E a prestimosa ajuda a que me refiro foi exatamente o que o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (PSDC) fez ao entregar todo o sistema de telecomunicações do país ao capital privado, especialmente o norte americano, durante o período de desmonte do estado nacional, que eles chamavam de “reformas modernizantes”. 


    (Para ler completo, clique no título)


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    Conversações de Genebra: P5+1 e Irã

    10/11/2013Al Manar , Beirute, Líbano
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    Aiatolá Ali Khamenei (E) e Presidente Hassan Rouhani (D)
    O presidente do Irã, Sheikh Hassan Rouhani said disse hoje que o Irã não abandonará seus direitos nucleares, incluído o direito a enriquecer urânio.

    Os direitos da nação iraniana e nossos interesses nacionais são “linha vermelha”, no contexto da lei internacional que nos assegura o direito de enriquecer urânio em território do Irã – disse Rouhani no Parlamento iraniano.

    A fala do presidente veio um dia depois que intensas negociações com as potências mundiais – embora tenham avançado – não chegaram a uma conclusão e ainda não produziram acordo amplo em troca de relaxamento das sanções que ainda pesam contra o Irã.

    Se quisermos ser bem-sucedidos nessas negociações, temos de apoiar o Supremo Líder, Grande Aiatolá Sayyed Ali Khamenei, e nossos representantes – disse Rouhani ao Parlamento.

    Rouhani disse que o Irã “não cederá ante ameaças e chantagens de país nenhum” – e repetiu que não é verdade que as sanções tenham forçado o Irã a se aproximar da mesa de negociações.

    Já dissemos, na prática e verbalmente, a todos os envolvidos nas negociações, que ameaças, sanções, humilhação e discriminação contra o Irã não produzirão resultado algum – disse o presidente.

    O presidente do Irã também repetiu que o sucesso nas negociações nucleares só fará aumentar a segurança e a estabilidade na região e no mundo, e que só com a participação do Irã nas arenas de negociação regionais e internacionais será possível resolver os problemas.

    O Parlamento do Irã (Majlis) reuniu-se nesse domingo para votar a indicação, feita pelo presidente Rouhani, do nome do novo ministro de Esportes e Juventude.

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    10-11/11/2013[*] Olga ChetverikovaStrategic Culture
    In the Shadow of American Geopolitics, or Once Again on Greater Israel (I)
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

    Novo Oriente Médio pensado pelos EUA/Israel
    (clique no mapa para aumentar)

    Ralph Peters
    Há trinta anos, os estrategistas dos EUA introduziram a ideia do “Grande Oriente Médio”, ou “Oriente Médio Expandido” [orig. The Greater Middle East], correspondente ao espaço do Maghreb a Bangladesh, e declararam que esse vasto território passava a ser zona de interesse prioritário dos EUA. 

    Em 2006, o programa de domínio pelos EUA nessa região foi renovado e definido mais concretamente: a então secretária de Estado dos EUA Condoleezza Rice introduziu a expressão “O Novo Oriente Médio”, com destaque para um plano para retraçar as fronteiras no Oriente Médio, da Líbia à Síria, Iraque, Irã e até Afeganistão. A estratégica apareceu referida como “um caos construtivo” (...)

    No mesmo ano (2006), um mapa do “Novo Oriente Médio” (ver acima) preparado pelo coronel Ralph Peters foi publicado na revista norte-americana Armed Forces Journal que circulou no governo e em círculos políticos e militares mais amplos, preparando a opinião pública para as mudanças iminentes.

    Olga Chetverikova
    Desde o início da “Primavera Árabe”, os EUA vêm se movimentando na direção de uma reestruturação geopolítica da região, a qual, é claro, também levantou a discussão sobre o destino de Israel. Desde então, a questão permanece na agenda. E não importa a forma que assuma, o tom não muda: Israel é invariavelmente apresentada como a vítima.

    Assim, na primavera de 2011, no auge da guerra contra a Líbia, quando a Autoridade Palestina levantou a questão de tornar-se membro da ONU, a imprensa-empresa ocidental rapidamente pôs-se a denunciar a traição, por Washington, que estaria “entregando” o Estado Judeu aos islamistas. Hoje, quando o absurdo dessa ideia já é óbvio para todos, a ênfase passou para a ameaça mortal que o Irã representaria para Israel, ênfase que, pelo que se vê, cresce alinhada à deterioração da situação na Síria.

    Nesse processo, a questão mais importante está sendo ocultada ou, simplesmente, foi varrida: o agudo interesse que Israel tem na desestabilização dos países árabe-muçulmanos que a cercam; e em manter e expandir a guerra na Síria.

    Avraam Shmulevich
    O rabino Avraam Shmulevich, um dos criadores da doutrina do “hipersionismo”, influente na elite israelense, falou abertamente sobre as razões desse interesse, em entrevista, em 2011. É interessante: ali, ele via a “Primavera Árabe” como uma bênção para Israel.

    O mundo muçulmano, escreveu Avraam Shmulevich, está mergulhando em um estado de caos, e esse desenvolvimento será positivo para os judeus. O caos é o momento perfeito para assumir o controle de uma situação e pôr em operação o sistema da civilização judaica. Exatamente agora, acontece uma batalha pelo lugar de guia espiritual da humanidade: Roma (o Ocidente) ou Israel. (...) Agora é o momento em que devemos tomar em nossas mãos o controle. (...) Não apenas varrer a elite árabe, mas fazê-la comer na nossa mão. (...) Quem alcance a liberdade deve, ao mesmo tempo, ser orientado sobre como usar essa liberdade. E essa orientação, para toda a humanidade, será escrita por nós. (...) O judaísmo florescerá, do incêndio das revoluções árabes[negritos da autora].


    Sobre os objetivos da política externa de Israel, Shmulevich enfatizou a necessidade de manter “as fronteiras naturais ao logo do Nilo e do Eufrates estabelecidas na Torah”, que deverão então ser seguidas na segunda fase da ofensiva – expandindo a hegemonia de Israel para toda a região do Oriente Médio. Também sobre isso, Shmulevich falou com extrema clareza:

    Está começando simultaneamente no Oriente Médio uma cadeia de desintegração e reforma. Assad, que atualmente está afogando em sangue os processos revolucionários na Síria, não conseguirá, contudo, manter-se por mais um, dois anos. A revolução está começando na Jordânia. Até os curdos e o Cáucaso estão emergindo como parte integrante do Oriente Médio (...) [negritos da autora].

    Não é difícil ver aí um Iraque, ou um Afeganistão, continuados.

    (...)


    Ainda mais revelador, é o fato de que a Arábia Saudita entregou à empresa G4S, a mais antiga empresa de segurança de Israel, o trabalho de prover a segurança dos peregrinos que visitam Mecca (o perímetro considerado vai do aeroporto de Dubai aos Emirados e à área de Jeddah). Um braço saudita da companhia já está em operação desde 2010, com meios para recolher informação pessoal não só dos peregrinos, mas também de todos os passageiros que voem por Dubai.

    G4S empresa de Israel é responsável pela segurança dos peregrinos em Meca

    No que tenha a ver com o planejado “caos no mundo muçulmano”, Israel está operando por procuração, exclusivamente mediante agências de inteligência, enquanto vai preservando o mito de que seria “uma vítima do islamismo”. Quanto a isso, as explicações de Israel Shahak, sobre por que a publicação do plano estratégico de Israel não implica qualquer risco particular para Israel, ainda são relevantes e pertinentes.

    (...)
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    Grupo judeu exige demolir mesquita Al-Aqsa para construir templo

    22.10.2013
    Grupo judeu exige demolir mesquita Al-Aqsa para construir templo. 19037.jpeg
    O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel Danny Ayalon participou de um clipe de propaganda para promover a relação judia com a cidade de Jerusalém. O clipe mostra a Cúpula da Rocha, da mesquita de Omar, também associada à importante mesquita Al-Aqsa, desvanecendo gradualmente, para dar lugar ao Templo de Salomão, judeu, no seu lugar. O Ministério de Relações Exteriores havia proibido a divulgação de uma versão anterior, em que a Cúpula era demolida e o Templo era posto em seu lugar.

    Organizações palestinas e ativistas condenaram ambos os vídeos, acusando-os de promover e até incitar os israelenses a demolirem a sagrada mesquita Al-Aqsa e construir o Templo judeu em seu lugar, uma campanha propagandística já propagada antes por grupos israelenses e agora impulsionada pelo Ministério de Relações Exteriores.

    A Associação Al-Aqsa para Waqf ("doações" islâmicas, em árabe) e Patrimônio afirmou que organizações e grupos apoiados pelo governo, assim como ramos da ocupação israelense estão trabalhando para promover a ideia de demolir a mesquita de Al-Aqsa e construir o Templo em seu lugar. A associação advertiu contra o perigo dessa proposta, "que está sendo acelerada diariamente".
    (...)
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    (re)Leia também...

    Os Wahhabis destruir Meca sem oposição


    clicando em...

    Destruir Meca? E se nossos pracinhas tivessem bombardeado o Vaticano?


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    9/11/2013[*] MK BhadrakumarIndian Punchline
    Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


    Vladimir Putin (por Maurício Porto)

    Está-se firmando um padrão, entre os aliados dos EUA no Oriente Médio: se algum deles tem algum problema com Washington, a solução está a um trago da vodka russa, de distância. Com o muito visível afastamento e a evidente retirada dos EUA de seu envolvimento nos pontos quentes do Oriente Médio, como parte da estratégia norte-americana de reequilibramento em direção à Ásia, os países regionais trabalham na direção de uma renovada função para os russos. Moscou, é claro, entrou no jogo – pelo menos por hora.

    Netanyahu
    Quem mais recentemente recorreu a Moscou foi o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Na 6ª-feira, teve conversa tumultuadíssima sobre o Irã com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry na pista do aeroporto Ben Gurion. Kerry pousou ali, vindo de Amã, para tentar, em poucas palavras, sensibilizar Netanyahu sobre o desejado acordo provisório que os EUA esperam conseguir firmar logo com Irã. Netanyhau, claro, enfureceu-se e deixou o aeroporto sem nem esperar pela fotografia oficial; e Kerry partiu para Genebra, para seu compromisso seguinte – com o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif.

    Mais tarde, no mesmo dia, o presidente Barack Obama telefonou a Netanyahu, para acalmar os ânimos. O release distribuído pela Casa Branca diz que:

    (...) o presidente Obama atualizou o primeiro-ministro sobre os recentes avanços nas negociações em Genebra e destacou seu total compromisso com impedir que o Irã consiga sua bomba atômica, que é o objetivo das negociações em curso entre o P5+1 e o Irã. O presidente e o primeiro-ministro permanecerão em contato, nessa questão.

    (...)

    (Para ler matérias completas, clique nos títulos)

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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    O fracasso dos vitoriosos ou a vitória dos fracassados? --- Professor Bessa: DONA TACI: A SABEDORIA FULNIÔ --- Urda Alice Klueger: Henfil na tua cuba a Coca-Cola do meu Cuba-libre

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    "Tolerar a injustiça da qual não somos vítimas é mais do que indiferença, é cumplicidade" (Fernando Soares Campos, em "Para Além das Grades - elementos para a transformação do sistema socioeducativo", Editora PUC-Rio e Edições Loyola, 2005.

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    DONA TACI: A SABEDORIA FULNIÔ


    Em português, casa é casa e ponto final, cada um que se vire para colocar dentro dela o que bem entender. Na lingua Yaathé, ela já vem "mobiliada": casa é cetutxiá, que significa lugar de sorrir, lugar de paz, de harmonia. Foi numa cetutxiá, no município de Águas Belas, em Pernambuco,onde viveu 82 anos e onde criou seus treze filhos, que dona Taci, uma pajé Fulni-ô, adormeceu sábado passado, sorrindo. Não despertou mais. Deixou uma coleção de histórias deliciosas que seu filho me contou, algumas das quais compartilho, agora, depois de apresentar Thini-á ao distinto público.
    Filho caçula de dona Taci, Thini-á Pereira da Cunha, 42 anos, é um velho amigo que há alguns anos saiu de sua aldeia, entre a Serra Comunaty e a Serra Preta, estudou cinema na USP e depois veio morar num sítio em Muriqui (RJ). Aqui de vez em quando nos encontramos, no projeto 'Vivências Indígenas', que ele criou e que lhe permite percorrer escolas e centros culturais, onde narra histórias, discorre sobre filosofia indígena, fala da resistência Fulni-ô e do ritual do ouricuri, dança, canta, mostra o artesanato, além de ensinar algumas noções básicas da língua Yaathé.
    Mistura de ator, animador cultural e agitador, ele circula nos meios artísticos, mas nunca deixou de visitar sua aldeia em Pernambuco. Lá, conversava com a mãe e se reabastecia com novas histórias e novos saberes transmitidos em Yaathé, a única língua indígena no Nordeste que se mantém viva e funcional, estudada pela linguista Januacele da Costa, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), coordenadora de um projeto do qual fazem parte pesquisadores e doutorandos, entre os quais Fábia Pereira, que é Fulni-ô.
    - Os Fulni-ô são bilingues, pelo menos 90% deles falam fluentemente as duas línguas - Português e Yaathé - ambas usadas na escola da aldeia. O ensino de Yaathé não se limita a palavras soltas; aqui a língua materna tem o mesmo status do português - esclarece Januacele.
    Segundo os registros da Funasa divulgados pelo Instituto Sociambiental (ISA), a população Fulni-ô, em 2010, era de 4.336 pessoas, mas se calcula que hoje já ultrapassa seis mil. Uma delas era dona Itaci, mais conhecida por Taci, que aprendeu a ler na época do MOBRAL, porém jamais falava português dentro de casa. Justificava:
    - A língua é sagrada, como o ouricuri, porque guarda o pensamento de um povo. Se eu falar em português, por exemplo, a palavra casa, você só vai lembrar do prédio, das paredes, mas se eu falo cetutxiá, aí você sabe que é, sobretudo, um lugar onde a gente encontra alegria e serenidade. 
    De onde vim
    Foi nesse lugar de paz que se deu a educação de Thini-á. Aos nove anos, perguntou à mãe:
    - Como é que eu fui feito?
    Taci não contou historinhas. Olhou fundo nos olhos do filho e lhe disse:
    - Hoje à noite, vou te mostrar. Você, que já ajuda na roça, tem idade pra saber.
    De noite, chamou o filho, sentou-o num banquinho de madeira ao lado da cama. Deitou com o marido Manuel e os dois começaram a trocar carícias. Fizeram amor diante dele. Thini-á, muito tempo depois, ainda vive com intensa emoção aquele momento:
    - Eu nunca tinha visto aquilo, nem podia imaginar. Fiquei muito feliz de saber que eu era fruto de um ato amoroso como aquele, bonito, vivido com tanta delicadeza, com tanta poesia, com tanta naturalidade. Aliás, minha mãe nunca falava em "fazer amor", mas em "viver o amor".
    O pai Manuel completou, então, o processo de formação. Com uma das mãos ainda molhada de esperma, ele segurou na outra uma semente de feijão-guandu, conhecido como "ervilha de pombo". Exibiu as duas mãos e perguntou ao filho:
    - Qual é a diferença?
    - São sementes.
    - O que precisa pra plantar?
    - Escolher a semente, revirar a terra, fazer uma cova e enterrar.
    - E depois?
    - Adubar.
    - O que mais?
    - Tratar a plantinha e acompanhar o crescimento.
    - E depois?
    - Já disse tudo.
    - Não! É preciso ainda amar e cuidar dela. Me diga, então: terra é macho ou é fêmea?
    - É fêmea.
    - Tá certo, é fêmea. A terra tem tudo que a mulher tem. É fértil, é bonita, é generosa. Se receber a semente e for amada, agradece e dá frutos. A terra é tão sagrada como a mulher. Nunca faça seu sagrado sofrer, trate as duas com amor, dê prazer a elas.
    Thini-á soube, então, porque em sua sabedoria a língua Yaathé chama 'mãe' de ytõketãne que significa o começo do meu olhar o mundo e 'pai' de ytofketá, ou seja, o começo dos meus passos.
    Para onde vou
    Um dia, no final de agosto, nos preparativos para o ritual do ouricuri, Thini-á, ainda criança, chorou com a pintura que a mãe fez no corpo dele.
    - Mãe,o desenho não está bonito, não está perfeito, está torto!
    Ela parou de pintar e apontou:
    - Meu fio, olhe aquela planta ali. O que há de imperfeito nela?
    Thini-á olhou, olhou, e disse que não havia visto nada de errado. Ela insistiu para que ele observasse com muita atenção para ver se havia feiura. Ele disse que só via beleza.
    - E aquele galho torto, ali, na parte de baixo?
    - É mesmo! É torto!
    - A beleza, meu fio, está naquele galho torto se juntando ao galho reto e que assim formam uma harmonia...você já imaginou se as plantas fossem todas retinhas, certinhas, do mesmo tamanho?
    De passagem por Brasília, dona Taci indicou a fonte de sua sabedoria. Convidada para um evento na UnB, participou de uma mesa com filósofos, historiadores, antropólogos. Na apresentação de um deles, foi dito que havia feito seu doutorado em Paris e se formado na Sorbonne. Ela ouviu tudo caladinha. Quando chegou a sua vez de falar disse:
    - A minha Sorbonne é a mata. É ali que aprendo tudo, até "fosolofia".
    Sua passagem por Brasília, em abril de 1990, durante o governo Collor, foi para reivindicar do presidente da Funai, coronel Airton Alcântara, recursos para um projeto comunitário.
    - Coronel, nunca ocupei a Funai. Agora, vim aqui porque precisamos de recursos para criar ovelhas. Vou logo avisando: meu nome é "quero-porque-quero". Não aceito um "não".
    O coronel, que gostou do jeitão dela, disse brincando:
    - E o meu nome é "Não dou-porque-não-quero".
    - Mas você é meu funcionário. A Funai só existe porque existe índio, se a gente não existisse, não tinha Funai.
    - Tá bom! O que é mesmo que a senhora quer?
    - Quero uma coisa pequena, uma maquininha de fazer dinheiro pra poder criar ovelhas.
    -  Ninguém aqui fabrica dinheiro não, todo mundo vive de salário.
    - Então eu quero salário.
    - Mas dona Taci, pra ter salário precisa trabalhar.
    - Mas eu não tou vendo ninguém trabalhar aqui, só gente sentada, conversando, lendo, olhando papel, andando pelo corredor, não tem ninguém plantando na roça, criando animal, tirando palha, fazendo artesanato...
    Saiu de lá meio desencantada, com vontade de xingar as pessoas. Perguntou a Thini-á:
    - Como é que os brancos se ofendem?
    - Eles chamam os outros com nome de animal.
    - Mas isso não é xingar...
    - É sim, mãe. Eles falam assim: sua vaca, sua galinha, sua piranha, seu burro...
    -  Mas por que isso ofende? A vaca tem uns peitões tão bonitos, dá leite, dá carne, dá o couro... A galinha bota ovo, alimenta a gente, faz gracinha pro galo... O burrinho é bonzinho, ajuda a carregar as coisas. Eita povo mais doido, que quando quer ofender, elogia.
    A enciclopédia
    Ela percorreu as repartições de Brasília - Funai, UnB, Ministério da Agricultura - trajando apenas um vestido de alcinha, sem calcinha, que ela nunca usava. Sentou. O filho advertiu:
    - Mãe, fecha a perna, tá tudo aparecendo, tão olhando.
    - O que é que tem? As pessoas nunca viram? Que bom, meu fio. Nessa idade, eu pensava que não tinha mais nada pra chamar a atenção. Que bom que ainda tenho alguma coisa que interessa ver.
    Voltou para Pernambuco, em companhia do filho, que dias depois anunciou seu retorno ao Rio de Janeiro, onde morava. Ela o aconselhou a buscar uma mulher ali, na aldeia, para plantar nela uma semente, queria mais um neto. Thini-á explicou que não podia ficar, precisava ir, ansiava por novos conhecimentos.
    - Ah, então o que você quer não é uma mulher, é uma "ciclopédia", disse ela, encantada com a palavra nova que havia aprendido em Brasília.
    Dona Taci foi chamada às pressas por um pequeno comerciante local, de Águas Belas, que queria umas rezas, umas garrafadas para umas dores que estava sentindo. Satisfeito com o resultado final, perguntou:
    - Quanto lhe devo?
    - Não é nada não.
    - Faço questão. Escolha aqui na loja um cobertor.
    Dona Taci viu que os cobertores eram todos de qualidade duvidosa, ralos, quase transparentes, daqueles usados por moradores de rua ou pelos caminhões de mudança para proteger os móveis. Sagaz, disse que não se dava bem com cobertor novo, que gostaria de um usado por ele, dono da loja, para ficar com a lembrança do cheiro dele. Ganhou um bom cobertor.
    - Meu fio, fiz isso, porque sabia que dono de loja não usa cobertor ralinho.
    Óculos Fulni-ô    
    De três em três meses, vinha à aldeia um ônibus todo equipado trazendo assistência médica. Os fulni-ô aproveitavam para se consultar. Dona Taci fez um check-up.Implicou com o nome do médico, o doutor Rovésio Pardellas, a quem chamou de doutor Ferroso.
    - Por que o senhor tá apertando meu peito? O senhor não tem mulher não?
    - É pra saber onde tá doendo.
    - Mas quem tem de saber onde está doendo sou eu. Foi pra isso, que estudou tanto?
    Dona Taci queria porque queria usar óculos, embora não precisasse, mas achava bonito. Na caravana médica, havia um oftalmologista que dilatou suas pupilas, botou colírio, e voltou no dia seguinte, trazendo uma armação sem lentes. Colocou nela para provar o tamanho.
    - Já estou enxergando melhor, estou vendo tudo - disse dona Taci.
    Ela, na realidade, para ver o mundo, só precisava mesmo da lente fulni-ô. Uma semana após sua morte, em conversa telefônica com o filho, que foi a Águas Belas para o enterro, lembramos dessas e de outras histórias, algumas impróprias para menores. Essa sábia, que agora nos deixou, desceu o Rio Ipanema, entrou no Velho Chico e desaguou no mar, onde foi se juntar, na grande cetutxiá, ao seu Manuel, falecido em 1985. Que descanse em paz!
    P.S. - Relembramos alguma dessas histórias com Mariana Kutassy, vizinha de Thini-á em Muriqui, que me deu a notícia da viagem de dona Taci.
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    José Ribamar Bessa FreireDoutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
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    Nossa Majestade, o Gelo

    Urda Alice Klueger*

    O calor chegou e deve durar até Março ou Abril, e mais que em qualquer outra época do ano, nós, brasileiros, fazemos questão de um leite gelado, de um suco gelado, de uma cerveja “estupidamente” gelada, para usar o jargão de bar, e sequer nos passa pela cabeça que isso não é regra no mundo. Estava a lembrar do livro “Henfil na China”, diário de bordo do nosso grande cartunista que se foi embora antes da hora (descobri, faz pouco tempo, que a nova geração nunca ouviu falar em Henfil, e então esclareço : Henfil é irmão do Betinho, o da Campanha Contra a Fome – além de grande cartunista era hemofílico, e foi uma das primeiras vítimas da AIDS cá na Terra de Santa Cruz).

    Mas eu falava do livro “Henfil na China”, onde muitas vezes ele se reporta ao hábito chinês de beber água quente, fervendo, conservada em garrafas térmicas para manter a temperatura ideal para a sede dos chineses. Cá entre nós, nada melhor que uma água fresquinha, de preferência gelada, para a nossa sede brasileira, e deverá ser um tremendo sacrifício para um de nós ser servido de água fervente na hora da sede, se algum dia formos à China. O testemunho de Henfil, digamos, é o outro lado da moeda, o oposto ao nosso gosto pelo gelado, mas é coisa que acontece a muitos milhares de quilômetros de distância, lá do outro lado do mundo, no misterioso oriente, não parece real. Continuamos achando que, tirando os chineses, todo o mundo é doidinho por quase tudo gelado, como nós, mas não é verdade.

    Aqui do nosso lado, lugar onde se pode ir de ônibus, ficam os países andinos, e quero ver quem consegue uma cerveja gelada no alto dos Andes! Tá, sei que a maioria vai dizer: mas é porque lá é frio. Frio é, mas sem exageros. Mesmo numa montanha que fica a 5.300m acima do nível do mar, onde estive, na Bolívia (Chacaltaia), a gente agüenta bem com uma camiseta e um blusa grossa de lã. E estive lá nos mês de Maio, entrada do inverno. Portanto, nada de frio assustador (está-se muito próximo da linha do Equador), mas também nada de cerveja gelada. A cerveja “Paceña” é servida diretamente do engradado para a mesa do freguês, e, pasmem: apesar do frio razoável, há no ar alguma coisa que mantém os picolés fora da geladeira sem derreter. Eu não queria crer quando vi o primeiro saco de aniagem cheio de picolés vermelhos sendo conduzidos pela rua, e a primeira bandeja cheia de picolés sendo vendida num estádio. Parece não ser verdade, mas é. Fico pensando que até os picolés dos Andes não são muito gelados.

    Depois do parêntesis dos picolés, que achei que deveria contar pelo inusitado da idéia, vamos dar um pulo a uma ilha do Caribe: Cuba. Cubano não gosta de gelo de jeito nenhum. Eu não conseguia, de jeito nenhum, fazer algum garçom entender o que queria dizer quando pedia “um copo com muito gelo”. Muito gelo, para eles, é uma pedrinha de nada, um mísero caquinho no fundo de um copo. Depois de uns dias, comecei a entrar atrás dos balcões para mostrar para os garçons o que queria dizer quando pedia um copo com muito gelo, e eles ficavam boquiabertos, assustados, e diziam que eu ficaria doente. Escandalizei totalmente uma amiga que fiz em Cuba, uma artesã chamada Navidad, quando lhe contei que as nossas crianças tomavam gelado desde pequenas. Ela girou o indicador do lado da cabeça, para dizer que nós éramos loucos, e explicou: gelo faz mal para os cubanos, dá-lhes dor de cabeça, deixa-os doentes. Quando penso nas doses imensas de rum puro (à temperatura ambiente) que bebem como se fosse água, não acredito muito que um pouquinho de gelo possa lhes fazer mal. É a diversificação das culturas: se bebêssemos todo aquele rum que eles bebem, sem dúvidas que seríamos nós que ficaríamos com dor de cabeça.

    Bem, demos uma volta por alguns lugares, a analisar a temperatura das bebidas, e vimos que nem todo o mundo gosta de suquinho gelado e duma cerveja “estupidamente”, como nós. Dá para sobreviver nos Andes e em Cuba, mas não consigo me imaginar a tomar água fervente na China. Acho o melhor, mesmo, é ter leite na geladeira, e água, e muito gelo para o uísque e cuba-livre. Tentem se imaginar bebendo um capilé de Max Wilhelm saidinho do fogão: não há brasileiro que agüente!

    (Em tempo: hoje, depois do início da Guerra do Iraque, tirei o Cuba-libre da minha lista de bebidas preferidas – não consumo mais coca-cola de jeito nenhum, nem nada que saiba ser de procedência estadunidense e que possa substituir por outra coisa. Recuso-me a ajudar a financiar a Guerra do Iraque, e há MUITA gente com quem convivo que faz a mesma coisa. – 21.11.2004)

    Blumenau, 05 de Dezembro de 1995

    *Urda Alice Klueger, escritora e historiadora. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

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    Urda, querida colaboradora-correspondente e acidental gurua, já lhe falei que suas crônicas têm caráter científico-literário. Você não é daqueles cronistas que se limitam a narrar casos pitorescos; ao pictórico dos seus escritos só podemos atribuir a sua graciosa originalidade e o seu poder de nos envolver, nos fazendo interagir com os fatos enquanto exercitamos a nossa imaginação.

    Einsteiniano como sou, poderia eu tentar expor minhas impressões sobre esta sua crônica, tratando-a sob ponto de vista científico, relativizando conceitos de quente ou frio, até concluir que "gosto se discute", ao contrário do dito popular (lá em minha terra natal, a gente encerra as discussões no pico do "calor da vaquejada", com expressões do tipo "gosto não se discute", "futebol não se discute", "religião não se discute", "política não se discute", e assim vai mudando de assunto para acalmar os ânimos e manter o relacionamento em razoável clima de compadrio... Conluio mesmo! Conivência. Pronto! Mas sempre à base de "fêmea é fêmea e macho é macho"; portanto, "opinião é opinião, amores à parte". Se é que me entende! (Não estou subestimando sua capacidade cognitiva, apenas quero dizer que até aqui estou sendo um tanto enigmático, mas vou tentar ser um pouco mais explícito, até onde o tal de "politicamente correto" permitir, sem ferir sensibilidades, ou seja, sem cutucar a onça com a vara curta de que disponho.)

    Bom, além de encerrar as discussões de determinados temas com uma autoritária ordem pretensamente fundamentada em princípios afetivos, também usamos o princípio da "imparcialidade adquirida". Mas... que diabos é isso?! Bom, só posso exemplificar, para tentar esclarecer o que pretendi dizer sem consciência sobre o dito. O que eu quis dizer com "imparcialidade adquirida"é o caso de quando estamos comentando sobre brigas de casal e concluímos que um dos dois foi muito grosseiro com o outro, aí encerramos o papo com um argumento do tipo "imparcialidade adquirida": "Em briga de marido e mulher, não se mete a colher", diz a mulher quando observa que a fêmea está sendo por demais "autoritária", e diz o homem, quando nota que o macho está sendo excessivamente grosseiro (grosseiros somos "naturalmente", só não gostamos de quem está extrapolando o "direito" de sê-lo.)

    Mas que papo estranho, não é mesmo, Urda? Quanto mais falo, mais me complico. Porém nada aí foi dito sem propósito. Suas crônicas já me fizeram repensar muito sobre alguns  problemas num relacionamento conjugal. Uma delas marcou mais profundamente. Foi "Os homens Velhos", única que li e publiquei quando estava, ano passado, em minha cidade natal, lá no Sertão Alagoano. 

    Dei boas risadas quando li os dois últimos parágrafos e disse pra mim mesmo: "Acho que um grande percentual das mulheres agem assim, inconscientes, claro; mas, capaz de dizer isso pra gente, dessa forma, só conheço a Urda". 

    Eu nunca poderia imaginar que as mulheres agem daquela maneira. Me lembrei de algumas indiretas que mandei pra cima de minha mulher, ironizando-a por ela se comportar da maneira como você comenta naquela crônica (leve ironia, pois nunca fui sarcástico com ela nem com ninguém de quem gosto; até já censurei alguém que vivia ridicularizando sua própria mulher na frente de todo mundo). 

    Depois da leitura daquela sua crônica, fiquei feliz da vida, pois teria argumentos para convencer minha querida companheira a não se preocupar comigo, ou seja, ela não precisava andar vestida de maneira descuidada a fim de não parecer "superior" a mim. Queria dizer a ela que poderia se vestir como qualquer mulher "normal", como toda a vaidade que possa expressar, de preferência, sensual.

    Só você mesma, Urda, para dizer o que qualquer mulher poderia dizer, mas não diz porque nem ela mesma tem consciência de que age daquela forma.

    Mas eu, até hoje, não disse nada daquilo à minha mulher. Quer dizer, não disse claramente, com todas as letras, ao pé da ideia; apenas fui, oportunamente, insinuando, deixando as dicas; pois, se a gente expuser diretamente a nossa opinião, pode parecer que está impondo-a.

    Bom, agora falando do Henfil. Ele tem muita responsabilidade sobre as bobagens que escrevo, principalmente no que diz respeito à minha pretensa intenção de fazer humor. Ah! Se em 1995 você disse que a "nova" geração da época não sabia quem era o Henfil, imagine hoje. Nos anos 1980, ouvi um apresentador de televisão se referir a ele como o cartunista "Rênfil", o que dizer, então, de um jovem nos dias de hoje, cantando O Bêbado e a Equilibrista assim: "...e sonha, com a volta do irmão doentio..." (já ouvi isso, e não foi recentemente, foi em 1980). 

    Estou sempre me lembrando do "Henfil na China - antes da Coca-Cola", 

    Mas, nesta sua crônica , você me fez lembrar que a turma do barril costuma pedir uma cerveja "estupidamente" gelada. 

    Certa ocasião, mandei o roteiro de uma tirinha para o Jaguar, que fazia o Bar São Jorge, no velho Pasca. O meu roteiro descrevia um freguês que pedia uma cerveja "estupidamente", pois, quando a gente queria uma cerveja muito gelada, bastava pedir "estupidamente", ficando aí subentendido o "gelada". Aí o garçom arremessava uma garrafa que ia bater na testa do freguês, Ploft!, e este se esborrachava no chão e completava a frase: "Gelada, pô!". 

    Ele fez a tirinha, e eu fiquei me sentindo o máximo!

    Abração, Urda!
    Fernando



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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    Não prenderam Roberto Jefferson! Tá, e daí?! --- Das aventuras do Batman ao golpe de estado --- Mulher não gosta de michê dos barões da mídia

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    TÁ, E DAÍ?

    Raul Longo*

    O jogo de dominó seguia furibundo desde que entrei no boteco. Tanto que nem me atrevi a perguntar pela razão da tanta circunspecção, levando por conta da vontade de vitória das parceiradas: Mobília e Agito contra o Tá e o Daí.

    Apenas intercalado pelo “plequet!” seco da jogada da peça num extremo da carreirinha preta de bolinhas brancas, o zumbir solitário de uma varejeira foi interrompido pelo vozeirão de contrito deboche do Mobília:

    - Cês viro! Até o Genoíno, herói nacional da guerrilha contra a ditadura!

    Outro “plequet” seguido de um olhar de desafio para o Agito. Desafio como num oferecimento:

    - Tá!

    Agito rodeou, rodeou, mas aceitou a oferta e soltou a pedra em meio ao desabafo:

    - Deviam ter matado como comunista! Mas não faz mal... Não foi como terrorista, vai como petralha!

    Ao invés de olhar pra carreirinha disposta ali na mesa, o jogador seguinte ficou encarando o adversário na espera da solução de outro, até perguntar:

    - E daí?

    De trás do balcão, Seu Manuel farfalhou virando a página do jornal:

    - É uma besta! Não viram a foto da fachada da casa desse Jesuíno? Não entendo pra que serve ser presidente do partido da presidência e do maior esquema de corrupção da história do Brasilê, e viveire numa casa d’onde dentro não cabe nem o Mobília?

    Mobília virou-se para olhar onde não caberia, mas não se comoveu nem disse nada. E o arremate do Seu Manuel ficou no ar:

    -  E ainda dizem que o burro sou eu...

    Mobília olhou a ponta de cá da carreira, olhou a ponta de lá... Calculou e por fim decidiu, ainda que meio na dúvida, num “plequet!” meio xoxo. Jogou pedra e conversa fora:

    - Gostei foi daquela muié: “Prova num tem, mas condeno assim mesmo”. Isso é que é sê macha!

    Mal foi terminar de falar e, ligeiro, o “plequet” seguinte estalou:

    - Tá!

    Agito desconversou pra ganhar tempo no cálculo das pedras na mesa e as da mão:

    - Pra que prova? Qué mais prova do que a corrupção do Waldomiro Diniz?

    Dessa vez não deu pra ouvir o ruidinho no tampo da mesa, encoberto pelo sotaque do português:

    - Ô pá! Aí está a prova de como é burro! Pra que raios foi se meter logo com o Carlinhos Cachoeira! Se não foi com o Cachoeira, foi com algum compadre do bicheiro. Com bicheiro não se pode mexer, pois que dá é nisso! O homem foi buscar a corrupção do Diniz lá no governo do Garotinho! Como diz o oitro: quem se mete com garotinho, amanhece...

    Absorveu-se na leitura na página seguinte do jornal sem completar o dito do “oitro”, enquanto num gesto, passando a vez, o adversário perguntou mesmo sem descer pedra alguma:

    - E daí?

    Mobília mensurou a mão, a mesa. Fez que descia uma, segurou e deixou-se na prosa, disfarçando o vacilo:

    - Dirceu e Genoíno podem até não ter culpa de coisa nenhuma, mas que o Delúbio entrou no Caixa 2, entrou! Esse meteu a mão no baleiro!

    Por fim deitou a pedra que o da sequência demonstrou ser exatamente a que esperava num “plequet” que soou sonoro, espantando pra rua o zumbido da mosca sem que ninguém a notasse, atentos à exclamação do Seu Manuel pela foto do jornal:

    - Aí Jesus! Olha que linda a casa do sítio do Roberto Jefferson! Este cá, sim, é que é um gajo experto. Eu também guardo aqui minha caixinha separada pra ajudar o genro na política. Se Deus quiseire, na próxima ele se elege e ainda vou a ter um sítio como esse. Vejam que brinco!

    - Tá!

    Surpreso, Mobília confessou-se sem jogo pra sua pedra única, passando a vez pro Daí que sorriu ao parceiro e depois pro Agito:

    - E daí?

    Agito desconfiou, mas não quis acreditar. Passou o mesmo olhar pro próximo, na esperança de que soltasse uma abertura pro parceiro bater daquela vez. Primeiro de um depois de outro, as respostas vieram em sequência como se das duas pontas na carreira de peças de dominó:

    - Tá!

    - E daí?...

    Agito entendeu:

    - Porra! Ocê fechou o jogo!

    Irritado pelo final abrupto, começou a exigir:

    - Isso é fugir da jogada. Tem de contar os pontos da mão... - mas já era tarde e se deu conta do ridículo. Tinham perdido a melhor de três e a “nêga”. Ali era só um tapetão arranjado pra cozinhar nova torcida que, em mim, se percebeu desinteressada.

    Mesmo que tivessem menos pontos na mão - e por mais que blefasse sabia estarem carregados -, aquela rodada não queria dizer nada. O jeito foi ficar só na ameaça vazia:

    - Vai ter volta!

    O Tá e o Daí saíram deixando a conta do Seu Manuel pros perdedores que reclamaram:

    - Pô Seu Manuel, o Senhor entregou o jogo!

    Aproveitei pra pagar minha cachaça enquanto o dono do bar se defendia:

    - Coisa alguma! Acham que sou burro! Tá escrito aqui, mas fiz como o Jornal Nacional, nem lembrei que o único que ainda não teve a prisão expedida pelo Joaquim Barbosa foi o Jefferson. Esse Joaquim, apesar de tiziu...

    Enquanto o português tecia orgulho pátrio evocado pelo nome do Presidente do Supremo, fui ao banheiro fugindo de seus preconceitos racistas. Na volta, já de saída, ouvi-o considerar aos fregueses prediletos:

    - Na próxima meu genro há de ganhar. A caixinha está gorda e é só esperar pelo partido ao qual o Barbosa se define. Torço para que substitua esse paneleiro do Aécio, assim o genrinho nem precisa sair do PSDB. Mas mesmo que o negão vá pro PSOL, meu cunhado que trabalha com filho do Barbosa lá na Globo já está a mexer os pauzinhos.

    De saída, dei meu palpite:

    - Ô seu Manuel!... Mas e o Mensalão Tucano, o do Eduardo Azeredo?

    - Ah!... Mas esse já está a caducar, vai prescrever! O Barbosa é preto, mas não é burro! Nem eu que não sou Joaquim, mas sou Manuel!

    Caí fora enquanto era tempo, mas ouvi o zumbido da mosca azul voltando pra dentro do boteco.


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    Humor negro no Jornal da Record


    Depois da reportagem sobre a prisão de Dirceu, o Jornal da Record de ontem, 15/11, exibiu matéria sobre a realização do sonho de um menino que se recupera de leucemia. O espetáculo foi montado em São Francisco, Califórnia, que, por algumas horas, se transformou em Gotham City. O final feliz ocorre com a prisão do Coringa e o povo aplaudindo o justiceiro Batman




    É assim que as aventuras midiáticas culminam em golpe de estado


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    Roberto Jefferson poderá morrer se for preso, diz defesa

    14 de outubro de 2013 


    Réu que denúnciou o esquema foi o primeiro a apresentar recurso nesta leva de embargos; defesa pede que ele seja perdoado devido ao seu estado de saúde

    FELIPE RECONDO - Agência Estado
    Na primeira leva de mensaleiros que devem ir para a cadeia, o ex-deputado Roberto Jefferson pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o perdão judicial ou ao menos para não ser preso e cumprir uma pena alternativa. Se for preso, argumentam os advogados, Jefferson poderá morrer.
    Veja também:

    Defesa de ex-deputado pediu perdão judicial em recurso - Ed Ferreira/AE
    Ed Ferreira/AE
    Defesa de ex-deputado pediu perdão judicial em recurso
    O novo recurso de Jefferson é o primeiro da leva de embargos que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, adiantou que seriam meramente protelatórios. Os recursos devem ser rejeitados, o que abrirá caminho para a prisão imediata de Jefferson e outros 12 condenados que não têm direito a novo julgamento.
    Condenado a 7 anos e 14 dias pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Jefferson alega que suas declarações à época foram fundamentais para a descoberta do esquema do mensalão e consequente punição dos envolvidos. Apesar disso, sua pena foi reduzida em um terço. A defesa sustenta que, em razão de sua ajuda, a punição poderia ser perdoada ou reduzida em pelo menos dois terços.
    "Não há qualquer razão para que não se tenha ofertado ao embargante o perdão judicial nos moldes previstos pela própria Lei de Regência. O que mais se poderia exigir das declarações do embargante?", questiona a defesa.
    Caso não seja perdoado, Jefferson pede para não ir para a cadeia, cumprir pena alternativa ou, em última hipótese, para cumprir a pena em casa. "Tendo em vista o gravíssimo estado de saúde em que ele se encontra", alegam os advogados, a pena imposta a Jefferson deveria ser substituída por pena alternativa "por uma questão legal e, acima de tudo, humanitária". Caso contrário, afirma a defesa, a prisão seria para Jefferson "verdadeira pena de morte!".
    Conforme laudo médico apresentado pelos advogados, Jefferson é "portador de Síndrome Metabólica" caracterizada por diabetes, dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica e histórico de obesidade. Além disso, em 2012, Jefferson passou por tratamento para combate a câncer no pâncreas. Desde então, Jefferson toma remédios para diabetes, remédios para pressão e suplementos vitamínicos.
    "Ressaltamos que o uso diário das medicações prescritas assim como o acompanhamento médico regular pela equipe assistente são fundamentais para a manutenção da estabilidade clínica do paciente, sob risco de agravamento potencialmente de seu quadro", afirmam os médicos que o atendem.

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    De Daniel Sampaio 

    CONVITE
    Caros amigos e amigas, gostaria muito que estivessem presentes num debate sobre os meus dois últimos livros – Labirinto de Mágoas e Diário dos Tempos da Crise – que se realiza no dia 4 de Dezembro (quarta-feira) às 18,30h no piso 7 (restaurante) do El Corte Inglés, em Lisboa.

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    De nossa colaboradora-correspondente Urda Alice Klueger:

    Olá Amigos! 
    Convido-os para prestigiar a exposição Luz de Aruanda - de Sally Satler e minha -  com fotografias do Candomblé e Umbanda em Blumenau. 

    Abertura 18 de novembro às 20h - Museu da Família Colonial - Blumenau. 

    E dia 19 de novembro tem a exibição e debate do Documentário: Cultura Negra: Identidade e Diferença em Blumenau.
    Semana de debates e valorização da cultura afro-brasileira em nosso país e nossa cidade!!!
    Abraços, 
    Carla Fernanda 


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    De...
    Boletim de Atualiazação - Nº 331 - 15/11/2013

    ...para a PressAA...


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    Megafuracão Haiyan, que devastou Filipinas, deveria tornar autoridades e poder econômico mais propensos a ações contra aquecimento global. Mas eles permanecem imóveis.... Por Walden Bello



    Grupo de jovens brasileiros relata: negociações climáticas seguem em impasse; lançado novo mapa de riscos do aquecimento global; povos indígenas debatem alternativas. Pela Agência Jovem de Notícias



    “Vivo entre o macho-jurubeba da minha origem do Sertão e o macho em busca da delicadeza perdida aqui nesta urbanidade babilônica”. Por Xico Sá, a convite de Outras Palavras


    131114-PicassoPan
    “Vivo entre o macho-jurubeba da minha origem do Sertão e o macho em busca da delicadeza perdida aqui nesta urbanidade babilônica”
    Por Xico Sá | Imagem: Pablo PicassoA Flauta de Pan (1923)

    Em diálogo com:


    Na luta feminista, há muito espaço para os homens. Mas alguns deles, tão convictos e extremados, querem… indicar-nos o caminho!

    Por Marília Moschkovich

    Há quem veja sim machismo nas minhas crônicas, há quem diga que sou um macho feminista, há quem suspire (rs) “ah se todos os machistas fossem iguais a você”. Nesse carnaval, eu mesmo escancaro as minhas contradições: vivo entre o macho-jurubeba da minha origem do Sertão e o macho em busca da delicadeza perdida aqui nesta urbanidade babilônica.

    Discordo do artigo da Marília, mas é um texto elegante e creio que respeita as minhas contradições. É o ponto de vista dela, minha gente, com a razão dela – a leitura que ela aprendeu a fazer do mundo. Não existe isso do que seja o certo ou verdadeiro. A única certeza é a contradição.
    Fiquei muito orgulhoso, aliás, quando ela me põe junto com o Vinícius de Moraes. Aí ela mata, decifra a origem literária das minhas crônicas: sou uma cria da costela daquele lirismo da turma do poeta e mais do Antônio Maria (“ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de meu amor…”), Paulo Mendes Campos, Rubem Braga etc.
    Creio que não existe polêmica possível entre o que Marília defende e o meu amor derramado pelas mulheres. Ela tem o amor sincero dela, eu tenho a minha sinceridade em uma certa prosa poética – não escrevo discurso ou tese, escrevo literatura ou algo próximo disso.
    Comentário destacado por PressAA:


    Sandra Seabra Moreira
    Quem se aprofunda nas questões feministas não lida com dados subjetivos, ou com relativização da verdade, com “pontos de vista”. Lida com dados reais e brutais sobre a violência contra a mulher, por exemplo. Daí ser muito bobo, quase ingênuo, considerar “feministas” as crônicas do Xico Sá. Lê-las é um passatempo, como ler horóscopo, quando bem escrito. E, sob um ponto de vista pessoal, penso que os dramas do macho certamente seriam minorados se eles pudessem sair de seus egocentrismos, e pudessem deslocar seus pontos de observação. Mas é difícil fazê-lo enquanto o medo de perder o pódio secular está nas entranhas. Entre lá e cá, parece que o mais sensato é colocar a mulher também em algum lugar de destaque: uma passarela! E derramar sobre ela todo esse amor incontido de macho, como pétalas de rosas provindas de um céu de bem-aventurança, que se espraiam pelo teclado, blog, mundo virtual. Esse culto é bom demais na intimidade, mas quando lido tem gosto de final de domingo.
    E que o patriarcalismo, suas mazelas, vítimas e toda a ignorância circundante passem bem longe, que é para não chamuscar de mal estar esse amor de macho tão pouco convencional. Mas se está rendendo polêmica, “curtir” e “compartilhar”, alguém mais vai reclamar? Para variar, somos nós, mulheres, nossas estrias ou a falta delas, nossas gordurinhas ou a falta delas, nosso cabelo branco ou tingido, a inspiração que falta quando a tela está em branco e não escrever é o mesmo que ficar sem salário.
    PressAA: Uma forma delicadamente feminina de chamar o cara de pena de aluguel, michê dos barões da mídia. "Ficar sem salário" e, consequentemente, sem mulher.



    Erro grosseiro do STF condena bodes expiatórios para evitar debate sobre financiamento empresarial dos partidos – o principal mecanismo de corrupção no Brasil. Por Antonio Martins (publicado em 17/9/2013)



    Há pouco, Dilma disse que brasileiros deveriam sentir orgulho do empresário. Hoje, ele vende seu império ao capital estrangeiro. Por Armando Sartori



    Reportagem sobre servente de pedreiro que desapareceu em 14/7, na favela da Rocinha. Como vive sua família; como foi sua prisão. Por Tânia Caliari, no Retrato do Brasil



    Após três meses de silêncio, empresa do governo paulista admite ocorrência, que considera “normal”. Matérias revelam sucessão de falhas, cada vez mais graves. Por Tadeu Breda Vinicius Gomes



    Documento inédito mapeia situação dos vendedores informais no país e mostra que eles já são afetados pelos preparativos para Copa-2014.. Por Andrea Dip, em APublica



    Filme de autor por excelência, obra de Frederico Machado enfatiza cores, respirações e instrumentos que e atravessam fronteira real-onírico e sugerem sexo e morte iminentes. Por José Geraldo Couto, no blog do IMS



    Num mundo racional, em que tudo é previsível, melancolia é tratada como doença. Deve a humanidade reagir a esse desígnio? Por Arlindenor Pedro



    Ameaçar chamar o zelador, outro macho, para invadir território do Valter e executar o que era dele esperado, era demais... Por Ney Pereira, editor do blog Casos Crônicos

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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA


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    O Mensalão - ópera bufa com trilha sonora erudita: Franz Liszt, Beethoven e, breve!, o apoteótico Requiem in D minor (K.626), de Wolfgang Amadeus Mozart

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    Fernando Soares Campos

    Em junho de 2005, enquanto ainda sentíamos o calor das fogueiras das festas juninas, e as vestais acendiam as fogueiras da Inquisição, escrevi uma paródia-satírica baseada nos noticiários e crônicas da mídia empresarial, intitulada “Os deuses deAbsurdil”, que foi publicada inicialmente no diário ibero-americano La Insignia, editado em Madri, e que contava com a colaboração de jornalistas, escritores e intelectuais de diversos países. A peça literária pretende relatar a ação dos personagens que armaram e deflagraram o golpe do mensalão.

    Uma semana depois de publicada a paródia-satírica, recebi e-mail de um membro da Criminal Justice Policy Foundation (CJPR), uma instituição com sede em Silver Spring, Maryland, EUA.

    Apresentação da CJPF em seu site na internet:

    Um sistema de justiça criminal que é honesto, justo e eficaz é uma das instituições mais importantes da América. O Criminal Justice Policy Foundation é uma organização educacional privada, sem fins lucrativos que promove soluções para os problemas enfrentados pelo sistema de justiça criminal Saiba mais sobre CJPF

    O e-mail que recebi veiculava documento relatando suposta estratégia do governo Lula para golpear as forças democráticas e se perpetuar no poder, a partir do chamando escândalo do mensalão.

    Baseado na mensagem do membro da CJPF, escrevi um esquete intitulado “Tá Dominado ― Primeiro Ato”, o qual reproduz, de forma paródica-satírica, as informações veiculadas na mensagem recebida. Dando sequência, criei o “segundo ato”, que denominei “Segundo Atoleiro”, um diálogo entre os marechais Piro e Pirando Garboso, os quais correspondem aos personagens PhC e PhHC, em “Os deuses de Absurdil”.

    Em “Tá Dominado – Segundo Atoleiro”, O Marechal Piro (PhC) discute com o Marechal Pirando Garboso (PhHC) sobre a eficácia das estratégias e as consequências do golpe do mensalão.

    Em julho deste ano, republicamos o conjunto (“Tá Dominado: primeiro ato e segundo atoleiro) sob o título “O rapé branco de Leoné contra Brancaleone”.

    Agora, depois de decretada e executada a prisão dos chamados mensaleiros, escrevi o “Terceiro Atololeiro”.

    Aí estão as três partes da peça que vou escrevendo a cada etapa do maior escândalo midiático da História de Absurdil.

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    Fernando Soares Campos
    La Insignia. Brasil, julho de 2005.

    Ontem recebi um estranho "script" (cópia abaixo) na minha caixa de correspondência eletrônica. O remetente, seja lá por que razão, não se identifica, fiquei conhecendo apenas o seu e-mail: cjpf@superig.com.br

    Não creio que o "cjpf" tenha alguma relação com a sigla da Criminal Justice Policy Foundation (CJPF), uma instituição com sede em Silver Spring, Maryland, EUA. Em todo caso, a "peça" que o meu semi-anônimo correspondente me enviou tem tudo a ver com "criminal", "justice" e "policy" - desde que esse último refira-se a "orientação política", ou, mais precisamente, a um "programa de ação", com muita "sagacidade", "astúcia". Porém, apesar de se revelar uma "bad policy", não me parece que se trate de uma ação oriunda da "domestic policy" isoladamente, tem cheiro de "foreign policy". Não de maneira aleatória; porque, nas últimas semanas, aqui no Brasil incrementou-se uma onda de somente "to do s.th from motives of policy". Contudo sem observar que "honesty is the best policy".

    Entretanto, voltemos ao princípio.

    A obra inacabada que me enviaram intitula-se "Tá dominado", uma suposta sátira às atitudes políticas e administrativas do governo Lula da Silva.

    O(s) autor(es), infelizmente, só me mandaram o que chamam de "Primeiro Ato". E isso não se faz com nenhum escritor que se preze. Portanto resolvi dar continuidade à peça. Escrevi o "Segundo Atoleiro"

    Vejam como ficou:

    Tá dominado

    Primeiro Ato - autor(es) anônimo(s)

    Entre goles de destilados finos ouviu-se o grito de guerra do marechal no Planalto. Seu júbilo era compartilhado apenas pelos dois generais de sua absoluta confiança:

    O braço esquerdo: General DIRTeu, figura forte, seu passado congelava o sangue dos adversários. A sua especialidade é a infantaria em combate corpo a corpo. DIRTeu acompanhava o Marechal nos destilados mas a cada rodada esvaziava discretamente o copo nos vasos próximos.

    O braço direito: General Dudu Galo, sibilino, especialista em guerra adversa, insidioso, aparentemente inofensivo, mas mortífero a médio e longo prazo. Muito fino Dudu degustava um tinto francês de estirpe.

    Embriagado pela vitória que parecia sorrir-lhe em mais uma batalha, o marechal repassava em voz alta o plano de combate passo a passo:

    1 - Dudu Galo avança pelo planalto com vastas verbas publicitárias, já começamos a amaciar o inimigo com as inserções de publicidade da ECT em toda a mídia escrita, falada e televisada e uns pitacos na internet. O forte do ataque será meu discurso, vai ser artilharia pesada. Na primeira salva, pesada, vamos invadir o íntimo emocional das massas, depois prosseguiremos com granadas (peças já previamente destacadas do primeiro ataque) e reforçaremos o estímulo. Segundo os manuais da Pavlov e estudos posteriores de psicologia de massa a eficácia será de 50%.

    2 - DIRTeu ataca pela planície. O ataque será retardado para dar tempo à artilharia do General DUDU. Enquanto a artilharia martela, General DIRTeu comandará escaramuças para minar as forças do inimigo, um apedrejamento aqui, um achincalhamento ali, uma ocupação acolá, um linchamento ocasional e, importante!, patrulhamento e alerta. Na segunda fase deste, faremos, se necessária, uma carga de infantaria capitaneadas pelos batalhões MST e CUT com baionetas caladas.

    3 - Ataque ao QG inimigo. O centro de comando inimigo deve ser paralisado, se não for possível deve ser bastante amortecido. Os fantasmas do passado devem ser agigantados. Uma CPI para investigar a grande mamata das capitanias hereditárias deve ser priorizada, em seguida o mensalão da proclamação da república deve ser lançado, não ficará pedra sobre pedra, tudo deve ser passado a limpo.

    4 - Guerra Adversa: Conforme aprendemos com nossos inimigos durante a ditadura, quer dizer, conforme ouvimos dizer, a consciência é o principal alvo do inimigo e, portanto, também o nosso. Como sabemos, nem o planalto nem a planície sabem direito o que se passa. No planalto ninguém quer muita marola, pois um gole deste mar é indigesto, melhor ficar todo mundo quieto. Na planície a galera já está na chibata do cotidiano, na derrama, basta então relativizar, e a artilharia mole aqui é muito eficiente. Então, esta será nossa arma principal nesta frente. Trabalho insidioso, munição mole de todos os órgãos da administração direta e indireta. Inserções na mídia como as páginas inteiras dos correios (ECT) garantindo à população que o "pequeno" incidente já foi apurado e devidamente punido, a empresa é clara e transparente, na mosca. Isso funciona em termos de massa. A maior parte não sabe o que aconteceu, mas sabe que não é novidade, ouve a explicação como uma satisfação inócua e vai à luta, senão, perde o trem. Esta munição é abundante, e o inimigo não tem arma igual. Essa frente é importantíssima, mas, da retaguarda, um trabalho perfeito para o General Kuniken. Ele é tão discreto pra essas tarefas que nem está aqui!

    5 - Ataque de Cooptação. Mais do mesmo. Isso mesmo, quem disse que o mensalão não é uma boa arma? O problema com o Bob Jéferson foi apenas de mira e calibre. Se usada adequadamente esta arma é insuperável, portanto este ataque colocará na mira o PMDB. O tiro deve ser muito maior, será "dote", ministério de porteira fechada ou que eles quiserem "por fora".

    Enquanto o marechal confiante repassava os planos de ataque, General DIRTeu meio ressabiado tentava reagir: "- Mas marechal, eu na planície, no meu governo, eu na planície? O Sr. não acha melhor pegar o Aerolula e ir dar um volta na Europa enquanto eu resolvo este probleminha, afinal é só um probleminha... As exportações geradas pela infraestrutura montada pelo FH estão de vento em popa, a política "neo-liberal" está se mostrando de muita eficiência, porque vamos dar corda neste golpe branco? Deixe comigo, a grande imprensa é nossa, chamo o MST, a CUT, os notáveis e o "resto" do movimento social e empalamos o Roberto Jéferson em praça pública!

    E o marechal meio em dúvida retruca - Você acha que o problema é o Bob? Mas e o cheque em branco que dei a ele? Ele é um dos nossos, está apenas contrariado. O problema são esses golpistas, são de oposição, esses são mortíferos.

    Fim do primeiro ato

    Segundo Atoleiro

    -por Fernando Soares Campos-

    Enquanto o general Jeff Sonso recebe os primeiros socorros devido a uma coronhada que tomou no olho esquerdo, do outro lado do front dois marechais disputam os louros da estupenda vitória que conquistaram naquela desleal batalha contra o que eles mesmos denominaram Exército de Brancaleone.

    O marechal Piro [PhC, em “Os deuses de Absurdil”], cujo nome vem de pirar depois de cafungar, reclamava, culpando o marechal-de-ferro-velho Pirando Garboso [PhHC] pelas inúmeras baixas que sofrera em sua Divisão de Infantilaria.

    Mal. Piro: - Garboso, Vossa ex-Excelência se excedeu na dose (sniff). O agente laranja que a Força Aérea descarregou sobre as tropas inimigas atingiu as nossas fileiras e fez muitas vítimas entre nós mesmos. Desfolhou as nossas próprias arvores verdinhas. Com isso a soldadesca de Brancaleone pôde enxergar a nossa linha de frente e atacou pela direita atingindo o olho esquerdo do nosso general Jeff Sonso (sniff).

    Mal. Pirando: - Vossa expurgada Excelência sabe muito bem que os fins justificam os meios. Além disso, o general Jeff Sonso nos deve a cabeça, tronco e membros da Fundação Policial de Justiça Criminosa, os enviados de God, muitos tombados nessa guerra suja.

    Mal. Piro: - Mas poderíamos ter usado, no lugar do Agente Laranja (sniff), o nosso rapé branco, adquirido na boca do Leoné. Assim, nosso plano seria perfeito (sniff).

    Mal. Pirando: - Pode explicar melhor, expurgada Excelência?

    Mal. Piro: - Ora! Marechal Garboso, foi V. ex-Excelência mesmo, com esse vosso espírito-de-porco-sarcástico, quem denominou o inimigo, apropriadamente, Exército de Brancaleone (sniff).

    Mal. Pirando: - Sim, e daí? Onde Vossa expurgada Excelência quer chegar com todo esse nhenhenhém?

    Mal. Piro: - E daí?! (sniff) E daí que, se tivéssemos despejado algumas toneladas do nosso rapé branco, fornecido pela boca do Leoné, eles seriam obrigados a cafungar e mais facilmente seriam identificados como iguais a nós, o Exército do Rapé Branco de Leoné. (sniff). Vai uma carreira? - Mal. Piro ofereceu o espelhinho pulverizado ao Mal. Pirando.

    Mal. Pirando: - Não, obrigado. Prefiro vodka neolibertal. Isso não funciona mais. Eles não estão respeitando nem o filho do Rei. Tão encanando todo mundo. E esse é o nosso problema. Vamos ficar sem caixa para a batalha de 2006. Se tiver batalha! Porque, antes disso, precisamos derrotar de uma vez por todas o Brancaleone Tupiniquim. Nossa esperança ainda é a traidora Dulcinéia Karinho.

    Mal. Piro (cantando desvairado): - "Mujer, si puedes tu con God hablar, pregúntale si yo alguna vez te he dejado de adorar..."

    Caem no segundo atoleiro...

    Terceiro Atoleiro

    -por Fernando Soares Campos- em 18 de novembro de 2013

    Eight years later...

    O suntuoso apartamento do marechal-de-ferro-velho Pirando Garboso está em festa, entre goles de destilados finos, vinho francês de estirpe, cafungadas em espelhinhos pulverizados e baforadas de charutos jamaicanos, seus subordinados comemoram suposta vitória de uma batalha na mais suja guerra pelo poder em Absurdil: perfídia, prevaricação, chicana, corrupção, chantagem... tudo com frequência e intensidade aparentemente nunca antes registradas na história.

    Enquanto seus oficiais subalternos se esbaldam no salão de festa, o Marechal Garboso, recolhido aos seus aposentos, sentado em estilosa poltrona Luis XV, respira fundo, olhos marejando, emocionado ao som de Liebestraum, de Franz Liszt.

    O celular na estante ao lado chama insistente, mas ele parece distraído, fascinado pela música, que funciona como leitmotiv de suas memórias: o dia da posse como presidente da República, o primeiro encontro com os Clinton, a campanha para a reeleição, a felicidade que proporcionou aos amigos com as privatizações do patrimônio público... Sem se dar conta do aparafusamento de sua imaginação, lembrou-se do seu guru e protetor Henry Kissinger, Nobel da Paz em 1973, época em que ele era apenas Garbosinho, subagente de monitoramento da CIA no Chile de Allende.

    O aparelho celular continuou chamando, até que, num trecho molto pianíssimo de Liebestraum, Garboso despertou de seu momentâneo delírio, fez um seco muxoxo e atendeu a chamada:

    ― Alô!
    ― Garboso, é o Piro!
    ― Piro, onde você está?! Por que não aceitou o convite para a nossa festa em comemoração da vitória na Batalha do Allowanceloo?
    ― Porque essa vitória não é minha. O laurel ao laureado!
    ― Modéstia sua, você também é responsável pela derrota dos comensaleiros.
    ― Bondade sua! Mas não seria tão benevolente se conhecesse alguns detalhes de minha participação nessa guerra.
    ― O que você quer dizer com isso?!
    ― Pegue essa caixinha de rapé que você mantém aí na estante, tire uma pitadinha, cafungue e...
    ― Peralá! Como é que você sabe que tenho uma caixinha de rapé na estante?!
    ― Lembra-se do agente Di Maisnada, da Espia?
    ― Sim, claro! Ainda hoje ele me ligou da Itália parabenizando pela nossa vitória...
    ― Foi ele quem me informou sobre a sua caixinha de rapé e tantos outros detalhes da sua casa e do seu estilo de vida. Sinto lhe dizer, mas o cara era agente duplo no âmbito das intrigas domésticas.
    ― Agente duplo?! Intrigas domésticas?! Você poderia trocar isso em miúdos?

    Silêncio. Garboso ouvia apenas um intermitente sniff! sniff! Impacientou-se:

    ― Piro! Piro! Você ainda está na linha?!
    ― Sim, Pirando, fique frio, eu vou lhe contar a parada com os detalhes sórdidos.
    ― Pare com esse nhenhenhém e desembuche logo, homem!
    ― Lembra-se da fase em que disputamos a fidelidade do Jeff Sonso? Se não se lembra, releia Os deuses de Absurdil, aquela peça satírica de um desconhecido escritor aqui das Alagoas, publicada no diário espanhol La Insignia, dias depois de deflagrada a Guerra do Mensalão. Você ganhou a disputa, Bob Jeff decidiu trabalhar pra você. Eu só queria usá-lo para dar um sacode nos petistas, coisa do tipo revelação de que “somos todos iguais”, nada muito comprometedor. Digamos, uma brincadeira de mau gosto. Mas o Bob Jeff sempre foi muito ambicioso e, na sua mão, controlado pelos dossiês que o Renan lhe forneceu no período em que foi seu ministro, teve que se render às suas ordens.
    ― Quem lhe contou essas histórias sem pé nem cabeça?
    ― O Di Maisnada, que atualmente não passa de truão do Mossad.
    ― Tá bem, confesso que me sinto traído pelo Di Maisnada. Mas o Bob Jeff foi muito útil e será sempre fiel!
    ― Ledo Ivo engano, meu caro.
    ― Como assim?!
    ― O problema é que ele já não confia em você, está inseguro. Falou para o seu advogado que, se for preso, vai soltar o verbo, entregar todo mundo, vai contar toda a trama e inocentar os supostos mensaleiros. Por falar nisso, por onde anda Maurício Marinho, aquele das três merrecas dos Correios?
    ― Você está blefando! Aliás, delirando, Piro!
    ― E você agora está, literalmente, pirando, Garboso! Bob Jeff está com medo de ser vítima de queima de arquivo. E ele conhece você muito bem, sabe do que vocês são capazes. Ele sabe que, se falar, receberá o perdão definitivo dos petistas; mas, se permanecer calado, na cadeia, corre o perigo de ser assassinado pela sua mafiosa tropa de choque, golpistas de carteirinha.
    ― Piro, expurgada excelência, sei que você está apenas querendo se vingar do pessoal da Espia, que, junto com a turma das Organizações Cubo, trabalhou pela sua eleição para presidente da República e, em seguida, insuflou a população contra você, culminando com o seu impeachment. Mentiram muito sobre o caso PC Farias. Um golpe de Estado, reconheço. Mas você não me assusta...

    Silêncio na linha, interrompido por pigarros de um lado e sniffes do outro. Piro retoma a conversa:

    ― Mas eu não estou lhe falando essas coisas pra lhe assustar. Quero lhe dar um conselho.
    ― Conselho?! Que conselho?! Você, que não foi capaz de se defender do golpe, vai querer me dar conselhos?! Isso é piada!
    ― Sim, parece piada, mas, uma trágica piada. O problema é que, agora, para se defender das ameaças do Bob Jeff, você só pode contar com a trolha branca do diretor de jornalismo das Organizações Cubo e a trolha negra da Justiça. Entretanto, napoleônico como você é, sabe que pode fazer quase tudo com uma espada, menos se sentar nela. E aí, um garanhão como você não vai se sentar nas trolhas, vai?
    ― Ora, seu depravado, você não passa de um sátiro, como o Lula. Vocês se merecem! Danem-se! ― desligou, nem ouviu a gargalhada sinistra do Marechal Piro.

    O marechal-de-ferro-velho Pirando Garboso levantou-se, pegou um charuto jamaicano na estante, voltou a sentar-se na sua Luis XV, acendeu o baseadão e baforou longamente: Fuuuuu... 

    Porções de fumaça revolviam-se no ar formando estranhas figuras. Garboso assustou-se:

    ― Zumbis! ― empalideceu.

    Um nó na garganta sufocou o Marechal Garboso, impedindo a explosão de um grito de pavor, quando ele avistou a holográfica imagem de Lúcifer entre os apavorantes fantasmas.

    No sistema de som já se havia encerrado a execução de Liebestraum, a sinfonia de Liszt, agora tocava Ruínas de Atenas, de Beethoven, o trecho Dança dos Dervishes.

    Garboso arriou-se nos braços de Morfina, sua heroína, e apagou.


    Caem no terceiro atoleiro.

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    O sábio e o idiota

    segunda-feira, 18 de novembro de 2013


    - por André Lux, jornalista
     
    Certas coisas me impressionam. 

    Como essas pessoas que leem Veja e Folha e assistem ao Jornal Nacional e mesmo assim acham que sabem mais sobre política e seus bastidores do que nós, que vivemos isso todos os dias e buscamos nos informar ferozmente em diversos meios de comunicação que não estão no eixo da imprensa Golpista.
    O caso da farsa chamada "mensalão"é uma dessas coisas. Qualquer pessoa minimamente bem informada SABE que isso não existiu, não da forma que a direita e a sua mídia divulgam. 

    E olha que tanto eu quanto outros companheiros e companheiras compartilhamos inúmeros artigos, vídeos e até charges bem didáticas comprovando isso.

    Mas não adianta. Aquelas pessoas que citei acima CONTINUAM pensando da mesma forma e acreditando na mesma mídia que eles mesmo tanto criticam quando a vítima são eles ou alguém de suas famílias.

    Em momentos assim eu não sei se dou risada ou choro... 

    Enfim, é como diz o ditado popular: a diferença entre o sábio e o imbecil é que o sábio pode mudar de opinião.

    E não se enganem: tem muita gente conhecida nossa, dessas que compartilham mensagens de amor com cachorrinhos fofinhos, que vai bater palmas se amanhã derem um golpe contra a democracia e esquerdistas como eu, você e nossos filhos pequenos começarem a ser presos e torturados até a morte.

    Eles dirão, justificando as palmas: "Bem feito! Quem mandou serem petralhas ladrões? Bandido bom é bandido morto!"

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    André Lux é jornalista. Colabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.

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    Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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    PressAA


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