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Professor Bessa: A MORTE DO BAILARINO --- O Editor-Assaz-Atroz-Chefe vai receber herança milionária

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A MORTE DO BAILARINO


Mais de 100 bailarinos do Nordeste participaram da abertura, em praça pública, do 3° Mossoró Mostra Dança, ocorrido na última semana de abril de 2013. É provável que nessa ocasião, o menino Alex, de 8 anos, que morava em Mossoró (RN) com a mãe, Digna Medeiros, tenha se encantado com a dança oriental apresentada pela bailarina Nuriel. O certo é que quando ele desembarcou, dias depois, no Rio, para onde se mudou, já estava completamente enfeitiçado pela dança do ventre, o que iria originar uma tragédia familiar.
No casebre suburbano da Vila Kennedy, onde foi morar com o pai, a madrasta e outras cinco crianças, Alex costumava ensaiar passos da dança, se contorcendo em movimentos corporais com sinuosidades de serpente. O pai, Alex André, desempregado, ex-presidiário condenado por tráfico de drogas, virava uma fera. Ele não admitia que o filho, herdeiro de seu nome, se comportasse "como uma mulherzinha". Quando descobriu que, além disso, o menino gostava de lavar louça e andava com o cabelo comprido, passou a surrá-lo quase diariamente para ele "aprender a andar como homem".
O menino, bailarino nato, tinha o physique du rôle. Era franzino, esguio e descarnado. Apesar da repressão paterna, continuou a "pisar no chão com a ponta do pé" e a "tocar o céu com a palma da mão", como a bailarina da dupla musical Palavra Cantada. Os coleguinhas da Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira, em Bangu, dizem que aquele magricelinha, com o corpo de mola e amor pela dança, era calmo, não brigava com ninguém. A professora atesta que era afetuoso, dócil e muito inteligente, como demonstram suas notas nos três bimestres: 88, 100 e 90. 
Surras homéricas
No meio do caminho, no entanto, havia uma pedra. O pai Alex André, em janeiro, não conseguindo dobrar o filho, foi à Escola Municipal e pediu que lhe fosse entregue a documentação escolar para uma transferência, alegando um retorno a Mossoró. Era mentira. A escola foi trocada pelo cárcere privado, como suspeita um dos conselheiros tutelares de Bangu. O bailarinozinho ficou preso em casa, onde continuou submetido a frequentes sessões de espancamento, surrado pelo próprio pai que devia protegê-lo. Os "corretivos", insiste o pai, pretendiam ensinar o filho a "ser homem".
No 17 de fevereiro, ocorreu a última sessão de espancamento. Obcecado, o pai queria obrigar o bailarinozinho a cortar o cabelo. Diante da resistência, começou a porrada, tão forte desta vez, que dilacerou o fígado da criança. Ele teve uma hemorragia interna. A madrasta, que o socorreu, levou-o para o posto de saúde da Vila Kennedy. "Estava com os olhos grandes, de cílios longos, entreabertos. Mas não havia mais o que fazer. Estava morto" - conta a repórter Maria Elisa Alves, do Globo, num relato publicado nesta quarta-feira de cinzas, quando só então o fato foi divulgado:
O corpo de Alex, coberto de hematomas, era um mapa dos horrores que ele vinha passando. O laudo do Instituto Médico Legal descreve em muitas linhas todo o sofrimento: a criança tinha escoriações nos joelhos, cotovelos, perto do ouvido esquerdo, no tórax, na região cervical; apresentava também equimoses na face, no tórax, no supercílio direito, no deltoide, punho esquerdo, braço e antebraços direitos, além de edemas no punho direito e na coxa direita. A legista Áurea Torres também atestou que o corpo magricelo apresentava sinais de desnutrição
A cena do menino no caixão branco, de blusinha listrada, foi tão forte - conta Elisa - que levou pessoas de quatro velórios que eram realizados ao lado a sair de suas capelas para abraçar a mãe.
Fipilhopó daputapa
Preso, o pai confessou à polícia que ficava enfurecido porque o bailarinozinho apanhava sem chorar, evidenciando que a lição "não estava sendo suficiente e que, por isso, batia mais e mais”. Uma sobrinha do assassino, ouvida por Elisa, confirma que ele era homofóbico, "cismado com essa coisa de homossexual" e rejeitava também outro filho, mais velho, por achar que não era suficientemente macho.
Muitos pais ficariam exultantes e orgulhosos se tivessem um filho com a doçura, a sensibilidade e o dom do bailarinozinho. Um preconceito infame, porém, levou um energúmeno a se sentir infeliz e a acabar com a vida de uma criança indefesa, causando mais infelicidade para ele próprio e para os que o cercam. Nem o presidente da Uganda foi tão longe, quando barbarizou, sancionando lei que pune os gays com prisão perpétua. Alex André puniu com a pena de morte quem sequer, com oito aninhos, ainda não havia afirmado o direito à sua sexualidade.
Se Alex André não nasceu com a cabeça cheia de preconceito, a pergunta que se impõe é: quem foi que colocou tanta merda lá dentro?
Em entrevista há pouco mais de três anos, o deputado Jair Bolsonaro aconselhou, neste caso, os pais a surrarem seus filhos: “O filho começa a ficar assim meio gayzinho leva um couro, ele muda o comportamento dele. Tem muita gente que diz: ainda bem que eu levei umas palmadas, meu pai me ensinou a ser homem”. Para ele, homossexualismo é uma doença que só se cura com porrada. Ninguém sabe se Bolsonaro apanhou muito, se fala por experiência própria, se espancou algum de seus quatro filhos homens. Mas ele conseguiu vender seu peixe para muitos incautos.
O resultado está aí: uma vida brutalmente ceifada e outras vidas destruídas. Quem vai agora ensinar o fipilhopó daputapa do ex-presidiario, ele sim, a "andar como homem", a resgatar sua humanidade?
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José Ribamar Bessa Freire: Doutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra Ti . Colabora com esta nossa Agência Assaz 
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FDP, “Justiça delivery”

08.03.2014
FDP, “Justiça delivery”. 19936.jpeg
O julgamento da Ação Penal 470, o mensalão petista, além da aplicação da tese "domínio do fato", inaugurou, na mídia, a prática do "Fato para Domínio Público" (FDP).
Fernando Soares Campos
A coisa consiste na seguinte armação: os barões do café-soçaite midiático e seus tentáculos (instituições e indivíduos a serviço do golpe de estado) produzem uma notícia sobre fato que revele eficiente diligência policial ou exemplo de austeridade de órgãos públicos, alguma ação cujo desfecho possa satisfazer os anseios dos leitores e telespectadores, provocando-lhes efeitos catárticos ou gerando expectativa de justiçamento, preferencialmente sob princípios draconianos, Lei de Talião: olho por olho, dente por dente.
Os marqueteiros que fazem a vez de redatores e editores dos conglomerados midiáticos agigantam e espetacularizam um fato corriqueiro qualquer, cujo "final feliz" será a condenação de personagens tipo boi-de-piranha ou bode expiatório.

Estaria aí plantado o FDP (essa prática também pode ser chamada de "justiça delivery", justiçamento produzido para pronta entrega).

Em seguida, empreendem campanha em favor da aplicação da mesma medida, com todo o rigor possível, contra os petistas condenados no julgamento do mensalão.

Analisemos alguns dos mais recentes maus exemplos.
(Para ler completo, clique no título)
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De Patrick Konan, Cote d’Ivoire (Costa do Marfim), para o nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe (texto original em inglês, translado feito por tradutor online):

de: Patrick Konan mrpatrick49konan@hotmail.fr
para: "fernando.56.campos@gmail.com"
data: 28 de fevereiro de 2014 07:29
assunto: Hello Fernando,

Olá Fernando,
Como você está?

Meu nome é Patrick Konan, oficial de tesouraria diretor de um dos bancos de primeira linha em Cote d' Ivoire. Eu decidi entrar em contato com você através deste meio com base em uma proposta de negócio, que será de benefício mútuo para ambos. Descobri seu e-mail através de pesquisa e-mail web abrangente sobre diretório , então eu decidi entrar em contato com você. Eu sei que isto pode soar como farsa para você por causa de uma série de atividades acontecendo na internet hoje. Mas garanto-vos que este é real.

Eu sou o gerente de contas pessoais para um de nosso cliente final, um nacional de seu país, que costumava trabalhar com uma empresa de manutenção de óleo aqui na Costa do Marfim, o falecido cliente fez um tempo numeradas (fixo) depositado por doze meses do calendário, no valor de $ 16,500,000.00 (dezesseis milhões e quinhentos mil Europeu Euro) no meu ramo. No vencimento, enviamos uma notificação de rotina para o seu endereço de encaminhamento, mas não obteve resposta.

Depois de um mês, enviamos um lembrete e finalmente descobrimos a partir de seus empregadores contrato, PETRO-CI Corporação que meu cliente morreu de um acidente automobilístico. Em uma investigação mais aprofundada, eu descobri que ele não deixou um testamento e todas as tentativas de localizar seus familiares foram infrutíferos. Por isso, fez uma investigação mais aprofundada e descobri que a pessoa falecida não declararam qualquer parente mais próximo em todos os seus documentos oficiais, incluindo o seu depósito papelada banco.

Esta soma de ( R $ 16,500,000.00 ) ainda está sentado no banco e os juros é rolado com a soma principal ao final de cada ano. Ninguém vai se apresentar para reivindicá-lo. De acordo com a lei da Cote d' Ivoire, no termo de 8 { oito } anos , o dinheiro irá reverter para l a posse do governo da Costa do Marfim se ninguém acerte os fundos.

Consequentemente, a minha proposta é que eu gosto de você como um estrangeiro para ficar como o parente mais próximo a pessoa falecida para o fato de que você tem mesmo sobrenome que ele para que esse dinheiro não vai ser revertida pelo governo. Se este pedido corresponde com a sua intenção para dentro para o sucesso e grandeza, então você está convidado a dar uma resposta rápida, indicando o seu interesse e disponibilidade para participar e trabalhar comigo para tornar este sucesso.

Observe máxima confidencialidade, e ter a certeza de que essa transação seria mais rentável para nós dois, porque eu exigirá a sua ajuda para investir a minha parte no seu país. Em seu e-mail de retorno, por favor, para a frente a sua informação, conforme listado abaixo, se você estiver disposto a completar este acordo comigo, para permitir-me colocar total do fundo em seu nome para a reivindicação como o parente mais próximo do falecido.

Aguardo sua resposta urgente.
Saudações,


Sr. Patrick Konan

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Resposta:

Caro Patrick Konan, Deus esteja convosco!

Você me pergunta como estou, e eu não vou lhe dizer como estava, pois não quero lhe provocar sentimento de piedade, mas quero que saiba como fiquei ao término da leitura de sua abençoada mensagem.

Inicialmente fui tomado de súbito atordoamento, que logo se desfez dando lugar à mais radiante euforia! Fiquei exultante! Deslumbrado! Embriagado de felicidade, de tal forma que hoje não chutei Sparring, meu cachorro expiatório. Até dei bom dia à minha mulher, que estranhou minha repentina mudança de humor. Não ralhei com meus filhos e não reclamei da irritante música gospel no apartamento vizinho. Atendi ao telefone e não fui grosseiro com a moça do telemarketing.

Recolhi todas as armas que mantinha bem guardadas e as usava eventualmente para algum ganho extra. Joguei tudo na lixeira, tomando antes o cuidado de inutilizá-las.

Acabei de preparar a mochila para uma rápida viagem: vou a Aparecida, cidade do interior do Estado de São Paulo, onde se localiza a segunda maior basílica católica do mundo, templo de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Vou pagar uma promessa que fiz à nossa santa protetora.

Sei que você deve estar surpreso com essa história de promessa, portanto sinto o dever de lhe explicar porque a fiz e porque tenho pressa em cumpri-la.

Mr. Konan, não sei se você acredita em coincidência, acaso ou milagre, mas, em função do que vou lhe contar, verá que fui atendido pela mais alta corte celestial.

Recentemente prometi à nossa Divina Padroeira que, se eu tivesse notícias de um tio meu que parou de se comunicar comigo há pouco tempo, eu percorreria de joelhos toda a passarela que liga a basílica à cidade de Aparecida.

Isso! É exatamente isso que acredito que você imaginou: esse investidor de quem você fala, não tenho dúvida, é o tio Onlyairs Fields (forma carinhosa como eu o tratava).

O tio Onlyairs foi para São Paulo no final dos anos 1950, entretanto só restabeleci contato com ele a partir de 1995, quando ele me localizou aqui onde até hoje resido e informou que fora nomeado assessor especial do governo Mário Covas, cargo de confiança, responsável pela elaboração e avaliação de propostas de concorrência pública para contratos de grande vulto, funções que também exerceu durante todo o governo José Serra e até meados do segundo governo de Geraldo Alckmin.

Portanto, Mr. Konan, não se trata de “assumir” um parentesco, uma forma fraudulenta de se tornar herdeiro de um investidor falecido que não declarou “parente próximo” na documentação de registro da conta em seu banco. Trata-se do meu mais querido parente consanguíneo.

Quanto ao testamento, já estou providenciando o reconhecimento de firma das cartas do tio Onlyairs em que ele me diz que estava fazendo depósitos no estrangeiro com o propósito de garantir o futuro de seus sobrinhos em segundo grau, ou seja, os meus filhos. Isso equivale, segundo advogado que consultei, a um verdadeiro testamento.

Mas não se preocupe, pois, apesar de eu não precisar rachar a fortuna com você, não vou lhe negar uma justa e considerável comissão, principalmente se você encontrar um meio de dispensar a via judicial e, por ato administrativo, depositar imediatamente tudo em minha conta, cuja identificação completa segue em mensagem através de canal encriptado.

Abraços

Fernando

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Nosso Editor-Assaz-Atroz-Chefe comemora o brilho de sua estrela gastando por conta da fortuna que receberá em breve...

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets? --- Obama ameaça privatizar programa do New Deal --- Justiça cita “falácia de doer” ao condenar Veja

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Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?


Fernando Soares Campos

Assim como se faz arte pela arte, e adquire-se conhecimento pelo conhecimento, e acumula-se fortuna pela fortuna, hoje se busca, cada vez com maior empenho e aperfeiçoamento, o poder pelo poder, e pratica-se o terror pelo terror, e declara-se a guerra pela guerra.

A espionagem passou a ter um fim em si mesma, e as agências de inteligência tornaram-se empresas altamente rentáveis, cujos produtos, mão de obra e serviços são ofertados para atender à demanda gerada pelo terrorismo de estado e às guerras autotélicas.

Os “vazamentos” feitos por Edward Snowden, “ex-funcionário” subcontratado da CIA através de empresa de terceirização de mão de obra e serviços, a Booz Allen Hamilton, não alteram a imagem que temos dos seus antigos contratantes, pois já faz muito tempo que soubemos que eram o que são: colonialistas, escravagistas, exploradores, aventureiros, corruptores, armamentistas, belicistas e imperialistas ― hoje até podemos admitir mais uma degradante qualificação: terroristas.

Tais “documentos vazados” têm servido para criar o caos no mundo da diplomacia, uma providencial perturbação que só “beneficia” a quem não tem habilidade para relações diplomáticas (o “Fuck” União Europeia, de Victoria Nuland para o embaixador Geoffrey Pyatt, demonstra esse estado), a quem sempre “conquistou” aliados através da demonstração da força bélica, ou corrompendo valores morais e culturais. É gente que atualmente dissemina o terror para vender instrumentos e métodos de segurança, o que também não é uma prática recentemente arquitetada e implementada, nem revela qualquer originalidade, pois criar dificuldades para vender facilidades sempre foi o lema de opressores nas mais variadas atividades humanas ― sistemas públicos de educação, saúde e segurança são intencionalmente desmantelados para gerar alternativas nos setores privados. (Um pouco mais de esclarecimento sobre essa questão pode vir da leitura do artigo “Snowden! A bomba!”)


Concordo com aqueles que afirmam que Edward Snowden e Julian Assange (Wikileaks) não revelaram nada que muita gente mundo afora não soubesse, principalmente as pessoas diretamente relacionadas com órgãos de inteligência de qualquer país, ou pesquisadores e curiosos interessados no assunto.

No artigo-reportagem “Revelações de Edward Snowden – Geopolítica e lições a aprender (I)”, o autor afirma: “Muitos creem que Edward Snowden não teria revelado nada que já não se soubesse, ou do que já não se desconfiasse há muito tempo. Mas o que chama a atenção é a escala da invasão, que deixa boquiabertos até os especialistas profissionais.

Subtende-se, portanto, que o autor também concorda que as denúncias do ex-funcionário subcontratado para monitoramento de espionagem da CIA (um dos tentáculos da NSA, a Agência de Segurança Nacional dos EUA) realmente não revelaram novidades, atos praticados e até então desconhecidos, mas apenas surpreenderam pela magnitude das operações, a abrangência de alvos e a difusividade de interesses; surpresa essa que só se justifica porque as vias internáuticas, as comunicações no chamado mundo virtual, ainda surpreendem por si mesmas, visto que sua existência não foi conscientemente assimilada e naturalizada por seus próprios usuários (não confundir “naturalizar” com “viciar”).

Entretanto, um dos fatos que parece ter causado mais estarrecimento foi o de que os sistemas de espionagem têm características de Big Brother, do gênero “1984”, de George Orwell, visto que espionam inclusive as pessoas comuns, com a colaboração de empresas tais como Microsoft, Yahoo!, Google, Facebook, AOL, Skype, YouTube, Apple, PalTalk... Porém, em muitos casos, esse “estarrecimento” pode ser interpretado como “regozijo”, contentamento disfarçado de contrariedade. Pessoas que se sentem inferiorizadas, complexadas, carentes de atenção e reconhecimento, se sentiriam extremamente prestigiadas, caso fossem identificadas como alguém que despertou o interesse das hollywoodianas agências de inteligência, e “protestariam veementes”, a fim de que todos soubessem que foram alvos delas.

Depois de muitas décadas, o cinema finalmente faz a vida imitar a arte em todo o seu ilusório esplendor. Hoje qualquer anônimo em qualquer parte do mundo pode se sentir tão importante quanto O Satânico Dr. No e parodiar Bond, James Bond, dizendo: “Meu nome é Mané, Zé Mané”.

Espionar pessoas comuns é prática antiga. Sempre grampearam as telecomunicações, há muitos anos espionam as correspondências via correios e telégrafos. Desenvolveram técnicas para abrir e fechar cartas sem deixar marcas de violação.

Em épocas de intensos conflitos bélicos (como hoje em dia) funcionários dos correios e telégrafos eram treinados para identificar correspondências e decodificar mensagens telegráficas suspeitas. Os indícios que despertariam as suspeições eram fundamentalmente estabelecidos pelas origens e destinos, assim como em função das personalidades envolvidas, atentando-se para alguns detalhes subjetivos, como a frequência na troca de correspondência entre os mesmos elementos.

Pessoas comuns podem ser alvo de espionagem (ou simples monitoramento) por interesses diversos, mas, hoje, geralmente o são em função do controle e manipulação de dados pessoais que possam servir de base para estratégias de marketing e propaganda comercial (esta notícia extraída do site CUBADEBATE indica o quanto estão avançando neste sentido: Televisores inteligentes "espían" en los hogares).

As revelações de Snowden incluem espionagem com grampos telefônicos e vigilância de atividades online, sem autorização judicial, com a colaboração dos gigantes da informática. Entretanto esses meios empregados e a legislação que ampara as operações (USA Patriot Act”, uma lei de 2001, que recebeu posteriores adições) também já eram de conhecimento público muito antes dos tais vazamentos.

Atualmente qualquer pessoa pode ser envolvida em operações de espionagem, por mera suspeita ou acidentalmente, e sofrer consequências angustiantes, visto que o monitoramento através da rede mundial de computadores é feito por programas e sistemas robôs (atentemos para este detalhe, isso aí pode nos esclarecer mais que os tais “vazamentos” de Wikileaks e de Snowden).

Observemos como funciona o sistema de monitoramento a partir de uma das muitas centrais de interceptação de mensagens espalhadas pelo mundo:

A cerca de 2,5 mil quilômetros do Recife (PE), numa região inóspita do Atlântico Sul, existe uma pequena ilha de colonização britânica chamada Ascensão. É lá que os agentes de Barack Obama captam aproximadamente dois milhões de mensagens por hora. São basicamente conversas telefônicas, troca de e-mails e posts em redes sociais. 

As antenas da ilha de Ascensão conseguem captar as mensagens logo depois de serem produzidas, antes mesmo que elas cheguem aos satélites para serem distribuídas. Uma vez recolhidas, as informações são lançadas em um gigantesco computador instalado no Fort Meade, em Maryland, nos EUA. Lá, são processadas em um programa chamado Prism (Prisma), que localiza, por intermédio de palavras-chaves, aquilo que os bisbilhoteiros procuram, entre os milhões de dados recebidos por hora. A partir daí as informações são submetidas a um outro programa, que quebra a criptografia. Ainda em Maryland, computadores traduzem as informações coletadas. Feita a análise, o que for de interesse do governo americano será distribuído aos agentes espalhados por todo o mundo para continuar o serviço de monitoramento. Muitas vezes empresas americanas ligadas à telefonia e à internet são acionadas para informações complementares. Com acesso à rede, por um técnico autorizado, é possível captar todo o tráfego de dados, sejam arquivos de vídeo, sejam fotos, trocas de mensagens ou chamadas de voz sobre IP. [“Como eles Espionam” ― ISTOÉ Independente]

Quer dizer: só precisaram sofisticar os instrumentos de espionagem, em função das novas tecnologias de comunicação interpessoal (principalmente o celular e o computador conectado à internet), mas tudo isso tem as mesmas características dos métodos antigos.

Niilismo e uma nova era

Por que nas últimas décadas do século passado falavam tanto sobre o fim de tanta coisa, como, por exemplo, o fim da História, o fim das ideologias, o fim das religiões, o fim do emprego e até o fim do mundo? Certamente porque o simbolismo da entrada do novo milênio era bastante apropriado para se estabelecer o início de uma “nova era”.

Mas... a quem interessa um “novo mundo” a partir de uma virtual hecatombe global da esperança? Quem quer mesmo o aniquilamento de práticas religiosas (progressistas ou conservadoras, se forem evangelizadoras; mantendo-se apenas um arremedo de “religião mercantilista”)? Quais os interesses de quem decreta o fracasso de experiências sociais que, na verdade, vêm mesmo é gradativamente se aperfeiçoando? Que “novideologia” é essa que nega a autenticidade de conceitos ideológicos formulados através do debate filosófico ao longo dos séculos?

Provavelmente tudo isso interessa a quem manipula a verdade dos fatos históricos e a realidade contemporânea, a fim de manter o domínio sobre os destinos da Humanidade.

E como fazê-lo?

Certamente os mais eficientes instrumentos são as mídias de massa (mass media).

Organizações oligopolizadas controlam as tecnologias mais populares, manipulam a informação criando para o seu público ilusórias visões da realidade; massificam o pensamento único em função do individualismo: o perigo mora ao lado, o inferno são os outros, dormindo com o inimigo, entre a cruz e a espada, salve-se quem puder, primeiro eu, depois eu, em seguida eu... Não é propriamente o egoísmo sendo revelado como sentimento dominante na natureza humana, mas sim o terror obrigando o indivíduo a manifestá-lo com maior intensidade do que os sentimentos nobres, que, por sua vez, passam a ser considerados atitudes ingênuas, próprias dos parvos.

Nessa inversão de valores, existem aqueles que, em raras ocasiões, praticam o altruísmo, a abnegação, o desapego, a renúncia, o sacrifico voluntário... mas tratam de justificar suas atitudes, como se estivessem se desculpando por terem cometido deslizes: “Não me segurei, aquilo amoleceu meu coração!”, “Nem sei por que estou lhe dando uma segunda chance...”, “Pegue logo, antes que eu me arrependa!”, “Perdoo, mas não esqueço!” (querendo dizer que a mágoa permanece latente),

Espiões, a fama pela incompetência

No final dos anos 1980 eu trabalhava para uma indústria do setor químico, produtora de revestimento anticorrosivo (tintas industriais). Participei de um encontro de funcionários da empresa em um hotel em Águas de Londóia, interior do Estado de São Paulo. Conversando com um jovem técnico que atuava no departamento de pesquisa e desenvolvimento de produtos, ele me perguntou: “Por que hoje não surgem mais inventores como antigamente?” ― aí citou alguns exemplos de inventos e inventores consagrados tempos atrás.

Naquele exato momento não tive uma resposta satisfatória, e, como sempre me aconteceu em outras ocasiões, aquilo ficou me incomodando, passei a ser mais um entre milhões de pessoas que devem estar fazendo essa pergunta.

A partir daquele questionamento, comecei a observar que megaempresas dos setores eletroeletrônico e automotivo fazem pré-lançamento de seus novos produtos através de matérias jornalísticas (merchandising), anunciando aperfeiçoamentos tecnológicos, descobertas e inventos, mas sempre atribuindo o mérito das criações aos seus laboratórios de pesquisa, ou ao seu quadro de engenharia, nunca destacando possíveis responsáveis diretos pela criação de novos engenhos.

Nos últimos tempos, somente os criadores de alguns produtos de Tecnologia da Informática tiveram seus nomes consagrados como autores dos inventos: Henry Edward Roberts, criador do primeiro microcomputador (PC), Tim Berners-Lee, criador da internet, Mark Zuckerberg, criador do Facebook (junto com alguns colegas menos expressivos), entre outros inventores na área de TI.

Lembrei-me de alguns agentes de espionagem, aqueles que se tornaram famosos enquanto ainda atuavam, os espiões que entraram numa fria, pois, na vida real, espião que vira celebridade demonstra, ao contrário de inventores, incompetência profissional.

Mata Hari (Margaretha Gertruida Zelle): Contratada pelos alemães durante a Primeira Guerra Mundial, foi capturada pelo inimigo e trabalhou como agente duplo, encerrando sua carreira em frente a um pelotão de fuzilamento.

Harold Worden: EUA, espionagem industrial, trabalhou durante 30 anos para Kodak, aposentou-se e criou uma firma de consultoria, empresa de fachada, que na verdade servia apenas para vender informações sobre processos industriais da Kodak. Detido e processado, não se pôde comprovar sua atuação como espião, mas, em 1997, foi julgado e condenado por outros delitos.

Julius e Ethel Rosenberg: EUA, atuaram em período da Guerra Fria (pós-Segunda Guerra Mundial), forneceram aos russos (à União Soviética) segredos militares, informações sobre armas nucleares. Foram presos em 1950 e executados na cadeira elétrica em 1953. [“McCarthyismo  não passou de fascismo em embrião, embora, com a execução do casal Rosenberg, já estivéssemos desgraçadamente próximos do fascismo.” [Norman PollackCounterpunch, em EUA: interpenetração “business”- estado, capital monopolista e industrialismo avançado]

Espião competente termina sua carreira, aposenta-se e curte o resto da vida em paradisíaca ilha caribenha ou polinésia, anônimo.

Emancipação do indivíduo e terceirização de mão de obra e serviços

Nos primeiros momentos da popularização da Rede Mundial de Computadores, a Web, que tem como base a Internet, muito se falava (e ainda se insiste em afirmar) que o emprego formal estaria em extinção, que a tendência seria o empreendedorismo, a implementação de projetos individuais de geração de renda por produtividade, comissão, contrato temporário, consultoria, freelanceretc.; o autoemprego, o indivíduo como agente do seu próprio negócio, autônomo, profissional liberal, nas mais diversas atividades, desde engenheiros e técnicos a torneiros mecânicos, pintores, polidores e tantos outros menos qualificados. Tudo isso baseado no avanço das novas tecnologias da informática e robotização das linhas de produção.

Viver sem patrão, sem a monótona rotina de trabalho sob autoritárias chefias, também sem o caos estressante dos congestionamentos de trânsito ou as filas e superlotação dos transportes coletivos, talvez seja isso que chamam de “emancipação do indivíduo”; entretanto, já podemos observar que essa promessa não passa de um “salve-se quem puder”.

Agentes e subagentes de espionagem sempre puderam ser encontrados em qualquer latitude (elementos estrangeiros titulares de cargos em suas agências, ou terceirizados, subcontratados, como ocorre hoje em dia) e sempre contaram com ajuda de informantes remunerados à base de propina.

O que o fim da História, o fim das ideologias, o fim das religiões, o fim do emprego e até o fim do mundo têm a ver com o aparente recrudescimento da prática de espionagem?

A questão é que tudo isso está relacionado com o declínio do capitalismo e a crise econômica mundial, que revela o fracasso do modelo neoliberal, com a priorização e incremento da prática do rentismo, agiotagem e investimentos especulativos em geral. Tudo isso provocou, em alguns países do chamado Primeiro Mundo, um extremo desequilíbrio nos setores básicos da economia: primário, secundário e terciário.

Nesses países os setores primário (atividades agrícolas, pecuárias e extrativistas) e secundário (indústria de transformação) foram relegados a plano inferior, negligenciados pelos órgãos de planejamento e desenvolvimento, os quais dedicaram todo empenho em estruturar uma sociedade fundada nas atividades econômicas próprias do setor terciário: comércio, educação,saúde, segurança, telecomunicações, turismo, serviços de informática, transporte, limpeza, alimentação, serviços bancários, administrativos etc. 

Vejamos esse depoimento:

Ao contrário do setor manufatureiro, o capital financeiro não necessita de uma população de trabalhadores educados, saudáveis e produtivos. A sua própria “força de trabalho” é composta de uma pequena elite educada de especuladores, analistas, traders e corretores nos níveis de topo e médios e de um pequeno exército de varredores de escritório contratados, secretárias e trabalhadores subalternos na base. Eles têm o seu próprio exército “invisível” de servidores domésticos, cozinheiros, fornecedores de comida, jardineiros e governantes privados de qualquer “Segurança Social”, cobertura de saúde e planos de pensão. E o setor financeiro tem as suas próprias redes de médicos e clínicas, escolas, sistemas de comunicações e mensageiros, propriedades e clubes, agências de segurança e guardas pessoais; ele não necessita um sector público educado e qualificado; e certamente não quer que a riqueza nacional apoie sistemas públicos de alta qualidade em saúde e educação. Ele não tem interesse em apoiar estas instituições públicas de massa que considera como um obstáculo para “libertar” vastas quantias de riqueza pública para a especulação. Por outras palavras, o setor dominante do capital não tem objeções ao “Homeland Security”[Ministério da Segurança Interna]; na verdade partilha muitos sentimentos com os proponentes do estado policial e apoia a contração do estado de bem-estar social. Ele está preocupado é com a redução de impostos sobre o capital financeiro e o aumento dos fundos de salvamento federais para a Wall Street enquanto controla a cidadania empobrecida.” (James Petras, em A Grande Transformação dos EUA: “De Estado-Previdência em Estado-Policial-Imperial”.)

Depois dessa longa digressão nos últimos parágrafos, volto a lembrar a questão da robotizaçãodos meios de produção (“...o monitoramento através da rede mundial de computadores é feito por programas e sistemas robôs”).

[Acabei de receber release do Portal Comunique-se com o seguinte título em destaque: JORNALISMO SEM JORNALISTARobôs já escrevem artigos, revela pesquisa.]

O buraco negro é mais em cima

Enquanto o mundo indigna-se e discute a questão da invasão de privacidade e a sofisticação dos métodos empregados, trava-se, nos EUA, outro debate, talvez o que mais interessa ao povo estadunidense e do qual pode aflorar melhor entendimento sobre o desenrolar dos fatos. Trata-se da análise e contestações sobre a influência e os custos das empresas privadas nos sistemas de segurança nacional, as quais ficam com cerca de 70% dos US$ 52 bilhões do orçamento nacional destinado aos serviços secretos, deixando apenas 30% para cobrir as despesas dos efetivos da administração direta do Estado. A exagerada desproporção torna-se mais evidente quando se observa que o setor privado fornece apenas cerca de 30% do pessoal (os subcontratados), enquanto 70% trabalham sob regime de administração direta.

Oficiais superiores das Forças Armadas dos EUA e civis que ocuparam cargos no primeiro escalão do governo daquele país são hoje diretores executivos de grandes empresas privadas de segurança, formam e realizam fortíssimos lobbies que influenciam congressistas, ministros e governantes, também exercem poder junto a empresas midiáticas (presstitutes, como hoje são camadas), de tal forma que são atendidos em quase tudo que propõem: criação de novas agências e legislações específicas (em alguns casos, inconstitucionais), determinam público alvo e inimigos em potencial, trabalham para a iniciativa privada (bancos, petroleiras, e corporações com interesses diversos) fazendo tráfico de influencia e usando todo o poder que detêm no âmbito do Estado, inclusive informações de inteligência ultrassecreta: “A marinha dos Estados Unidos escolheu, no mês passado [junho/2013], a mesma companhia como parte de um consórcio para trabalhar em outro projeto multimilionário para uma “nova geração de operações de inteligência, vigilância e combate”. A Booz Allen obteve esses contratos de várias formas. Além de seus vínculos com o DNI (Diretor de Inteligência Nacional), se orgulha do fato de metade de seus 25 mil empregados estarem autorizados a acessar informação de inteligência ultrassecreta. Um terço dos 1,4 milhão de pessoas com essa autorização trabalha no setor privado.”

Ainda sobre A Grande Transformação dos EUA: “De Estado-Previdência em Estado-Policial-Imperial, diz James Petras:

“Não houve virtualmente qualquer oposição dos trabalhadores: a conversão gradual dos sindicatos dos EUA em organizações altamente autoritárias dirigidas por “líderes” milionários que se auto-perpetuavam e a redução do número de sindicalizados dos 30% da força de trabalho em 1950 para menos de 11% em 2012 (com mais de 91% dos trabalhadores do setor privado sem qualquer representação sindical) significou que os trabalhadores americanos ficaram com menos poderes para organizar greves a fim de proteger seus empregos, muito menos para aplicar pressão política em defesa de programas públicos e do bem-estar.”

Snowden sempre foi contra investimentos públicos no Sistema de Segurança Social e ardoroso defensor do Sistema de Segurança Nacional.

Em janeiro de 2009 , no site Ars Technica, usando o antigo nome de usuário, “TheTrueHOOHA”, Snowden criticou The New York Times e as suas fontes anônimas por expor uma operação secreta da administração Bush para sabotar as capacidades nucleares iranianas. Tais violações, para ele irritantes, haviam ocorrido "uma e outra e outra vez", reclamou Snowden. The Times, disse ele, era "como Wikileaks" e merecia ir à falência; fontes que vazaram "merda classificada" para o Times deveriam tomar "um tiro nas bolas".

Quando um interlocutor em linha sugeriu que poderia ser "ético " denunciar “intriga do governo", Snowden respondeu enfaticamente: "Violar segurança nacional? Não".

Quanto à Segurança Social, ele disse coisas assim: "Quase todo mundo era antes de 1900 trabalhadores por conta própria".

Em outra troca de sala de bate-papo, Snowden debateu os problemas da Segurança Social fazendo afirmações como estas:

“Economizar dinheiro? Corta essa merda de segurança social.”
“Yeah! Foda-se as pessoas de idade!”
“segurança social é uma treta”
“vamos atirar idosos na rua”
“cheiram engraçado”
“De alguma forma, a nossa sociedade conseguiu existir centenas de anos sem segurança social”
“Malditos retardados”

O que podemos deduzir de tudo isso?

Que a celeuma criada em torno da invasão de privacidade dos cidadãos comuns tornou-se matéria mainstream, corrente em voga para desviar a atenção sobre a verdadeira questão: a desavença entre os que ficam de fora ou comem pelas beiras e os que abocanham as maiores fatias do bolo: os bilhões de dólares destinados ao Sistema de Segurança.

Na Sociedade de Serviços e Estado Policial em que se tornaram os Estados Unidos da América, a terceirização e subcontratação dos postos de trabalho, tanto nos setores privados quanto no setor público, geraram a criação de milhares de micro, pequenas, médias e grandes empresas fornecedoras de mão de obra e serviços. Num ambiente desses, os tubarões se fartam, e os peixes pequenos ou lhes servem de alimento ou sobrevivem em orgia simbiótica.

Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald são heróis ou pop puppets de um puppet government? Eles “estouraram no norte” e brilham no sul.

Colocar Snowden, Assange e Greenwald no mesmo saco de todos os acusados de vazamento de “ciberdocumentos” e denúncias contra o governo e empresas dos Estados Unidos e seus parceiros mais graduados é fazer o jogo do “todos são iguais” ou que “todos têm a mesma intenção”.

Por que a CIA e a NSA não divulgam (deixam vazar) informações detalhadas sobre as atuações de Snowden no período em que colaborou para eles? Certamente isso o desqualificaria da condição de herói. Mas, nesse caso, sobraria para ele a desconfiança geral de que fora obrigado (chantageado) a fazer os tais “vazamentos”, a fim de beneficiar algum grupo em detrimento de outro. Sejam grupos dentro da própria esfera privada (empresa contra empresa) ou entre o setor privado e os quadros da administração direta do Estado.

A única atuação de Snowden como “espião em campo” ocorreu no período como “olheiro” numa universidade. Em vista do silêncio em torno de suas atividades, não sabemos das consequências desse seu “estágio” entre os estudantes: se alguém foi preso, interrogado, perseguido, torturado, desaparecido ou executado. Quaisquer que tenham sido suas tarefas, elas são inconfessáveis. Mesmo assim, virou herói “sem passado”.

E existe quem defenda essa condição:

Snowden, um administrador de sistemas do Centro de Operações de Ameaças da NSA no Havaí, trabalhou para a CIA e para a companhia de serviços de informática Dell antes de se unir à Booz Allen. Mas o papel obscuro que pode ter desempenhado fica branco [!] ao lado do que outros tiveram. (Pratap Chatterjee, da IPS/Envolverde, em “Como a segurança dos EUA ficou a cargo de uma empresa privada.”)


Isso rende muito mais o que pensar do que simplesmente discutir a questão da megaescala de invasão de privacidade. 


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12/03/2014 - Copyleft

Obama ameaça privatizar programa do New Deal; sindicatos contestam

Criado pelo Congresso como parte das iniciativas do New Deal, o Tennessee Valley Authority (TVA) está ameaçado de privatização pela administração Obama.



Pete Souza/TWHJon Queally, do Common Dreams

Na proposta de orçamento de 2014 do presidente Obama, lançada semana passada, está um programa renovado do governo para destruir uma das últimas políticas de sucesso que resultaram do New Deal de Franklin Delano Roosevelt, a mais de 80 anos.
 
Criado pelo Congresso como parte das iniciativas do New Deal de Roosevelt, o Tennessee Valley Authority (TVA) está ameaçado de privatização pela administração Obama. A (em tradução livre) Jurisdição do Vale do Tennessee foi criada em 1933 para controlar enchentes, fornecer energia elétrica e produzir fertilizantes para uma das regiões norte-americanas mais afetadas pela Grande Depressão.
 
De acordo com reportagem do periódico The Hill da última terça-feira, a inclusão de um plano para privatizar o TVA ataca os trabalhadores dos sindicatos empregados pelo Vale. Segundo os trabalhadores, o plano irá lhes custar seus empregos e, ao mesmo tempo, irá destruir uma entidade federal que cumpre sua missão.
 
Do periódico The Hill:
O presidente anunciou sua proposta no plano de orçamento do ano passado, alegando que a administração “pretende levar em conta uma revisão estratégica de opções ao para situação financeira do TVA, incluindo seu possível despojamento.”
 
No orçamento desse ano, a administração disse que “continua a acreditar que diminuindo ou eliminando o papel do governo federal em programas como o TVA, que alcançou seu objetivo, pode ajudar a mitigar o risco aos contribuintes.”
 
Esse trecho foi incluído apesar das vigorosas objeções dos sindicatos, que aprovaram uma resolução na convenção da Federação Americana do Trabalho e Congresso das Organizações Industriais (AFL-CIO) em setembro, exigindo que Washington rejeitasse todos os esforços para privatizar o TVA.
 
Junto com os engenheiros, a Associação Internacional dos Maquinistas (IAM) e a Irmandade internacional dos Eletricistas (IBEW) estão preocupadas com o risco imposto aos seus empregos com a privatização do TVA.
 
“É sempre uma preocupação quando acontece uma transição como essa,” disse Jim Spellane, o porta-voz da IBEW. “O primeiro lugar que eles irão procurar para reduzir custos é no trabalhador.”
 
O TVA foi criado pelo governo federal e continua sendo a maior corporação de planejamento regional federalmente administrada. Mesmo fornecendo eletricidade para 9 milhões de pessoas em 7 estados, o TVA sem fim lucrativos faz isso sem subsídio de contribuintes e com preços abaixo da média nacional.
 
Mesmo com falhas reais do TVA (o manuseio incorreto de tanques de pó de carvão que levou a um vazamento enorme em 2008) em termos de provar a viabilidade e eficiência como energia pública e como corporação de desenvolvimento econômico, conseguiu cumprir sua tarefa de melhorar a vida dos que moram em seu alcance.
 
Como Greg Junemann, presidente da Federação Internacional de Profissionais e Técnicos de Engenharia (IFPTE), disse ao The Hill, a ideia de privatizar não somente é improdutiva como também desafia a lógica.
 
“Atualmente, a Jurisdição do Vale do Tennessee fornece a mais barata e confiável fonte de energia do sul do país,” disse Junemann. “Não há nenhum motivo para fazer isso, a não ser a formação de algum tipo de parceria política que ninguém ainda desvendou.”
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Tradução de Isabela Palhares.


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Leia também...

14/03/2014 - Copyleft

O capitalismo global está destruindo a raça humana

Fora as armas nucleares, o capitalismo é a maior ameaça que a humanidade já enfrentou. Ele levou a ganância a um patamar de força determinante da história.



Paul Craig Roberts (*)
Arquivo
A teoria econômica ensina que os movimentos financeiros a preços e lucros livres garantem que o capitalismo produz o maior bem-estar para o maior número de pessoas. Perdas indicam atividade econômica em que os custos excedem o valor da produção, de modo que investimentos nestas áreas devem ser restritos. Lucros indicam atividades em que o valor de produção excede o custo, que fazem o investimento crescer. Os preços indicam a escassez relativa e o valor das entradas e saídas, servindo assim para organizar a produção mais eficientemente.

(Para ler completo, clique no título)
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De...


...para a PressAA...

Justiça cita “falácia de doer” ao condenar Veja a indenizar ex-ministro já falecido

     

Após quase oito anos, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu, em segunda instância, que o fundador do PT, bancário e ex-ministro da Secretária de Comunicação Social do Governo Federal (Secom), Luiz Gushiken, deve ser indenizado por reportagem publicada na revista Veja. O político, porém, morreu em setembro do ano passado, após enfrentar durante anos batalha contra um câncer. A decisão judicial aconteceu em fevereiro, mas foi divulgada nessa quarta-feira, 11, pelo blog editado por Rodrigo Vianna, repórter da Record.
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Família de Gushiken deve receber indenização
(Imagem: Reprodução)
A sentença assinada pelo desembargador Antonio Vilenilson afirma que o impresso controlado pela Editora Abril abusou da liberdade de imprensa. "Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina".

Em sua página na internet, Vianna comentou que a família deGushiken deve receber R$ 100 mil reais pela indenização. A reportagem publicada na revista em maio de 2006 afirmava que o fundador do PT mantinha conta bancária secreta no exterior. Na mesma edição, o então colunista Diogo Mainardi falou sobre o tema. No entendimento do Judiciário, a Veja errou na ocasião."A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. ".
Em primeiro momento, a justiça avaliou em R$ 10 mil a indenização para Gushiken. O ex-ministro acompanhou o processo, que foi recorrido, mas faleceu antes do resultado da segunda instância. Vianna relatou que amigos próximos contam que o estado de saúde de Gushiken se agravou por causa dos "ataques que sofreu nos últimos anos".
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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Protestos do Altíssimo Comando: "Isso é fraude! Eu não estou nessa! Não sou golpista" --- ARRAES E O SECTARISMO --- Governo X PMDB X PT: quem é que ainda aguenta isso?

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Marcha de reacionários prega o golpe e ressuscita a vivandeira de quartel

Desde sempre os coxinhas detestam a democracia e a igualdade de direitos e oportunidades.

Por Davis Sena Filho


É sempre assim: a direita tem memória curta. Por conveniência e cinismo, é claro. Raramente vence as eleições presidenciais por intermédio do voto. É histórico. E, no decorrer do tempo, apela para a farsa, a manipulação, a mentira, até conseguir causar uma enorme confusão na sociedade, e, inapelavelmente, partir para a violência, o crime político e a ilegalidade constitucional, na forma de golpe, porque o que interessa ao reacionário é desestabilizar a democracia brasileira, que se alicerça no estado democrático de direito garantido pela Constituição de 1988.

Processo similar de desestabilização política aconteceu antes do golpe civil-militar de 1º de abril de 1964 — o Dia da Mentira ou do Mentiroso. E não é que, após 50 anos, ou seja, um tempo de meio século, os herdeiros e viúvas da ditadura, as vivandeiras de quartéis e os novatos de direita, conhecidos também como coxinhas ou rola-bostas, resolvem marcar para o próximo dia 22 de março, em São Paulo (sempre São Paulo!), a reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, acontecida em 1964?

Seria cômica se não fosse trágica e perigosa, porque uma marcha com tal conteúdo tétrico ou sombrio realmente tem de ser denunciada e explicada, primeiramente para Deus, que, certamente, não aprova golpes e o que advém deles, como exílios, torturas e mortes, e depois explicar àquelas pessoas que, porventura, não sabem ou não compreendem como pode acabar uma marcha de conotação política reacionária, conservadora e realizada por grupos que tem profunda rejeição pela democracia e também pela igualdade de oportunidades e de direitos para todos os brasileiros, independente de raça, credo, sexo, ideologia, naturalidade e classe social.

A marcha dos radicais histéricos, dos apopléticos e dos bate-paus de direita, todos aqueles que se sentem bem com as injustiças sociais perpetradas durante séculos por uma das “elites” mais perversas da humanidade e responsável por quase quatro séculos de escravidão. Os "intervencionistas" (metáfora para golpistas) que desejam a volta para o passado de ditadura, que assombra as instituições democráticas e causa repulsa aos brasileiros que acreditam na democracia, forma de governo imperfeita, mas que permite a autodeterminação política dos povos por meio de eleições diretas e do respeito ao jogo democrático.

Contudo, essa gente não tem jeito, recusa-se a aprender, mesmo aqueles que nasceram após o golpe de estado, mas que por índole e instinto possuem uma incrível capacidade para reagir contra tudo aquilo que possa inserir a maioria da sociedade em um processo de bem-estar social. Desrespeitam as instituições republicanas e se insurgem contra os governos populares liderados no passado por Getúlio, Juscelino, Jango e Lula, bem como atualmente fazem uma oposição desleal, de essência golpista, que visa, sobretudo, violar as leis e, por conseguinte, preparar o terreno pré-eleitoral para favorecer os candidatos conservadores, os fundamentalistas de direita e do mercado, que não suportariam ficar mais quatro anos fora do poder federal, pois a direita sabe que, por intermédio do voto, não vai ser autorizada pelo povo para sentar na cadeira da Presidência da República. Ponto!

Os reacionários querem, na verdade, que a roda da história gire para trás. São essencialmente revoltados e ferozes, mesmo os que vivem bem e ganharam muito dinheiro com os governos trabalhistas de Lula e Dilma. São pessoas que têm suas necessidades supridas. São raivosos, exasperados, exaltados e tratam com intolerância os que pensam diferente deles, porque portadores de todo tipo de preconceito, “valores” e “princípios” que aprenderam no decorrer de suas vidas, por meio de grupos sociais dos quais fazem parte, e, evidentemente, através de seus familiares e antepassados.

Por sua vez, todas as pessoas, entidades e governos que eles consideram que possam mexer com seus mundinhos egoístas, tacanhos e, ridiculamente, sectários eles atacam sem dó e piedade. E por quê? Porque o reacionário não quer dividir, democratizar e muito menos permitir que a casta a qual ele pertença ou almeja pertencer possa um dia ter de conviver com as classes sociais que essa gente de caráter demoníaco considera inferior e, consequentemente, sem direito a ter direitos, bem como melhorar um pouco de vida.
O conservador, o coxinha é aquele sujeito que considera normal a injustiça praticada por homens e mulheres com poder econômico e político, que controlam o sistema acadêmico, financeiro e de produção. Por isso, ele acha justo excluir, pois dessa forma, conforme sua cabeça retrógrada e psicótica, vai sempre ter a oportunidade de acumular riquezas e benefícios, sem se importar, de forma alguma, com o preço da dor e da necessidade do restante da sociedade.

Exatamente dessa forma que o reaça funciona. Conheço vários, homens e mulheres, muitos deles pessoalmente educados e até parcimoniosos, mas quando se trata de falar sobre questões políticas e econômicas quando tange à distribuição de renda e aos direitos de cidadania, transformam-se rapidamente, seus olhos saem de suas órbitas, impacientes e intolerantes se tornam, e aquele sujeito de fala mansa e de expressão corporal moderada sai da condição de Dr. Jekyll para a de Mr. Hyde — o Médico e o Monstro. Acontece, incrivelmente, a metamorfose inesperada — imponderada.

Em 1964, grupos retrógrados e reacionários integrantes de partidos, da ala da Igreja Católica conservadora, instituições públicas e privadas, além da classe média tradicional, realizaram a “marcha dos que querem tudo para eles e nada para os outros”. Porque, se pararmos para pensar, a direita se importa mesmo é com o acúmulo de dinheiro e de patrimônio. Ponto! Por isso que é tão fácil para ela se mobilizar, porque sua essência não é social e muito menos voltada ao debate sobre as questões de um país. A direita é prática e pragmática, porque só tem responsabilidade consigo e não com a sociedade.

À direita basta o poder de compra do dinheiro, no que concerne a acumulá-lo, aumentá-lo e a possuir bens materiais e patrimoniais. Por isto e por causa disto é muito difícil vencê-la, pois o direitista se agrega com facilidade, além de ter caráter bastante agressivo, porém, de pensamento simplório e filosoficamente simples. Não é fácil enfrentar a direita, porque ela controla as empresas e as terras, além de ser proprietária de um canhão midiático que propaga seus interesses ao tempo que combate, sem trégua, todo político ou cidadão, instituição e até mesmo empresa que, porventura, não leia por sua cartilha.

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade é uma excrescência histórica e que vai ser relembrada e reeditada no dia 22, na Praça da República e seu trajeto termina na Catedral da Sé. Termina apenas seu trajeto, mas, na memória de milhões de brasileiros, tal itinerário da caminhada draconiana, vampiresca durou o tempo de 21 anos, quando, enfim, foi inaugurada a Nova República, com a ascensão e morte de Tancredo Neves e a posse de José Sarney assegurada pelo deputado e presidente da Câmara e da Constituínte, deputado Ulysses Guimarães.   

A marcha de direita e da direita é moralista e, como a do passado, se edifica em um moralismo tirânico e sem sentido; e, o pior, em nome da democracia e, de forma genérica, “contra a corrupção”. E deu no que deu: fechamento do Congresso Nacional e extinção de partidos políticos, censura da imprensa, demissões, aposentadorias forçadas, perseguições a empresários e servidores públicos que não apoiaram o golpe de estado, prisões sem mandados, exílios, torturas e assassinatos. Tudo em nome da família, de Deus  e, pasmem: da liberdade!

Estou acostumado a ler mensagens que me enviam a afirmarem que os governos populares e democráticos de Lula e Dilma são ditaduras. Um absurdo. Esse pessoal não sabe o que é uma ditadura. Pelo menos parte dele, que nasceu após 1964 e, obviamente, por ser nova não percebia com exatidão o que acontecia no Brasil. A outra parte dessa gente sabe o que é uma ditadura e apenas diz que os governos do PT são ditaduras por má-fé, porque, na verdade, algumas dessas pessoas são favoráveis a um regime de força e digo até que têm perfis fascistas, até porque neste mundo há gosto para tudo, inclusive ser um direitista mentiroso e que age com má-fé intelectual e política.

Sem sombra de dúvida é uma evidência que essas pessoas que vão marchar em nome da família, de Deus e pela liberdade, de forma totalmente equivocada e perversa, querem mesmo é que se repita no Brasil o golpe civil-militar de 1964. Muitos dos organizadores dessa marcha ou simplesmente os que a apoiam falam em “intervenção militar”, e, na maior desfaçatez, tentam explicar o inexplicável, justificar o injustificável e defender o indefensável de que a intervenção de militares não é golpe.

Se essas pessoas golpistas e direitistas tivessem que pintar suas caras de paus com verniz, certamente faltaria o produto no comércio, porque são milhares e milhares de pessoas e por isso não daria tempo para a indústria fabricar verniz para atender tal demanda. Todavia, milhões de brasileiros votam na esquerda, mesmo se a maioria nem saiba o que significa ser de direita ou de esquerda. Porém, o cidadão médio ou pobre deste País sabe que sua vida mudou e para melhor, bem como tem a compreensão que os responsáveis pelas melhorias foram os governos populares de Lula e Dilma Rousseff. Ponto!

O reacionário, além de cúmplice, é submisso às ditaduras e odeia a pessoa que não se submete ou discorda ou questiona o regime de força e, por seu turno, antidemocrático. São os coxinhas, os novatos, por instinto, e os veteranos, por nostalgia, que emergem do pântano de um passado recente que deixou como herança a violência, a censura e a perseguição àqueles que ousaram discordar de uma ditadura corrupta, sanguinária, que controlava, inclusive, o Poder Judiciário — o Supremo Tribunal Federal, que apenas ratificava o que os generais decidiam.

Entretanto, com o passar do tempo e a consolidação da democracia brasileira, a direita partidária perdeu espaço e foi derrotada três vezes em eleições presidenciais. É de mais para os reacionários; e por causa disso partidos conservadores e de oposição, a exemplo do PSDB, do DEM e do PPS, dentre outros, têm contado com o apoio incondicional da imprensa de negócios privados controlada por meia dúzia de magnatas bilionários, que tentam pautar a vida brasileira, bem como influenciar nas eleições presidenciais desde quando Lula foi derrotado por Collor em 1989, além de, evidentemente, terem apoiado e se beneficiado do golpe de 1964.

Porém, o que mais chama a atenção dos “marchadores” do dia 22 de março, em São Paulo (Sempre São Paulo!), é a irresistível vontade dessa gente de reescrever a história, a vocação cretina, manipulada e dissimulada para o revisionismo barato, pois “acreditam” que a ditadura civil-militar foi um processo “democrático” cujo propósito era salvar a democracia dos comunistas e sindicalistas "comedores de criancinhas" quando a verdade é que o golpe ilegal, inconstitucional e criminoso foi um movimento orquestrado pela direita empresarial e militar brasileira apoiada pela CIA do governo de John Fitzgerald Kennedy.

Calaram o Brasil à força. Mataram, roubaram e censuram a divulgação dos crimes. Arrebentaram com a ordem constitucional e para isso rasgaram a Constituição por intermédio de atos discricionários como o foram os atos institucionais e a Lei de Segurança Nacional (LSN) imposta a todos os brasileiros para que se calassem, não se movessem e não reagissem a um regime pária e que não tinha a autorização da grande maioria do povo brasileiro para vicejar e existir. Tanto que acabou derrotado e desmoralizado por si próprio, em 1984, com as Diretas Já! e a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, no ano seguinte.

A Marcha da Família com Deus e pela Liberdade é uma farsa e uma chacota sem graça organizada por pessoas que não conseguem viver dentro da legalidade democrática e muito menos conviver com a diferença e a pluralidade social e cultural. São pequenos mussolinis travestidos de democratas, mas que pedem pela intervenção militar. A marcha é a tentativa de um estupro na democracia, realizado por pessoas de má-fé política, alienados e analfabetos políticos e por direitistas que sabem o que querem: a volta da ditadura e o fim do estado democrático de direito garantido pela Constituição de 1988. A marcha dos reacionários prega o golpe e ressuscita as vivandeiras de quartéis. É isso aí.

Leia outras matérias no  Blog Palavra Livre


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ARRAES E O SECTARISMO

Avô e mestre de Eduardo Campos condenava políticos progressistas que não viam interesses maiores

O Brasil não aguenta mais
Marcelo Zero (*)
Um conhecido pré-candidato teria afirmado recentemente que “o Brasil não aguenta mais 4 anos de Dilma”. O candidato anda meio confuso. Além da confusão gramatical entre presente e futuro, o candidato parece estar confundindo o apoio que tem de cerca de 9% da opinião pública com a opinião de todo o país, a qual, segundo as últimas pesquisas, apoia majoritariamente (55%) a gestão pessoal da presidenta.
Assim, “o Brasil” da frase, sem dúvida uma licença poética e política, uma sinédoque recorrente no discurso oposicionista brasileiro, poderia ser melhor traduzido para “uma minoria”. A frase, gramatical, política e matematicamente correta, seria, então, “parte minoritária da opinião pública brasileira não aguentaria mais 4 anos de governo Dilma”.
Mas as minorias têm as suas razões. Podem não ser lá muito boas, mas elas existem. Com algum esforço, podemos até imaginá-las.
É possível, por exemplo, que “o Brasil” não aguente mais esse negócio de ficar gerando tantos empregos com carteira assinada, em meio à pior crise internacional desde 1929. Com efeito, foram criados mais de 21,5 milhões de empregos desde que o PT chegou ao poder. Só no governo Dilma, foram gerados cerca 4,5 milhões de empregos, até janeiro deste ano. É por isso que a nossa taxa de desemprego está no mais baixo nível de toda a sua história (4,8 %). “O Brasil” do candidato talvez prefira, no entanto, a situação de países como Portugal, Grécia, Itália e muitos outros que hoje convivem com taxas de desocupação estratosféricas. Ou então “o Brasil” talvez sinta saudades da situação de desemprego e precariedade que predominava na época em que o país era comandado pelos principais aliados políticos do candidato.
Também é possível que “o Brasil” não suporte mais o aumento inaudito da renda do trabalho. Com Dilma, a renda dos trabalhadores cresceu, em média, 3% acima da inflação, a cada ano, mesmo no contexto de uma crise internacional que provoca diminuição significativa dos salários reais em muitos países do mundo. Portanto, em somente 3 anos, Dilma, a que “ninguém mais aguenta”, segundo o candidato, aumentou a renda dos trabalhadores em 9,3% acima da inflação. Hoje, o salário mínimo é de R$ 724,00, ou mais de US$ 300,00. No entanto, “o Brasil” do candidato provavelmente considere mais “suportável” a época em que a renda dos trabalhadores encolhia em mais de 7% ao ano e o grande sonho era o salário mínimo de US$ 100,00.
Pelos mesmos misteriosos motivos, “o Brasil” do candidato possivelmente considere que “ninguém aguenta mais” esse processo esquisito, tão ao contrário da nossa histórica tradição, de distribuição célere da renda e de combate sólido à pobreza. Trinta e seis milhões de brasileiros já deixaram a pobreza extrema, desde que os “insuportáveis” do PT chegaram ao governo. Neste ano, graças à busca ativa implantada pela presidenta que “ninguém mais aguenta”, serão incluídas as últimas 700 mil famílias que estavam fora do cadastro dos programas sociais e, com isso, o Brasil será considerado um país livre da miséria, conforme os critérios do Banco Mundial. No mesmo período, mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à classe média, injetando R$ 1 trilhão ao ano na economia e dinamizando o mercado de consumo interno. Assim, nosso índice de Gini caiu de cerca de 0,600, em 2002, para quase 0,500, em 2012.
Trata-se de uma verdadeira revolução social, algo profundamente novo, num país que estava acostumado à “mofada” situação de exclusão e de profundas desigualdades. Porém, há setores políticos que não gostam muito disso. Talvez eles se identifiquem mais com “o Brasil” do candidato.
Com alta probabilidade, “o Brasil” do candidato não se identifica com os grandes e recentes progressos feitos na Educação e Saúde, por iniciativa da presidenta que ‘ninguém mais aguenta”.
A duplicação do número de matrículas nas universidades, o crescente acesso dos mais pobres ao ensino superior, a geração de 5,8 milhões vagas para ensino profissionalizante pelo PRONATEC, o envio de dezenas de milhares de jovens brasileiros para estudar nas melhores universidades do mundo com o Ciência Sem Fronteiras, o vasto e inédito programa de implantação de creches e pré-escolas e a construção de mais unidades de ensino técnico que em toda a história anterior do país não parecem comover “o Brasil” do candidato.
Comove menos ainda, aparentemente, o Programa Mais Médicos, o qual, conforme a opinião de alguns que se identificam com “o Brasil” do candidato, utiliza os serviços da OPAS/ONU, notórias agências de intermediação de mão-de-obra escrava.  
Da mesma forma, não sensibiliza “o Brasil” do candidato o fato da ONU considerar o Brasil, sob a liderança da presidenta que "ninguém mais aguenta”, o país que mais contribui para a redução das emissões dos gases do efeito-estufa. Prefere-se a mofada tese da insensibilidade ambiental da presidenta.
Enfim, “o Brasil” do candidato parecer preferir o tempo mofadíssimo dos vestibulares, do ensino elitizado, dos postos de saúde sem médicos e dos desmatamentos sem controle. Talvez “o Brasil” do candidato também sinta falta dos jurássicos empréstimos do FMI, da dívida pública líquida de mais de 60%, da inflação de 12,5%, da vulnerabilidade externa e de outras coisas que a presidenta “que o Brasil não aguenta mais” contribuiu muito para extinguir.
Tudo isso nos deixa intrigados. Não conseguimos identificar, com precisão, quais os interesses que movem “o Brasil” do candidato. Eles não parecem ser consentâneos com uma identidade política socialista.
Nessas horas de crise de identidade e confusão, o melhor é recorrer aos frescos e atuais conselhos dos antigos. Podemos lembrar, em especial, o grande Miguel Arraes, o qual, em seu discurso de posse como governador de Pernambuco, em janeiro de 1963, afirmou para a posteridade:
“No Brasil de hoje, como em qualquer outro país em atraso, as lutas sectárias têm de ser evitadas; no processo da revolução brasileira devem participar todos aqueles realmente interessados na superação da miséria e do atraso”.
Definitivamente, “o Brasil” do candidato parece ter se esquecido dos bons conselhos que nos davam os avôs. Será que o Brasil aguenta?

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dilma ok ok Governo X PMDB X PT: quem é que ainda aguenta isso?
Vamos falar bem a verdade: ninguém aguenta mais este interminável arranca-rabo entre o governo Dilma e os dois maiores partidos da base aliada em torno da troca de ministros e da formação dos palanques estaduais. Desde o final do ano passado, não há outro assunto em Brasília a não ser este varejão da política que consome todo o tempo do governo e dos partidos em reuniões que não decidem nada e só servem para marcar novas reuniões.
E tudo isso apenas por causa dos seis minutos que o PMDB tem na propaganda eleitoral ou alguém imagina que as divergências se devem à discussão de um projeto para o país visando os próximos quatro anos, caso a atual aliança seja reeleita? Ou alguém vai votar em Dilma porque ela tem o apoio do PMDB e Michel Temer como vice?
É tudo um grande teatro da política do absurdo que até agora só serviu para trazer ao palco principal uma figura menor do pior fisiologismo, o deputado Eduardo Cunha, do PMDB carioca, que faz ameaças e fala como se fosse líder da oposição, mas não larga os ossos que tem no governo _ ao contrário, quer mais.
Como o PMDB não é um só partido, mas vários _ o do Sarney, o do Renan, o da bancada do Senado, o da bancada da Câmara e o dos "independentes" que só jogam contra _ a presidente da República é obrigada a falar com um por um separadamente, consumindo com a administração de picuinhas partidárias a agenda que deveria ser dedicada aos graves problemas que o país enfrenta em diferentes áreas.
Ainda não consegui descobrir onde Dilma quer chegar com a embromação desta reforma ministerial que se arrasta há meses, só dando munição para os candidatos da oposição e aos setores do empresariado cada vez mais contrariados com a presidente.
O melhor sintoma de que as coisas não vão bem, e falta um norte para o governo neste momento, é que de uns tempos para cá ninguém mais quer falar nem em off, ninguém atende às ligações no Palácio do Planalto, nem dá retorno. Cada um que escreva o que quiser porque o governo, tão cheio de certezas, não tem explicações a dar sobre o que está acontecendo.
Não dá para entender este comportamento defensivo do governo, enquanto as pesquisas lhe são amplamente favoráveis e a oposição continua se arrastando, mais preocupada em atacar Dilma do que em se apresentar ao eleitorado com propostas para o país.
Já estamos no terceiro mês de 2014, e até agora o Congresso não discutiu nem aprovou nenhum projeto importante para o país, não há sinal de qualquer mudança na condução da política econômica, que não vai bem das pernas, o norte do país se afoga nas águas e o sul corre risco sério de ter racionamento de água e de luz por causa da seca, a violência corre solta e novas greves ameaçam serviços públicos básicos.
Está na hora de virar o disco e cuidar do que realmente importa, pois ninguém suporta mais esta distância entre as reuniões sem fim de Brasília para administrar o presidencialismo de coalizão, que está com o prazo de validade vencido, e os grandes desafios do país real.
Afinal, faz alguma diferença para o caro leitor/eleitor saber quantos ministérios tem o PMDB ou o PT, e em quantos Estados os dois partidos estarão aliados nas eleições estaduais?
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Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?

16.03.2014
 
Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?. 19983.jpeg
Fernando Soares Campos
Assim como se faz arte pela arte, e adquire-se conhecimento pelo conhecimento, e acumula-se fortuna pela fortuna, hoje se busca, cada vez com maior empenho e aperfeiçoamento, o poder pelo poder, e pratica-se o terror pelo terror, e declara-se a guerra pela guerra.
A espionagem passou a ter um fim em si mesma, e as agências de inteligência tornaram-se empresas altamente rentáveis, cujos produtos, mão de obra e serviços são ofertados para atender à demanda gerada pelo terrorismo de estado e às guerras autotélicas.
Os "vazamentos" feitos por Edward Snowden, "ex-funcionário" subcontratado da CIA através de empresa de terceirização de mão de obra e serviços, a Booz Allen Hamilton, não alteram a imagem que temos dos seus antigos contratantes, pois já faz muito tempo que soubemos que eram o que são: colonialistas, escravagistas, exploradores, aventureiros, corruptores, armamentistas, belicistas e imperialistas - hoje até podemos admitir mais uma degradante qualificação: terroristas.
(Para ler completo, clique no título)
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Intensifica-se o controle da Internet : Apartheid no Facebook: “pague, ou desapareça” --- Snowden e seu grupo querem oferecer seus serviços --- Tim Berners-Lee: Por uma Constituição Mundial para a Internet

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De...
Boletim de Atualização - Nº 370 - 20/3/2014
...para a PressAA...

Apartheid no Facebook: “pague, ou desapareça”

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Em silêncio, proprietários da plataforma reduzem drasticamente difusão não-paga de conteúdos, instituindo discriminação financeira e afetando movimentos e jornalismo independente
Por Renan Dissenha Fagundes, no YouPix
Dezembro de 2013 será lembrado no futuro como o Começo do Fim do Almoço Grátis no Facebook. Foi no último mês do ano passado que a rede social fez a atualização mais recente no algoritmo que decide o que você vê no newsfeed. Pouco antes, em outubro e novembro, era tudo bonança. De lá pra cá, o alcance orgânico de páginas está despencando, muito. E, se não está indo para zero, caminha para algo bem próximo.
Uma fonte disse ao site ValleyWag nesta quarta-feira (19) que o Facebook está em processo de cortar o alcance orgânico — o que uma página atinge sem pagar — para algo em torno de 1% ou 2% (!!!). O que quer dizer: alguém que tem 100 mil likes, vai se comunicar ~organicamente~ apenas com algo em torno de mil e 2 mil fãs. O número aumenta, claro, quanto maior o engajamento, mas isso também já não é na mesma proporção de antes.
Por enquanto quem tem mais sentido a mudanças são os publicitários. No começo do mês, a Social@Ogilvy publicou um estudo feito com 100 páginas de marcas mostrando a devastação dos alcances — a média está em 6%, mas quem tem mais de 500 mil likes já está na casa dos 2%, como talvez seja previsto para todos pela rede social. Segundo o mesmo post, “fontes do Facebook estão aconselhando não-oficialmente gerentes de comunidades a esperarem que [o alcance orgânico] chegue perto de zero”.
O que preocupa é como as mudanças vão afetar outros tipos de páginas — sejam pequenos negócios, blogs, associações de moradores, ou veículos jornalísticos. Porque a solução para isso tudo, claro, é pagar. E marcas podem até ter dinheiro para isso [grandes empresas de mídia também] mas a maior parte das pessoas, não. A situação é notoriamente preocupante na mídia porque a audiência de muitos sites hoje depende da rede social.Em breve, você pode nem estar lendo este post simplesmente porque ele não apareceu no seu feed de notícias — por uma decisão arbitrária e talvez até aleatória do Facebook, mesmo que você tenha curtido a página do youPIX e o tema te interesse. A rede social vem dizendo que vai dar mais validade para conteúdo de relevância, mas não é claro como vai decidir isso e escolher parceiros [o Buzzfeed americano é um há tempos já].
Simplesmente não é saudável para a internet todo mundo ser tão dependente assim de um único site que, no fim, é também um negócio e precisa dar um jeito de ganhar dinheiro.
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Nota do Editor-Assaz-Atroz-Chefe:

Existe um plano para afastar da internet a militância anticapitalista, os denominados esquerdistas, anti-imperialistas. A essa altura dos acontecimentos, com toda a humanidade hoje tendo a possibilidade de intercambiar informações usando um computador conectado à internet, tornando qualquer pessoa capaz de montar sua mídia informativa, através de blogs, sites, portais, tudo com recursos áudio-visuais, além de poder divulgar seu trabalho através de listas e redes de e-mail e redes sociais, nada mais apropriado do que disseminar todas essas informações sobre espionagem. Isso afastaria das redes, ou inibiria, os verdadeiros fomentadores da contradesinformação, deixando os espaços livres para os alienados, os matrixiados, os idiotizados, os exibicionistas e (por que não?) os ciberterroristas

O sensacionalismo em torno da questão dos “vazamentos” feitos por Wikileaks e Edward Snowden tem exatamente esse objetivo: dar continuidade ao projeto de vender tudo na Internet, todos os espaços, todas as mídias, todos os recursos e proteção contra invasores.

Quando Snowden, já na Rússia, propôs um debate para se discutir o que fazer diante da questão da espionagem (ele prefere usar o termo “monitoramento”) e invasão de privacidade, analisei suas sugestões e escrevi o artigo “Snowden, a bomba!” [abaixo, link e e chamada para leitura], publicação reproduzida em diversos sites, inclusive páginas interessadas no debate sobre a questão do uso pacífico da energia nuclear, sobre o que faço uma analogia com a proposta de Snowden no âmbito das tecnologias de informática:

“Observemos que Snowden fundamenta sua sugestão de "garantir que nossas leis e valores limitem os programas de monitoramento" no fato de que o mundo teria, segundo ele, aprendido "muito" sobre a "operação das agências de inteligência" e sobre os "programas de monitoramento". Portanto, a garantia (legal e moral) que ele sugere PARECE visar tão-somente limitar a forma como alguém opera (aplica) os "programas de monitoramento". Mas só parece.

“É como se continuássemos debatendo sobre o emprego pacífico ou para fins bélicos da energia nuclear, visando apenas o poder destruidor da bomba nuclear. Leis (normas) que impedem o uso de bomba nuclear são elaboradas sob acordo entre partes conflitantes, e os argumentos se fundamentam em  valores  essencialmente "afetivos" (desumanidade, monstruosidade, covardia... os quais reforçam a defesa de direitos à democracia e liberdade; tudo expressando conceitos subjetivos).”

Agora, Snowden participa de videoconferência organizada e moderada por seu assessor legal nos EUA, Bem Wizner, diretor do projeto ACLU “Speech, Privacy & Technology”, o qual anunciou: “Existem coisas no nível tecnológico que podemos fazer e que não vão requerer que esperemos por legislaturas deficientes que consertem o problema por nós?”. Isso não comprova que eles deixaram de lado as argumentações débeis sobre a legislação, mas o evento revela o quanto estão interessados em “vender proteção” [reprodução do artigo sobre o evento logo abaixo].


Nesta mesma semana, Tim Berners-Lee, criador da internet, apelou aos cidadãos que “lutem por manter a World Wide Web ‘aberta e neutra’, por meio da aprovação de uma espécie de Constituição universal que salvaguarde os direitos de todos os utilizadores.[artigo completo reproduzido logo abaixo].

Fernando Soares Campos
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13/03/2014 - Copyleft

Em sua primeira aparição ao vivo desde as delações, Snowden faz um "chamado às armas"

Snowden escolhe conferência sobre tecnologia para encorajar "inovadores, fabricantes, hackers, nerds" a construir um sistema mais seguro.


sxswLauren McCauley, do Common Dreams
Edward Snowden fez sua primeira aparição ao vivo, em vídeoconferência, desde suas revelações que chocaram o mundo sobre o esquema de vigilância norte-americano. O ex-analista de computação da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) falou diante do público na conferência de tecnologia, música e filmes South by Southwest (SXSW) na cidade de Austin, no Texas, nesta segunda-feira (10/03).

Por livestream fornecido pelo Texas Tribuneo mundo pode testemunhar a conversa entre Snowden e Christopher Soghoian, principal especialista em tecnologia da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), ONG norte-americana que busca garantir aos cidadãos seus direitos e liberdades individuais garantidos pelas leis e Constituição dos Estados Unidos. A conversa se focou, especificamente, no impacto da vasta operação da NSA sobre redes de informação da comunidade tecnológica e em como os usuários podem se proteger da vigilância em massa.

De acordo com a programação do evento, a plataforma serve para “encorajar os empreendedores, inovadores, fabricantes, hackers, nerds, fundadores, investidores e pensadores que estejam assistindo à videoconferência do SXSW para construir sistemas mais eficientes na proteção da privacidade do usuário”.
A conversa teve a moderação de Bem Wizner, assessor legal de Snowden e diretor da projeto da ACLU “Speech, Privacy & Technology”.

Numa entrevista publicada no domingo (9) na Revista Forbes, Wizner contou à jornalista Kashmir Hill que Snowden escolheu a conferência SXSW para “se reintroduzir”, especialmente na comunidade de pessoas que estão interessadas – e que potencialmente podem ter a solução – no modo como a segurança foi comprometida pelas agências de inteligência.

“A comunidade tecnológica, especialmente pessoas preocupadas com a segurança, está mais radicalizada depois das revelações [de Snowden]. Elas agora veem que seus sistemas de segurança precisam incluir a NSA como adversária se querem proteger seus sistemas”, disse Wizner. “Nós esperamos que aqui nós poderíamos ter uma conversa mais elevada do ponto de vista tecnológico [de debates com relação à vigilância da NSA]. O que a comunidade tecnológica precisa saber? Como eles deveriam responder? É uma causa perdida ou não? Existem coisas no nível tecnológico que podemos fazer e que não vão requerer que esperemos por legislaturas deficientes que consertem o problema por nós?”

“Eu penso que essa é uma comunidade que dará boas-vindas à chance de conversar com Ed Snowden”, continuou Wizner. “Ed ainda pode dar entrevista para Oprah um dia caso ele queira. Mas nós não estamos aqui para falar de sua vida pessoal, ou o que ele faz no dia-a-dia, ou o que qualquer rede jornalística iria perguntar. Nós estamos aqui para falar dos problemas. É um chamado à luta”.

À frente na discussão, a ACLU lançou uma petição online convocando o presidente Obama a conceder a Snowden “imunidade plena pelos seus atos patrióticos”.
“Quando Snowden denunciou a NSA, ele por conta própria reacendeu o debate global sobre vigilância governamental e os nossos direitos mais fundamentais como indivíduos”, diz a declaração anexada à petição, que na manhã de segunda já havia atingido a marca de 44.582 assinaturas. 
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Tradução de Natália Natarelli
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De...

Boletim de Atualização - Nº 368 - 16/3/2014

...para a PressAA...

Por uma Constituição Mundial para a Internet

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Na semana do 25º aniversário da www, seu criador sustenta: rede sofre múltiplas ameaças; só mobilização da sociedade pode defendê-la
Por Jemima KissThe Guardian | Tradução Cauê Seignermartin Ameni
Mais do que simplesmente assinalar um aniversário, o homem que tornou possível a criação de páginas na Internet e a navegação entre elas da forma como a conhecemos hoje – o britânico Tim Berners-Lee – quis aproveitar a atenção do mundo nesta terça-feira [11/3] para apelar aos cidadãos que lutem por manter a World Wide Web “aberta e neutra”, por meio da aprovação de uma espécie de Constituição universal que salvaguarde os direitos de todos os utilizadores.
“Precisamos de uma Constituição universal, de uma carta de direitos”, disse Berners-Lee ao jornal The Guardian, no dia em que se assinala o 25.º aniversário do acontecimento que é geralmente associado à invenção da World Wide Web – quando o britânico enviou aos seus colegas do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN, na sigla original) um documento com um título nada apelativo e pouco antecipador: Gestão de Informação – Uma Proposta.
Um quarto de século depois, as revelações sobre os programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana – além da concentração cada vez maior de informações pessoais nos servidores de gigantes como a Google ou a Microsoft – levaram Tim Berners-Lee a alertar para os perigos da distorção da sua ideia inicial de uma Internet “aberta e neutra”.
“A não ser que tenhamos uma Internet aberta, neutra, em que possamos confiar sem nos preocuparmos com o que está acontecendo por trás do pano, não podemos ter um sistema de governança aberto, uma boa democracia, um bom sistema de saúde, comunidades interligadas e diversidade cultural”, afirma Berners-Lee. E para quem pensa que o britânico ainda vive no final da década de 1980, com uma proposta que beira a ingenuidade, a sua resposta não podia ser mais desafiadora: “Não é ingênuo acreditarmos que isso é possível; o que é ingênuo é pensarmos que isso nos vai cair no colo.”
A ideia de uma Constituição universal dos direitos dos utilizadores da Internet – que se integra na iniciativa Web We Want (A Web que queremos) – surge da constatação de que os direitos de quem acessa e troca informação através da Internet estão cada vez mais ameaçados.
“Os nossos direitos são cada vez mais violados, por todos os lados, e o perigo é que nos habituemos a isso. Por isso, quero aproveitar o 25º aniversário [da World Wide Web] para voltarmos a assumir o controle da Web, e para definirmos a rede que queremos para os próximos 25 anos”, diz Berners-Lee.
Quase um ano depois das primeiras revelações feitas a partir dos documentos obtidos pelo analista de informações norte-americano Edward Snowden (as primeiras notícias, nossites do The Washington Post e do The Guardian, foram publicadas a 6 de Junho de 2013), o criador da World Wide Web volta a dizer que já é tempo de os Estados Unidos perderem parte do enorme controle que detêm através da Internet Assigned Numbers Authority (IANA, a maior autoridade na atribuição de endereços IP, localizada no estado da Califórnia).
“Os EUA não podem ter uma posição global na gestão de uma coisa que é tão não-nacional. Os tempos atuais são propícios a essa separação, mas devemos manter uma abordagem inclusiva, uma abordagem em que governos e empresas possam ser controlados de alguma forma”, defende Tim Berners-Lee.
O maior desafio, destaca, é a aparente apatia da população, apesar das revelações dos últimos meses sobre os programas das agências de espionagem e da informação cada vez mais acessível sobre as práticas das empresas de tecnologia da informação.
O mais importante é fazer com que as pessoas lutem pela Web e que consigam perceber o mal que resultaria de uma rede fraturada. Como qualquer outro sistema humano, a rede precisa de ser policiada e, é óbvio, precisamos de ter leis nacionais, mas não devemos transformar a Web numa série de silos nacionais” – daí ser necessário desenhar uma Constituição universal, defende o britânico.
Ao participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o criador da Worls Wide Web digitou as palavras this is for everyone [“é para todo mundo”] num computador, no centro do estádio. Ele mantém-se firmemente ligado aos princípios de abertura, inclusão e democracia, desde que inventou a web em 1989, optando por não comercializar o modelo. Para Berners-Lee, a ideia de os cidadãos recuperarem um pouco do controle da Internet é realista. Além disso, a sensação de que a submissão da rede a governos e empresas é inevitável não deve prevalecer. “Isso não vai acontecer enquanto não nos arrancarem os teclados dos nossos dedos frios e mortos”, diz .
Uma web livre para todos
Menino que cresceu no sudoeste de Londres, Tim Berners-Lee foi um usuário de trem, o que despertou seu interesse em modelos ferroviários e, depois, pela eletrônica. Mas os computadores já eram conceitos familiares em sua casa. Seus pais trabalharam na criação do primeiro computador construído para fins comerciais no mundo, o Ferranti Mk1.
Berners-Lee formou-se em Física na Universidade de Oxford e trabalhou em seguida com engenharia. Mas foi no CERN, Organização Europeia para Pesquisa Nuclear, em Genebra, que ele embarcou nos projetos que levariam à criação da world wide web.
Seu objetivo era permitir que os pesquisadores do mundo todo compartilhassem seus documentos, o que foi julgado como “vago mas interessante” por um gerente do CERN.
Ele combinou a tecnologia existente — como a internet e o hipertexto — para produzir um imento sistema de armazenamento de documentos interligados. Berners-Lee chamou a novidade de world wide web, embora seus colaboradores francófonos achassem difícil de pronunciar.
A internet foi aberta a novos usuários pela primeira vez em 1991, e em 1992 foi o primeiro navegador foi criado para buscar e selecionar os milhões de documentos já então existentes.
Embora a web tenha sido espaço para a criação e perda de inúmeras fortunas incontáveis, Berners-Lee e sua equipe garantiram o uso livre da rede, para todos os interessados.
Berners-Lee colabora hoje com várias organizações empenhadas em garantir que a web continue acessível a todos e que o conceito de neutralidade de rede seja respeitado pelos governos e corporações.

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Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?

16.03.2014
Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?. 19983.jpeg
Fernando Soares Campos
Assim como se faz arte pela arte, e adquire-se conhecimento pelo conhecimento, e acumula-se fortuna pela fortuna, hoje se busca, cada vez com maior empenho e aperfeiçoamento, o poder pelo poder, e pratica-se o terror pelo terror, e declara-se a guerra pela guerra.
A espionagem passou a ter um fim em si mesma, e as agências de inteligência tornaram-se empresas altamente rentáveis, cujos produtos, mão de obra e serviços são ofertados para atender à demanda gerada pelo terrorismo de estado e às guerras autotélicas.
(re)Leia também...

Snowden! A bomba

14.11.2013
Snowden! A bomba. 19198.jpeg
Edward Snowden, ex-agente terceirizado da CIA, em pequeno artigo publicado pela revista Der Spiegel, sob o título "Manifesto pela Verdade", afirma: "Em um curto espaço de tempo, o mundo aprendeu muito sobre a operação das agências de inteligência e sobre os programas de monitoramento muitas vezes ilegais."
Fernando Soares Campos
Edward Snowden, ex-agente terceirizado da CIA, em pequeno artigo publicado pela revista Der Spiegel, sob o título "Manifesto pela Verdade", afirma: "Em um curto espaço de tempo, o mundo aprendeu muito sobre a operação das agências de inteligência e sobre os programas de monitoramento muitas vezes ilegais."
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EEUU: Inteligencia actúa como el peor enemigo del país


USA - Politics - CIA Headquarters  in Langley
La comunidad de inteligencia de Estados Unidos actúa como el peor enemigo del país, porque su accionar daña intereses nacionales claves, señala hoy un artículo de opinión publicado en el diario The Washington Post.
La CIA y entidades similares operan bajo la compulsión de obtener la mayor cantidad de información posible, algo necesario para contrarrestar las amenazas del adversario, pero a la vez ejercen su poder mucho más allá de las atribuciones legales, añade el texto firmado por la periodista Ruth Marcus.
Los servicios de espionaje tuvieron un fuerte tropiezo y están hoy asediados “gracias al legado sórdido del programa de interrogatorios mejorados de la CIA, y las actividades de vigilancia masiva de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA)”, agrega el texto.
La articulista señala el escándalo que salió a la luz esta semana, después que la senadora demócrata Dianne Feinstein, presidenta del Comité de Inteligencia del Senado, acusó a la CIA de espiar las computadoras de los legisladores, mentir y robar para bloquear un informe sobre las cárceles y los métodos de tortura de ese organismo.
Marcus añade que el golpe de gracia que dio la agencia fue enviar un reporte al Departamento de Justicia en el que acusa a algunos asistentes de senadores federales de violar las leyes con el fin de obtener información clasificada para su pesquisa acerca de las ilegalidades de ese organismo de espionaje.
El texto añade que la inteligencia debe actuar dentro de los límites legales y está obligada a mantener la prudencia, dictada por lo que la sociedad puede tolerar en términos de crueldades como el método de ahogamiento simulado o waterboarding de la CIA, o el espionaje doméstico masivo de la NSA.

Leia também...
La Casa Blanca oculta desde hace años los crímenes de la CIA
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Facebookada

srsrsrsrr coitada [da embaixadora] né, acostumada com anos de viralatice da direita quando pega uma pessoa firme fica
‪#‎chatiada‬

Não bastasse a crise com o rebelde PMDB e o movimento ‘Volta, Lula’ de parte do próprio PT, a presidente Dilma Rousseff virou alvo da nova embaixadora...
CORREIODOBRASIL.COM.BR

  • 3 pessoas curtiram isso.
  • Carlos Medeiros Continue fazendo o que voce sabe Dilma, voce esta otimo no governo, dane-se esta embaixadora fascista.

  • Francisca Lima Dos Santos O que vem dos EUA, não devemos dá créditos. Eles estavam acostumados com os governos anteriores que lambiam as botas do Tio Sam.

  • Fernando Soares Campos Mas vejam se não tenho razão. Recentemente eu disse que os governos dos EUA não tinham habilidade diplomática. Nunca um embaixador com alta qualificação assumiria as funções em um país e, lá chegando, se reuniria com a oposição e desandaria a falar mal do governo, estimulando o golpe. Isso só acontece com diplomatas de países como os EUA, que não respeitam ninguém, nem mesmo seus aliados, como ficou provado recentemente. /// "Tais “documentos vazados” [por Wikileaks e Edward Snowden] têm servido para criar o caos no mundo da diplomacia, uma providencial perturbação que só “beneficia” a quem não tem habilidade para relações diplomáticas (o “Fuck” União Europeia, de Victoria Nuland para o embaixador Geoffrey Pyatt, demonstra esse estado), a quem sempre “conquistou” aliados através da demonstração da força bélica, ou corrompendo valores morais e culturais." Cada vez mais se comprova isso.

  • Fernando Soares Campos Desculpem o trocadilho infame, isso não é uma embaixadora, mas, sim, uma embaixaria..




Karen Hudes, demitida do Banco Mundial por ter revelado informações sobre a corrupção na instituição, explicou com detalhes os mecanismos bancários para dominar o nosso planeta. Artigo...
WWW.ESQUERDA.NET

  • 2 pessoas curtiram isso.
  • Maria Helena Explicação para a ida de FHC ao EUA e suas palestras por lá. Estão querendo financiamento de campanha.


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Prezado escritor Fernando Soares Campos,

Dando continuidade à nossa atividade de divulgar o trabalho dos nossos colaboradores, informamos que foi colocado um LINK DE DESTAQUE para o seu texto " Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets? ",  setor "ARTIGOS E CRÔNICAS". Este texto  ficará neste espaço durante 1 semana, ou até ser substituído por outro mais recente. Clique na página principal, setor "ARTIGOS E CRÔNICAS" e confira: http://www.paralerepensar.com.br#link_de_destaque

Abraços,
Albertino Fernandes (Construtor)
Para você que pensa e atua
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Querido Fernando, publiquei a sua matéria “EDWARD SNOWDEN, JULIAN ASSANGE E GLENN GREENWALD, HERÓIS OU POP PUPPETS?” na seção “Artigos”.
Excelente amigo!
Muito obrigada!
Um abraço,
Lou Micaldas
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Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?

Edward Snowden, Julian Assange e Glenn Greenwald, heróis ou pop puppets?
Os "vazamentos" feitos por EdwardSnowden, "ex-funcionário" subcontratado da CIA através de empresa de terceirização de mão de obra e serviços, a Booz Allen Hamilton, não alteram a imagem que temos dos seus antigos contratantes, pois já faz muito 
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De Julio Cesar Montenegro, jornalista, Fortaleza (CE), sobre EDWARD SNOWDEN, JULIAN ASSANGE E GLENN GREENWALD, HERÓIS OU POP PUPPETS?

GUERRA AO SOFRER X paz ao prazer

avalio o conSAGRADO culto à bondade
& a LUCRATIVIDADE de combate à maldade...
...de adversários

desaprendemos nos enxergar
iguais como animais
humanos pensando diferente
quem se destaca e quer manter a posição
ganha concorrentes
em competição

pra se promover
entre tanto penar
arregimentam conFORMADOS em obedecer
pro combate solidário
a CARIMBADO sofrer

promovido passado
pude observar
que a guerra EMPREENDEDORA
por alheio sofrer
alimenta mais negócios 
do que ficar em paz
gozando prazer

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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O Cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos de Belzebu visita Garanhão

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O Cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos de Belzebu visita Garanhão

Fernando Soares Campos

Meia-noite tenebrosa, Garanhão dormia o sono dos injustiçados, daqueles a quem ainda não fizeram justiça, pois, quando deveria estar repousando numa cela de um presídio de segurança máxima, estava ali naquele confortável aposento do seu luxuoso apartamento em Higienópolis, região dos jardins paulistanos. Se o ambiente não fosse hermeticamente isolado por proteção acústica, todo o bairro ouviria seu ronco gutural.

Súbito, uma voz cavernosa ecoou na penumbra do quarto:

― Acooorda, seu mandrião de uma figa!

Mas o demente dormente não deu sinais de despertar, e o roncar agravou-se em sobrecarregado tom.

O medonho vozeirão repetiu o chamamento:

― Acooorda, infeliz das costas ocas!

Dessa vez, ao sinistro chamado seguiram-se assustadoras gargalhadas e babélicos xingamentos de espectros obsedantes, a cambada diabólica liderada pelo exu-caveira Serjão Mottasserra, membro-fundador e cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos de Belzebu.

Debalde, Garanhão permanecia mergulhado em profundo pesadelo. Alguns mofentos passaram a incomodá-lo com arranhões e beliscões, enquanto outros esticavam seus braços e pernas.

Agora ele parecia ter despertado, olhos arregalados e boca escancarada, porém permanecia em estado letárgico. Assistia a tudo horrorizado, mas não conseguia se mexer.

Serjão Mottasserra aproximou seu rosto do dele e baforou gases enxofrentos. A golfada calorenta despertou Garanhão, que, brusco, ergueu-se e berrou:

― Nãããooo! ― imediatamente os mofentos subalternos o imobilizaram, e ele desandou em desconexa gritaria: ― O que vocês querem?! Não chegou a minha hora! Eu ainda tenho prazo! Vocês são obrigados a cumprir todas as cláusulas do pacto! Estou fazendo a minha parte!

― Contenha-se, amaldiçoado! ― gritou Serjão ― Eu não vim lhe buscar, quero apenas que preste contas sobre as imbecilidades que vem cometendo.

― Imbe... ci... lidades?! Eu?! Do que você está falando?!

― Soltem esse energúmeno.

Os curimbabas das trevas afrouxaram os golpes. Garanhão escorregou recuando até recostar-se na cabeceira da cama, trêmulo, balbuciante:

― Ener... gúmeno?! Não estou... entendendo você, Serjão! Quando era... vivente, insigne membro da minha equipe... (pigarro) ministerial, articulador e... gerente dos planos de... (tosse) desestatização de empresas... é... é... deficitárias, não economizava elogios à minha consagrada... (pigarro) reputação como... um dos mais eminentes intelectuais deste... (tosse) país! Detentor de honoríficos títulos concedidos pelas mais conceituadas... (pigarro) universidades do planeta!

O exu-caveira chefe olhou detidamente para Garanhão, deu-lhe as costas e, desengonçado, caminhou lentamente até se posicionar diante de um grande espelho ricamente emoldurado. Num impulso quase involuntário, fez gesto de arrumar os cabelos com a palma da mão. Deteve-se.

― Maldição! Sempre esqueço que minha imagem já não se reflete em superfícies espelhadas! ― voltando-se para Garanhão, perguntou: ― Como está a minha aparência?
― Como sempre, Serjão! Como sempre! Vistoso, corado, forte, elegante...
― Pode parar, seu destrambelhado! Não adianta bajular, quero mesmo é saber por que você aprontou mais uma bestialidade sem me consultar.
― Serjão, você está me ofendendo gratuitamente, estimado parceiro... Você agora está desconfiando de mim?!
― Não, não estou desconfiando de você agora...
― Eu sabia, companheiro! Eu sabia! Eu também sempre confiei em você, eu...
― Fecha essa matraca, seu inconsequente! Eu não estou desconfiando de você agora... Eu nunca confiei em você! Por isso não me surpreendi quando soube dessa última asnice que você andou aprontando.
― Asnice?! Asnice?! O que você está chamando de asnice?!

O maligno tucanino-chefe bufou e rosnou.

― Quem lhe autorizou a engendrar e disseminar esse factoide disparatado contra o governo, visando investigações sobre a compra da refinaria americana pela Petrobras no ano de dois mil e seis da era do impronunciável?  
― Factoide disparatado?! Ora, meu amigo de fé, meu irmão Serjão! Esse já pode ser considerado um dos planos mais bem arquitetados, coisa do tipo nunca antes na história deste país!
― O que você está pretendendo com isso?
― Sei que você é um homem... quer dizer, uma entidade poderosa, certo?
― E daí?
― Frequenta ambientes em que energias deletérias possam atraí-lo...
― Isso aí até crianças do catecismo sabem. Mas... onde você quer chegar?
― Certamente você acompanhou os trabalhos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
― Sim, claro, nossos parceiros invocaram nossas influências, no sentido de atrapalhar as investigações, estamos fazendo o possível. Mas a presidenta é carola, religiosa do tipo que anda com santinhos, escapulário, patuá e rosário na bolsa. E toda noite reza pedindo a proteção do impronunciável.
― Assim não pode! Assim não dá! Ela está burlando a lei! Este é um país laico! Isso caracteriza crime passível de impeachment!
― Sim, mas, quanto ao factoide, onde você quer chegar com essa história de bilionário prejuízo dos cofres públicos com compra da refinaria?

Garanhão começou a se sentir mais à vontade, até esboçou um sorriso dissimulador.

― Se você está acompanhando a Operação Lava jato, sabe que pegaram o Alberto Youssef e o Paulo Roberto Costa.
― Então, isso aí é motivo suficiente pra você e o seu mafioso clã encolherem, botarem as barbas de molho. Não vê que o Youssef é peça chave para reavivar o caso das privatizações, o que hoje toda a população conhece como privataria dos teus tempos?
― Serjão, você me conhece, sabe que não dou murro em ponta de faca.
― Não? Não mesmo? E o golpe da barriga que você tomou da sonsa platinada, hein?
― Isso é outro departamento, armadilhas do tesão.
― Então me explique por que vocês estão estimulando uma CPI para apurar o caso da compra da refinaria de Pasadena, no Texas.

Garanhão começou a se sentir tão à vontade que se levantou da cama, foi até uma estante, pegou um frasco de barbitúricos, despejou uma porção na mão, arremessou-a na bocarra e engoliu tudo.

Continuou:

― A verdade é que Youssef é apenas uma mão suja na lavagem do dinheiro que conseguimos com a venda das estatais. Ele não tem informações concretas sobre como adquiríamos a grana. É réu confesso da CPI do Banestado, o que nunca nos incomodou, pois aquela comissão não se interessou em apurar a verdadeira origem de toda a dinheirama que ainda hoje descansa em paz nos paraísos fiscais.
― Se é assim, imagine se essa Operação Lava Jato não foi deflagrada exatamente para que os petistas tivessem material suficiente para reeditar a CPI do Banestado, agora com o nome de CPI da Privataria! Você sabe que Alberto Youssef não é dos maiores empresários de lavagem de dinheiro, mas tem lá sua cota de alguns bilhões de reais em nosso benefício. Ele e muitos outros varejistas do ramo foram presos, e através deles se pode chegar a muita conclusão, pode-se desvendar mistérios nunca antes esclarecidos. E o Paulo Roberto Costa?! Me lembro desse sujeito. Era um funcionariozinho de carreira, nada comparável a um Shigeaki Ueki, mas pode ser investigado e chegarem às suas colaborações com os nossos esquemas nos áureos tempos... Hum! Falam até que Youssef lhe deu uma Land Rover de presente... Hum! Quando foi feito esse mimo?

Garanhão quase explode em escandalosa gargalhada, mas se conteve e apenas sorriu à Muttley, o cão de Dick Vigarista.

― Isso não importa, meu caro Serjão das Trevas Brilhantes! O que conta agora é a suposta influência dele na compra da refinaria americana dos belgas.
― Mas o Paulo Roberto Costa e o Nestor Cerveró, da Diretoria Financeira da BR Distribuidora, sempre nos serviram, trabalharam pra nós durante seus dois mandatos. Acompanharam o sucateamento da Petrobras, assistiram a desastrosos vazamentos de óleo e ao espetacular afundamento da P-36. Você acha que uma CPI da Petrobras, hoje, ficaria só nesse caso da refinaria de Pasadena?
― Claro que não!
― O que fazer, então? Vocês estão pressionando os peemedebistas a criar comissão de inquérito para apurar o caso. Não estão vendo que isso pode vir a ser um tiro no pé? Pior: na cabeça! Verdadeiro suicídio!
― Tudo cascata, meu caro espectro protetor! Você sabe muito bem que Cerveró e Paulo Costa são pupilos dos peemedebistas, não sabe?
― Sim, todo mundo sabe disso...
― O que você chama de todo mundo? Todo mundo, vírgula! O povão, daqui em diante, vai saber que eles são os mais importantes homens de confiança dos petistas e do governo. Não importa se foram os peemedebistas ou malufistas que colocaram eles nos cargos em nome da coalizão governamental, ou da governabilidade.
― Tá bem, até aí morreu Neves. Mas... e se criarem a tal CPI?
― CPI?! Que CPI?! Você ainda não atinou a razão de toda essa barulheira?!
― Hum!
― Não vai ter CPI coisa alguma. Assim não pode! Assim não dá! Basta essa delegaçãozinha de parlamentares que vai aos Estados Unidos investigar... (risos) a falha no contrato de compra e venda da refinaria. Isso rende matéria pra campanha eleitoral. Talvez a gente consiga virar o jogo e eleger nosso candidato!
― Hum! Duvido muito...
― Tá bem, tá bem! Também duvido. Mas a nova onda vai nos injetar bastante ânimo! Mais do que o escândalo do mensalão!
― Ânimo? Ora, ânimo pra quê, se não vai servir para a retomada do poder?
― Pode não ajudar a nossa volta pelas urnas, mas acirra a nossa militância!

Serjão não se segurou, deixou explodir estrondosa gargalhada.

― Militância?! Onde está a nossa militância?!

Garanhão, por um instante, encarou Serjão das Trevas Brilhantes e falou:

― Nas ruas, ora! Nas ruas! Hoje mesmo estarão realizando a Marcha da Família com o pai do impronunciável. Isso é meio caminho andado para uma intervenção à força, contra esse governo corrupto!

Serjão levantou o braço e bufou. Ao sinal, os mofentos subalternos apressaram-se em se posicionar ao seu lado. Ele correu a vista pelo ambiente até fixar-se em Garanhão e falou:

― Está bem, vou lhe dar um voto de confiança. Mas, se nada disso der certo, você não passa deste ano de dois mil e quatorze da era do impronunciável. Vai ter que nos entregar a alma, conforme o pacto.

O Cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos de Balzebu e seus mofentos subalternos sumiram, deixando Garanhão em meio à fumaceira enxofrenta que ocupava todos os espaços dos seus aposentos. Ele nem se incomodou com a atmosfera fétida. Está acostumado... Deitou-se e retomou seu pesadelo reparador...


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FHC é contra abertura de CPI da Petrobrás

Enquanto lideranças do PSDB no Congresso já se articulam para instalar comissão, ex-presidente argumenta que momento eleitoral pode 'partidarizar' investigação sobre estatal


20 de março de 2014

Luciana Nunes Leal

Rio - O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso disse nesta quinta-feira, 20, não ser favorável à abertura da CPI da Petrobrás agora, mas avalia que o desdobramento do caso depende do empenho do governo em investigar as denúncias de irregularidades na estatal. Para FHC, a proximidade das eleições presidenciais pode 'partidarizar' a apuração.
No Congresso, entretanto, a liderança do PSDB já participa da articulação que cobra abertura de comissão. "Acho que o momento eleitoral não é o mais propício. Não sou favorável a partidarizar. Mas se o governo não apurar direitinho, abre espaço [para CPI]", declarou o ex-presidente, após ministrar palestra para novos alunos da universidade Estácio.
Durante o evento, o ex-presidente disse que a Petrobrás "deu marcha à ré" durante o governo de seu sucessor, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, quando, segundo ele, houve uma retomada da influência dos partidos na empresa. "Nós transformamos a Petrobrás em uma corporation, uma empresa, não uma repartição pública. Para isso, tem que tirar a influência dos partidos. No governo anterior ao atual, deu marcha à ré e o resultado está aí, com escândalo nos jornais", afirmou ao responder à pergunta de um estudante.
Em entrevista ao Estado após a palestra, Fernando Henrique cobrou do governo investigação sobre a compra da refinaria em Pasadena. "Já se sabia do caso, a novidade é que a própria presidente reconheceu que está errado. Então ela tem que agir em consequência. É estranho (a aprovação pelo Conselho com base em um relatório). Pelo que vi, o valor (atual da refinaria) é muito aquém do que foi pago, é muito escandaloso. Não quero culpar ninguém, não é só ela (Dilma), o conselho é formado por muita gente, gente de peso. Mas quando se erra se paga a consequência", afirmou.
Fernando Henrique fez questão de lembrar que a compra da refinaria aconteceu na gestão anterior à da presidente atual da Petrobrás, Graça Foster. "Com essa presidência a Petrobrás voltou um pouco ao que é necessário, a ter uma visão mais profissional", disse.
O negócio de Pasadena, formalizado em 2006, é investigado pela Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas da União (TCU). Ambos suspeitam que tenha havido superfaturamento e evasão de divisas. A compra custou R$ 1,18 bilhão à estatal e, anos antes, foi adquirida por uma empresa belga por US$ 42,5 milhões.
Conforme revelou o Estado, a presidente Dilma Rousseff justificou em nota oficial que "documentos falhos" a induziram ao erro ao dar aval à aquisição da unidade. Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. Dirigentes da Petrobrás rebateram a afirmação e sustentam que Dilma tinha acesso a todos os documentos produzidos sobre a compra.

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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Lava Jato e Pasadena: Quem são os domadores de gabiru?

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Operação Lava Jato e Caso Pasadena
Já conhecemos alguns dos ratos, falta saber quem são 
os domadores de gabiru



Publicado por Partido Socialista Brasileiro (extraído pelo JusBrasil) - 3 anos atrás

O Porto de Suape continua a atrair investidores de várias partes do mundo. Nesta segunda-feira (5) foi a vez da empresa americana Oxbow Carbon Minerals LLC assinar dois acordos com a Petrobras para instalação de uma unidade de beneficiamento de coque um subproduto do petróleo que será produzido na Refinaria Abreu e Lima (RAL).

O acordo para trazer a Oxbow para Pernambuco começou a ser costurado ainda em 2007, durante visitas do governador e presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, a escritórios da empresa em Miami (EUA) e Roterdã (Hol). Os investimentos para a implantação de uma calcinadora giram em torno de R$ 350 milhões. A unidade irá transformar o coque verde em coque em pó. Apenas São Paulo detém este tipo de serviço em todo o país.

O governador Eduardo Campos explicou que a parceria entre a Oxbow e a Petrobras trará mais valor agregado ao coque saído da Refinaria Abreu e Lima. A Oxbow está desenvolvendo as modelagens e as possibilidades do que poderia ser uma planta como a que eles estão pensando em montar. A expectativa é da geração de 300 empregos diretos, disse Eduardo, após o evento realizado em Suape e que reuniu o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o presidente da RAL, Marcelino Guedes e o presidente da Tecop, subsidiária da Oxbow no Brasil, Jan Ruijsenaars.

Do total de petróleo que entra numa refinaria, o coque combustível utilizado também na produção do aço representa entre 5% e 10%. A Oxbow é uma empresa americana com mais de 100 anos de atuação e representada em todos os continentes com 20 escritórios. É a maior distribuidora de coque de petróleo do mundo, com remessas anuais de quase 11 milhões de toneladas. Em Suape, a produção pode chegar a 500 mil toneladas/ano.

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Inês Campelo/DP/D.A Press

Inês Campelo/DP/D.A Press
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PressAA
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Para melhor escolher nossos candidatos nas eleições de outubro, precisamos de resposta a determinados questionamentos

Quem são os padrinhos ou comparsas desse sujeito? Quem impôs seu nome para uma diretoria da Petrobras? Por que a presidenta Dilma, que (dizem) tinha pavor a ele, não conseguia tirá-lo de lá? Peemedebistas e malufistas (PP) têm mais pupilos nos cargos de confiança do governo federal. Quem é essa gente?

Por que, tão logo Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, toda a imprensa empresarial noticiou o caso relacionando-o, imediatamente, à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006? 

De forma sub-reptícia, logo em seguida passaram a dar maior importância ao caso Pasadena, sem focar com algum interesse o propósito da Operação Lava Jato. A impressão que agora tentam passar é a de que Paulo Costa fora preso em função (exclusiva) de suspeita no caso Pasadena. 

As coberturas também relacionaram-no, desde o princípio, a Nestor Cerveró, ainda num cargo de diretor da Petrobras. 

Se não podemos afirmar categoricamente, mas suspeitamos que a mídia empresarial já estava preparada para cobrir o caso dessa forma. Tudo indica que os "rebeldes" da base "aliada" já tinham informações sobre quem seria preso na Operação Lava Jato, daí terem criado todo o clima, a fim de tumultuar a verdade dos fatos, transferir responsabilidades e não deixar que tal operação se desdobre em apurações outras, certamente muito mais graves e importantes do que um prejuízo consequente de operações comerciais e disputa judicial, tudo já bastante notificado desde longa data. Tanto que Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró já são intimados, desde muito tempo, a depor para esclarecer por que a estatal brasileira adquiriu em 2006 uma refinaria em Pasadena (EUA) e quais são os seus papéis nessa transação.

Por que só agora a imprensa faz tanto barulho em torno do caso? Requentando-o com maior alarde do que quando, em outras ocasiões, falaram do caso, citando os dois, quando muito, em notas de rodapé.

Por que, agora, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró são tratados, gradativamente, como elementos relacionados e indicados direta e exclusivamente por políticos do PT? Aos poucos, é como se não existisse uma coalizão governamental, e, provavelmente assim será, na mídia, até as eleições em outubro.

Os macacos cibernéticos pauteiros da PressAA querem só entender!

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Publicação: 20/03/2014 

Brasília, 20, 20 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira, 20 que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) "certamente" não indicou o ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró, para "roubar" a estatal. "Ele deve ficar tranquilo, o Delcídio", afirmou Renan. Renan e Delcídio têm trocado acusações públicas sobre quem seria o responsável pela indicação. Primeiro Delcídio acusou Renan de ser o padrinho de Cerveró. Logo em seguida, Renan rebateu e disse que a indicação era de Delcídio. Cerveró assumiu o posto de diretor internacional da Petrobras no início de 2003, primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Cerveró está no meio da polêmica que envolveu a presidente Dilma Rousseff na compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras, que já era considerada obsoleta em 2005. Quando Dilma era presidente do Conselho de Administração da estatal e ministra-chefe da Casa Civil, ainda no governo Lula, ela aprovou a transação, em 2006, com base em resumo feito por Cerveró.

Por meio de nota ao jornal

O Estado de S. Paulo

, Dilma justificou a decisão dizendo que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". A Petrobras acabou desembolsando US$ 1,18 bilhão na operação. A compra é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Congresso por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, informou o

Estado

nesta quarta-feira, 19.

O "resumo executivo" sobre Pasadena foi elaborado em 2006 pela diretoria internacional da Petrobras, então comandada por Cerveró, que defendia a compra da refinaria como medida para expandir a capacidade de refino no exterior e melhorar a qualidade dos derivados de petróleo brasileiros. Conforme o

Estado

revelou na edição de hoje, Cerveró, responsável pelo parecer "falho", viajou de férias para a Europa. Ele é, atualmente, diretor financeiro da BR Distribuidora.

"O Delcídio deve estar preocupado com relação à indicação, mas eu queria, de antemão, dizer que o Delcídio não deve ficar preocupado. O Delcídio certamente não indicou Cerveró para roubar a Petrobras", disse Renan. "Ele (Cerveró) ter ficado na Petrobras é imperdoável. O Delcídio tem de pedir a saída dele", defendeu o presidente do Senado.

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dom, 23/03/2014 

COMPLEMENTO E RESUMO DO QUE NASSIF JÁ TROUXE SOBRE O NÃO-ASSUNTO

Boa Nassif, já estava escrevendo sobre exatamente isso que não preciso mais mencionar, e alguns complementos. Vamos a eles:
A COMPRA:
1) Não sabemos em que condições a belga comprou a refinaria. Por ex. se a família estava com a corda no pescoço, se a refinaria estava inoperante, se foram assumidos compromissos e passivos não inclusos no preço, etc.
O fato é que se alguém comprar um Gol usado, que vale 30 mil no mercado por 2 mil e depois eu faço sociedade nele pagando 10 mil não significa que fiz um mal negócio. Pelo contrário. 
Portanto, comparar o preço de oportunidade da belga com o que foi pago pela Petrobrás é irrelevante e incorreto. O que importa é quanto valia a refinaria no mercado e quanto se pagou por ela.
2) A belga (pelo que se divulga), pagou 42 e investiu 84. Portanto no momento que a Petrobrás chegou, o valor pago pelos belgas estava em 126, e não 42. A mídia fica papagueando 360 sabendo (ou não) que foi 360, mas 170 foi de estoque, comercializado em seguida (sem lucro, vamos ajudar os papagaios na conta: -170+170=nada).
3) Como se deve saber, o valor de mercado de uma refinaria é considerado pelo valor de sua produção. Em NENHUM MOMENTO, a Petrobrás ofereceu pela refinaria um valor acima do mercado. Pelo contrário o valor de 190 significava um pagamento cerca de $ 4 mil por produção, quando outras petroleiras na mesma época estavam pagando 9 mil por produção.
4) Como os papagaios de (e da) míRdia deveriam saber, construir uma refinaria custa muitos bilhões e leva anos. Portanto, a decisão de compra uma já pronta por 190 para processar óleo que não conseguíamos processar à época e tinhamos que vender barato foi estrategicamente boa (e barata!).
RESUMO DA COMPRA: Os belgas gastaram (pelo menos) 126 milhões, vendendo sua metade por 190 milhões. Supondo que seja só isso, a petrobrás pagou, em momentos diferentes de mercado (valor e demanda do óleo) uma refinaria valorada em 380, comparado aos 124 dos belgas. Comparação irrelevante, pois como já dito, o valor pago não influi no negócio (bom pros belgas, não cedíveis a terceiros"), mas sim o valor de MERCADO. A Petrobrás pagou um valor bem menor que o do mercado, por uma refinaria estrategicamente desejável e bem localizada.
A DECISÃO. culpas e responsabilidades:
5) Querer insinuar que a Dilma decidiu mal e sozinha é pura guerra (SUJA) politico-eleitoral, obviamente. A decisão foi COLEGIADA (e pelo que li, UNÂNIME), por empresários privados como Gerdau (que tem empresas até nos EUA), Fabio Barbosa (presidente do Santander e da Febraban, hoje presidente da Abril/Veja, Sendas (rede nacional de supermercados), Hadadd (ex Banco Garantia), Roger Agnelli (Bradesco e presidente da Vale). Sem citar os demais, já é suficiente para saber que não tem bobinho decidindo pela compra.
6) O problema está em que as informações sobre os itens que levaram a transformar um bom negócio em um negócio ruim (mas não ilegal ou imoral, apenas contingências de qualquer negócio e empresa) não foram passadas aos decisores. 
7) Por tais circunstâncias, qualquer que seja a razão (ex: negociadas depois) isso deve ser investigado e esclarecido, mas é evidente que se houve incompetência, ma fé (não estou sequer dizendo que houve, apenas que deve ser esgotado. Em qualquer hipótese, não será este conselho o culpado, tão somente o responsável pela decisão mal assessorada. E unanimemente, todos os decisores se mantém unidos nesta questão: decidiram com falhas de informações.
8) Se a míRdia quer sangue (e não tirar votos da presidenta), que investigue os negociadores das cláusulas e dos detalhes do negócio, Não o conselho. Até a "insuspeita" Abril/Veja já isentou o conselho neste caso.
9) Ainda assim, as tais cláusulas não são ilegais ou incomuns. Obviamente poderiam alterar a decisão (e acho que alteraria). Cláusulas de compra por sócios remanescentes é comum até em contratos societários, desde o direito de preferência até a obrigação (put option). O único ponto que não entendi é se a Petrobrás poderia inverter a oferta: "não pago, vc paga pra mim o mesmo valor e eu saio". 
10) Quanto a cláusula Marlin, apesar de ser (no Brasil) cláusula leonina, o piro que ela trouxe foi aumentar o "break-even" da Petrobrás no percentual de 6,9% (obviamente desinteressante, mas não necessariamente desastroso). Se a refinaria der lucro acima disso, não há prejuízo nenhum para a Petrobrás: apenas um lucro menor que a da sócia entre 6,9% e 13,8%. E um prejuizo maior e órfão, se abaixo deste breakeven de 6.9%. Portanto, indesejado, mas não desastroso. E ao saber disso, a Petrobrás (conselho) tentou desvencilhar-se desta (escondida) cláusula e do negócio, como é de se esperar.
11) Infelizmente, o sócio (digamos nescrupuloso) ao invés de negociar, partiu para o litígio (lógico, estava com a put option e o queijo na mão). E a Justiça americana penalizou a Petrobrás (2 coelhos numa cajadada).
12) Daí a Petrobrás teve que pagar mais 296 milhões, totalizando na compra 486 milhões, FORÇADA pela justiça americana. Do resto propagado indecentemente pela míRdia, uns 300 foram de estoque (ativo) e o resto de custos juduciais, advocatícios e financeiros (custos que acontecem em qualquer negócio e empresa).
13) Notar que a própria justiça americana, ao valorar a parte belga em 294 milhões, disse que a refinaria valia quase 0,6 bilhão! O que é bem mais do que a Petrobrás pagou inicialmente. Ou seja, em todos os momentos, os valores pagos pela Petrobrás (valor/produção) foram MENORES que os do mercado.
RESUMO DA VENDA:
A Petrobrás pagou 484 pela refinaria que já teve oferta (neste momento de mercado) de 180. Portanto, estaria perdendo no negócio cerca de 300 milhões. Isto sem considerar os resultados de cerca de 16 BILHÕES de receita advinda no período.
Se der prejuízo, os 300 milhões (fora os forçados custos judiciais de ~300) serão aumentados. Se der um lucro de míseros 4%, toda a "operação PASADENA" será POSITIVA, trazendo lucro à toda a operação, sem prejuízo algum, quanto mais "1,18 bilhão" (que já de demonstrou ser de no máximo 0,6, com os custos judiciais).
RESUMO DA ÓPERA (bufa):
Uma decisão acertada (com base nas premissas e dados utilizados pelos decisores) que, pela desconsideração de cláusulas desconhecidas e de risco e das mudanças de cenário (preços do óleo, pré-sal, uso inescrupuloso de prerrogativas pelo sócio e decisões da justiça americana a seu favor), tornou-se um negócio ruim (mas que ainda assim não necessariamente trará prejuízos, que hoje não superariam 0,4 bi, se for o caso da revenda). Poderá no entanto vir a dar lucros e até ser vendida por um valor positivo no futuro. gerando receitas enquanto isso, mesmo não sendo mais estratégica.
O que deve ser investigado (e não é o conselho): (a) Porque as cláusulas não foram destacadas ou resubmetidas, se negociadas depois? ; (b) Se a claúsula camuflada permitisse, porque a Petrobrás não inverteu a oferta, saindo ela do negócio? (se não permite, já está respondido, voltamos ao (a) acima.
O resto é similar a transformar caixa 2 de coalizão de campanha em "mensalão". E disfarçar mais de uma centena de bilhões em trensalões e demais roubos públicos, privatarias e quetais. Não eventuais negócios meros ruins que fazem parte de qualquer empresa no mundo.
Convido e desafio os criadores de escândalos contra o governo e a Petrobrás (demotucanos, míRdia e seus papagaios) a demonstrar que não é isso (não me venham por favor com mi-mi-mis, trololós e nhenhenhéns de arredondamentos e diferenças irrelevantes).


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Facebookada

Mais uma da série "Respostas Rápidas para Coxinhas'
Mais uma da série "Respostas Rápidas para Coxinhas'
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Saul Leblon: O jogo pesado contra a Petrobras --- Entenda como se forma uma ba$e de apoio político --- A manipulação do escândalo Pasadena --- Internet: rede da cidadania ou das corporações capitalistas?

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Colunista
24/03/2014 - Copyleft 
Maria Inês Nassif


A resposta é: pela capacidade que dispõe de comprar aliados. O poder de chantagem é uma teia que se estende de baixo para cima, chegando até a Presidência.


É quase um dèjá vu a grave crise que sacode a base aliada do governo da presidenta Dilma Rousseff. A forma como o sistema político brasileiro tende tradicionalmente a fragmentar a representação parlamentar, e também a incentivar uma luta fratricida entre candidatos do mesmo partido ou da mesma coligação nas eleições para a Câmara dos Deputados, fatalmente leva a atritos semelhantes no início das articulações para a composição de chapas e coligações. São as movimentações feitas a partir de agora que definirão as posições de cada um no cenário eleitoral que será oficializado em junho, nas convenções partidárias, e definido em outubro, nas eleições do dia 4 de outubro.

Os candidatos a presidente têm direito a um segundo turno. Os que disputam as eleições parlamentares, não. O destino deles é selado na primeira eleição (que ocorrerá este ano em 5 de outubro). A vantagem que eles têm sobre os candidatos a cargos executivos são os 21 dias entre a sua eleição e a do presidente da República, se a decisão sobre o mandato presidencial for para um segundo turno. É tempo suficiente para um deputado eleito se redimir com o candidato a presidente com mais chances de vitória e se aliar a ele, não sem antes garantir posições que permitam a ele manter uma máquina de captar apoios à eleição seguinte.

É lógico que a regra se aplica aos eleitos pela política tradicional, que dependem de uma cadeia de favores para manter o fluxo de dinheiro para campanhas caras e alianças igualmente onerosas no âmbito municipal. O apoio a grupos políticos no interior do Estado é fundamental para esses parlamentares. É também importante o acesso a bunkers urbanos – periferias dominadas por grupos criminosos, ou comunidades religiosas com acesso a grande número de pessoas. Para tudo isso, é preciso ter poder econômico.

É preciso saber como isso acontece para entender, por exemplo, o poder de que dispõe o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), e os interesses que o movem no papel de deflagrador permanente de crises – pelo menos nos últimos meses.

Existe uma discussão sobre a legitimidade das emendas parlamentares – aquelas definidas por deputados e senadores, aprovadas no Orçamento e que devem ser liberadas pelo presidente da República para chegar ao seu destino. Teoricamente, nada há de errado no fato de o deputado ou senador levar uma melhoria para o município que o apoia – uma ponte, uma estrada, um açude ou qualquer obra que resulte num benefício para a população local. Existem indícios contundentes, todavia, de que as emendas são o principal combustível, e a principal fonte de corrupção, de um bom número de parlamentares que rezam pela cartilha da política tradicional.

Entenda-se como político tradicional aquele cujos interesses eleitorais e particulares se sobrepõem aos interesses públicos, e com isso substituem um vínculo orgânico, político e ideológico, com partidos e eleitores, por negociações privadas de coisa públicas (como emendas parlamentares) para conseguir dinheiro para comprar apoios e votos.

Falamos aqui em tese, não de deputados específicos. A investigação de como agem, e dos limites legais da ação política desses parlamentares, compete ao Ministério Público, à Polícia Federal – e, depois de uma denúncia formal, à Justiça.

Vamos, por suposição, pegar o caso do deputado X. Ele é eleito por um partido forte nacionalmente, mas fraco regionalmente, com dinheiro trazido de esquemas mais diretos de corrupção – por exemplo, o obtido em cargos executivos. O fato de ter dinheiro – de preferência para se eleger e fazer esse favor a mais alguns de sua chapa – o credenciam a ser escolhido na convenção. Uma vez eleito, organiza-se para garantir a eleição para o mandato seguinte.

O esquema do deputado X é o trivial. Como este parlamentar não tem grande acesso ao partido nacional, nem muitos parlamentares que beneficiem de seu jogo, negocia emendas. Os projetos das obras vêm prontos, de empresas interessadas em fazê-los. Essas empresas destinam parte do dinheiro auferido pela obra (ou serviço) para a campanha seguinte do deputado X, que ao final de seu mandato terá dinheiro suficiente para enfrentar novas eleições. Garantiu o seu.

O deputado Y, no entanto, é mais ambicioso. Com um esquema quase profissional de negociação de emendas e favores, tem um caixa que permite a ele financiar a sua eleição, a eleição de prefeitos na sua base e de muitos parlamentares, tanto de seu Estado como de outros, de seu partido e dos demais. A sua máquina de captação permite, além de simplesmente arrecadar e distribuir dinheiro para eleição de terceiros, agenciar relações entre políticos e empresas.

Depois de algum tempo operando dessa forma, o deputado Y conhece as necessidades mais primitivas dos políticos a que serve e ter a liderança sobre eles, não apenas porque seus interesses coincidem, como pelo fato de saber dos mais escusos segredos de um número considerável deles.

Esse deputado Y tem o poder de mobilizar grande número de parlamentares e provocar crises. E este é o seu segredo para conseguir levar tanta gente num jogo de chantagem que atende principalmente a seus interesses privados.

É uma descrição grosseira de como homens públicos se rendem tão facilmente a interesses privados, mas não está nem um pouco longe da realidade da política tradicional brasileira. A descrição desse mecanismo de financiamento político do Legislativo, contudo, explica por que pessoas com tão pouco senso público conseguem credenciais para nomear ministros ou diretores de estatais. O poder de chantagem é uma teia que se estende de baixo, da base de apoio parlamentar de um governo, para cima, até a Presidência da República. Não é apenas da presidenta Dilma Rousseff, mas de todos os eleitores do país que têm o poder de seu voto relativizado pelo poder econômico desses parlamentares.
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A manipulação do escândalo Pasadena

No post "Cláusula Marlin, o erro central na compra da refinaria" expliquei em detalhes os problemas do contrato de compra da refinaria.

Havia duas cláusulas colocadas em questão:

1. A "put option", pelo qual cada sócio tem o direito de oferecer sua parte para o outro. E o que receber a proposta tem duas alternativas: ou comprar a parte do outro ou vender a sua pelo valor proposto pelo sócio. É cláusula comum em quase todos os contratos onde existem dois acionistas principais.

2. A "clausula Marlin", pela qual a Petrobras garantia à Astra (sua sócia na Pasadena) rentabilidade mínima de 6,9% ao ano. Este é o ponto central pois, caso a rentabilidade caísse abaixo desse valor, a Petrobras seria prejudicada.

Confiram, agora, como se turbina uma denúncia

O Estadão solta uma matéria "denunciando" o fato do Conselho da Petrobras ter aprovado a compra de uma refinaria no Japão que continha a cláusula "put option", que é comum a esse tipo dee contrato.

Os repórteres fizeram um bom trabalho e separaram bem as duas cláusulas: a put e a Marlim. E citaram declarações do ex-presidente José Gabrielli mostrando que a cláusula "put" não tinha nada de excepcional. Os repórteres informam que a compra da refinaria do Japão continha a cláusula "put", mas não a cláusula de Marlim

"Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli citou o contrato da refinaria de Okinawa como exemplo de que o Put Option era comum nos contratos da empresa, colocando em dúvida a versão da presidente de que foi surpreendida pela cláusula no caso Pasadena. O contrato do Japão não continha a cláusula de Marlim".

Fica claro na reportagem que a diferença é a cláusula Marlim - que não constava na compra da refinaria japonesa. Repito: o problema é a cláusula Marlim, jamais o put.

A manchete do jornal, no entanto, escandaliza o que não é escândalo, não considerando o conteúdo enviado pelos repórteres.
Aí o G1 repercute a falsa denúncia:
Na sequencia, a oposição pega a falsa denúncia é pede CPI - o que é prontamente repercutido pelo jornal.
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De...
Boletim de Atualização - Nº 372 - 25/3/2014
...para a PressAA...

O jogo pesado contra a Petrobras

É preciso repensar preenchimento de cargos no aparelho de Estado. Mas é inegável que há campanha para desmoralizar (e depois privatizar) empresa indispensável
Por Saul Leblon, em Carta Maior:
O caso Pasadena pode ser tudo menos aquilo que alardeia a sofreguidão conservadora.Pode ser o resultado de um ardil inserido em um parecer técnico capcioso. Pode ser fruto de um revés de mercado impossível de ser previsto, decorrente da transição desfavorável da economia mundial; pode ser ainda – tudo indica que seja – a evidência ostensiva da necessidade de se repensar um critério mais democrático para o preenchimento de cargos nas diferentes instancias do aparelho de Estado.
Pode ser um mosaico de todas essas coisas juntas.
Mas não corrobora justamente aquela que é a mensagem implícita na fuzilaria conservadora nos dias que correm.
Qual seja, a natureza prejudicial da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento do país.
Transformar a história de sucesso da Petrobrás em um desastre de proporções ferroviárias é o passaporte para legitimar a agenda conservadora nas eleições de 2014.
Ou não será exatamente o martelete contra o ‘anacronismo intervencionista do PT’ que interliga as entrevistas e análises de formuladores e bajuladores das candidaturas Aécio & Campos?
Pelas características de escala e eficiência, ademais da esmagadora taxa de êxito que lhe é creditada – uma das cinco maiores petroleiras do planeta, responsável pela descoberta das maiores reservas de petróleo do século XXI -, a Petrobrás figura como uma costela de pirarucu engasgada na goela do mercadismo local e internacional.
Ao propiciar ao país não apenas a autossuficiência, mas a escala de descobertas que encerram o potencial de um salto tecnológico, capaz de contribuir para o impulso industrializante de que carece o parque fabril do país, a Petrobrás reafirma a relevância insubstituível da presença estatal na ordenação da economia brasileira.
Estamos falando de uma ferramenta da luta pelo desenvolvimento. Não de um conto de fadas.
Há problemas.
A empresa tem arcado com sacrifícios equivalentes ao seu peso no país.
Há dois anos a Petrobrás vende gasolina e diesel por um preço 20% inferior ao que paga no mercado mundial.
Tudo indica que a cota de contribuição para mitigar as pressões inflacionárias decorrentes de choques externos e intempéries climáticas tenha chegado ao limite.
Mas não impediu que a estatal fechasse 2013 como a petroleira que mais investe no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano: o dobro da média mundial do setor.
Ademais, ela é campeã mundial no decisivo quesito da prospecção de novas reservas.
Os números retrucam o jogral do ‘Brasil que não deu certo’.
O pré-sal já produz 405 mil barris/dia.
Em quatro anos, a Petrobras estará extraindo 1 milhão de barris/dia da Bacia de Campos.
Até 2017, ela vai investir US$ 237 bilhões; 62% em exploração e produção.
Dentro de quatro anos, os poços do pré-sal estarão produzindo um milhão de barris/dia. Em 2020, serão 2,1 milhões de barris/dia.

Praticamente dobrando para 4 milhões de barris/dia a produção brasileira atual.
O conjunto explica o interesse dos investidores pela petroleira verde-amarela que está sentada sobre uma poupança bruta formada de 50 bilhões de barris do pré-sal.
Mas pode ser o dobro disso; os investidores sabem do que se trata e com quem estão falando.
Há duas semanas, ao captar S$ 8,5 bi no mercado internacional, a Petrobrás obteve oferta de recursos em volume quase três vezes superior a sua demanda.
O marco regulador do pré-sal – aprovado com a oposição de quem agora agita a bandeira da defesa da estatal – instituiu o regime de partilha e internalizou o comando de todo o processo tecnológico, logístico, industrial, comercial e financeiro da exploração dessa riqueza.
Todos os contratados assinados nesse âmbito passam a incluir cláusula obrigatória de conteúdo nacional nas compras da ordem de 50%/60% , pelo menos.
Esse é o ponto de mutação da riqueza do fundo do mar em prosperidade na terra.
Toda uma cadeia de equipamentos, máquinas, logística, tecnologia e serviços diretamente ligados, e também externos, ao ciclo do petróleo será alavancada nos próximos anos.
O conjunto pode fazer do Brasil um grande exportador industrial inserido em cadeias globais de suprimento e inovação – justamente o que falta ao fôlego do seu desenvolvimento no século XXI..
É o oposto do projeto subjacente ao torniquete de manipulação e engessamento que se forma em torno da empresa nesse momento.
Para agenda neoliberal não faz diferença que o Brasil deixe de contar com uma alavanca industrializante com as características reunidas pela Petrobrás.
Pode ser até bom.

O peso de um gigante estatal na economia atrapalha a ‘ordem natural das coisas’ inerente à dinâmica dos livres mercados, desabafa a lógica conservadora.A verdade é que se fosse depender da ‘ordem natural das coisas’ o Brasil seria até hoje um enorme cafezal .
Sem problemas de congestionamento ou superlotação nos aeroportos, para felicidade de nove entre dez colunistas isentos.
Toda a industrialização pesada brasileira, por exemplo – que distingue o país como uma das poucas economias em desenvolvimento dotada de capacidade de se auto-abastecer de máquinas e equipamentos – não teria sido feita.
Ela representou uma típica descontinuidade na ‘ordem natural das coisas’.
A escala e a centralização de capital necessárias a esse salto estrutural da economia não se condensa espontaneamente em um país pobre.
Num mercado mundial já dominado por grandes corporações monopolistas nessa área e em outras, esse passo, melhora, essa ruptura, seria inconcebível sem forte intervenção estatal no processo.
Do mesmo modo, sem um banco de desenvolvimento como o BNDES, demonizado pelo conservadorismo, a indústria e a economia como um todo ficariam comprometidos pela ausência de um sistema financeiro de longo prazo, compatível com projetos de maior fôlego.
Do ponto de vista conservador, a estatização do crédito, a exemplo do protecionismo tarifário à indústria nascente –implícito nas exigências de conteúdo nacional no pré-sal – apenas semeiam distorções de preços e ineficiência no conjunto da economia.
É melhor baixar as tarifas drasticamente; deixar aos mercados a decisão sobre quem subsistirá e quem perecerá para ceder lugar às importações.
O corolário dessa visão foi o ciclo de governos do PSDB, quando se privatizou, desregulou e se reduziu barreiras à entrada e saída de capitais.
A Petrobrás resistiu.
Em 1997 até um novo batismo fora providenciado para lubrificar a operação de fatiamento e venda dos seus ativos aos pedaços.
Não seu.
Dez anos depois, em 2007, essa resistência ganharia um fortificante ainda mais indigesto aos estômagos conservadores com a descoberta e regulação soberana das reservas do pré-sal.
Num certo sentido, a arquitetura de exploração do pré-sal avança na superação de um segundo degrau dos gargalos históricos do desenvolvimento brasileiro.
Mais que isso, esboça um modelo.
Se a empresa privada nacional não tem escala, nem capacidade tecnológica para suprir as demandas do desenvolvimento, uma estatal pode – como o faz a Petrobras – instituir prazos e definir garantias de compra que de certa forma tutelem a iniciativa privada deficiente.
Dando-lhe encomendas para se credenciar ao novo ciclo de expansão do país –e até mesmo operar em escala global, inserindo-se nas grandes cadeias da indústria petroleira.
A outra alternativa seria bombear a receita petroleira diretamente para fora do país, vendendo o óleo bruto.
E renunciar assim aos múltiplos de bilhões de dólares de royalties que vão irrigar o fundo do pré-sal e com ele a educação pública das futuras gerações de crianças e jovens do Brasil.
Ou então vazar impulsos industrializantes para encomendas no exterior , sem expandir polos tecnológicos, sem engatar cadeias de equipamentos, nem elevar índices de nacionalização em benefício de empregos e receitas locais.
A paralisia atual da industrialização brasileira é um problema real que afeta todo o tecido econômico.
Asfixiada durante três décadas pelo câmbio valorizado e pela concorrência chinesa, a indústria brasileira de transformação perdeu elos importante, em diferentes cadeias de fornecimento de insumos e implementos.
A atrofia é progressiva.
O PIB cresceu em média 2,8% entre 1980 e 2010; a indústria da transformação cresceu apenas 1,6%, em média. Sua fatia nas exportações recuou de 53%, entre 2001-2005, para 47%, entre 2006-2010 .
O mais preocupante é o recheio disso.
Linhas e fábricas inteiras foram fechadas. Clientes passaram a se abastecer no exterior. Fornecedores se transformaram em importadores.
Empregos industriais foram eliminados; o padrão salarial do país foi afetado, para pior.
É possível interromper essa sangria, com juros subsidiados, incentivos, desonerações, protecionismo e ajuste do câmbio, como está sendo feito pelo governo.
Mas é muito difícil reverter buracos consolidados.
O dinamismo que se perdeu teria que ser substituído por um gigantesco esforço de inovação e redesenho fabril, a um custo que um país em desenvolvimento dificilmente poderia arcar.
Exceto se tivesse em seu horizonte a exploração centralizada e soberana, e o refino correspondente, das maiores jazidas de petróleo descobertas no século 21.
Esse trunfo avaliza a possibilidade de se colocar a reindustrialização como uma resposta política do Estado brasileiro à crise mundial.
Nada disso pode ser feito sem a Petrobrás.
Tirá-la do campo em que se decide o futuro do Brasil: esse é o jogo pesado que está em curso no país.
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Leia também...
Como Marco Civil, que pode ser votado finalmente hoje, evita privatização e elitização da rede. Qual a tática das grandes empresas para bombardear lei. Por Marcos Ianoni, no Jornal do Brasil (Outras Mídias)
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Gilvan Freitas e Marisa Vasques compartilharam um link.

Apesar da perda de valor, empresa cresceu 300% de 2003 até 2013. Manchetes não mostraram crescimento. Via Plantão Brasil A Petrobras teve...
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Alice Pagotto compartilhou a foto de Flávio Luiz Sartori.
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O Homem-Bomba da Operação Lava Jato tá bombando! --- A língua dos barões da mídia e a não-CPI da Petrobras

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JUSTIÇA MIRA GESTÃO DA PETROBRAS NA ERA FHC


24 DE ABRIL DE 2013

"Não posso lavar as mãos", disse a ministra Eliana Calmon, relatora no Superior Tribunal de Justiça (STJ) do caso sobre o acordo firmado entre a Petrobras e a Repsol-YPF há 13 anos; a estatal brasileira teria cedido US$ 3 bilhões em ativos e recebido apenas US$ 750 milhões; "Aquilo que se fala e vê da Petrobras não pode ser desprezado pelo magistrado. Não foram poucos os negócios desastrosos feitos pela Petrobras", emendou Eliana; tentativa dos tucanos de transformar Petrobras em questão eleitoral para 2014 fica prejudicada


247 - O PSDB vem tentando emplacar críticas à gestão da Petrobras como tema eleitoral, já se antecipando para 2014. Além de maus resultados apresentados pela estatal, a bola da vez é a compra de uma refinaria nos Estados Unidos pela Petrobras, na gestão de José Sergio Gabrielli, por um preço 28 vezes maior do que o valor inicial. Após muito barulho, a estatal até desistiu de vender a refinaria, como parte de seu plano de desinvestimento. O problema para os tucanos é que o governo do ex-presidente Fernando Henrique ainda tem pendências judiciais em relação à Petrobras.

Treze anos depois de a estatal brasileira e a espanhola Repsol-YPF firmarem acordo de troca de ativos no valor de US$ 1 bilhão, o negócio ainda é discutido na Justiça. A 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a analisar nesta terça-feira se os valores dos investimentos permutados vão precisar passar por perícia judicial. A relatora do caso, ministra Eliana Calmon, votou a favor da perícia, mas o julgamento foi suspenso por pedido de vista do ministro Castro Meira.
Ao comentar o caso, Eliana disse que não pode "lavar as mãos". "Aquilo que se fala e vê da Petrobras não pode ser desprezado pelo magistrado. Não foram poucos os negócios desastrosos feitos pela Petrobras", comentou. Com o pedido de vista, não há data para o julgamento ser retomado. A questão é discutida a partir de ação popular proposta por cinco petroleiros que trabalham na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap).
O caso
Localizada em Canoas (RS), a refinaria em questão foi um dos ativos negociados na permuta Repsol e Petrobras. De acordo com os autores da ação, os ativos da estatal brasileira teriam sido subvalorizados no negócio, enquanto os da Repsol foram supervalorizados, o que representaria lesão ao patrimônio nacional. "Estimamos que a Petrobras recebeu US$ 750 milhões e cedeu US$ 3 bilhões em ativos", diz o advogado Claudio Leite Pimentel.


Para Eliana Calmon, a perícia é necessária porque as avaliações dos ativos se basearam em valores indicados pelas próprias empresas, sem auditoria independente. Os advogados da Petrobras e da Repsol defendem que não é necessária a realização de perícia, já que o negócio foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
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PressAA

Segunda-feira (24), fizemos essa série de perguntas:

Por que, tão logo Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, toda a imprensa empresarial noticiou o caso relacionando-o, imediatamente, à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006? 

De forma sub-reptícia, logo em seguida passaram a dar maior importância ao caso Pasadena, sem focar com algum interesse o propósito da Operação Lava Jato. A impressão que agora tentam passar é a de que Paulo Costa fora preso em função (exclusiva) de suspeita no caso Pasadena. 

As coberturas também relacionaram-no, desde o princípio, a Nestor Cerveró, ainda num cargo de diretor da Petrobras. 

Se não podemos afirmar categoricamente, mas suspeitamos que a mídia empresarial já estava preparada para cobrir o caso dessa forma. Tudo indica que os "rebeldes" da base "aliada" já tinham informações sobre quem seria preso na Operação Lava Jato, daí terem criado todo o clima, a fim de tumultuar a verdade dos fatos, transferir responsabilidades e não deixar que tal operação se desdobre em apurações outras, certamente muito mais graves e importantes do que um prejuízo consequente de operações comerciais e disputa judicial, tudo já bastante notificado desde longa data. Tanto que Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró já são intimados, desde muito tempo, a depor para esclarecer por que a estatal brasileira adquiriu em 2006 uma refinaria em Pasadena (EUA) e quais são os seus papéis nessa transação.

Por que só agora a imprensa faz tanto barulho em torno do caso? Requentando-o com maior alarde do que quando, em outras ocasiões, falaram do caso, citando os dois, quando muito, em notas de rodapé.

Por que, agora, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró são tratados, gradativamente, como elementos relacionados e indicados direta e exclusivamente por políticos do PT? Aos poucos, é como se não existisse uma coalizão governamental, e, provavelmente assim será, na mídia, até as eleições em outubro.

Finalmente, eles voltaram a falar da Operação Lava Jato

Porém...



Doleiro pagou ex-diretor da Petrobrás por contratos da Abreu e Lima, diz PF

Investigadores ligam transações descobertas na Operação Lava Jato à execução das obras de construção da refinaria de Pernambuco; Justiça transforma prisão temporária de Costa em prisão preventiva por suspeita de corrupção passiva

A Polícia Federal suspeita que o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, pagou R$ 7,9 milhões em propinas para o ex-diretor de Abastecimento da 
Petrobrás Paulo Roberto Costa entre 2011 e 2012. Os pagamentos, segundo a PF, estavam “relacionados a obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás na qual o investigado (Costa) teve participação”.

Indiciado por corrupção passiva, Costa foi preso em regime temporário no dia 19 pelo prazo de 5 dias. Ontem, acolhendo pedido formal da PF, a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva – a menos que consiga obter habeas corpus em algum tribunal, ele ficará preso até a instrução processual em juízo.

A Lava Jato foi deflagrada há 8 dias e desmontou sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de R$ 10 bilhões. Youssef é suspeito de agir em conluio com Costa para desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobrás. Youssef foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.[PressAA: Essa é a parte que toca ao doleiro Alberto Youssef nos esquemas do Banestado, mas as operações de lavagem de dinheiro totalizam aproximadamente evasão de US$ 130 bilhões. E não foi assim, ó, simplesmente “nos anos 1990”; vamos especificar o período bem definido: “foi durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, de 1º de janeiro de 1995 a 1º de janeiro de 2003”, 8 anos, bem entendido.]

Os negócios na Petrobrás seriam intermediados por Fernando Soares, um lobista conhecido como “Fernando Baiano”.

Profundidade. O ex-diretor da Petrobrás recebeu valores e uma Land Rover de Youssef sob alegação de que havia prestado “serviços de consultorias”.

Mas rastreamento promovido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que mapeia movimentações atípicas na rede bancária, indica que a relação do ex-diretor da Petrobrás com Youssef “é bem mais profunda do que a alegada consultoria”.

“A prova documental revela pagamentos vultosos, sub-reptícios e sem causa lícita efetuados pelo doleiro Alberto Youssef a Paulo Roberto Costa”, diz a PF. Os pagamentos ocorreram, segundo planilhas apreendidas pela PF, entre 28 de julho de 2011 e 18 de julho de 2012.

Medo de ‘homem bomba’ vai barrar CPI, aposta Planalto

Petistas argumentam nos bastidores que ligações partidárias de Paulo Roberto Costa vão desestimular traição de aliados rebeldes

Na tentativa de convencer os insatisfeitos da base de apoio governista a não aprovar uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás, emissários da presidente Dilma Rousseff vão usar como argumento a sobrevivência política dos próprios aliados. O motivo é que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal preso pela Polícia Federal na semana passada durante a Operação Lava Jato, pode causar estragos se for convocado a depor no Congresso.

Suspeito de participação em esquema de lavagem de dinheiro num caso que, judicialmente, não tem relação com o centro da atual crise da Petrobrás – a compra de uma refinaria em Pasadena, nos EUA -, Costa foi indicado para a Diretoria de Abastecimento da estatal pelo PP, mas acabou “adotado” pelo PMDB e também pelo PT.

Em 2006, quando a compra da polêmica refinaria foi referendada pelo Conselho de Administração da Petrobrás, à época presidido por Dilma, então chefe da Casa Civil do governo Lula, Costa estava a pleno vapor no cargo. Ele foi um dos diretores mais atuantes na tentativa de consolidar o negócio.

Em conversas reservadas, deputados e senadores do PT afirmam que o maior problema, agora, não é a investigação do contrato de Pasadena, mas, sim, a possível descoberta das ramificações políticas das ações de Costa na Petrobrás.

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PressAA

Quer dizer que quem está preocupado com uma CPI da Petrobras são os petistas, que querem apenas livrar a cara dos aliados “rebeldes”, para manter a base de apoio político no Congresso? É isso?

Em momento algum, essa imprensa estúpida dos diabos fala que os verdadeiros alvos de uma investigação dessas estariam articulando uma manobra para que tal CPI não venha a ser criada. Carrega nas letras dizendo praticamente que os únicos interessados em abafar o caso são os petistas e o governo.

Sim, petistas podem ter dito que “ligações partidárias de Paulo Roberto Costa vão desestimular traição de aliados rebeldes”, o que começa a ser comprovado com a aprovação do Marco Civil da Internet, mas isso não quer dizer que o governo está interessado em barrar uma CPI da Petrobras. Para começo de conversa, todos sabemos que no governo de FHC do PSDB seria praticamente impossível a realização de uma operação como a Lava Jato e centenas de outras ocorrida nesses últimos 11 anos de governo petista.

O que não interessa ao governo nem à população brasileira é uma CPI para apurar, isoladamente, o caso Pasadena, pois este já está sendo investigado há muito tempo, e o processo já corre na Justiça, com Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró indiciados para depor, a fim de prestarem esclarecimentos sobre suas participações na compra da refinaria no Texas, EUA. Coisa impensável de ter ocorrido no governo FHC do PSDB.

O que pode ser desencadeado a partir da Operação Lava Jato e de tantas outras que se acumulam entre apurações e conclusões é uma CPMI para desvendar toda a roubalheira e sucateamento da Petrobras, desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, vulgo FHC, ou O Coisa Ruim, ou ainda O Príncipe da Privataria.

Quem não quer CPI da Petrobras são políticos implicados e os próprios barões da mídia, que até agora fracassaram no intento de golpear os governos petistas. Quem acredita que a essa mídia golpista interessa uma CPI da Petrobras pra valer? Como eles fariam para fazer a cobertura das sessões em que o lixo da corrupção de seus pares jorraria pelos corredores do Congresso? A essa imprensa e seus comparsas interessa tanto quanto o julgamento do Mensalão Tucano, ou uma CPI do Trensalão, escândalo que, pela primeira vez, a imprensa empresarial só focaliza com empenho o corruptor, enquanto os agentes corruptos do Estado de São Paulo parecem ser apenas uns funcionariozinhos sem muita importância.

Não se vê um só desses colunistas que comem no cocho dos barões da mídia exigindo a abertura de uma CPI da Petrobras, exigindo com veemência, com alarido, como fizeram recentemente, quando o STF absolveu os réus petistas da acusação de formação de quadrilha.

Ao invés de ficarem com essa conversa mole de que o governo esta feliz por ver os “rebeldes” da base “aliada” quietos, obedientes, deveriam estar exigindo a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Deveriam exigir o posicionamento de todos os parlamentares. E publicar os nomes de quem é a favor ou contra, também daqueles que fugirem, se esconderem, para não revelar suas posições.

O que esperamos de uma imprensa responsável é isso, e não picuinhas tais como: disse-que-disse, “consultamos fontes próximas do governo”, “petistas argumentam nos bastidores”, “emissários da presidente Dilma Rousseff vão usar como argumento a sobrevivência política dos próprios aliados”.


Ora, vão pra Tonga da Mironga do Cabuletê com essa porcaria de jornalismo golpista!


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Será que Dudu Menudo vai ser a favor da CPI? Duvido.
Investigadores ligam transações descobertas na Operação Lava Jato à execução das obras de construção da refinaria de Pernambuco; Justiça...
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Carlos Coutrim Caridade compartilhou a foto de Jose Silva.
 
Foto de Jose Silva.


Quer dizer que a Petrobras está quebrada? Será que tem alguém interessado em comprá-la?
Essa é a verdadeira situação da Petrobras.  Assim é que se governa.
Essa é a verdadeira situação da Petrobras.
Assim é que se governa.
  • 4 pessoas curtiram isso.
  • Fernando Soares Campos Isso se refere ao ano de 2012 da Era do Apocalipse que teve início em 2008?! Nossa! Imagino se o mundo tivesse vivendo um momento de pleno desenvolvimento econômico! Lembro-me de uma época em que uma crise econômica no México quebrou as finanças do Brasil, de tal forma que foi preciso correr o chapéu, pedindo ajuda ao FMI. Ou estou enganado?!




Batalha vencida: Marco Civil aprovado na Câmara. Tem mais no blogue:
http://atalmineira.wordpress.com/2014/03/26/marco-civil-aprovado-o-brasil-como-exemplo/


por Sulamita Esteliam Os movimentos sociais de defesa da democracia nas comunicações estão em festa. Com sua mobilização e apoio decisivos, o governo federal pode vencer a batalha, a chantagem polí...
ATALMINEIRA.WORDPRESS.COM


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Viva o Marco, Civil, da Internet! E o Alessandro, Molon, do PT!
O GRANDE SERVIÇO DE MOLON: INTERNET LIVRE  Foi um petista, o deputado Alessandro Molon (comigo, aí na foto), quem preparou o relatório do Marco Civil da Internet que a Câmara aprovou ontem à noite e que garantiu para os brasileiros, um acesso livre a toda a rede, com liberdade de expressão e privacidade. Vitória da democracia. Valeu, companheiro.
O GRANDE SERVIÇO DE MOLON: INTERNET LIVRE
Foi um petista, o deputado Alessandro Molon (comigo, aí na foto), quem preparou o relatório do Marco Civil da Internet que a Câmara aprovou ontem à noite e que garantiu para os brasileiros, um acesso livre a toda a rede, com liberdade de expressão e privacidade. Vitória da democracia. Valeu, companheiro.
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Hernando Calvo: Chevron contamina, mas não paga no Equador --- FUP: Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais --- Sexo e trabalho, o que você faz mais?

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Hernando Calvo Ospina, jornalista colombiano, radicado na França, mais uma vez nos brinda com uma de suas relevantes matérias, enviando a esta nossa Agência Assaz Atroz (PressAA) artigo-reportagem de sua autoria, publicado pelo Le Monde Diplomatique, através do qual relata sua visita a sítios de petróleo no leste do Equador, região que se tornou palco de uma acirrada disputa judicial, que tem por objetivo fazer uma gigante do petróleo indenizar os prejudicados pelas contaminações que causou na Amazônia equatoriana, expondo populações indígenas à contração de graves doenças, como o câncer.

A petroleira Chevron, uma das que se negaram a participar do leilão do Pré-Sal brasileiro, por não concordar com o regime de partilha, passou da condição de réu para autor, de acusado para acusador, nos tribunais dos Estados Unidos. E, pelo visto, já gastou muito mais milhões de dólares com advogados e lobistas do que a milionária quantia que teria que pagar aos atingidos pela contaminação das águas e solos nas províncias remotas da Floresta Amazônica.

QUITO DETERMINADO A OBTER UMA REPARAÇÃO


Chevron contamina, mas não paga no Equador

Quarta-feira 19 de março, 2014 , por Hernando Calvo Ospina

Hernando Calvo Ospina. Le Monde Diplomatique . Edição * Março 2014

Por um lado, o Equador, pequeno país sul-americano de quinze milhões de pessoas. Por outro lado, a Chevron, a gigante da indústria do petróleo, cujo volume de negócios ultrapassou 230.000 milhões de dólares em 2012. Combate Desigual? Não importa: Quito está determinado a fazer a multinacional pagar pela poluição da qual esta é responsável.

Um dos veículos que nos acompanharam teve um problema técnico. Fomos obrigados a parar em um daqueles povoados da Amazônia equatoriana, que dificilmente aparecem em mapas do Google. Calor oprimia. Ao lado da oficina, uma senhora vendendo bugigangas para motoristas desamparados. Pedimos um pouco de água fresca. Mas quando ela estava prestes a nos atender, retrocedeu: "É melhor comprar uma garrafa na vizinha. A nossa pode lhe fazer mal". Foi a segunda vez, durante esta viagem, que recebi esta resposta.

Como muitos outros povoados nas províncias de Sucumbíos e Orellana, este não-lugar foi construído por gente vinda de longe, atraída pela indústria do petróleo, inaugurada pela empresa estadunidense Texaco, em 1962. Sushufindi, Tarapoa, Yuca ou Socha: são todas localidades que não são mais do que casarios. Outras têm crescido como Coca ou Lago Agrio, que têm quase 30 mil habitantes.

Josefa, uma colombiana que chegou faz 20 anos fugindo da violência em seu país, nos havia informado no dia anterior, que por sorte podia recorrer às águas da chuva. "E o resto do tempo?" ― "É água de poço!", responde com um sorriso resignado. Uma mulher com feições indígenas nos diz que começou o trabalho de instalar as tubulações de água potável. "E ainda assim, aqui nós nadamos em petróleo há um longo tempo." A poucos metros de distância, uma galinha bica avidamente o óxido de um enorme tubo que transporta o "ouro negro", o qual passa pelo casario de Yucca e se perde na distância.

Existem poços para buscar água a menos de duzentos metros a partir de duas piscinas de armazenamento, que contêm milhares de litros de resíduos de petróleo. São grandes escavações que não foram equipadas com um dispositivo para isolar a terra e evitar o vazamento de produtos tóxicos até o aquífero e as águas subterrâneas. A Texaco decretou que as terras da Amazônia eram argilosas e, portanto, impermeável. Sob essas condições, não havia necessidade de se construir valas de drenagem que coletem os resíduos que se transbordam com as chuvas.

Com o tempo, o “crudo” interage com a água e libera suas moléculas mais pesadas, que se sedimentam. Na superfície ficam as substâncias leves e oleosas. No meio se mantém uma camada de água. Para extrair esta, a Texaco colocou uns tubos chamados "pescoço de ganso". A empresa continua a repetir que essa água é potável, mas nenhum de seus engenheiros se atreve a bebê-la. As folhas e galhos que caem ao redor das piscinas se misturam com o líquido. Aos poucos, formou-se uma superfície macia que se parece com um colchão d'água. Mas seu aspecto é a de uma pasta preta grossa.

Uma investigação publicada em 2003, e realizada principalmente na zona de exploração da Texaco, informava que 87,3% dos entrevistados nessas províncias viviam a menos de 500 metros dos poços de extração, piscinas e outras instalações petrolíferas. E acrescentou que "42% vivem em um raio inferior a 50 metros", antes de concluir que a população local tinha sido exposta "a uma intensa contaminação" [1].

Durante 28 anos, a Texaco desfrutou de uma exploração de petróleo quase exclusiva na região. Em todo esse tempo, nunca informou sobre os riscos que corriam os seres humanos, os animais e as plantas ao redor de poços e piscinas. Muito menos se importava que algumas casas fossem construídas sobre áreas que foram piscinas, cobertas com terra e galhos.

A empresa abriu 356 poços, que. somados às suas piscinas, dá um total de 820 locais contaminados, como foi afirmado pelo tribunal da província de Sucumbios. Os camponeses e índios continuam a encontrar outros que foram escondidos. Alguns poços continuam despejando óleo. De acordo com a organização não governamental (ONG) Ação Ecológica, a Texaco "extraiu cerca de 1.500 milhões de barris de petróleo [...] em uma área de 442.965 hectares [...] e deliberadamente derramou toneladas de material tóxico e resíduos de mantimento e mais de 19.000 milhões de galões (cerca de 72.000 milhões de litros) de água suja no meio ambiente [2].

O gás que saía dos poços individuais, cujas chaminés não são muito altas, era queimado sem o menor controle. Quando chovia, a fuligem caía com a água. Os moradores a recolhiam para preparar a comida e beber, acreditando que não estava contaminada porque "vinha do céu".

As comunidades indígenas foram as mais afetados. "Não havia nenhuma presença do Estado", nos explicou Jimmy Herrera, que participa nos diálogos do atual governo com os índios da Amazônia. "Texaco estava em todas as partes. Para compensar os inconvenientes, oferecia para os indígenas bijuterias e objetos que não lhes serviam para nada, ou os ameaçava com a repressão do Exército quando eles protestavam. E os evangelistas que vieram dos EUA foram a sua mão direita ". Os aviões sobrevoaram a zona vomitando "panelas de alumínio, calças, fitas coloridas, botões e fotos dos missionários" [3]. Os religiosos se aproximaram depois para convencer os indígenas dos benefícios da companhia de petróleo e da "civilização". A mulher do povoado de Yucca contou que a vida de sua comunidade foi a pique porque seus membros foram forçados a buscar o salário da Texaco para a sobrevivência: a poluição havia acabado com a caça e a pesca.

Nós que viemos da cidade sentimos uma mistura de medo e prazer nesta área aberta da floresta, com o canto dos pássaros desconhecidos misturados com os gritos de animais de linha invisível. A folhagem vai engrossando na distância até converter-se em uma majestosa mancha verde.

Mas o que relata Shingre Medardo nos tira de nossa ensonação. Ele é um campesino que vivem em Tarapoa há cerca de quarenta anos, e pertence aos 30.000 vítimas da Texaco. Suas terras agrícolas são envenenados. E não só nos diz: na área mais ampla, você pode afundar um poste de cerca de 20 centímetros de solo, e as folhas manchadas de petróleo. No entanto, a natureza se encaixa: bananas adultos muito pequenos, estranhos olhando tubérculos, frutos e folhas que são deixados sem cor. À primeira vista, o terreno parece normal, compacto. Mas com o calor abanda e se gruda nos sapatos.

Nas províncias de Sucumbíos e Orellana, a mortalidade por câncer é três vezes a média nacional. 43% das famílias que têm pessoas com câncer consumia a água recolhida a uma distância de entre 100 e 250 metros da fonte de contaminação [4]. Mulher Yuca recorda que os funcionários da empresa tinha explicado a seu pai que o câncer entre os índios se devia à falta de higiene. Também não esquece que um homem loiro garantiu que a água suja com óleo iria torná-los fortes: “Se move um caminhão, por que não moveria vocês?”.

Em 1992, a Texaco deixou o país. Em 3 de novembro de 1993, os camponeses e indígenas de Orellana e Sucumbios, apoiados por organizações não-governamentais, principalmente estadunidenses, entraram com uma ação contra a petroleira, em um tribunal de Nova York. Acusavam danos ao meio ambiente e à saúde. Seis meses depois, várias organizações de base e comunidades se uniram para apoiar a alegação da União de Atingidos e Atingidas por Operações da Petroleira Texaco (UDAPT). A Frente de Defesa da Amazônia havia nascido.

Três anos depois, Texaco, preocupada em evitar uma ação judicial, assinou, com o governo equatoriano da época, um Plano de Ação de Reparação: a companhia se comprometeu a limpar 162 piscinas. "O que fizeram foi simplesmente contratar uma empresa que jogou terra em cima” ― recorda Shingre ―. Porém, ao aterrar as piscinas, agravou o problema, porque o petróleo foi deixado intacto e contaminação dos solos se acentuou."

Em 1998, o governo e Texaco firmaram a Acta de Finiquito, que protegia a empresa contra qualquer ação do Estado após o "conserto". Pouco importava os 30.000 afetados, ainda não indenizados.

Mas o processo continuou e a empresa pressionou para transferir para a Justiça equatoriana, comprometendo-se a respeitar a decisão dos tribunais. Pablo Fajardo, um jovem advogado que cresceu na região, explica a manobra: Texaco tinha "influência no sistema político e judicial. Estava, portanto, portanto, convencida de que poderia controlar o julgamento, e, de fato, era verdade" [5]. Em outubro de 2003, dois anos após a compra da Texaco pela Chevron, começou o julgamento, no Equador.

Fajardo, que enfrentou 39 advogados em uma década, conta que a Chevron gastou muitos milhões de dólares no julgamento. Enquanto isso, a Frente de Defesa da Amazônia não tinha mais do que os seus próprios recursos e a solidariedade internacional. Antes de uma nova Constituição, aprovada em 2008, garantir alguma ajuda, na medida em que determina ações civis. [6]

O que a Chevron não tinha previsto era que o país iria mudar com a eleição de Rafael Correa em 2006. E também o seu sistema judicial. A 14 de fevereiro de 2011 foi finalmente emitido um veredicto: a petroleira foi declarada culpada. Deveria pagar 9.500 milhões de dólares à UDAPT para limpeza dos seus solos, instalação de sistemas de abastecimento de água e a implementação de sistemas saúde e de desenvolvimento na área. Além disso, o juiz impôs uma sanção: a Chevron deveria pedir desculpas aos afetados no prazo de 15 dias depois da sentença. Caso contrário, o pagamento iria aumentar para o dobro. Chevron recusou-se a obedecer. Sua dívida duplicou, até que o Tribunal Nacional de Justiça aquatoriano anulou a decisão em 12 de Novembro de 2013.

Chevron, no entanto, contra-atacou ajuizando o Estado equatoriano perante os tribunais internacionais, alegando que este é que deveria ser responsável para reparar os danos. Pelo menos oito lobistas foram contratados para pressionar os membros do Congresso e do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a fim de desacreditar o governo equatoriano e proteger seus interesses econômicos..

Em 2009, a Chevron apresentou nos Estados Unidos 14 processos diferentes contra a Frente Amazônica e contra qualquer um que trabalhou com os afetados. Em fevereiro de 2010, o Tribunal Federal de Nova York decidiu que, nos termos da Lei sobre Organizações Influenciadas por Extorsão e Corrupção, denominada RICO (Racketeer Influenced and Corrupt Organisations Act), os defensores da Frente tentaram, em processo judicial, "extorquir" a Chevron.

Atualmente, a empresa tem se arrastado Quito perante os tribunais de Washington por "violação dos tratados de proteção de investimentos bilaterais" que se ligam aos Estados Unidos. Não se pode esperar nenhuma decisão antes de 2015. Durante este tempo, a Chevron não pagou um centavo às vítimas.

Epílogo. Fazia dez dias que eu havia retornado para a França. Em 17 dezembro de 2013, de madrugada, recebi longa correspondência de Morgan Crinklaw, porta-voz da Chevron. Sem preâmbulos, declarava saber que eu havia visitado "sítios de petróleo no leste do Equador". Depois me expôs a versão da empresa "perseguida" pelo governo equatoriano.

Crinklaw começou a trabalhar para a Chevron no final de 2008. Antes, havia passado quatro anos no comando da comunicação do Partido Republicano no Congresso dos Estados Unidos.

No dia seguinte, enviei um e-mail perguntando como ele conseguiu obter meu endereço. Até hoje, eu não recebi nenhuma resposta.

NOTAS:

[1] Adolfo Maldonado e Alberto Narváez, "O Equador não é e vontade e país amazônico. Inventário dos choques do petróleo." Ação Ecológica. Quito, 2003
[2] "Você limpar depois Texaco", 11 de março de 2002.http://www.accionecologica.org/petr ...
[3] Fabian Sandoval Moreano, "Povos Indígenas e petróleo na Amazônia equatoriana", ECE, Quito, 1988.
[4] Adolfo Maldonado e Alberto Narváez, op. cit.
[5] "O homem que humilhou Chevron", El País, Madrid, 06 de junho de 2011
[6] Mary Aguinda (em colaboração com Patrick Bele), brin d'herbe A contre le goudron, Michel Lafon, Paris, 2012.


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Transladado por tradutor online, foram feitas adaptações idiomáticas para o nosso vernáculo.

Para ler matéria original em espanhol, clique AQUI
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Leia também aqui na PressAA:

Hernando Calvo entrevista comandantes das Farc em Havana

Hernando Calvo: "Chantagens e ameaças convencem de que estamos no caminho certo"


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FUP: Não deixaremos sangrar a Petrobrás no ringue das disputas eleitorais

Federação Única dos Petroleiros acusa PSDB, DEM e grandes empresas de comunicação de retomar tática eleitoral que visa privatização da Petrobras.

Federação Única dos Petroleiros
Arquivo
Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.


Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.



Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos  maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.



São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.



Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás  valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.



Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.



Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.



Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.



Direção Colegiada da Federação Única dos Petroleiros
Rio de Janeiro, 25 de março de 2014
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O Cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos...

27.03.2014
O Cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos.... 20058.jpeg
Meia-noite tenebrosa, Garanhão dormia o sono dos injustiçados, daqueles a quem ainda não fizeram justiça, pois, quando deveria estar repousando numa cela de um presídio de segurança máxima, estava ali naquele confortável aposento do seu luxuoso apartamento em Higienópolis, região dos jardins paulistanos. Se o ambiente não fosse hermeticamente isolado por proteção acústica, todo o bairro ouviria seu ronco gutural.
Fernando Soares Campos

Súbito, uma voz cavernosa ecoou na penumbra do quarto:
- Acooorda, seu mandrião de uma figa!
Mas o demente dormente não deu sinais de despertar, e o roncar agravou-se em sobrecarregado tom.
O medonho vozeirão repetiu o chamamento:
- Acooorda, infeliz das costas ocas!
Dessa vez, ao sinistro chamado seguiram-se assustadoras gargalhadas e babélicos xingamentos de espectros obsedantes, a cambada diabólica liderada pelo exu-caveira Serjão Mottasserra, membro-fundador e cavalheiro da Ordem Primeira dos Tucaninos de Belzebu.
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Facebookada

ESSE TIPO DE AGÊNCIA QUE ANDA REBAIXANDO O BRASIL?...  ... MAS VÃO SE OLHAR NO ESPELHO!!
Odenir Batista recomendou um artigo.
Putz e agora oposição !!!??? Se essa foi a agência que acbaou de rebaixar a nota do Brasil, o que resta agora ???
Está em movimento o primeiro grande processo judicial nos EUA contra uma agência de rating. EUA acusam Standard & Poor's de...
WWW.PUBLICO.PT


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De...

...para a PressAA...

   
  
   
 
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 25, o projeto do Marco Civil da Internet (PL-2126/21). A matéria foi aprovada em votação simbólica na Casa e será encaminhada ao Senado. O texto teve algumas modificações, que foram formuladas após negociações entre partidos.
Um dos pontos do substitutivo foi o fim da exigência do uso de data centers no Brasil...
 
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Homens passariam mais de 4h por dia fazendo sexo, diz estudo


Eles destinaram mais tempo ao sexo do que ao trabalho 
Foto: Getty Images

Os homens passariam mais de quatro horas por dia fazendo sexo e apenas três horas e meia trabalhando, se pudessem escolher, de acordo com nova pesquisa encomendada pela Unilever. A divisão ideal das horas seria: 4h19 para o sexo, 3h36 de trabalho, 3h22 para ver amigos e familiares, 2h38 comendo e bebendo, 29 minutos para se arrumarem e o restante das horas seria para dormir. As informações são do Daily Mail.

A pesquisa apurou que 64% dos homens usam smartphones e tablets enquanto estão no banheiro e 26% organizam uma lista de afazeres na cabeça enquanto têm relações sexuais com a parceira. Dos entrevistados com menos de 34 anos, 51% acreditam que perdem experiência de vida quando não preenchem todas as horas do dia.

Cerca de 70% deles estariam dispostos a cortar o número de amigos para incluírem mais atividades durante o dia. O tempo de descanso, nas férias, também é aproveitado para 20% dos homens com estudos de uma nova língua. Paul O'Connor, gerente da marca da Unilever, disse que “as exigências da sociedade moderna pressionam os jovens a colocarem cada vez mais coisas em suas vidas”.


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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PSDB dá xeque mate no STF --- Agripino e Lavoisier, os maiarajás potiguares --- Eduardo Campos, L'enfant terrible de Suape

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10 motivos para que Azeredo seja julgado pelo STF

A única justificativa plausível para o tratamento jurídico tão diverso para o mensalão tucano é o filtro político-partidário dos réus indiciados.

 Daniel Quoist em 13/02/2014 [mas ainda vale conferir]

José Cruz/ABr
1.  O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao renunciar de forma solerte ao mandato que ocupa na Câmara Federal, nem mesmo se dando ao trabalho de defender pessoalmente a honra que diz ter sido tragicamente enxovalhada, deixa evidente que o moveu tão somente o desejo duplo de (1) impedir a celeridade de um processo que nunca foi célere, ensejando a completa e inequívoca prescrição de praticamente todos os crimes pelos quais fora processado e (2) diminuir drasticamente os estragos que o andamento do julgamento causarão à campanha de Aécio Neves à presidência da República. [PressAA: Em 2010, o deputado Donadon renunciou ao cargo exatamente para que seu processo fosse transferido para a Justiça de Rondônia, mas os ministros do STF consideram uma manobra "solerte", com o mero propósito de ganhar tempo e provável prescrição do crime, por isso mantiveram o processo na Corte Suprema.]

2.  A ação chegou à corte ainda em 2003, dois anos antes, portanto, das primeiras acusações do chamado mensalão do PT, que abalaram o governo petista e redundaram na Ação Penal 470. E desde essa época tem dormitado longamente nos escaninhos dos ministros.  Enquanto isso, o Supremo já condenou 25 réus envolvidos no esquema de desvio de dinheiro montado pelo PT e analisa agora os respectivos recursos finais, os embargos infrigentes. A única justificativa plausível para o tratamento jurídico tão diverso é o filtro político-partidário dos réus indiciados.

3. Curioso que ainda em 2003, o então presidente da corte, Carlos Ayres Britto, chegou a chamar o julgamento do mensalão tucano de ação cível, aquela que permite a recuperação de recursos desviados dos ilícitos penais. Mas por algum motivo que nem Ayres Britto nem os demais ministros sabem explicar, o processo saiu da pauta. E não voltou mais.

4. O esquema de desvio de recursos públicos que abasteceu o caixa de campanha de políticos do PSDB em Minas Gerais também era operado pelo publicitário Marcos Valério. O mesmo Valério que foi julgado pelo STF com as maiores penas atinentes ao mensalão petista: Condenado a 40 anos, 4 meses e 6 dias e multa de R$ 3 milhões por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Seria descabido a qualquer observador imparcial entender os motivos que levariam o STF a usar de dois pesos e duas medidas: réus petistas são julgados diretamente pelo Supremo, perdendo o duplo grau de jurisdiço e réus tucanos são julgados diretamente pela Justiça Estadual, ganhando o duplo grau de jurisdição e todas as benesses que favorecem os réus nessa esfera judicial. 
                             
5. A Justiça de Minas Gerais decretou em 21/1/2014 extinta a punibilidade de Walfrido dos Mares Guia, acusado de participar de esquema de desvio de dinheiro público em 1998 para a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), então candidato à reeleição ao governo do Estado. A juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, entendeu que as acusações de peculato e formação de quadrilha prescreveram em 2012, quando Mares Guia completou 70 anos.


6.  Pela lei, quando o réu completa 70 anos, o prazo para a prescrição dos crimes – de 16 anos entre a ocorrência do fato e a aceitação da denúncia – cai pela metade. No caso do mensalão mineiro foram 12 anos entre os fatos (1998) e o acolhimento da acusação formal (2010). Em abril, Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha do PSDB ao governo de Minas em 1998, também vai completar 70 anos e poderá requerer a prescrição dos mesmos crimes.

7. O PSDB, partido beneficiado diretamente com as falcatruas protagonizadas ao longo do mensalão tucano, nunca se eximiu de tripudiar em cima de José Dirceu, ex-presidente do PT, seu adversário figadal, condenado pelo mensalão petista. E sempre desconsiderou por completo a possibilidade mais dias menos dias ter seu próprio ex-presidente do PSDB amargando a mesmíssima condenação no STF.

8.  Se o STF decidir acatar o requerimento da defesa de Eduardo Azeredo para que o processo do mensalão mineiro deixe interrompa sua tramitação no Supremo, que teve início dem primórdios de 2003, e comece agora, em 2014, a tramitar na Justiça de Minas Gerais a possibilidade de que todos os crimes prescrevam são imensas. E isso porque é patente e escancarada a contumaz blindagem que os malfeitos tucanos recebem nas instâncias das Minas Gerais, seja a blindagem feita com apuro pela imprensa mineira (nenhuma notícia que deslustre a imagem de Aécio Neves ocupa primeiras páginas, intermediárias páginas ou mesmo páginas finais de seus jornais e tabloides) seja a blindagem tucana no judiciário mineiro (desde 2003 nenhum mísero processo prosperou em que sejam acusado de falcatruas proceres tucanos).

9.  Mesmo ministros que tenham anteriormente defendido que processos com as características dos chamados mensalões petista e tucano deveriam ser desmembrados, permanecendo no Supremo apenas aqueles réus com direito a “foro privilegiado” (caso de parlamentares no exercício do mandato por exemplo), estariam incorrendo em grave equívoco ao fazer retroceder qualquer entendimento divergente acerca da matéria e deixando de aplicar o entendimento vigente a casos que já estejam em tramitação no Supremo.

10. Considerando as peculiaridades, idiossincrasias, teorias controvertidas como o “dominío de fato”, excessivo gosto por exposição midiática protagonizado por ministros do Supremo, como o atual presidente Joaquim Barbosa e seus ex-presidentetes Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello, debates acerbos e eivado de insinuações pouco airosas, destemperos verbais e emocionais os mais variados transmitidos exaustivamente pela TV Justiça ao longo de 2013 para todo o país quando do julgamento da AP-470, soaria insustentável qualquer tentativa de considerar justo o julgamento do mensalão petista se colocado como contraponto a falta de zelo pelo Supremo com a administração da justiça para os réus no processo do mensalão tucano.
Remeter o processo que corre contra o ex-presidente do PSDB a Minas Gerais significaria, na prática, diminuir drasticamente o escopo e amplitude dos crimes cometidos – de mensalão tucano passaria a ser não mais que mensalão mineiro e, de quebra, tendo no horizonte apenas a penumbra que obscurece o sol da justiça – a prescrição.

Imoralidade suprema: STF remete mensalão tucano para a justiça de Minas Gerais

Eduardo Azeredo abre janela para réus da AP 470 irem à OEA

Juiz preferido por Joaquim Barbosa se afasta da execução da AP 470

Antonio Lassance: STF fez imenso favor ao PSDB e deu péssimo exemplo ao Brasil

28/03/2014
Só a benevolência da mídia, a escandalosa blindagem que se construiu em torno de sua figura, o controle da Assembleia Legislativa e a lealdade e união de seu grupo político podem explicar como Alckmin não é hoje um cadáver político insepulto e tenha grandes chances de ser reeleito.


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MP questiona pensão que líderes do DEM recebem dos cofres públicos

28/3/2014 

Por Redação - de Brasília

 Além da pensão que recebe por ocupar o governo, Agripino Maia também recebe salário no Senado
Além da pensão que recebe por ocupar o governo, Agripino Maia também recebe salário no Senado

O Ministério Público (MP) do Rio Grande Norte divulgou, nesta sexta-feira, a decisão de ingressar com ação civil pública para que os ex-governadores Lavoisier Maia Sobrinho e José Agripino Maia deixem de receber pensão vitalícia, no valor de R$ 11 mil mensais, paga pelos cofres do governo do Estado. Agripino Maia é senador pelo Rio Grande do Norte e presidente nacional do DEM. Governador por duas vezes, o representante da ultradireita ocupou o cargo entre 1983 e 1986 e entre 1991 e 1994. Lavoisier Maia Sobrinho, por sua vez, afastou-se da política após ocupar o governo entre 1979 e 1983.

Ambos teriam direito ao benefício – com base em uma norma estadual criada à época da ditadura – por governarem o Estado, mesmo durante períodos curtos.

“A norma estadual que fundamenta a concessão dessa ‘monárquica’ benesse aos ex-detentores do mandato de Governador de Estado está estampada no art. 175, da revogada Constituição Estadual de 1974 (editada sobre os auspícios da Ditadura Militar)”, consigna a ação, assinada pelos promotores Emanuel Dhayan de Almeida, Paulo Batista Lopes Neto, Keiviany Silva de Sena e Hellen de Macedo Maciel.

Pensão gorda

Os promotores, no processo, afirmam que não houve processo para fundamentar o pagamento da pensão, o que aponta para benefício automático e vitalício, o que seria ilegal. “Não publicado o ato, bem como inexistindo forma, a denominada ‘pensão eletiva’ não existe juridicamente”, argumentam, na ação.

Os promotores ressaltam, ainda, que o uso de recursos públicos para pensões vitalícias, segundo a Constituição de 1988, teria sido proibido.

“É subversivo à noção de República a perpetuação de um gasto público a uma determinada pessoa, simplesmente pelo fato de ter exercido uma determinada função pública. Como já pontuado, a noção de república é refratária à instituição de privilégios vitalícios”, pontua a ação.

Não abre mão

A assessoria do senador José Agripino Maia disse a jornalistas que o benefício recebido por ele não é ilegal e tem como base cargo assumido antes da Constituição de 1988, portanto, o político não vê razão para deixar de usufruir do benefício.

“É principio geral do Direito: os atos jurídicos são regidos pelas leis vigentes à sua época, à época dos fatos. Recebo essa pensão desde 1986, garantida pela constituição vigente à época em que fui governador. Qualquer interpretação em contrário, afronta a legislação que me assegurou esse direito. A exemplo do que ocorreu com governadores que me antecederam, a concessão do beneficio se dava automaticamente”, diz o senador em nota.
O ex-governador Lavoisier Maia Sobrinho não estava disponível para comentar o processo no qual será réu.

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Facebookada


Jorge Modesto compartilhou a foto de Flávio Luiz Sartori.
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Foto de Flávio Luiz Sartori.

Standard & Poor’s é o urubu que fala inglês




Gilvan Freitas compartilhou a foto de Noelia Brito.


Eduardo disse que CPI de SUAPE é infantilidade; já Serra acabou de dizer que investigar Alston numa CPI é pouco inteligente…BINGO! Hahahahahahaha...
Eduardo disse que CPI de SUAPE é infantilidade; já Serra acabou de dizer que investigar Alston numa CPI é pouco inteligente…BINGO! Hahahahahahaha...




Marlene Senna compartilhou a foto de Ailton Medeiros.
MAIS UM SENADOR QUE ASSINOU PELA CPI... SERÁ QUE ELE VAI QUERER QUE INVESTIGUEM A RELAÇÃO DO FILHO DELE COM A PETROBRÁS?...
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A Petrobrás deu convite para genro de Dilma assistir ao GP de F-1.
Bobagem!
Danosa é a relação da Petrobras com o Deputado Felipe Maia, filho do senador Agripino Maia.
Concedeu-lhe o direito de vender exclusivamente querosene de aviação no aeroporto Augusto Severo. A empresa de Felipe fatura 100 milhões de reais por ano.

A Petrobrás deu convite para genro de Dilma assistir ao GP de F-1.  Bobagem!  Danosa é a relação da Petrobras com o Deputado Felipe Maia, filho do senador Agripino Maia. Concedeu-lhe o direito de vender exclusivamente querosene de aviação no aeroporto Augusto Severo. A empresa de Felipe fatura 100 milhões de reais por ano.
A Petrobrás deu convite para genro de Dilma assistir ao GP de F-1.
Bobagem!
Danosa é a relação da Petrobras com o
Deputado Felipe Maia, filho do senador Agripino Maia. Concedeu-lhe o direito de vender exclusivamente querosene de aviação no aeroporto Augusto Severo. A empresa de Felipe fatura 100 milhões de reais por ano.


SERÁ QUE EDUARDO CAMPOS ESTÁ COM MEDINHO?

Líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP) recolhe assinaturas para incluir, na CPI da Petrobras, a construção do Complexo de Suape; para o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), atitude...
BRASIL247.COM|POR BRASIL 24/7

CAMPOS: CPI PARA INVESTIGAR SUAPE É "INFANTILIDADE"

Líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP) recolhe assinaturas para incluir, na CPI da Petrobras, a construção do Complexo de Suape; para o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), atitude do parlamentar seria tentativa de desviar o foco da crise na estatal; "Não é um debate eleitoral, investiga aquilo, investiga aquilo outro. É preciso que se investigue tudo, com a maior tranquilidade do mundo, mas não vamos para uma atitude infantil de tirar o foco do debate”, disse
(Para ler completo, clique AQUI)
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Para melhorar a argumentação em favor  de uma CPI da Petrobras pra valer, leia o mais completo relatório sobre a bandalheira feita contra a empresa durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Trata-se, provavelmente, do melhor texto sobre o tema já disponível na internet, destinado a qualquer pessoa que saiba ler e fazer as quatro operações fundamentais da matemática. 
26/03/2014
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Em reação às crescentes manifestações contra a chamada CPI da Petrobras, criada pela oposição ao governo Lula, o senador Sérgio Guerra (PSDB/PE) disse que as críticas dos manifestantes vão “bater no vento”. “Não estamos atacando a Petrobras, estamos defendendo a empresa. Vamos atrás de gente que não merece estar nessa empresa. É desnecessária a forma como se deu o discurso ofensivo contra o PSDB, isso já
co
mpromete essa manifestação na sua origem”, avaliou Guerra, em matéria no Jornal do Brasil, dia 22 [de maio de 2009].


Para refrescar a memória do senador e demais entusiastas da CPI, Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), selecionou “Dez estragos produzidos pelo governo FHC no Sistema Petrobras”.

(Se FHC agiu contra a Petrobras da forma como se relata nesse texto, podemos imaginar seu comportamento em todos os setores da administração pública.)
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O programa do PSB, com Eduardo Campos e Marina Silva debatendo o novo Brasil que está nascendo nos corações de cada vez mais cidadãos, está começando em rede nacional. Assista agora e avise seus amigos!
O programa do PSB, com Eduardo Campos e Marina Silva debatendo o novo Brasil que está nascendo nos corações de cada vez mais cidadãos, está começando em rede nacional. Assista agora e avise seus amigos!
  • Gilson Caroni Filho
    3 horas · Rio de Janeiro · Editado · 
    No programa eleitoral de ontem, Marina se vira e diz para Eduardo Campos: " Lutou com seu avô pela reforma agrária". Como Miguel Arraes travou esse combate no seu primeiro governo(1962-64) e Campos nasceu em 1965, dá gosto saber que temos um brasileiro envolvido com movimentos sociais mesmo antes de nascer. Fiquei emocionado.
  • Fernando Soares Campos Mais misterioso do que o caso Tuminha, que era agente da repressão ainda pré-adolescente e acompanhava o pai durante os interrogatórios e sessões de tortura... Talvez um bom médium explique esses fenômenos..


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De leitor para a PressAA...
Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Os Três Desafios de Dilma Roussef": 

Hi there! I'm at work browsing your blog from my new iphone 3gs!
Just wanted to say I love reading your blog and look forward 
to all your posts! Keep up the superb work!

Tradução:Oi lá! Eu estou no trabalho navegando em seu blog a partir de meus novos iPhone 3GS!  Só queria dizer que eu amo ler seu blog e estamos ansiosos 
a todos os seus posts! Continuem o excelente trabalho!


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA


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Institutos de pesquisa buscam fórmula perfeita para derrotar Dilma --- Manifestação contra Alckmin exige CPI do Metrô --- Senador do PSDB que pediu impeachment de Dilma é acusado de fraude em 11 processos! --- Angela Merkel fará visita ao Brasil durante a Copa

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Em encontro, institutos de pesquisa buscam fórmula perfeita para derrotar Dilma

O World Trade Center, prédio empresarial de luxo às margens da Marginal Pinheiros, em São Paulo, sedia até o fim da tarde de hoje (25) o 6º Congresso Brasileiro de Pesquisa, que reúne especialistas em dados e estatísticas de todas as áreas – e, como não poderia deixar de ser em ano de disputa pela Presidência da República, também os profissionais das pesquisas de opinião e eleitorais. Representantes de Ibope, Vox Populi, Datafolha e Sensus foram convidados para uma mesa de debate sobre as tendências do eleitorado em um ano que acumula, além do pleito, a realização da Copa do Mundo da Fifa e a perspectiva de manifestações de rua inspiradas pela mobilização de junho de 2013.
A mesa, porém, embora batizada de “Debate sobre o cenário da eleição presidencial 2014″, poderia ter outro nome: “Como derrotar Dilma Rousseff?”. Mediado por Emy Shayo, analista do banco norte-americano J.P. Morgan, que também redigiu a maior parte das perguntas feitas aos convidados, o debate explorou monotematicamente as fragilidades da candidatura petista à reeleição e ditou fórmulas, com base nos resultados das últimas pesquisas de opinião, sobre como enfraquecer a campanha governista. O público, composto principalmente por empresários, profissionais da área e jornalistas, embarcaram nos “testes de hipótese” propostos pela organização e seguiram a mesma linha em seus questionamentos.
Regidos pela assessora do banco, os debatedores apresentaram conclusões importantes para a plateia. Petrobras e rating do Brasil, por exemplo, são temas “para o Valor Econômico, para os participantes deste fórum, mas muito complicados para o povão”, de acordo com Márcia Cavallari, do Ibope. Já as manifestações contra a Copa do Mundo, segundo os debatedores, podem desestabilizar o governo desde que alcancem o público “desejado”.
“É garantida a confusão durante a Copa. Estou na bolsa de apostas com 150 mil pessoas na rua durante a Copa”, torce Ricardo Guedes, do Sensus. O resultado em campo não importa: Mauro Paulino, do Datafolha, ressaltou que não houve mudança no comportamento dos eleitores após a vitória na Copa das Confederações, por exemplo, mas destacou que “a chance de atingir o governo é havendo problemas na execução”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, também foi descartado como elemento-surpresa para favorecer a oposição porque sua suposta imagem de impoluto não encaixa no figurino nem de Aécio Neves (PSDB), nem de Eduardo Campos (PSB), mas há “esperança” em relação à possibilidade de crise energética e de abastecimento de água.
Para Antonio Lavareda, da consultoria política MCI, “esse tipo de crise atinge o cerne da imagem de Dilma, que é a da gestora, da mulher-eficiência”. As consequências da má gestão das águas sobre a imagem de Geraldo Alckmin (PSDB), que também concorre à reeleição neste ano e cujo governo gere o abastecimento de água e o tratamento de esgoto em São Paulo, não foram abordadas durante o debate.
Lavareda foi um dos palestrantes mais requisitados pela mediação, embora não pertença a nenhum instituto de pesquisa. Ele foi o único a defender abertamente que a presidenta entra na disputa em desvantagem: de acordo com ele, 60% dos brasileiros querem a mudança e esse capital político irá se acumular em torno do candidato da oposição capaz de chegar ao segundo turno. “É quase certo que haverá segundo turno”, afirmou.
Ele protagonizou ainda o momento de maior sinceridade do encontro: diretamente questionado pela mediadora sobre o que é necessário fazer para que o PSDB consiga usar a “paternidade” do Plano Real de forma eficiente contra o PT nas eleições, disse apenas: “Esse tipo de assessoria é o que fazemos em minha empresa, e não somos uma entidade filantrópica”. Embora não confirme a informação, a empresa de Lavareda está acertada com o PSB de Eduardo Campos para a campanha eleitoral deste ano, após muitos anos se dedicando a serviços ao PSDB.
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26/03/2014 - Copyleft

Se pensar pequeno, o governo escorrega na goela conservadora

Para quem acha que capitalismo é apenas um sistema econômico, não uma relação de poder, o Brasil desta 5ª feira incentiva a revisão de conceitos.

por: Saul Leblon 
Agência Brasil

(*) Nota atualizada em 27/03/2014 às 22 hs.



A marcha dos acontecimentos nas  últimas  48 horas:


- o Supremo aposentou  o domínio do fato e ressuscitou  o império da lei  para julgar o mensalão tucano;


- os que tentaram fatiar e vender a Petrobrás em 1997, agora  reivindicam uma CPI para defendê-la; 


- a Standar & Poor’s rebaixa a nota do país em desacordo com a política fiscal enquanto o capital estrangeiro não para de comprar títulos do Brasil ;


- o Ibope  anuncia que a  aprovação ao governo  despenca , no mesmo dia em que o IBGE  divulga  o menor nível de desemprego no desde 2002  e a maior renda real  dos trabalhadores   em 12 anos.


Como entender a  feijoada de  paradoxos?


Olhando o calendário


Estamos a sete meses  das eleições presidenciais  de 2014; as pesquisas mostram Dilma na liderança, com chances  de vencer no 1º turno.


 Os resultados  da economia  desmentem  a  guerra santa das expectativas.


Por enquanto.


Mas  o martelete conservador opera diuturnamente.


A dar um crédito --generoso-- ao passado do Ibope, a trepidação ininterrupta já teria provocado   uma trinca nas expectativas, suficiente para ressuscitar aquilo que o ciclo Lula tinha extirpado do imaginário brasileiro: o medo do futuro.


A associação entre o medo e o  futuro  forma um redemoinho  capaz de cegar a visão do presente e sepultar a disposição da sociedade para enfrentar os interditos ao passo seguinte do  seu desenvolvimento.


A manada  de bisão acantonada nas redações  dedica-se a isso com afinco: afia os cascos no chão e recobre o horizonte brasileiro de uma espessa  poeira cinza asfixiante. O chão treme.


É imperioso  ligar o aspirador de pó à passagem do tropel noticioso. A mesa do café da manhã fica  imprestável  quando  dividida com a edição do dia.


A culpa pelas más notícias nunca é do carteiro. OK. Exceto se ele exorbita  e troca a entrega da correspondência  pela ordem de despejo.

(Para ler completo, cliqueAQUI)
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27/03/2014 


O senador Mário Couto (PSDB-PA) pediu nesta quarta-feira (26) o impeachment da presidente Dilma Rousseff por causa da compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O requerimento será protocolado na Câmara dos Deputados.

Quem é Mário Couto ? O Senador é réu no STF por corrupção

(fonte:diário do Pará)
O Ministério Público do Estado do Pará enviou à Procuradoria Geral da República as provas coletadas contra o senador Mário Couto (PSDB) ao longo de mais de um ano de investigação. Couto é acusado de envolvimento em desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa no período em que presidiu a casa. Pelo menos onze processos licitatórios teriam sido fraudados entre os anos de 2004 e 2007. Os desvios somam, segundo cálculos do Ministério Público Estadual, R$ 13 milhões.

Também está sob análise na Procuradoria Geral da República a denúncia por racismo e abuso de autoridade feita contra o senador pela assistente-administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, 34 anos. Em depoimento no Pará Edisane acusou o senador de tê-la ofendido chamando-a de “preta”, “safada”, “macaca”,“vagabunda” entre outros palavrões. A assistente-administrativa denunciou Couto e a coligação “Reconstruindo Salinas”, alegando violação do Código Eleitoral ( valer-se o servidor público da sua autoridade para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido). A agressão teria ocorrido porque Edisane se recusou a fazer propaganda política do candidato a prefeito apoiado por Couto. Graças ao foro privilegiado do senador, o o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal. Em setembro do ano passado, foi distribuído para ministro Celso de Mello. Couto tornou-se réu em dois processos no STF. O primeiro diz respeito ao crime eleitoral e o segundo por injúria e abuso de autoridade, conforme informações disponíveis na página do Supremo na internet (ao lado). Como de praxe, a denúncia foi remetida à Procuradoria Geral. A assessoria da Procuradoria informou na semana passada, que, assim como as denúncias de fraudes na AL, os dois processos estão sob análise.

FRAUDES

Entre as provas enviadas pelo Ministério Público do Pará à Procuradoria estão as que se referem ao escândalo que ficou conhecido como “Tapiocouto”. Uma das formas de desvio era o pagamento de serviços não realizados feitos a empresas fantasmas que pertenciam a então servidores da casa. A mais famosa das empresas foi a Croc Tapioca que, segundo os promotores vendia “do feijão ao avião” para a AL. Por ser senador da República, Couto tem foro privilegiado na esfera criminal e por isso, as provas foram encaminhadas à Procuradoria Geral, mas as denúncias de desvio de recursos públicos já tiveram desdobramentos na Justiça Estadual. Isso porque, o foro privilegiado não se aplica ao julgamento por improbidade que pode obrigar o senador, a devolver aos cofres públicos o dinheiro desviado. No Pará, os promotores apresentaram denúncia contra Couto. Ele é réu em três ações. “Para nós, a improbidade está provada. Esperamos que a Procuradoria se convença da existência de crime porque isso reforça nossa ação aqui”, diz o promotor Nelson Medrado. Com base nas provas coletadas pelo MP, o juiz da 1ª Vara Civil decidiu bloquear, no ano passado, os bens do senador e de mais 38 pessoas, entre elas a deputada Cilene Couto (PSDB), filha de Mário. Hoje, parte do bloqueio de bens permanece. O senador pode movimentar apenas a conta do Banco do Brasil em que recebe o salário do Senado que deve ser usado para as despesas básicas como alimentação. Todos os outros bens móveis e contas correntes permanecem bloqueados. O objetivo é impedir a transferência para terceiros e com isso garantir que, em caso de condenação, o senador possa ressarcir os cofres públicos.

(Para ler completo, clique AQUI)
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SÃO PAULO - 26/mar/2014 

Estudantes pedem CPI do metrô e 'Fora Alckmin'

Estudantes de São Paulo fazem manifestação contra o governador Geraldo Alckmin e exigem a CPI do Metrô

estudantes protesto alckmin metrô
Estudantes foram às ruas protestar contra Geraldo Alckmin e reivindicar a CPI do metrô (Foto: Renato S. Cerqueira / Futura Press)

Um grupo de estudantes fez um ato na tarde desta quarta-feira na avenida Paulista, em São Paulo, pedindo a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as fraudes nas licitações do Metrô. Os manifestantes também protestam contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o descaso com a educação.
Aos gritos de “Não vai ter Alckmin”, os estudantes se concentraram no Vão Livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), de onde seguiram em direção à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O protesto tem a participação de representantes de entidades como União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Estadual dos Estudantes (UEE).
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) alerta aos motoritas que evitem circular pela região da avenida Paulista até o centro. Por volta das 17h, os manifestantes seguiam pela avenida Sargento Mário Kozel Filho.
Futura Press / Terra
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27 Mar 2014 
Copa 2014A presidenta Dilma Rousseff recebeu, nesta quinta-feira (27), um telefonema da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a convidou para vir ao Brasil. A visita oficial vai ocorrer em junho e a chanceler confirmou que pretende assistir, no dia 16, a partida entre Alemanha e Portugal, no estádio Fonte Nova, em Salvador.


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De...
...para a PressAA...

Barriga internacional: CNN pede desculpas por anunciar morte de Pelé

     
Na manhã desta sexta-feira, 28, a notícia da morte do ex-jogador Pelé correu rapidamente pelas redes sociais. A informação errada partiu da emissora norte-americana CNN, que usou o perfil do programa New Day, no Twitter, para anunciar a morte do ídolo brasileiro. A “barriga” foi corrigida minutos depois e o post foi substituído por pedidos de desculpas aos seguidores do perfil. 

-------0---pele-new-dayMensagem foi removida e substituída por pedidos de desculpas (Imagem: Reprodução)
A rede esclareceu que a informação não passava de um boato que circulava pela internet. "Porta-vozes de Pelé dizem à CNN que ele está vivo e bem", publicou o New Day. "Nós deletamos mais cedo um tweet incorreto sobre esse assunto. Nós lamentamos o erro e agradecemos aos nossos seguidores pela ajuda”.


Ativo nas redes sociais, Pelé, de 73 anos, não comentou o erro da emissora. Enquanto o boato sobre sua morte estava sendo espalhado, o “rei do futebol”, como é conhecido, divulgava no Twitter um vídeo publicitário que marca a despedida da Kombi, em uma campanha da Volkswagen. O ex-camisa 10 da seleção também usou a rede de 140 caracteres para promover seu novo comercial ao lado do jogador Cristiano Ronaldo.
Equipe do 'Canal Livre' viaja a Montevidéu para entrevistar presidente do Uruguai

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Facebookada

Cara-de-Pau do Dia

O que me move é o desejo de fazer o Brasil voltar a acreditar no Brasil.
Eduardo Campos
Político



Gilvan Freitas compartilhou a foto de Ricardo Parafatti.

Foto de Ricardo Parafatti.



Manipulação?

Nem precisa falar nada...
Nem precisa falar nada...
Fernando Soares Campos E depois não querem que a chamemos pelo verdadeiro nome: imprensa golpista


e vamos lá!

Ao agirmos juntos vamos ter mais força e maior facilidade em sermos ouvidos. Junte-se a nós e...
WWW.PETICAOPUBLICA.COM.BR
  • Fernando Soares Campos Isso mesmo, cara amiga Regina, sou a favor dessa medida desde o primeiro momento em que deflagaram (requentaram) o caso Pasadena. Bom mesmo para toda a nação seria incluir os dados relatados nessa matéria aqui. O autor tem autoridade, conhecimento de causa e competência para falar.... Trata-se de um dos mais importantes textos disponíveis na internet sobre o sucateamento, desprezo e propósito de entrega da Petrobras ao capital estrangeiro. Tudo certamente a troco das propinas que enriqueceram e enriqueceriam ainda mais um pequeno grupo de vendilhões da pátria. Tudo em detrimento dos mais necessitados, da educação, da saúde, dos transportes e do bem-estar em geral. Aí está.... http://limpinhoecheiroso.com/.../privataria-ano-a-ano-os.../

    limpinhoecheiroso.com
    Em reação às crescentes manifestações contra a chamada CPI da Petrobras, criada ...Ver mais


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Ocupação da Maré não agradou ao Meia Trava --- Julgamento do mensalão mobilizou 'robôs' em 2013 --- Dando nome aos bois midiáticos

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Ocupação armada na Maré foi rápida e contou com apoio das comunidades

30/3/2014
Por Redação - do Rio de Janeiro

Homens da tropa de elite da Polícia Militar ajudaram na ocupação armada do complexo de favelas da Maré
Homens da tropa de elite da Polícia Militar ajudaram na ocupação armada do complexo de favelas da Maré
A população do Complexo da Maré aplaudiu a chegada das forças de segurança, que ocuparam o conjunto de 15 favelas, onde moram cerca de 120 mil pessoas. O relato é do comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, coronel André Vidal, que participou da operação, iniciada às 5h deste domingo. O batalhão ocupou quatro comunidades: Vila Pinheiro, Baixa do Sapateiro, Vila do João e Parque Boa Esperança, todas até então comandadas por uma facção criminosa.
O oficial falou após a cerimônia de hasteamento das bandeiras do Brasil, do estado do Rio e do próprio batalhão, em uma praça ao lado do Morro do Timbau.
– O objetivo primeiro foi a tomada pacífica do terreno, sem risco para os moradores. A população nos recebeu com palmas e sorrisos. É só olhar em volta e ver – disse o oficial.
André Vidal pediu apoio dos moradores com informações que possam levar à apreensão de armas e drogas, além da localização de criminosos. Segundo ele, a população não precisa ficar com medo, pois a operação é definitiva.
– Não é só uma ocupação de força, é uma ocupação social. Espero que os próximos governantes mantenham isso. A polícia veio para ficar, só sairemos com a chegada do Exército – afirmou o coronel Vidal.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que deverá deixar o cargo nas próximas horas para se candidatar a uma cadeira no Senado, afirmou aos jornalistas, em seguida, que a ação, a dois meses e meio da Copa do Mundo, foi uma resposta aos criminosos.
– Nos últimos três meses fomos provocados e intimidados pelo poder paralelo que queria enfraquecer uma política de pacificação extremamente vitoriosa – acredita.
Sem qualquer reação por parte dos traficantes, o complexo de favelas foi ocupado em apenas 15 minutos. A área deverá receber a 39ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio.
– Há 80% das cidades brasileiras que não possuem o número de habitantes da Maré, com mais de 120 mil moradores. É uma cidade dentro da cidade. As pessoas que estão lá são gerações e gerações acostumadas a acordar de manhã e ver um bandido de fuzil. Hoje essa ocupação é sinônimo de paz – acrescentou.
Cabral, dessa vez, agradeceu a presidente Dilma Rousseff pela rapidez com que mobilizou as Forças Armadas.
Clima tranquilo
A ocupação armada ao complexo da Maré teve a participação de 1.180 homens de batalhões especializados da Polícia Militar, além de 132 policiais civis, com apoio de 21 blindados da Marinha, que seriam utilizados para romper barricadas nas ruas, o que não ocorreu efetivamente. A operação contou com o apoio aéreo de aviões não tripulados das Forças Armadas e da Polícia Federal.
Na Vila do João, bairro do complexo o clima era de tranquilidade e desconfiança por parte dos moradores, na manhã deste domingo. Parte dos policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) utiliza óculos com câmeras de visão noturna, capazes de filmar as ações de combate até mesmo durante a noite. Os blindados iniciaram a ocupação na frente das tropas, mas tiveram dificuldade no acesso por conta da grande quantidade de carros estacionados nas vielas.
(Mais Correio do Brasil, clique AQUI)
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Chevron contamina, mas não paga no Equador

31.03.2014
 
Chevron contamina, mas não paga no Equador. 20078.jpeg
Hernando Calvo Ospina, jornalista colombiano, radicado na França, mais uma vez nos brinda com uma de suas relevantes matérias, enviando a esta nossa Agência Assaz Atroz (PressAA) artigo-reportagem de sua autoria, publicado pelo Le Monde Diplomatique, através do qual relata sua visita a sítios de petróleo no leste do Equador, região que se tornou palco de acirrada disputa judicial, que tem por objetivo fazer uma gigante do petróleo indenizar os prejudicados pelas contaminações que causou na Amazônia equatoriana, expondo populações indígenas à contração de graves doenças, como o câncer.
A petroleira Chevron, uma das que se negaram a participar do leilão do Pré-Sal brasileiro, por não concordar com o regime de partilha, passou da condição de réu para autor, de acusado para acusador, nos tribunais dos Estados Unidos. E, pelo visto, já gastou muito mais milhões de dólares com advogados e lobistas do que a milionária quantia que teria que pagar aos atingidos pela contaminação das águas e solos nas províncias remotas da Floresta Amazônica.
(Para ler completo, clique AQUI)
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Julgamento do mensalão mobilizou 'robôs' em 2013

Mais de 20 mil perfis de usuários falsos foram utilizados para espalhar pelo Twitter mensagem contra recursos no STF


29 de março de 2014 Daniel Bramatti - O Estado de S. Paulo
No ano passado, um exército de "robôs" entrou em campo no Twitter durante o julgamento do mensalão com o provável objetivo de levar um slogan aos "trending topics" - a lista de termos mais citados, espécie de "pódio" dos assuntos debatidos na rede social.
Tudo começou quando, no dia 15 de setembro de 2013, uma usuária do Twitter postou uma mensagem para o perfil do Supremo Tribunal Federal com os dizeres "diga #NaoAosEmbargosInfringentes" - referência a um possível recurso que, se aceito pela Corte, poderia levar à redução de penas de alguns dos condenados pelo mensalão. O texto trazia ainda um link para um vídeo no YouTube, intitulado #OperaçãoBrasilSemPT.
No dia seguinte, a mensagem foi "retuitada" (reproduzida) por outros 23.846 usuários do Twitter - um volume expressivo e inusual. Análise feita pelo Estadão Dados detectou que apenas três das 23.846 reproduções do conteúdo foram feitas por pessoas de verdade e as demais, por perfis falsos.
Os "robôs" tinham várias características em comum: eram seguidos por zero usuários e também não seguiam ninguém no Twitter; entraram na rede em 13 ou 14 de setembro; e tinham em sua descrição biográfica ditados populares como "Pense duas vezes antes de agir", "A fome é a melhor cozinheira", "Onde come um, comem dois" - todos retirados de uma mesma página na internet.
A articulação provocou impacto na rede social: em determinado momento do dia 16 de setembro, #NaoAosEmbargosInfringentes foi o 153.º termo mais popular em todo o mundo no Twitter. 


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STF fez imenso favor ao PSDB e deu péssimo exemplo


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Facebookada

É preciso ter muito cuidado, mas muito cuidado mesmo, com este candidato a presidente da república, por cujo projeto presidencial o Povo Mineiro vem sendo literalmente espoliado e violentado via Máfia Tucana - organização criminosa que, há décadas, vem atuando impunemente, por ter o Poder Judiciário e a Mídia Empresas a seu serviço sujo.

Acompanhe as últimas notícias do Brasil e do Mundo com todo o conforto e a tecnologia que...
MIDIACON.COM.BR



Alice Pagotto compartilhou a foto de Pedala Direita.


E AÍ, AÉCIO, NÃO VAI TER CPI EM MINAS? Já que Aécio quer lutar contra a corrupção, deveria permitir (já que é ele quem manda) à oposição abrir uma CPI em Minas, para ter mais informações sobre os gastos de mais de R$ 800 milhões em publicidade no seu governo. O Pedala Direita mostra o que a mídia esconde.
 para ter mais informações sobre os gastos de mais de R$ 800 milhões em publicidade no seu governo.
Pedala Direita mostra o que a mídia esconde.




Foto de Marcos Doniseti Vicente.


Enfim um grande jornal brasileiro enviou um repórter à Pasadena! A jornalista Isabel Fleck viajou para lá e publicou hoje sua primeira matéria sobre o tema....
OCAFEZINHO.COM
Desespero! Sabe por quê? Percebem que está dificil de voltar à velha mamata!
"O mais importante de tudo não é o que fizeram de você, mas o que você vai fazer com o que fizeram de você" - Jean-Paul Sartre
ASSAZATROZ.BLOGSPOT.COM
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No blog da redecastorphoto...


A PROPÓSITO DE: 28/3/2014, [*] Glenn GreenwaldThe Intercept [excerto]
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

A hipocrisia de tratar o Rei Abdullah como democrata e Maduro como ditador

Entreouvido na Viela do Xixi na Vila Vudu: Esse artigo não é nenhuma brastemp, não tem novidade, ainda não é propaganda política de democratização, mas já é jornalismo de democratização E É MUITO BOM, como exemplo disso. Greenwald é jornalista liberal e ainda crê no jornalismo liberal. Além disso, trabalha em ambiente de (muuuito) melhor jornalismo, que nós, cá no Brasil, condenados todos ao monopólio e à mediocridade quase INACREDITÁVEL do “jornalismo” das empresas  imprensa do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadão). Mas até Greenwald, por jornalista liberal que seja, JÁ SABE que se pôr a criticar “a mídia”, sem dar nomes aos bois, é perder tempo e energia.
Criticar “a mídia” só faz algum sentido e tem alguma serventia no mundo real, se a crítica inclui nome, RG, CPF, profissão e residência , bem divulgados, dos agentes da tal de “mídia”, os próprios jornalistas (editores e repórteres, todos, agentes discursivos MUITO MAIS DIRETAMENTE ATIVOS de fascistização da opinião pública, até, que os patrões deles), caso a caso: é indispensável dar nomes aos bois.
Ou só se critica uma palavra (a tal de “mídia”) e não se critica nem o pensamento (sujo) nem o serviço (ainda mais sujo) que OS JORNALISTAS, alguns políticos que sabem servir-se da tal de “mídia” e seus marketeiros são pagos para fazer e fazem (e alguns, jornalistas empregados fascistas sinceros, fascistas convictos, fariam também, igualzinho, mesmo que tivessem de PAGAR pra fazer).
Vejam aí que a crítica é personalizada, dirigida, nome, história, profissão e endereço e tuuuudo.


Tommy Vietor em casa
Tommy Vietor foi porta-voz do Conselho de Segurança Nacional do presidente Obama, no primeiro mandato. Deixou o posto para criar uma empresa de consultoria (associado a Jon Favreau, que escrevia discursos para Obama), a serviço da qual pôs seus contatos na Casa Branca, para construírem estratégias de ação nas redes sociais e na mídia em geral para empresas que negociam (grandes negócios) com o governo. Sua sala de trabalho, hoje, é adornada com pôsteres do presidente Obama (como se vê no vídeo).

A função de Vietor [não são INCRÍVEIS esses jovens empreendedores?! 8-))))))) [NTs]), que ele cumpre aplicadamente é simples: expressar e incorporar as ideias mais definitivas, mais convencionais, do que a Washington imperial pensa sobre ela mesma.

Na 2ª-feira (24/3/2014), Vietor foi ao Twitter, para atacar publicamente Oliver Stone, por ter manifestado seu apoio ao governo de Maduro na Venezuela:

[no tuíto:] @Oliver Stone: Como você pode apoiar Maduro, quando ele mantém ilegalmente presos líderes da oposição como #LeopoldoLopez?

Aí, claro, nada se vê além da velha tática preferida da Washington oficial: fingir cinicamente que se preocupa com direitos humanos, ao mesmo tempo que trabalha para minar governos que não obedeçam às ordens dos EUA.

Para os tommy vietors do mundo, o governo de Maduro não é ruim porque “mantém ilegalmente presos líderes da oposição”; é ruim porque se opõe a políticas dos EUA, recusa-se a obedecer ordens dos EUA e derrota, em eleições livres e populares, os candidatos neoliberais subservientes preferidos dos EUA. Até aí, nada de novo.

Tommy Vietor, vestindo trajes patrióticos
A coisa para de me parecer cômica, contudo, quando vejo a habilidade dos tommy vietors do mundo para convencerem, em primeiro lugar eles mesmos e, na sequência, também outros, de que conseguem distribuir esse tipo de “comentário”, sem serem imediatamente arrastados para praça pública, em desgraça. A mesma pessoa que invoca preocupações com direitos humanos a ponto de condenar publicamente Stone por apoiar governo democraticamente eleito na Venezuela passou anos apoiando tiranias – essas sim! – brutais e viciosas, que jamais foram eleitas para governar coisa alguma.

O governo Obama, do qual Vietor foi porta-voz, várias vezes forneceu armas ao governo do Bahrain para esmagar brutalmente manifestações democráticas de opositores do ditador. O mesmo governo Obama apoiou vigorosamente o repelente regime de Mubarak, aliado dos EUA por muito tempo, até que a queda tornou-se inevitável; Hillary Clinton, logo depois de nomeada Secretária de Estado, não teve pejo:

Realmente considero o Sr. e a Sra. Mubarak amigos de minha família.

Obama várias vezes abraçou os monarcas do Qatar, dos Emirados Árabes Unidos do Kuwait. E tudo isso, independente do apoio político, financeiro, diplomático e militar inigualável que os EUA dão com prodigalidade a Israel, mesmo depois de décadas ininterruptas de ocupação, repressão e agressão aos palestinos.

E há também o mais íntimo dos aliados dos EUA, o principal, que é também uma das ditaduras mais brutalmente repressivas do mundo: a Casa de Saud. Durante o mandato de Vietor, o governo Obama revelou planos para entregar aviões de guerra à Arábia Saudita, negócio de mais de US$ 60 bilhões, o maior negócio de vendas de armas nos EUA em toda a história, e “conversações com o reino saudita sobre upgrades nos sistemas naval e de mísseis de defesa que poderiam chegar a mais dezenas de bilhões de dólares”.

Há cinco meses, o Pentágono anunciou “planos para vender à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos US$ 10,8 bilhões em armamento avançado, incluindo mísseis Cruiser ar-terra e munição de precisão”, um pacote que “inclui as primeiras vendas dos EUA a aliados no Oriente Médio das novas armas fabricadas por Raytheon e Boeing que podem ser lançadas à distância pelos aviões F-15 da Arábia Saudita, e F-16 dos Emirados Árabes Unidos”.

A Casa Branca de Obama repetidas vezes afirmou sua forte parceria com a tirania saudita.

Hoje [anteontem, 28/3/2014)], Obama chega a Riad, para garantir aos monarcas sauditas que os EUA continuam tão firmes como sempre na íntima parceria entre os dois governos, e tentar acalmar as ansiedades sauditas. Vai-se encontrar com o rei Abdullah, “terceiro encontro entre Obama e o rei, em seis anos”.


(...) tentar suavizar as relações com a Arábia Saudita, mostrando ao antigo aliado dos EUA que não está esquecido.

De fato “altos conselheiros do presidente dizem que a visita é um investimento numa das mais importantes relações dos EUA no Oriente Médio”.

Se você quer justificar tudo isso e argumentar cinicamente que seria benéfico para os EUA apoiar tiranias brutais e repressoras, OK, vá em frente. Pelo menos, será falar conforme age, postura honesta. Mas não se ponha a falar como se os EUA fossem alguma espécie de bastião contra a repressão política e a violação de direitos humanos, quando já se sabe que a verdade é, tão dolorosamente, o contrário disso.

E se você já trabalhou tanto, por tanto tempo, para garantir todos os tipos do mais irrestrito apoio vital a todos os regimes mais brutais do mundo, não se meta, agora, a fazer pose de líder da gangue, a criticar os que defendem governos mais democráticos e benignos.



[*] Glenn Greenwald (6 de março de 1967) é advogado um norte-americano, especialista em Direito Constitucional  dos EUA, colunista, blogueiro, comentarista político e escritor estadunidense. Atualmente (2014), vive no Rio de Janeiro Brasil. Divulgou, inicialmente através do jornal britânico The Guardian, as informações sobre os programas de Vigilância Global dos Estados Unidos, que vieram as claras através dos documentos fornecidos por Edward Snowden. Foi colunista do sítio Salon.com, do jornal britânico The Guardian e atualmente, desde o início de 2014 lançou o site de notícias The Intercept, uma publicação da First Look Media, criado pelo próprio Glenn Greenwald juntamente com Laura Poitras e Jeremy Scahill.3
Greenwald é premiado colunista de política nos Estados Unidos  e autor dos best-sellersHow Would a Patriot Act? (2006), A Tragic Legacy (2007), e Great American Hypocrites (2008). Suas análises sobre a vigilância governamental americana e a Teoria da separação dos poderes são usualmente citados nos jornais The New York TimesThe Washington Post e  em debates no Senado e na Câmara de Representantes dos EUA.


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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Justiça Instantânea: Formação de cartel prescreve por ser crime instantâneo --- Para não acreditar: 13 mentiras sobre o governo Dilma --- A Caixa nos tempos do FHC do PSDB.

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TRENS PAULISTAS

Formação de cartel prescreve por ser crime instantâneo


A consumação do crime de formação de cartel ocorre com o ajuste entre empresas para fixar preços artificiais e está sujeita, portanto, à prescrição. Essa foi a tese do juiz Benedito Roberto Garcia Pozzer, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, para extinguir a punibilidade de executivos denunciados sob acusação de formação de cartel e fraude à licitação em concorrências do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Em uma das denúncias sobre o caso, o Ministério Público apontara o nome de 12 empresários suspeitos de integrar o esquema e havia solicitado a prisão preventiva de cinco estrangeiros que já foram ligados à multinacional alemã Siemens: Peter Rathgeber, Robert Huber Weber, Herbert Hans Steffen, Rainer Giebl e José Aniorte Jimenez.
Segundo o MP, todos participaram de um cartel formado entre novembro de 1999 e setembro de 2010 para disputar a licitação da linha 5 do Metrô, na capital paulista. A denúncia diz que, quando os envolvidos conseguem efetuar o contrato, a formação de cartel perduraria durante toda a sua execução, assim como crimes de fraudes à licitação.
A tese, porém, foi rejeitada pelo juiz Benedito Roberto Garcia Pozzer, em sentença proferida na última segunda-feira (31/3). “Os crimes [tipificados na Lei 8.137/90], se é que foram cometidos, consumaram-se em momentos determinados, como todo delito instantâneo, (...) e os da Lei nº 8.666/93 se consumaram no instante de adjudicação do objeto da licitação”, afirmou o magistrado.
Ele avalia, no caso concreto, que os supostos crimes teriam prescrito em outubro de 2012, pois o contrato foi firmado em outubro de 2000 e a pena máxima, somando-se os crimes imputados, chegaria a 12 anos. Ainda cabe recurso.

Clique aqui para ler a decisão.
0026495-43.2014.8.26.0050

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Para não acreditar: 13 mentiras sobre o governo Dilma




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Sim, meus caros, eu quero uma CPI para saber como no governo do FHC do PSDB era possível um banco dar prejuízo. No penúltimo ano do FHC a Caixa Econômica Federal recebeu 9,35 BILHÕES de reais em ajuda do governo e mesmo assim fechou o ano com um prejuízo de 4,687 BILHÕES de reais quando hoje com o PT a Caixa Econômica cresce 19,2% ao ano dando um lucro de 6,7 BILHÕES de reais.
l recebeu 9,35 BILHÕES de reais em ajuda do governo e mesmo assim fechou o ano com um prejuízo de 4,687 BILHÕES de reais quando hoje com o PT a Caixa Econômica cresce 19,2% ao ano dando um lucro de 6,7 BILHÕES de reais.



Estranhamente, nos últimos dias, a mídia esqueceu a refinaria de Pasadena. Só há notícias periféricas, políticas, sobre a refinaria. Nada sobre o negócio em si. Quer dizer, a Folha até mandou uma repórter à Pasadena, Texas. Ela publicou...
OCAFEZINHO.COM




Ze Carlos compartilhou um link.

Página independente sobre política, mídia, música, filosofia, literatura, esportes e outros assuntos também irrelevantes.
CONTEXTOLIVRE.COM.BR

Castor Filho curtiu um artigo

Em 2001, quando era presidida por Henri Reichstul, que tentou mudar o nome da estatal para Petrobrax, a Petrobras deu postos de combustíveis, parte de um campo exploratório e 30% de uma refinaria no R...

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Como a Rede Globo obteve e-mails de gestores da Petrobras? "Favor encaminhar pergunta à NSA," Plim! Plim! --- Vale o escrito: Astra pagou quase US$ 500 milhões por Pasadena --- Aécio aspira uma grande carreira --- Dilma aparece em pesquisa como líder capaz de promover a paz mundial

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Emocionada, Dilma Rousseff assinou contrato (vídeo)para construção de 1.700 casas do Pinheirinho dos Palmares, em São José dos Campos (SP), para famílias despejadas em 2012.
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Snowden denunciou espionagem sobre a Petrobras. Ontem TV Globo publicou emails da empresa. E agora?


sábado, 5 de abril de 2014

Ontem o Jornal Nacional da TV Globo publicou emails entre gestores da Petrobras.

Há poucos meses Edward Snowden, o ex-analista da NSA (agência de espionagem estadunidense), revelou ao mundo que os emails da Petrobras foram espionados. O próprio jornalão "O Globo" publicou.

Seria só coincidência? 

Sabemos que o jornalismo tem direito a proteger o sigilo da fonte, mas tem pulga atrás da orelha nessa história, principalmente quando um documento de 1965 confirma que o então dono das Organizações Globo passava segredos para o embaixador estadunidense sobre conversas confidenciais que ele tinha com o general-presidente da ditadura.

Mais um capítulo do novelão tucano em que se transformou o Jornal Nacional

Curioso é que os emails são de 2008 e sobre um assunto que já foi usado pela oposição na campanha eleitoral de 2010. Foi o custo do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, mais alto do que o orçamento inicial. O gasoduto ficou pronto em 2009. Se não me engano as contas já foram auditados pelo TCU (estavam sendo contestadas na época), e explicado os acréscimos nos custos, devido a complicações de logística na floresta Amazônica.

As mensagens mostradas sequer falam de irregularidade, nem mostram nenhum acerto escuso, nenhum dôlo. Apenas mostram a preocupação natural entre os dois gestores com os custos mais elevados e atraso das obras do gasoduto e o receio disso comprometer a competitividade do gás como insumo para as termoéletricas de Manaus.

No máximo o JN tinha uma pauta. Teria que apurar mais para virar notícia, se realmente encontrasse alguma coisa que justificasse. Parece que já se deram conta que a Refinaria de Pasadena foi um negócio normal e estão apenas assoprando a brasa do denuncismo anti-Petrobras para não apagar.

O desespero para levar ao ar qualquer coisa, antes mesmo de apurar, mostra o quanto o JN está pautado pelos demotucanos a ponto de se tornar um novelão tucano com um capítulo a cada dia

Mas essa ansiedade anti-Petrobras pode ter sido um tiro no pé. Se o desejo era requentar uma pauta eleitoral demotucana de 2009, coloca a TV Globo no olho do furacão da espionagem sobre emails da Petrobras.
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42 milhões nada, Astra pagou quase US$ 500 milhões por Pasadena



5 de abril de 2014 | por Miguel do Rosário
As coisas vão ficando mais claras.

As últimas informações de que dispomos já nos permitem uma avaliação mais precisa sobre o montante investido pela Astra para iniciar suas operações na refinaria de Pasadena. Alguns dados já eram de domínio público. Mas faltavam algumas peças no quebra-cabeça. Por exemplo, quanto a Astra havia pago pelos estoques de Pasadena, quando iniciou o processo de aquisição da refinaria, em meados de 2004?

- US$ 42,5 milhões pelas ações da companhia (fonte: relatório daNPM/CNP).
- US$ 55 milhões pelos estoques (fonte: consultora Jefferies & Cafezinho).
- US$ 300 milhões na Astra trading (Valor).
- US$ 84 milhões em investimentos em maquinários (fonte: Globo).
Total: US$ 481,5 milhões.

Quase todos os links acima são abertos, com exceção do Valor, de maneira que reproduzo um trecho da matéria que fala dos US$ 300 milhões investidos pela Astra na trading de Pasadena.

“Conforme o acordo de acionistas, ao qual o Valor teve acesso, o prêmio de 20% valeria tanto para os 50% restantes do ativo refinaria, avaliado em março de 2006 por US$ 378 milhões, como para a trading, que tinhapreço de referência inicial de US$ 300 milhões, que era o “capital comprometido” pela Astra no negócio até a assinatura do acordo.”

Esses números nos levam a duas conclusões: 1) nenhuma empresa investiria quase meio bilhão de dólares numa “sucata”. 2) Tome sempre muito cuidado com o que lê.

Aliás, o blog da Petrobrás, até então parado qual um cadáver, parece ter mexido um dedinho do pé, como uma pessoa em coma que tenta mostrar que está vivo. Postagem de ontem revela que as refinarias no Brasil controladas pela estatal bateram um novo recorde mensal de produção, processando 2,151 milhões de barris. O volume foi 12 mil barris superior ao recorde, anterior, de julho de 2013.

Agora precisamos saber a produção, o faturamento e o lucro de Pasadena nos últimos dois anos. Reportagem da Folha apurou que ela registrou boas margens de lucro no período. O ex-presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, também afirmou que a refinaria dá lucro. A própria Graça Foster, presidente da estatal, que geralmente é lacônica em tudo que se refere a dados da empresa, já declarou que Pasadena está processando a pleno vapor. Queremos conferir isso direitinho, preto no branco. Até porque a imprensa agora começou a somar gastos de Pasadena com serviços e obras ao custo de aquisição, o que é um delírio total, servindo apenas para fazer sensacionalismo. Começam a surgir notícias do tipo: “custo de pasadena pode ter sido ainda maior”, etc.

Pasadena tem faturamento bruto talvez superior a US$ 1 bilhão. Suas despesas, naturalmente, são altas, mas devem ser abatidas de seu faturamento. Isso é óbvio. Quanto mais rápido, a Petrobrás trazer dados, evitará a consolidação de ideias preconceituosas, baseada em informações distorcidas, contra a estatal.

Outra coisa que está ficando mais clara é a natureza estratégica da localização de Pasadena, no canal de Houston. Agora que a China começou a construir uma outra passagem oceânica no Panamá, ligando Atlântico e Pacífico, a região do Golfo do México ganhará uma importância geopolítica ainda maior. Um relatório recente de uma agência de energia do governo americano diz que as margens das refinarias no país cresceram muito nos últimos meses e devem continuar crescendo durante bastante tempo, impulsionadas pelo aumento da demanda interna e pelas novas fontes de suprimento no Texas.

Não seria uma ironia curiosa se Pasadena, pintada como sucata, inútil, mau negócio, de repente se tornasse um dos ativos estrategicamente mais importantes da Petrobrás no exterior?

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03 de abril de 2014


"Questionário do instituto do grupo Folha, de Otávio Frias Filho, traz uma série de perguntas sobre insegurança, Pasadena e risco de apagão, antes de entrar no que realmente interessa, que é a sucessão presidencial; estrutura das perguntas tende a criar um certo mal-estar no entrevistado e, por isso, deve apontar índices menores da presidente Dilma Rousseff e maiores dos oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos; resultado sai apenas no sábado, mas a especulação já corre solta na Bovespa, onde as estatais registraram ontem fortes altas


A pesquisa Datafolha que será divulgada neste fim de semana deve apontar queda da presidente Dilma Rousseff e alta dos oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB. O motivo para isso é a própria estrutura do questionário preparado pelo Datafolha, que foi obtido pelo 247.
Isso porque o entrevistado vai sendo preparado para uma percepção de mal-estar antes de responder o que realmente interessa, que é em quem pretende votar nas eleições presidenciais de outubro.




A intenção de voto para presidente da república é abordada em oito questões. No entanto, antes disso, são colocadas quatro sobre a percepção do governo Dilma, três sobre a percepção do país atual, sete sobre a percepção da economia, quatro sobre violência, duas sobre a Copa do Mundo, uma sobre os protestos de junto, cinco sobre a questão da refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras, cinco sobre a percepção de emprego e três sobre a falta de chuvas e o abastecimento de água e energia – neste caso, com um detalhe: embora São Paulo esteja à beira de um racionamento de água, o problema é apresentado como federal, capaz de produzir apagões."
Matéria Completa, ::AQUI::



Aécio: "Dilma é mulher de bem, mas despreparada"

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Presidenciável do PSDB, o senador Aécio Neves disse nesta sexta-feira (4) que, embora a presidente Dilma Rousseff seja "uma mulher proba, sem qualquer dúvida em relação ao seu caráter, "ela não ela não estava preparada para administrar o país"; "O que há é um enorme questionamento pelos indicadores da economia, pelos atrasos da infraestrutura, pela projeção extremamente preocupante dos indicadores sociais", disse; tucano afirmou estar "cada vez mais convencido" de que tem avançado e que irá vencer as eleições 52



ÁLVARO DIAS QUIS DAR AULA DE ÉTICA E FOI EXPULSO

Pedro França/Agência Se: Senador Alvaro Dias (PSDB-PR) faz indagações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a operação Porto Seguro. A audiência é conjunta das comissões de Serviços de Infraestrutura (CI), de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de
Senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) tentou proferir a palestra "ética na vida pública", mas foi impedido pelos estudantes da Unicentro, centro universitário de Guarapuava, no Paraná; em seu perfil no Facebook (clique aqui), o senador acusou “grupelhos do PCdoB e PT” de tumultuar o evento; segundo ele, “revelaram o medo que começa a ganhar corpo, de que os detentores do poder, estão em fim de festa com a aproximação das eleições”; assista o vídeo
5 DE ABRIL DE 2014 
[Para ler completo e assistir ao vídeo (muito divertido), clique no título]
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De...


...para a PressAA...

Marco Civil da Internet é "ferramenta da liberdade de expressão", avalia Dilma

     
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira, 3, que o Marco Civil da Internet, projeto que tramita no Congresso Nacional, é um instrumento “da privacidade individual e do respeito aos direitos humanos”.
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(Imagem: tecnodrom)
Dilma lembrou que Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web, fez defesa pública da proposta, que foi aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados e está em debate no Senado. De acordo com a presidente, Berners-Lee disse que o projeto ajuda a inaugurar uma nova era, em que “os direitos dos cidadãos do mundo serão protegidos por constituições digitais”.

“Considero o projeto do Marco Civil da Internet uma ferramenta da liberdade de expressão, da privacidade individual e do respeito aos direitos humanos”, publicou Dilma em sua conta pessoal no Twitter.
Apesar de estar presente no Brasil há 18 anos, a internet ainda não tem qualquer regulamentação. Se o Senado aprovar o Marco Civil da Internet, serão definidos os direitos e deveres de usuários e provedores de serviços de conexão e aplicativos na internet.
*Edição: Nádia Franco
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GOVERNO ANUNCIA CPI MISTA DA PETROBRAS E CARTEL NO METRÔ - http://goo.gl/yQIZ0n Líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE) anunciou, da tribuna do plenário do Senado, que os partidos da base governista conseguiram as assinaturas de 219 deputados e 32 senadores para a criação de uma CPI mista para investigar a Petrobras, contratos dos metrôs de São Paulo e do DF, a construção do Porto de Suape e contratos na área de tecnologia digital; requerimento, assim como o da oposição, deve ser lido em sessão no dia 15; deputados Deputado Federal Vicentinho (PT-SP), líder do PT na Câmara, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo, acompanham anúncio feito por Pimentel.
a do plenário do Senado, que os partidos da base governista conseguiram as assinaturas de 219 deputados e 32 senadores para a criação de uma CPI mista para investigar a Petrobras, contratos dos metrôs de São Paulo e do DF, a construção do Porto de Suape e contratos na área de tecnologia digital; requerimento, assim como o da oposição, deve ser lido em sessão no dia 15; deputados Deputado Federal Vicentinho (PT-SP), líder do PT na Câmara, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo, acompanham anúncio feito por Pimentel.

UAUUUUUUU!
A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi citada recentemente como um dos líderes políticos que teriam capacidade para promover a paz mundia...

PORTAL R7



Marlene Senna compartilhou o álbum de Blog Ivaldo Show.

UM SONHO PRESTES A SER CONCRETIZADO... FALTA POUCO!!  ...

VALEU LULA, VALEU DILMA!! \o/

Na visita de ontem e hoje o ministro visitou o túnel Monteiro, que está em fase de construção da parte inicial, localizada em Pernambuco. Na semana que vem começam as obras no trecho da saída, que fica na Paraíba. Ao todo serão 3 km de extensão.


#IntegraçãoSãoFrancisco #VelhoChico #TúnelMonteiro #Floresta

Na visita de ontem e hoje o ministro visitou o túnel Monteiro, que está em fase de construção da parte inicial, localizada em Pernambuco. Na semana que vem começam as obras no trecho da saída, que fica na Paraíba. Ao todo serão 3 km de extensão.  #IntegraçãoSãoFrancisco #VelhoChico #TúnelMonteiro #Floresta
Foto de Blog Ivaldo Show.
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Foto de Blog Ivaldo Show.
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Telepornô: PEGADINHA SÉRIA NA CENTRAL DO BRASIL

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PEGADINHA SÉRIA NA CENTRAL DO BRASIL

Um jornalista desempregado deixou currículo na redação de importante rede de televisão.

Dias depois recebeu telefonema da empresa:

― O chefe quer saber o que você quer dizer com “experiência em pegadinhas” ― falou a secretária.
― Isso mesmo, tenho experiência em quadros humorísticos do tipo pegadinha.

Dias depois ele é chamado para entrevista com o redator-chefe.

― Que tipo de pegadinha você seria capaz de criar para um telejornal?
― Bom, nesse caso, a gente pode fazer “saidinha de banco”. Entrevistamos um aposentado que está saindo com o pagamento, perguntamos se ele não tem medo de ser assaltado. O resto fica por conta da produção, basta usar um jovem ator negro como assaltante... Depois do susto, a gente acalma o velhinho dizendo que ele está na tela da...
― Pode parar! Tô falando de coisa séria, rapaz...
― Então, em vez do pessoal de produção, a gente usa os caras que dão cobertura aos pivetes e assaltantes em geral. Alguns são ex-policiais. Tenho contatos... Entrevista escolhida in loco, ao sinal, o descuidista dá o bote... Flagrante perfeito.
― Tudo bem, vamos fazer uma experiência na Central...

O vídeo correu mundo. A turma do “não vai ter Copa” se masturbou assistindo ao telepornô...
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PressAA: Estamos recebendo currículo de repórter com experiência em cobertura de CPI's que apuraram casos de corrupção dos governos do PSDB. Salário estratosférico + benefícios equivalentes aos de um senador. Telefone urgente para a nossa redação, deixe endereço, mandamos pegar de helicóptero ficha limpa. Gratificamos generosamente quem nos indicar tal profissional.
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Eu tava almoçando agora há pouco e a tevê do restaurante estava, óbvio, sintonizada no lixo da Globo.
Foi reprisada uma cena que eu ainda não tinha visto: uma mulher dava uma entrevista na rua, perto da Central do Brasil. Durante a conversa com o repórter, um cara tenta lhe arrancar a correntinha do seu pescoço.
Detalhe: a matéria era justamente sobre assaltos na região da Central. Puta coincidência, né não???
Dúvida minha: será possível que alguém iria tentar furtar uma pessoa que estava sendo entrevistada, diante das câmeras e microfone da tevê????
Pra mim, isso foi um "flagrante" armado. Sinto vergonha em levantar esse tipo de suspeita, mas da rede globo eu espero todo tipo de sordidez.
P.S.: Foto "afanada" da página do Leandro Fortes.

Eu tava almoçando agora há pouco e a tevê do restaurante estava, óbvio, sintonizada no lixo da Globo.  Foi reprisada uma cena que eu ainda não tinha visto: uma mulher dava uma entrevista na rua, perto da Central do Brasil. Durante a conversa com o repórter, um cara tenta lhe arrancar a correntinha do seu pescoço.  Detalhe: a matéria era justamente sobre assaltos na região da Central. Puta coincidência, né não???  Dúvida minha: será possível que alguém iria tentar furtar uma pessoa que estava sendo entrevistada, diante das câmeras e microfone da tevê????  Pra mim, isso foi um "flagrante" armado. Sinto vergonha em levantar esse tipo de suspeita, mas da rede globo eu espero todo tipo de sordidez.   #TemTretaAí  P.S.: Foto "afanada" da página do Leandro Fortes.

  • 77 pessoas curtiram isso.
  • Dhebora Fernandez Balsini Sim, a coisa tá pela hora da morte.

  • José Antônio Araújo Claro que foi!!!!

  • Raimundo Gomes da Costa Foi a primeira coisa que pensei!

  • Julio Cesar Silva Em 86 derrotaram o Darcy Ribeiro promovendo arrastões para serem exibidos no Fantástico. Canalhas !!!

  • Tahia Sarapo vi um comentário bem reaça no esquerdopata qquer coisa

  • Raimundo Gomes da Costa Se não estou enganado, em 89 derrotaram o Lula obrigando um dos sequestradores do Abílio Diniz a usar uma camisa do PT.

  • Leo Nogueira Paqonawta e "suavizam" a cara do meliante e deixam a da dona exposta?

  • Gizelda Trindade Acredito...

  • Rafael Patto Caraca!!!! Eu só vi a sequencia, mas como estava longe da teve, eu não consegui ouvir a reportagem. Putz, vendo o vídeo agora ficou na cara que é armação. RIDÍCULO!!!! Gente, a concessão da globo tinha que ser cassada.

  • Rafael Patto Obrigado, Pagu Indignada, por trazer o link pra cá.]

  • Tahia Sarapo esquerdopatia da depressão

  • Eduardo Martinez De ficção a Globo entende tanto que sair do jornalismo político para a literatura policial pode significar a mesma coisa ou coisa alguma.

  • Aryza López Tão apelando!!!

  • Pagu Indignada Por nada, Rafael Patto! Contra a globo, pode contar comigo... rs
    Da bolinha de papel ao furto mentiroso. E viva a manipulação!

  • Pagu Indignada É a audiência despencando! Fazem isso pra chamar audiência!

  • Marcia Pozenato Kkkkkklk acabei de comentar na pag da Veja q isso tá na cara q foi armação!!!!!! Olha a cara da mulher.....típica de quem tá iniciando na arte de representar.....

  • Socorro Lima Vergonhosamente armado! Com tanta gente por perto pra assaltar o cara vai preferir justamente quem tá sendo filmado?!

  • Alzira Collares Rafael Patto, tive a certeza desse 'flagrante' armado; sei de informação segura que muito das entrevistas, com pessoas nas portas de hospitais, são pagas para declarar o que o repórter manda.

  • Jameson Costa Olha, eu não sei, mas aconteceu algo parecido aqui em belém, quando uma reportagem foi assaltada, tanto que o câmera ainda pegou a imagem do cara com um 38 na mão!

  • Anderson Marques Eu também disse isso!! É FORJADO

  • Dea Barreto Rios Aiaiai....tá parecendo aquele caso da bolinha de papel. Não dei credibilidade.

  • Socorro Lima Obs: a identidade do ladrão foi preservada. Piada! rs

  • Roberly Vaz Pareceu forjado!

  • Tereza Briggs Estava visitando a exposição sobre o Golpe Militar no Armázem da Utopia no Rio De Janeiro, no mesmo momento que a Globo News estava fazendo uma matéria. O jornalista me entrevistou e também minha amiga uma socióloga marxista. Disseram que a reportagem iria ao ar naquele mesmo dia, no jornal das 10. Até hoje não foi! E jamais irá! Criticamos duramente o golpe, a tortura, os assassinatos, a censura e os responsáveis pelo golpe! A carapuça caiu!

  • Dadinha Piedade Peixoto SABE QUE EU PENSEI A MESMA COISA?!!!

  • Sandra Coutinho ta na cara que é uma farsa!

  • Dea Barreto Rios Pega na mentira........

  • Alfio Bogdan E o mais importante, não levou a correntinha da mulher... Legal né? "Tá começando a dar nos nervos"...

  • Vera Pasq Eu tenho certeza que foi uma farsa..... rsss.... e quem acreditar ao contrário..... to fora..... é muito babaca.....

  • Marleide Leite Pensei a mesma coisa... Noooossa...

  • Julia Lima Meu caro Rafael Patto,confesso que tb tive vergonha de pensar a mesma coisa que vc, mas foi muuuiiiitaa coincidência!

  • Thaís Gondim Tbm pensei nisso qnd vi a reportagem

  • Anete Garcia Neves parece a mentira da bolinha de papel...

  • Marta Molina hahahahaha, só rindo 

  • Ronaldo Pimenta Lógico. Também pensei nisso.

  • Iran Francisco Eu acho q ja vi a entrevistada na telinha em outras ocasiões, SERÁAA q ÉH?

  • Vânia Teske Central Globo de Produções ( produções mesmo!).

  • Luisa Jucá Papo de maluco!!!

  • Ilzaglei Arigoni Souza Muito fake kkkkkk

  • Eliane Alves Detalhe: O repórter estava perguntando se ela não tinha medo de ter a corrente de ouro roubada rsrsrs coincidência, não? Kkkkk

  • Mara Ramos da globo eu espero tudo que não presta

  • Lucy Miranda A Globo acaba de dar um tiro no pé.

  • Conceição Vieira A Globo precisa que lhe ponham termo não é de hoje... Uma manifestação monstro em frente ao Projac, tipo ninguém entra ninguém sai, por um dia inteiro, tudo veiculado via mídias ninjas... bora começar a reagir. E estender a ação para todas as capitais. Acho que nós é que vamos ter que pegar esse boi pelo chifre.

  • Freire Helder Também achei muito estranho essa história.




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Lula e a Tropa de Elite da Blogosfera --- Entrevista: Aos 50 anos de militância, Raul Pont anuncia nova frente de luta

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Lula e a Tropa de Elite da Blogosfera

Fernando Soares Campos

Nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2010, momento de plena campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, aconteceu o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (leia-se “blogueiros pró-governo progressista”), em São Paulo, capital, com a participação de 330 blogueiros de 17 unidades da federação.

O encontro foi viabilizado pela solidariedade dos participantes, que, em alguns casos, se cotizaram e, em outros, disponibilizaram hospedagens domésticas para participantes de outras regiões.

Resumo das deliberações do encontro:

a) Apoio ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL);
b) Defesa da regulamentação do disposto em artigos da Constituição Federal que determinam a regulamentação das concessões de órgãos de comunicação, proibindo a concentração abusiva por empresas do ramo e estimulando a produção independente e regional, além de estabelecer princípios e objetivos de sistemas público, estatal e privado;
c) Combate a projetos de lei que visem limitar o uso da internet e defesa do princípio de neutralidade na rede;
d) Reivindicação de políticas públicas que incentivem a blogosfera e estimulem a diversidade informativa e a democratização da comunicação, e protesto contra recursos governamentais que sirvam para reforçar a concentração midiática no país;
e) Cobrança sobre as garantias de implantação das deliberações da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em especial a da criação do imprescindível Conselho Nacional de Comunicação;
f) Instituição do encontro anual dos blogueiros progressistas, como um fórum plural, suprapartidário e amplo; e
g) Criação de núcleos de apoio jurídico aos blogueiros progressistas, no âmbito das tentativas de censura que vêm sofrendo, sobretudo por parte de setores políticos conservadores e de grandes meios de comunicação de massas.

As empresas de mídia ca-val-garam e andaram para o evento, nenhuma notícia, nem mesmo uma notinha na seção de Achados & Perdidos.

O segundo encontro foi realizado em maio de 2011, no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília, e contou com a presença de 500 blogueiros de 21 estados. O ex-presidente Lula e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, participaram da abertura do evento.

Diferente da primeira edição, quando o eixo central dos debates foi focado na campanha eleitoral presidencial, desta vez, os blogueiros discutiram diversas formas de continuar a luta e o debate por um novo marco regulatório de comunicação que acabe com o oligopólio midiático existente no Brasil e pela efetivação do Plano Nacional de Banda Larga.” (II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas reafirma força da blogosfera ― DIÁRIO DO PRÉ-SAL)

Dessa vez o evento mereceu uma notinha de um dos órgãos eretos da imprensa jurássica:

FOLHA DE SÃO PAULO

20 de junho de 2011

Blogueiros “progressistas” pedem novo marco regulatório da mídia

DE BRASÍLIA - Uma carta aberta redigida por blogueiros que participaram de um encontro em Brasília pede novo marco regulatório dos meios de comunicação (conjunto de leis e diretrizes que regulam o funcionamento do setor) e faz ataques à mídia.

O evento, patrocinado por Petrobras, Fundação Banco do Brasil, Itaipu Binacional e governo do Distrito Federal, terminou ontem, em Brasília, e contou com a presença de cerca de 400 pessoas que apoiaram o governo Lula e a eleição de Dilma Rousseff.

“É a blogosfera que tem garantido de fato maior pluralidade e diversidade informativas”, diz trecho da carta.

Blogueiros pedem divulgação imediata do projeto redigido pelo ex-ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social na gestão Lula), ainda não tornado público.

A abertura contou com a participação de Lula e do ministro Paulo Bernardo (Comunicações). Lula criticou o papel de “falsos formadores de opinião”, e Bernardo disse que os meios de comunicação precisam saber “ouvir críticas”.

O 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de maio de 2012, em Salvador, contou com a participação de cerca de 300 blogueiros e de lideranças como  jornalista Franklin Martins (ex-ministro da Comunicação), a coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, e o deputado federal Emiliano José (PT) da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão.


Ligeiro histórico de momentos da blogosfera progressista

Nos últimos anos rebatemos a mídia que faz o papel de oposição aos governos petistas e seus aliados com os meios disponíveis, que são, principalmente, os ciberespaços. Até aqui vem dando certo; até quando, não sabemos.

Uma frase minha, tempos atrás, repercutiu bem, ela se refere às eleições de Lula e o desempenho da cibermilitância, foi reproduzida em diversos sites e pode ser lida na Wikipédia, numa página intitulada "Partido da Imprensa Golpista".

Vejamos o que disseram sobre tal sentença:

Para o jornalista e escritor Fernando Soares Campos,22 "sem a internet, dificilmente Lula teria sido eleito; se fosse, não assumiria; se assumisse, teria sido golpeado com muita facilidade. O PIG é forte, é Golias, mas a internet [está] assim de Davi!".1 Para Campos, a existência da Internet interferiria com o monopólio da informação por parte dos grandes grupos midiáticos, e essa interferência dificultaria os golpes.1

Há quem alegue que, na primeira eleição de Lula, ainda não contávamos com a chamada blogosfera progressista, mas não resta dúvida de que diversos sítios internáuticos já faziam contraponto à mídia empresarial.

Em 2005, até os primeiros momentos do escândalo midiático do “mensalão”, os articulistas e formadores de opinião de linha progressista e governista que faziam a resistência aos ataques da mídia opositora haviam-se multiplicado; porém, diante de “supostas evidências” (desculpem o paradoxismo) de que o governo seria nocauteado, muitos deles assumiram, textualmente, a condição de derrotados. Outros ficaram na expectativa, sem se manifestar, aguardando o desenrolar dos acontecimentos. Poucos foram os que tomaram imediata iniciativa em defesa dos petistas acusados.

Recordemos alguns comportamentos e articulações em torno da primeira grande crise política enfrentada por Lula:

O Estado de São Paulo

Pesos pesados de Lula vão à oposição para frear idéia de impeachment

14/08/2005

Os ministros mais influentes do governo montaram uma operação para evitar a abertura de um processo de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vão retomar as conversas com a oposição nos próximos dias. O time escalado para a tarefa é composto por Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Antonio Palocci (Fazenda) e Jaques Wagner (Relações Institucionais). O trio já desempenhou essa missão há um mês, mas sem êxito. Agora, porém, a situação é mais delicada. "Não podemos permitir que nosso projeto seja interrompido", afirmou Lula na reunião ministerial de sexta-feira, na Granja do Torto. Um dos ministros presentes ao encontro disse ao Estado que o governo sairá da defensiva. "As energias podem estar voltadas para a CPI, mas o País não pode parar por causa da crise política", afirmou. "O governo precisa governar."

(...)

As cúpulas de PSDB, PFL e PPS vão reunir-se amanhã para avaliar a agenda dos próximos dias nas CPIs dos Correios, do Mensalão e dos Bingos, que mais uma vez podem trazer depoimentos explosivos, entre os quais o do tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri. Discutirão, ainda, o parecer das assessorias jurídicas dos partidos sobre a fundamentação de um eventual pedido de processo de impeachment contra Lula.

Com o agravamento da crise política nos últimos dias, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também se empenha em atrair para o diálogo não só os líderes de oposição. Além de conversar com pefelistas e tucanos, Renan está procurando líderes da base aliada, do governo e do PT. Foi o que fez, em almoço informal na sexta-feira, em que reuniu na residência da presidência do Senado Virgílio e os líderes na Casa do PFL, José Agripino Maia (RN), e do PT, Delcídio Amaral (MS), que preside a CPI dos Correios.

(...)

ALTERNATIVAS
"Estamos discutindo alternativas de futuro, considerando que Renan é a única autoridade, neste momento, com livre trânsito em todos os partidos", explicou Agripino. Ele também está entusiasmado com a adesão do presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), ao diálogo, por se tratar de um dos mais severos críticos da administração petista.

"Temos de conversar e estar em articulação permanente para não sermos surpreendidos com um pedido de impeachment de uma legenda menor, como o PPS", acrescentou Agripino, certo de que essa articulação de líderes aponta para uma convergência. "Quando a crise ficar incontrolável, o entendimento já estará em marcha."

É com esta preocupação que Renan convidou os líderes para uma avaliação dos cenários possíveis com o desdobramento da crise política. O entendimento geral é o de que ninguém tem o controle dos fatos. Ao contrário, argumentam, os fatos é que vão pautar se vai ou não haver impeachment, diante da reação da opinião pública às denúncias que surgem a cada dia.

 (...)

ISOLADO
Segundo o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que participa do grupo, o sentimento predominante é o de que a crise é muito grave e o presidente Lula está isolado. Embora alguns tucanos tenham comparado esta crise com a do governo Collor, vários deputados chamaram a atenção para as diferenças de temperamento e perfil entre Lula e Fernando Collor. Prevaleceu a avaliação de que, se Lula tiver de deixar a Presidência antes do fim de seu mandato, ele apelará para as ruas e criará um grande tumulto de conseqüências imprevisíveis, o que pode dividir o País. E isto é algo que ninguém quer.

(Para ler completo, clique AQUI)

[PressAArecomenda também a (re)leitura de “Renan tem um boi chamado Dossiê”]


Relembremos ainda que o então senador Antonio Carlos Magalhães (UDN (1954-1965), ARENA(1965-1980), PDS (1980-1985),PFL (1985-2007), DEM (2007), do alto da Tribuna do Senado, apelou para que as Forças Armadas interferissem e golpeassem o governo legítimo de Luiz Inácio Lula da Silva. E o senador Jorge Bornhausen declarou o “fim da raça petista”. Os golpistas chegaram a fazer tintim com as taças cheias de lágrimas de trânsfugas.

Conclusão: Lula foi reeleito, e Dilma se elegeu como a primeira mulher presidente da República Feder-ativa do Brasil.

Acontece que o tempo passa, o tempo voa, e o golpismo sempre encontra sua boa, pois o permanente “feder-ativo” é condição imprescindível para as campanhas da oposição retrógrada e mídia conspiradora deste país.

Entretanto, em vista de os cibermilitantes pró-governo terem conseguido, até o presente, desempenhar seus papéis de forma razoavelmente competente e obter resultados favoráveis, chegamos ao ponto de desdenhar o poder da mídia empresarial e da oposição, que, se não conta com correligionários idealistas, despojados de interesses pessoais, mas detêm o quase-monopólio das comunicações de massa e o poder da grana que ergue e destrói coisas belas.

A memória de muita gente é realmente curta; existe outro tanto de pessoas imediatistas; e os eleitores mais jovens, mesmo os beneficiados pelos programas sociais dos governos petistas, acreditam que as coisas sempre foram como são hoje: creem que os governos sempre priorizaram o social visando às classes mais necessitadas. E é basicamente nesses conjuntos que a oposição aposta: memória curta, imediatistas e desinformados (ou alienados: “aqueles não conhecem nem compreendem os fatores políticos, sociais e culturais que os condicionam e os impulsos íntimos que os levam a agir da maneira que agem”, paráfrase de definição no Houaiss).

Por enquanto, ainda contamos com uma tendência da opinião pública favorável à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, porém, quem viaja em transportes públicos como eu (ônibus, vans, trens, barcas...) e enfrenta filas em geral (bancos, supermercados, INSS, repartições públicas...), faz refeições em estabelecimentos populares e frequenta feiras livres, ou seja, um bicho pobre, já começa a notar um incremento de comentários pessimistas; em sua maioria, infundados, atrofiados, insustentáveis, facilmente refutáveis, mas insistentes entre pessoas dos estratos menos aquinhoados da sociedade. Fazem, invariavelmente, referência a notícias e comentários de “especialistas” da televisão.

Blogosfera não é panaceia midiática, e, se não nos cuidarmos, a velha mídia desta vez nos engole. Na Venezuela, na última eleição para presidente, os vendilhões da pátria quase retornam ao poder pelas urnas. 

Blogueiros a nível de...

Lula não costuma dizer ou fazer muita bobagem, só de vez em quando, gastando a cota natural de vacilação a que qualquer ser humano tem direito. Não o considero gênio, como há quem o repute, mas ninguém pode negar sua expressiva habilidade como líder político, forjado nas lutas sindicais, nas campanhas eleitorais e no competente cumprimento dos mandatos que o povo lhe conferiu.

Creio que a entrevista coletiva que Lula concedeu recentemente a meia dúzia de blogueiros convidados foi um desses equívocos do eminente cabo eleitoral de Dilma. Não pelas respostas ou declarações espontâneas, mas sim pela inoportunidade do acontecimento.

Lula poderia ter esperado um pouco e só conceder essa entrevista durante o IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, a ser realizado nos dias 16, 17 e 18 de maio, no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo, e que contará com a presença de renomados jornalistas, políticos, intelectuais, professores e acadêmicos.

Observei que, entre aquelas centenas de blogueiros que participaram dos encontros anuais, muitos deveriam ter sido convidados para a última coletiva de Lula, que poderia ser realizada num amplo auditório. Notei que muitos desses blogueiros não se interessaram em publicar a notícia sobre o acontecimento, outros o fizeram, mas não se empolgaram tanto quanto em determinadas ocasiões em que Lula se pronunciou. A notícia circulou através de grupos profissionais de mídia e, em alguns casos, foi postada nas redes sociais sem a chamada, apenas com o título e foto. Deu para perceber a frieza dos blogueiros e dos leitores comentaristas.

Provavelmente o fato gerou certa insatisfação em muitos blogueiros independentes, militantes despojados de interesses pessoais, defensores das conquistas no âmbito social e dos tímidos, porém importantes, avanços na retomada de consciência política, em contrapasso com a herança maldita deixada por décadas de atraso e alienação.

A nomeação de uma espécie de “Tropa de Elite da Blogosfera” não agrada aos blogueiros progressistas em geral, pois equipara esta virtual “instituição” às tropas de choque blogueiras e colunistas dos órgãos rijos das mídias empresariais. Quem é o nosso Reinaldo Azevedo? Quanto vale um Noblat progressista? Qual dos nossos ativistas tem o savoir-faire do Jabor? Teremos frustrados Lobões aderindo ao nosso movimento? Cantanhêde lá Cantarela cá?


Temo que a partir de agora o blogueiro municipal discuta com o blogueiro estadual qual deles é capaz de bater o blogueiro federal.

Fernando Soares Campos


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Lula a Dilma: “Vamos ganhar com você”

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31/08/2013 - Copyleft

Marco Aurélio Weissheimer

Porto Alegre - A militância política de Raul Pont iniciou há cerca de 50 na luta contra a ditadura civil-militar implantada no Brasil a partir do golpe de 1964 que derrubou o governo de João Goulart. De lá para cá, dedicou sua vida à política, pela esquerda. Fundador do PT, deputado estadual, deputado federal, prefeito de Porto Alegre e candidato à presidência nacional do partido em 2005, Pont anunciou na última semana que não pretende concorrer na eleição de 2014 (é deputado estadual no Rio Grande do Sul) e que vai centrar sua atividade política fora do parlamento. 

Em entrevista à Carta Maior, Raul Pont fala sobre as razões de sua decisão, critica o atual modelo eleitoral do país (“está podre”) e a crescente influência do poder econômico na vida política brasileira, inclusive no PT.

“Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento”, diz o dirigente petista que pretende dedicar parte de sua atividade política agora a convencer filiados e militantes do PT que é preciso combater a influência do poder econômico dentro do partido e as práticas que ela engendra, como o inchaço do Colégio Eleitoral no Processo de Eleições Diretas (PED) deste ano. O Diretório Nacional revogou, por maioria, regras que haviam sido aprovadas no último Congresso do partido estabelecendo critérios mais rígidos para a participação de filiados nas eleições internas.

“A atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes (em relação ao último PED) pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral (...) Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral”, critica Pont, advertindo:

“Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo”.

Carta Maior: Como se deu e quais são as razões de sua decisão de não concorrer à reeleição em 2014?

Raul Pont: É uma decisão pessoal que, evidentemente, ainda pode estar subordinada a um debate político no partido ou na minha própria corrente [a Democracia Socialista]. Mas a minha disposição pessoal é de não concorrer. É claro que não há um único motivo ou uma única razão para isso. O primeiro deles tem a ver com o sistema eleitoral que nós temos. Eu não estou descobrindo agora que esse sistema não é bom ou que acho ele antidemocrático. Eu luto e brigo contra isso há décadas. A primeira coisa que fiz quando fui deputado federal foi tentar levar adiante uma emenda constitucional que buscava estabelecer um mínimo de igualdade e identidade na representação proporcional dos estados. Não consegui apoio nem nas grandes dos partidos de centro e de direita de São Paulo, que é o maior prejudicado no modelo atual. Voltei para o Rio Grande do Sul e o projeto foi arquivado.

Naquele momento, a questão do poder econômico não estava tão acentuada e as nossas campanhas no PT ainda não estavam dominadas por essa lógica dos demais partidos. Ainda eram candidaturas muito coletivas. De lá para cá, e principalmente nas últimas eleições, a partir de 1998 e 2002, com a eleição de Lula, onde nós batemos no teto na representação federal, nós só patinamos. 

Mesmo com o partido crescendo, mesmo possuindo mais deputados estaduais, mais diretórios, mais filiados e militantes, com governos federais a favor, o tamanho da bancada federal parou de crescer. Ao contrário, estamos diminuindo o número de nossos deputados federais, ainda que se eleja o presidente da República três vezes seguidas, e a influência do poder econômico só vem se exacerbando.

Um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara Federal mostra que, na eleição de 2010, 370 deputados foram eleitos combinando a condição de candidaturas mais caras (entre as 513 candidaturas mais caras do país). E isso tende a continuar. O valor das contribuições empresariais dobra ou mais do que dobra a cada eleição, chegando a quase 5 bilhões de reais na última campanha. Isso do que foi declarado. Houve muita triangulação dentro dos partidos e o que corre sem declaração é incalculável. Assim, trabalhando só com os dados do Tribunal Superior Eleitoral, temos, na última eleição, quase 5 de bilhões de reais doados por pessoas jurídicas para candidatos. E são doações para candidatos, não para os partidos. Os candidatos são escolhidos a dedo por essas empresas, em todos os partidos, inclusive o nosso. O número de empresas dispostas a financiar candidaturas dentro do PT cresce de maneira assustadora.

Eu nunca me elegi desse jeito. Nunca pedi dinheiro para empresa, banco ou latifundiário. A eleição hoje está cada vez mais difícil. Esse é um dos motivos pelos quais decidi não concorrer no ano que vem. É um protesto mínimo e uma espécie de denúncia de que esse sistema está podre e dominado pelo poder econômico, e o será cada vez mais.

Carta Maior: E quais seriam os outros motivos?

Raul Pont: Para mim, a militância parlamentar é uma militância como qualquer outra. Não faço carreira disso. A maior parte da minha vida política ocorreu fora do parlamento. Comecei a militar 50 anos atrás e não tinha a mínima ideia ou pretensão de ter algum cargo. Militava no movimento estudantil, no Sindicato dos Bancários. Em 1964, eu era bancário e comecei a estudar História na UFRGS. A minha militância começou efetivamente na resistência ao golpe militar em março de 64. De lá para cá eu não parei e na maior parte da minha militância não precisei de mandato, atuando até em condições muito mais adversas que a atual. Então, para mim o parlamento não é o único espaço de atuação. Há o partido, sindicatos, entidades sociais, o trabalho que posso fazer como professor universitário na área de ciência política. Posso contribuir também com a formação política dentro do partido.

Tenho 50 anos de militância. Vou completar 70 anos de idade no ano que vem. É claro que isso cansa e a minha vitalidade não é a mesma dos meus tempos de estudante e de jogador de basquete. Acho que o partido precisa se renovar e abrir espaço para novos quadros. Votei a favor do limite de mandatos no último Congresso do PT (que aprovou um limite de três mandatos). Acho que é um bom exemplo sinalizar para a juventude, para outros companheiros e companheiras que estão com mais vitalidade, mais pique, e que respondem também a uma nova conjuntura. Depois de 30, 40 anos, a vida de um partido político, principalmente num caso como o do PT que teve um crescimento muito rápido, tende a uma certa burocratização, à consolidação de funções e cargos de direção e representação parlamentar, que vai acomodando as pessoas. Temos que ter regras e práticas como o direito de tendência, o limite de mandatos ou a quota de 50% de gênero nas direções partidárias (também adotada pelo PT no seu último Congresso) para evitar que isso ocorra.

Se tem algum partido hoje no Brasil preparado para não fossilizar esse partido é o PT. Ele tem um processo muito dinâmico. Agora mesmo, no dia 10 de novembro, nós vamos eleger todas as nossas direções - municipais, estaduais e nacional – pelo voto direto dos filiados. As correntes do PT são dinâmicas, compõem maiorias e minorias. Quem é minoria está brigando para ser maioria, etc. Isso dá um dinamismo muito superior às experiências que a esquerda teve na Europa e na própria União Soviética, onde os aparatos partidários fossilizaram e se transformaram em burocracias vinculadas ao Estado. Penso que a grande contribuição que o PT traz para a teoria partidária no Brasil é a introdução de novas regras internas como a garantia de uma quota de 50% de gênero nas direções partidárias. Só isso já vai ser uma mudança muito grande nas direções do PT.

Mas não conseguimos ainda fazer uma reforma política e o que dá o tom do sistema hoje é a regra do jogo. O predomínio do poder econômico, o sistema de voto nominal que fortalece o indivíduo, enfraquece o partido e liquida com a ideia de identidade de programa, de projeto, torna o candidato cada vez menos um candidato do partido e mais um candidato da empresa ou do grupo econômico que o financiou. Ele passa a ser um lobista daquele grupo econômico e não mais um sujeito comprometido com a base que o elegeu. 

Hoje temos a bancada ruralista, a bancada do setor financeiro, a bancada identificada com os interesses automobilísticos, a bancada dos agrotóxicos, das igrejas evangélicas, sem que alguém tenha votado para isso. As pessoas votaram em indivíduos que, teoricamente, se apresentaram como sendo de um partido. Esse sistema está falido, quebrado e é cada vez mais antidemocrático e corruptor.

Como até agora não conseguimos mudá-lo, vamos ter que continuar tentando. E eu não pretendo continuar lutando aqui dentro (da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul). Vou lutar lá fora. Vou continuar escrevendo sobre isso, denunciando essas práticas, ajudando a organizar as pessoas em favor de outro modelo de política. Acho uma tarefa importante que pretendo continuar cumprindo por toda a vida. Não estou saindo da política, estou saindo do parlamento, de uma representação parlamentar.

Carta Maior: Esse aumento do poder econômico no sistema político e dentro dos partidos parece que só vem crescendo nas últimas eleições. Quando a gente acha que a situação não pode piorar ela piora um pouco mais, como aconteceu essa semana com a aprovação da PEC do Orçamento Impositivo, que obriga o governo a pagar todas as emendas individuais dos parlamentares ao orçamento da União, até o valor de R$ 10 milhões por deputado e senador.

Raul Pont: Exatamente. Há algumas coincidências que são impressionantes. O mesmo Congresso que não consegue votar o fim da guerra fiscal, um mínimo de reforma tributária para o país, a reforma política e eleitoral, um imposto sobre as grandes fortunas, coisas que todos dizem serem justas e necessárias, no meio dessa crise toda, 376 deputados, com toda a facilidade e rapidez, aprovam uma proposta de clientelismo impositivo. 

As emendas parlamentares, por si só, já são uma excrescência da política, um clientelismo escancarado, a antessala da corrupção. Todo mundo que já passou por uma prefeitura sabe disso. De certa forma, é a legalização da corrupção e do clientelismo. Com exceção do PT que, para meu desgosto e contrariedade, liberou o voto, todos os demais partidos, inclusive os ditos esquerdistas do PSOL, votaram favoravelmente. Esses partidos orientaram o voto ‘sim’ nos dois turnos. Como o PT não fechou questão, ao menos os deputados que integram a Mensagem ao Partido e alguns outros votaram contra (outros 40 deputados do PT votaram a favor). 

Mas a nossa bancada deveria ter fechado questão. Aqui expresso uma contrariedade, não com o sistema eleitoral, mas com atual executiva nacional do partido Eu sou parte da direção, mas sou minoria dentro do Diretório desde a fundação do partido. Como é que essa direção coordenada pelo Rui Falcão, que é o presidente do partido, sequer estabelece uma orientação para a bancada. Pode até perder. Mas se você não orienta, não diz que determinada política está errada, fica difícil. Ninguém defende que essa PEC é uma política correta e republicana. Se todos os partidos orientam o voto ‘sim’ e o nosso libera o voto, nem o nosso partido se distingue. Nós nos diluímos no oportunismo, na submissão, na cumplicidade com práticas que ninguém consegue defender abertamente.

Como é que você quer que o eleitor, olhando para isso, vá confiar nos partidos políticos. Nós estamos afundando um processo de representação democrática duramente alcançado, que não é nenhum paraíso, mas que é superior às ditaduras e a muitas democracias já completamente dominadas pelo poder econômico como é o caso dos Estados Unidos. Essa lógica é mortal para o sistema democrático e só favorece o autoritarismo e saídas fascistas. 

Os conceitos estão completamente confusos. Este ano vimos pessoas na rua gritando coisas como “ninguém nos representa”. Mas quem representa então? Existe outro partido em gestação que vai representá-los? O sistema é todo igual? Os partidos são todos iguais? Vamos criar a cada luta, a cada greve um novo partido que representa essa luta específica? Não. Há um acúmulo necessário para isso, um processo de identificação que nem sempre pode ser de cem por cento. Acho que o descrédito que está se criando hoje no Brasil é perigosíssimo, pois ele conduz às famosas saídas messiânicas de algum militar de plantão ou de algum populista autoritário querendo impor uma nova ordem. 

Nós já vivemos isso. Como eu tenho 50 anos de experiência nas costas, sei bem como são essas coisas. Seria um desastre para nós um retrocesso desse tipo. Por isso eu quero lutar para ter partidos que controlem e punam os eleitos quando for o caso, para que os eleitos tenham fidelidade partidária, que sejam subordinados ao partido para votar as resoluções nas assembleias e nas câmaras. É essa noção de partido que precisamos fortalecer para termos uma democracia confiável com um mínimo de legitimidade. E nós estamos indo no caminho oposto. Já vimos outras vezes como, em momentos como este, sempre aparece um Castelo Branco, um Jânio Quadros, a figura salvadora da humanidade que, de maneira autoritária, resolve tudo.

Carta Maior: Na sua avaliação, essas preocupações estão presentes nos debates do Processo de Eleições Diretas, pelo qual o PT renovará, pelo voto dos filiados, todas as suas direções agora em novembro?

Raul Pont: O problema é que esses vícios do poder econômico vão para dentro do partido. O nosso estatuto e o nosso código de ética proíbem tais coisas. O artigo 14 do Código de Ética, por exemplo, diz que o que foi feito na votação da PEC que tornou as emendas parlamentares impositivas é proibido no PT. Os deputados que votaram a favor dessa medida, que é flagrantemente clientelista e contrária a critérios republicanos e democráticos no gasto público, tinham que ser punidos, suspensos. Praticamente a metade da bancada teria que ser suspensa. Ou essas pessoas são enquadradas ou então que se rasgue o código de ética.

Nós estamos em plena disputa interna no PT. O quarto congresso do partido, talvez sensível a esse quadro das ruas que já se expressava no ano passado, aprovou regras e normas bastante rígidas para esse Processo de Eleições Diretas que vivemos agora. Essas regras fariam com que o tamanho do colégio eleitoral apto a votar caísse drasticamente. Dos 1,7 milhão de filiados, que o PT tem hoje aproximadamente, votaria um número muito menor. A maioria desses filiados não paga as contribuições mensais. Há inclusive dirigentes partidários, cargos de confiança e parlamentares que não estão com as contribuições em dia. Se a regra aprovada no congresso fosse para valer, teríamos algumas dezenas de milhares de filiados aptos a votar neste PED (no último PED votaram cerca de 500 mil filiados).

Diante desse cenário, a atual direção do partido defendeu que não poderíamos baixar o número de votantes pois passaria uma imagem negativa para fora. Esse foi o argumento apresentado no Diretório Nacional que, por maioria, começou a afrouxar as regras. Nos últimos dias, há uma verdadeira explosão do quórum do colégio eleitoral, um crescimento exponencial do número de eleitores, com evidente incidência do poder econômico, colocando em dia as contribuições de filiados. Há filiados pagando por outros, filiados que descobrem que alguém já pagou a sua contribuição e que eles vão poder votar. Só que esse alguém que pagou vai dizer em quem eles devem votar. 

Nós discutimos essa questão e fomos derrotados no Diretório. Foi muito conflitivo pois, para nós, o Congresso é uma instância superior ao Diretório e, portanto, este não poderia revogar uma regra aprovada no primeiro. Mas o Diretório, por maioria, acabou mudando as regras, alegando razões de prestígio externo do partido.

Eu prefiro mostrar para fora um partido real, com regras claras e bem definidas, do que um partido do inchaço. E agora estamos diante de um novo inchaço que vai deslegitimar o processo eleitoral. De novo, também no PT, ganha quem compra mais votos. Essa é, infelizmente, a dura realidade que estamos vivendo. É impossível, a cada ano, a gente começar de novo, um novo partido, uma nova sigla. Precisamos travar uma luta interna, pois nestes 33 anos de vida do PT nós construímos uma experiência riquíssima e muito forte. Estamos ultrapassando a casa dos 1,7 milhões de filiados e tenho a certeza de que a maioria dessas pessoas não concorda com esse tipo de método. 

Temos aí, portanto, um espaço de trabalho político, de disputa e de convencimento. Mas esse processo de inchaço do colégio eleitoral não deixa de ser um elemento corruptor também. Se isso virar uma prática permanente dentro do partido, que não possa ser revertida no Congresso ou no Diretório do partido, nós vamos ter que pensar outras formas de organização, começar de novo, com todos os problemas que isso implica.

Eu disse há alguns dias numa entrevista que os partidos não têm prazo de validade e também não há nenhum desígnio dos céus dizendo que vai durar 20, 30 ou 100 anos. É a prática social, a identidade dessa luta com a vida, com a realidade, que determina essas coisas. Não sou profeta, não sei bem o que vai acontecer no próximo período. Pela experiência acumulada, a gente sabe que tem coisas que não dão certo. Algumas coisas eu tenho certeza que não darão certo. Mas não sei se teremos capacidade de nos contrapormos a essas práticas. Pode ser que sim, pode ser que não. Acho que neste momento a gente precisa brigar com as regras do jogo que estão na mesa e tentar convencer o maior número possível de militantes de que não podemos abandonar princípios éticos e morais na política. O preço que nos é cobrado depois é muito maior. Ou a política tem outro padrão que não o da força ou das regras do esquecimento, ou nunca vamos conseguir formar cidadãos plenos, com capacidade de discernimento e capazes de construir alternativas melhores.

Ou nós conseguimos convencer um grande número de militantes que esse tipo de prática é um câncer dentro do partido, ou o partido vai morrer canceroso e nós vamos ter que construir outro e começar de novo. Essa é a minha opinião.


Leia também...

12/04/2014 - Copyleft

Pimenta é só para os olhos dos outros

O candidato do PSDB ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga, escolhido a dedo por Aécio Neves, foi indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro.

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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A cardiopatia de Genoino e as doenças especificadas em lei --- O baile de máscaras do perde e ganha eleitoral --- O politicídio contra o PT --- Dono da Ecoglobal mente em depoimento à Polícia Federal

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Recebido por e-mail da redecastorphoto:


Amigos,

Tendo em vista que, por ordem de Joaquim Barbosa, Genoino foi submetido 
neste sábado pp. a novos exames médicos que deveriam servir de apoio
para a decisão de conceder-lhe ou não, em definitivo, o regime de prisão 
domiciliar ;  e que, em caso negativo, também terá de ser decidido se será
prorrogada sua estadia em casa ou ordenado seu retorno ao presídio, 
achamos muito importante trazer-lhes o artigo altamente esclarecedor do 
médico José Gomes, publicado hoje, 14 de abril, no GGN ( Luis Nassif online).

Seria excelente que déssemos a maior divulgação que pudermos a 
informações como esta, que não costumam circular nos veículos da mídia 
convencional. Para facilitar o acesso, segue abaixo uma cópia desse artigo.
O endereço completo de onde saiu publicado é:.


Aproveito ainda para informar que o projeto da nossa rede continua de pé, 
mas, por dificuldades práticas de diversos tipos, deve demorar ainda um 
tempinho. Assim que for possível realizar os primeiros testes, chamarei 
voluntários para nos ajudar. Se houver entre vocês profissionais da área de 
informática que conheçam o software livre de gerenciamento de redes 
chamado "Noosferato" e queiram já agora nos dar uma forcinha,  por favor, 
entrem em contato comigo por email (escrevam no assunto "noosferato" ).

Obrigada e grande abraço,

Andrea 

A cardiopatia de Genoino e as doenças especificadas em lei

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O baile de máscaras do perde e ganha eleitoral

Wanderley Guilherme dos Santos

Oposições não ganham eleições; governos perdem. Perdem a maioria que os elegeu, para começar, mas não só. Arriscam perder reputação, confiança e carisma.

Oposições não ganham eleições; governos perdem. Perdem a maioria que os elegeu, para começar, mas não só. Arriscam perder reputação, confiança, carisma e adesão subjetiva. O poder do governo em exercício é sempre enorme, em princípio. Compreende-se: enquanto o governo mostra o que faz, quanto faz, onde e para quem fez, as oposições, em geral, limitam-se a reclamar do que não tenha sido feito e a oferecer promessas. O oficialismo, nem que por inércia, é notícia diária, propaganda em sentido extenso, espécie de prestação de contas homeopática. À oposição resta o malabarismo de seus jornais e órgãos de divulgação para transformar o feito em mal feito e deflagrar o para-sorites revelado por Paulo Henrique Amorim: o jornal inventa a notícia, a televisão repercute, os parlamentares discutem e o jornal divulga e comenta. Aí a televisão repercute e repete-se o ciclo, como clara de ovo batida, crescendo. Se não há uma rede igualmente poderosa de divulgação capacitada a contrapor um ciclo alternativo, o para-sorites oposicionista equivale a poderosa ferramenta propagandística subliminar e, por ironia, com a ajuda dos parlamentares governistas. Diabólico, mas surte efeitos.

Há um limite impossível de identificar quantitativamente para a paciência do eleitorado em relação aos mal feitos de um governo. Nem todo sorites oposicionista é eficaz, mas o antídoto não está na verdade que o governo se disponha a restabelecer. Um boato faz estragos mesmo quando é denunciado. São mecanismos de psicologia coletiva e individual ainda por serem explicados, mas é possível que, mesmo informadas de que tal ou qual acusação não tem fundamento, as pessoas tenham suas convicções abaladas por suspeitas. O que era impoluto fica exposto à vigilância já comprometida, qualquer deslize e o estrago será desproporcional. Uma forma de compensar a vantagem do governo, seus supostos equívocos, mesmo se esclarecidos, dão lugar a conseqüências magníficas.

Na propaganda a verdade é secundária. Ainda que desmascaradas, mentiras podem ser politicamente devastadoras. Ao se comprovar que não havia nenhuma participação de familiares de Getulio Vargas no atentado a Carlos Lacerda, em 1954, o presidente já se suicidara. Quanto a 1964, cinqüenta anos depois, ainda estão sob escrutínio os motivos, condições e atmosfera que dispararam e fizeram vitoriosa a sublevação de uma unidade militarmente irrelevante. Não é exclusivamente com a verdade que um governo se defende do sorites da oposição. 

Reputação e carisma resultam de intrincado processo de construção que envolve, fundamentalmente, coerência. Um partido respeitado está vitalmente associado à previsão do que será capaz de fazer e do que em hipótese alguma virá a fazer. De um Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no pré-64, jamais sairiam decisões contra aumentos salariais, por exemplo. Um partido no governo possui sempre uma agenda ainda por ser cumprida, dependendo dos desafios reais da política. As siglas partidárias de fortes raízes sociais representam promissórias universais para imprevistos eventos futuros.

Não houve surpresa nem acusação de quebra de palavra quando o governo de Fernando Henrique Cardoso deu início ao desmantelamento das entidades produtivas estatais. Nem haveria, caso as oposições atuais vencessem as eleições, quando os salários começassem a perder o poder de compra, o desemprego aumentasse e a remodelação da infra-estrutura material da sociedade fosse interrompida. Não precisam dizê-lo, seus apoiadores confiam na coerência partidária.

Quanto mais sólidos a reputação e o carisma, menor a capacidade destrutiva do sorites e boatos oposicionistas. Quanto mais coerente um partido, mais sólida sua reputação e carisma. Em cada eleição o que está crucialmente em jogo é este caráter de promissória universal assinada por um partido, cuja aceitação na praça depende de sua reputação e carisma, ou seja, de sua coerência. É esta riqueza intangível dos partidos no governo que as oposições buscam sacudir, intimidando, primeiro, os eleitores por assim dizer periféricos, aliados, do partido líder. Depois, buscando reduzir à paralisia, à inação, os apoiadores históricos da sigla. Em certos contextos, cada voto nulo ou em branco é um voto na oposição, uma recusa à promissória oficial.


Não há, no momento atual, dúvida bem fundada sobre o desempenho do governo. Declarações negativas em pesquisas são conjunturais, fruto, em parte se apresentam encorpadas o tanto quanto requerido por uma indiscutível vitória nas urnas. Já quanto à disposição do governo para perder... este parece sofrer de um soluço a cada, da operação do sorites oposicionista sem contestação eficiente. Mas há indiscutivelmente debates quanto às versões. No ambiente lusco-fusco das versões a imagem do governo aparece imprecisa e hesitante. É aí que se disputam reputação e carisma, crença na força preditiva das siglas, convicção que antecede o comportamento. Por ora as oposições não dia.


14/04/2014 - Copyleft

O politicídio contra o PT

O escritor e jornalista Bernardo Kucinski, autor do premiado 'K', enxerga uma mobilização em marcha para erradicar o PT da sociedade brasileira.

por: Saul Leblon 

A ideia de que só existe uma coisa a fazer em termos de política econômica– ‘a coisa certa’—é um daqueles  mantras com os quais o conservadorismo  elide as escolhas e conflitos inerentes à luta pelo desenvolvimento.

O ardil para desautorizar  a discussão do que importa –desenvolvimento para quem, desenvolvimento para o quê e desenvolvimento como?-- passa pela desqualificação moral do adversário.

A criminalização do agente contamina  sua agenda.

O escritor e jornalista Bernardo Kucinski –autor do premiado ‘K’, romance apontado como uma das grandes vozes do ciclo ditatorial brasileiro-- resgata o termo ‘politicídio’ para expressar o espanto com o que se passa no país.

Politicídio, grosso modo, é o extermínio de uma comunidade política.

Kucinski enxerga uma mobilização  em marcha  para exterminar o PT da sociedade brasileira, a começar pela sua presença no imaginário da população.

A aspiração  não é nova nas fileiras conservadoras. Em  2005, já se preconizava livrar  o país ‘ dessa raça pelos próximos trinta anos’.

Jorge Bornhausen, autor da frase, reúne credenciais  e determinação para  levar adiante seu intento. Hoje ele os exercita na articulação da campanha de Eduardo Campos e Marina Silva.

A verdadeira novidade  é a forma passiva como  um pedaço da própria intelectualidade progressista passou a reagir diante  dessa renovada determinação de exterminar o PT da vida política nacional.

Doze anos de presença do partido no aparelho de Estado, sem maioria no Congresso, por conta do estilhaçamento  intrínseco ao sistema político , explicam um pedaço do desencanto.

O ex-ministro Franklin Martins, em entrevista nesta página, resumiu  em uma frase  a raiz da desilusão: ‘o PT elege o presidente da República há três eleições e não elege 20% dos deputados federais (...) Se não se resolver isso, teremos uma crise permanente e o discurso de que o Brasil não tem mesmo jeito só se fortalecerá’.

Coube a Maria Inês Nassif, em coluna também  nesta página (leia: ‘Como um parlamentar adquire poder de chantagem?) debulhar o mecanismo através do qual o sistema de financiamento de campanha alimenta a chantagem do Congresso contra o Executivo e delega a  “pessoas com tão pouco senso público  credenciais para nomear ministros ou diretores de estatais”.

O politicídio contra o PT  faz o resto ao  descarregar nos erros do partido  –que não são poucos--  a tragédia da democracia brasileira.

Uma  inestimável contribuição à chacina foi providenciada pelas togas do STF ao sancionarem uma  leitura rasa, indigente, das distorções  implícitas à  construção de maiorias parlamentares na esfera federal.

Espetar  no coração do ex-ministro José Dirceu a indevida paternidade  --‘chefe de quadrilha’--  pela teia que  restringe a soberania do voto  é o ponto alto da asfixia do esclarecimento pelo  politicídio contra o PT.

O passo seguinte do roteiro conservador é estender a desqualificação do partido aos resultados do governo Dilma na economia.

A transfusão é indispensável  para emprestar  aromas de pertinência –‘fazer a coisa certa’--  ao lacto purga que o PSDB  tem para oferecer  às urnas de outubro: retomar aquilo que iniciou nos anos 90, o desmonte completo do Estado brasileiro.

A prostração de uma parte da intelectualidade progressista diante dessa manobra subtrai da sociedade uma de suas importantes sirenes de alerta quando a tempestade  congestiona o horizonte.

Por trás das ideias,  melhor dizendo, à frente delas, caminham os interesses.
Cortar a  ‘gastança’, por exemplo, é a marca-fantasia  que reveste a intenção de destroçar o pouco da capacidade de fazer política pública restaurada na última década.

Subjacente à panacéia  do contracionismo-expansionista (destruir o Estado para a abrir espaço ao crescimento privado) existe um peculato histórico.


É justamente ele que está na origem de boa parte dos impasses enfrentados pelo desenvolvimento brasileiro nos dias que correm.

(Para ler completo, clique AQUI)
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Laurindo Lalo Leal Filho

Lembranças da mídia "esquecida"           pela ditadura


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Fórum

macaense [Paulo Juris]


13 de Abril de 2014



Dono da Ecoglobal mente em depoimento à Polícia Federal

O Sr. Vladimir Magalhães Silveira, mentiu em relação ao meu nome, na Operação Lava Jato.

A pedido do Diretor da Jaraguá, Sr. Pedro Storti, trabalhei por vários meses organizando a Ecoglobal, que seria adquirida pela Jaraguá.

Organizamos a empresa, que na época estava sem seu cadastro regularizado na Petrobras. Fizemos o Registro de Engenheiro Químico Responsável no Conselho Regional de Química, acompanhamos a inspeção, tiramos a empresa da nota zero de SMS e elaboramos os procedimentos, para uma nota que fosse viável a assinatura do Contrato na Petrobras; fornecemos e acompanhamos a regularização da empresa, quanto a certidões negativas, pois estava com certidões vencidas, criamos critérios para avaliação de qualidade, indicamos os procedimentos para abertura de filial nos EUA, em conformidade com a Receita Federal, etc...

Foram dezenas de trabalhos efetuados, para facilitar a compra da Ecoglobal pela Jaraguá, transformando a mesma em uma empresa, com seus processos de gestão, procedimentos técnicos e legais, absolutamente compatível as exigências da Petrobras.

Todos os fatos estão relatados e documentados de posse da Polícia Federal.
O dono da Ecoglobal está mentindo quando afirma que eu seria emissário da proposta feita pelo Sr. Paulo Roberto Costa. Participei sim, de reuniões com o intuito da venda, com o Presidente da Jaraguá, Wagner Othero, seu Vice Presidente Nasareno das Neves e o Sr. Pedro Storti.

Questionei o Sr. Pedro Storti em relação a oferecer a empresa à outros grupos de investidores, visto ele ser Diretor da Jaraguá e, eu não considerar esta atitude ética. A partir deste episódio, fui excluído de toda e qualquer informação, assim como passaram a não mais atender meus telefonemas.
Tudo que estou afirmando está amplamente documentado, entregue a Polícia Federal, assim como estou disponibilizando minha conta bancária, minhas declarações de Imposto de Renda, minhas contas de e-mails e tudo que for necessário para desfazer esta farsa montada, ainda não sei com que intuito final.

Em minha última reunião com o Sr. Vladimir, quando tentei cobrar meus honorários por serviços prestados, e não pagos nem por ele ou a Jaraguá, Empresa que já estou acionando na justiça. Durante a reunião, tive uma séria discussão, onde ao final da mesma, este me ameaçou, dizendo que tem dinheiro e força política; e que eu iria me arrepender por dizer que ele era mentiroso e trambiqueiro. A discussão foi tão acalorada que ao sair da sala de reuniões da Ecoglobal, vários funcionários estavam assustados na escadaria, o que pode ser confirmado por eles.

Presumo que o Sr. Vladimir, colocou meu nome nesta” sujeirada”, como vingança, por ter dito uma série de verdades, que feriram seu ego, ou como “boi de piranha”, para desviar o foco das investigações, para poder se capitalizar a qualquer custo, nos 52 milhões de equipamentos que terá de adquirir, para prosseguir na formatação do contrato ganho na Petrobras.
Assim como eu, vários profissionais da área técnica, que ajudaram a elaboração da proposta para o certame, foram alijados do processo e o Sr. Vladimir não pagou o tratado e combinado.

Fui lesado pelo Diretor da Jaraguá Pedro Storti, assim como pelo dono da Ecoglobal Ambiental, Vladimir Magalhães Silveira. Acreditei em falsas promessas que receberia minha remuneração, e por mais de um ano todo de trabalho, pagaram apenas R$ 4.000,00 e uma conta telefônica de cerca de 500 Reais.

Jogaram meu nome na lama, talvez sabendo que eu não teria condições financeiras, de pagar a um bom advogado e assim desviariam o foco dos verdadeiros envolvidos neste processo.

Vivo de meu trabalho, não participo de jogadas políticas, não sou amigo de infância de nenhum Senador, não alugo mansões para suplentes de Senador defronte as praias de Maceió, apenas sou mais uma vítima em uma calúnia e mentira criada pelo Sr. Vladimir.

O Sr. Vladimir afirma que foi preso político, mas que foi liberado dos porões da ditadura em menos de 24 horas.

Nunca ouvi relato deste tipo; liberado sem interrogatório, pressão ou tortura.
Talvez algum General amigo, ou por influência política, financeira, ou foi solto por delação de seus companheiros.

Não conheço Paris, muito menos poderia passar finais de semana, tomando champanhe Cristal, no apartamento que dividiria com meu irmão (Eu sou filho único). Muito menos convidando Advogadas que tentariam um acordo amigável com uma bailarina, mãe de sua filha pequena, fruto de uma relação extra conjugal, a passar um final de semana em Paris.

Meu convívio com o Vladimir, foi bastante próximo, tendo frequentado seu apartamento de frente para o mar, na Praia do Pecado em Macaé, por diversas ocasiões. Não creio que sua filha Clara vá desmentir. Sempre tentando ajudar a ele e sua empresa, acabei em uma situação de não saber o que será o amanhã.

Quando soube na sexta-feira à noite, da vinculação de meu nome pela imprensa, imediatamente redigi uma carta a Polícia Federal, colocando-me a inteira disposição. Cheguei na sede da Polícia Federal de Macaé a uma hora da manhã (12/4), bati na porta de vidro, estava fechada. Não atenderam. Fiquei a noite toda, aguardando até as 8:00 horas da manhã, quando o Agente Lando disse que não poderia receber minha declaração, orientando o meu comparecimento na segunda pela manhã.

Jamais tive contato pessoal, por e-mail ou telefônico com o ex Diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Jamais tinha ouvido falar do nome do Sr. Alberto Youssef; tendo ouvido este nome, da boca do Sr. Vladimir, quando participei a convite de uma reunião do Sr. Pedro Storti, no Hotel Guanabara, enquanto este ainda era Diretor da Jaraguá Equipamentos, ao qual eu estava subordinado.

Reitero a afirmação de não conhecer o Sr. Paulo Roberto Costa, o Sr. Alberto Youssef ou qualquer pessoa das empresas que fizeram a segunda proposta de aquisição da Ecoglobal Ambiental, amplamente divulgado pela imprensa.

Dando veracidade a esta declaração assino abaixo.


Macaé, 13 de abril de 2014.


(Para ler declaração, clique AQUI)
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Lula e a Tropa de Elite da Blogosfera

15.04.2014
 
Lula e a Tropa de Elite da Blogosfera. 20162.jpeg
Nos dias 20, 21 e 22 de agosto de 2010, momento de plena campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República, aconteceu o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas (leia-se "blogueiros pró-governo progressista"), em São Paulo, capital, com a participação de 330 blogueiros de 17 unidades da federação.
Fernando Soares Campos
O encontro foi viabilizado pela solidariedade dos participantes, que, em alguns casos, se cotizaram e, em outros, disponibilizaram hospedagens domésticas para participantes de outras regiões.
(...)
A memória de muita gente é realmente curta; existe outro tanto de pessoas imediatistas; e os eleitores mais jovens, mesmo os beneficiados pelos programas sociais dos governos petistas, acreditam que as coisas sempre foram como são hoje: creem que os governos sempre priorizaram o social visando às classes mais necessitadas. E é basicamente nesses conjuntos que a oposição aposta: memória curta, imediatistas e desinformados (ou alienados: "aqueles que não conhecem nem compreendem os fatores políticos, sociais e culturais que os condicionam e os impulsos íntimos que os levam a agir da maneira que agem", paráfrase de definição no Houaiss).
Por enquanto, ainda contamos com uma tendência da opinião pública favorável à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, porém, quem viaja em transportes públicos como eu (ônibus, vans, trens, barcas...) e enfrenta filas em geral (bancos, supermercados, INSS, repartições públicas...), faz refeições em estabelecimentos populares e frequenta feiras livres, ou seja, um bicho pobre, já começa a notar um incremento de comentários pessimistas; em sua maioria, infundados, atrofiados, insustentáveis, facilmente refutáveis, mas insistentes entre pessoas dos estratos menos aquinhoados da sociedade. Fazem, invariavelmente, referência a notícias e comentários de "especialistas" da televisão.
Blogosfera não é panaceia midiática, e, se não nos cuidarmos, a velha mídia desta vez nos engole. Na Venezuela, na última eleição para presidente, os vendilhões da pátria quase retornam ao poder pelas urnas. 
(Para ler completo, clique AQUI)
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Facebookada:

O esquema montado por grandes grupos, banqueiros, capital internacional, etc, para derrotar Dilma não é leve e nem é para ser desprezado. A presidente tem escorregado, aposta em políticas sociais, mas ignora o poder da mídia a serviço dessa gente. Vão dizer que foi assim com Lula. Não há como comparar um e outro. A primeira análise correta do chamado "volta Lula" foi feita pelo jornalista Élio Gaspari em sua coluna no jornal FOLHA DE SÃO PAULO. Gaspari é um jornalista independente como Jânio de Freitas, não importa sua posição, já integrou no passado os quadros do PCB, mas não é um jornalista de direita. O artigo, a despeito das várias críticas que sempre fez a Lula soa quase como um apelo à volta do ex-presidente, a medida que trata a oposição como lixo político, ou seja um emaranhado de coisa nenhuma e embora não diga explicitamente, as entrelinhas sinalizam que os dois candidatos de oposição não têm programa e não sabem o que fazer com o País. E pergunta, por que o PT vai deixar no banco seu melhor atleta?

  • Maria De Lourdes Giampaolo Correndo o risco de se queimar com passado tão glorioso como presidente?

  • Ana Maria Laerte querido, isso a gente sabe tanto, que até torce pela reeleição da Dilma. Só que o PT não é mais de confiança, faz tempo. O Lula então, esse mesmo é que não dá mais. Um traidor completo.

  • Frederico Gontijo grande professor Laerte, acho que Dilma está juntando munição pesada, como ela é bem metódica (sistemática?) está aguardando o começo oficial da campanha eleitoral, pois entrar no debate agora tomaria muito tempo precioso de administração pública....mas aqui em Brasília sabemos que quando essa mulher entra na discussão....tem gente que sai de olhos marejando do gabinete  mesmo com cenário desfavorável produzido pela mídia vendida, quando começar o embate de verdade ela (PT) ainda tem muita munição pesada pra gastar....estou otimista ainda, principalmente porque a retórica da oposição anda abaixo da crítica e as contradições estão se pronunciando ...cordial abraço, hasta la victória!

  • Eddie Orsini Querem guardar Lula na manga, alguns dizem que a economia brasileira vai cair, que caia sobre Dilma, o PT pensa assim...

  • Hilda Dos Santos Milk Um emaranhado de coisa nenhuma mesmo Laerte. Enquanto Dilma não tomar as devidas providencias, vai enfraquecendo-se, enquanto abutres andam a solta estão, se armando, juntos para derruba-la, e uma vez ela no chão. só depois vão dividir os despojos entre eles. E o povo, que se dane! Penso que mais clareza nas engociatas internacionais seria o ideal. O grande chefe (americano) ainda não esqueceu sua insubordinação ao recusar seu convite, no ano passado. Risos... Quanto isso vai custar, não sabemos ainda, pois não acabou. Afff...acho que falei demais, desculpe. 

  •   Por que a própria oposição faz coro com o "volta Lula"? Eles sabem que Lula tem mais prestígio que Dilma. Por que, então, torcem para que Lula seja o candidato do PT já em 2014? Estranho, muito estranho... /// A meu ver, a troca soaria como uma espécie de "impeachment" de Dilma... Aí seria só cantar a "incompetência", o "fracasso" das administrações do PT. Falariam que a "herança maldita" de Lula derrotou Dilma... É possível que seja por aí... Essa pulga petista está me incomodando... Plact!

  • Celeste Marcondes Só rezando pro nosso novo Santo ! Pe Anchieta me diga em que praia posso ficar escrevendo poesias na areia com uma varinha e longe de toda essa loucura !!

  • Haroldo Cotrim SAIDEIRA...o exemplo do que é um vagabundo>>>Ao ver Lula defendendo seu filho que recebeu R$ 15 milhões de reais da TELEMAR para tocar sua empresa, Élio Gáspari publicou essa história tirada do fundo do baú:

    Em 1966 o presidente Castello Branco leu nos jornais que seu irmão, funcionário com cargo na Receita Federal, ganhara um carro Aero-Willys, agradecimento dos colegas funcionários pela ajuda que dera na lei que organizava a carreira. O presidente telefonou mandando que ele devolvesse o carro.
    O irmão argumentou que se devolvesse ficaria desmoralizado em seu cargo. O presidente Castelo Branco interrompeu-o dizendo: Meu irmão, afastado do cargo você já está. Estou decidindo agora se você vai preso ou não'.

    E o Lula ainda alega que não existe ninguém 'neste país' com mais moral e ética do que ele...

  • Serginho Athayde Enquanto Lula se joga na campanha de Dilma de corpo e alma, fica essa futrica de Lula ser o candidato. Como somos pequenos pra enfrentas os anões dessa oposição medíocre, ridícula, corrupta. hipócrita e entreguista. Não dá para mudar de assunto????

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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Estudantes enganam Aécio em Ouro Preto --- A POLÍCIA BRASILEIRA SENDO TREINADA POR MERCENÁRIOS?! Ou mercenários da Folha enganando o leitor? --- Snowden, o vendedor

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Em festa tucana para Aécio com dinheiro público, povo pobre não entra. 

Estudantes protestam com farinha

População excluída do evento 

Excluídos da festa, muitos moradores reclamaram do fechamento da praça Tiradentes e do esquema de restrição de acesso às ruas próximas ao evento. Um grupo de cerca de 50 estudantes também protestou e vaiou durante toda a cerimônia. O barulho era notado no palanque, sem arrancar reações do senador Aécio Neves e demais autoridades. 

Os jovens jogaram farinha no meio da rua.


(Para ler completo, clique no título)
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Facebookada

PQP!!! A POLÍCIA BRASILEIRA SENDO TREINADA POR MERCENÁRIOS?!

  • 3 pessoas curtiram isso.
  • Kais Ismail Musa http://www1.folha.uol.com.br/.../1443261-paramilitares...

    www1.folha.uol.com.br
    A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando pol...Ver mais

  • Kais Ismail Musa http://www1.folha.uol.com.br/.../1443263-empresa...

    www1.folha.uol.com.br
    A Blackwater, atualmente chamada de Academi, é uma das empresas mais controversas dos Estados Unidos. Faturou bilhões de dólares fornecendo serviços de segurança para o Departamento de Defesa, diplomatas do Departamento de Estado e, de forma secreta, para a CIA, nas guerras do Iraque e Afeganistão e…

  • Eva Niehues na época da ditadura, americanos vieram ensinar a tortura, está se repetindo?????/

  • Kais Ismail Musa a especialidade deles, é matar

  • Jorge U. Varella Moreira Que matem todos do PT

  • Fernando Soares Campos Ontem fiz a seguinte pergunta aqui em casa: "Por que treinamos policiais e militarem em geral nos EUA ou contratamos os seus serviços para treinamento aqui?" (Contratamos ou fazemos intercâmbio.) /// Dizem que eles têm os melhores serviços, os mais avançados sistemas, a mais avançada tecnologia no combate ao crime. Podem até ter, mas não deve ser tão eficiente, pois é o país com a maior população carcerária do mundo. Ora, diriam: "Então isso prova que são realmente eficientes!". Não. Porque a função primordial das polícias é prevenir, combater prevenindo, e não simplesmente investigando e resolvendo os crimes. Aliás, pelo que sabemos, as polícias dos EUA, principalmente o FBI, tem estimulado o crime (comprovadamente) e envolvido muita gente, além de queimar "arquivo". Fazem muita propaganda, merchandising, com documentários e nos telejornais, tudo com o propósito de vender tecnologia e serviços. Só isso. Prevenir, que é bom, nada!. /// Os sistemas tipo Big Brother, com câmeras pra tudo quanto é lado, não resolve coisa nenhuma, e eles aproveitam os casos (raros) que dão certo e fazem propaganda, alardeiam as vantagens das câmeras. Pura ilusão. O que a população não toma conhecimento é dos outros milhares de casos de crimes idênticos que não tiveram solução, mesmo com as caras dos bandidos bem nítidas nas telas dos monitores. Uma nação com a maior população carcerária do mundo não pode dizer que são bons no combate ao crime. Talvez sejam (nem sei se realmente o são), na solução de crimes, mas não na prevenção. /// Precisamos intercambiar com países que aplicam bons métodos de prevenção ao crime, países que usam "policiais-cidadãos", policiais que respeitam os cidadãos, que os tratam com tal e deles recebem colaboração. Não me refiro a colaboradores gratificados, dedos-duros, mas, sim, colaboração no combate ao crime através da ´prevenção. Creio que devem existir países com essa política de segurança pública. Os EUA não são, dá pra perceber. Lá existe mesmo é a indústria do crime. Produtos para exportação. E caros! Muitos deles são comprados e acabam sucateados, lá nos fundos, nos depósitos das secretarias de "segurança". Isso depois de renderem milhões em propinas nas transações de compra e venda.

  • Fernando Soares Campos Sobre a Blackwater, aqui está uma verdadeira reportagem, longa, mas eu a ilustrei bastante para que a leitura se tornassem mais agradável....... http://santanadoipanema.blogspot.com.br/.../erik-prince-o...

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  • Fernando Soares Campos Só não vi, na matéria da Folha, a informação mais importante que ela teria que nos dar: Quais os estado brasileiros estão contratando a Blackwater "para treinar PMs"? Estranho, o jornal abrir esse título e não mencionar qual ou quais os estados. Muito estranho...

  • Kais Ismail Musa se é para a Copa, acho q é federal e não estadual

  • Kais Ismail Musa No começo da matéria, é citado a PM e a polícia federal...

  • Fernando Soares Campos Kais, minha vista não anda lá essas coisas, mas ainda não estou cego, tanto que, além de ler, consigo escrever neste espaço com essas letrinhas. Deve estar havendo um fenômeno curioso, talvez tenham desenvolvido um programa que possa exibir um texto a um leitor, e, no mesmo ciberespaço, outro texto para cada leitor. Por isso reli com melhor atenção. Em nenhum trecho da matéria, entendi que era para a Copa (não falam em data de treinamento nem onde ele está ocorrendo nem quem está sendo treinado), também não vi nenhuma citação à Polícia Federal. A única referência a policiais militares, foi no segundo parágrafo do subtítulo NEGÓCIOS, em que se fala ligeiramente que a Blackwater "Também treina militares americanos e de diversos países no centro de Moyock, onde os policiais militares brasileiros estiveram" (Quando?). Mas nem mesmo citam a época dessa relação de "policiais militares brasileiros" com esse local de treinamento. Quer dizer, Blackwater usa esse centro de treinamento, mas não só Blackwater, e os policias militares brasileiros estiveram lá, diz a matéria, sem dizer explicitamente se foram treinadas por essa empresa, ou por órgão do Estado dos EUA. Treinamentos com entidades oficiais de outros países geralmente ocorrem por intercâmbio; mas com empresa particular, acontecem através de contrato, que exige licitação e, nesse caso, as determinações legais são muito rigorosas. /// Eu por exemplo, já estive em unidades do Exército, Marinha e Força Aérea, assisti algumas palestras, mas nenhuma sobre táticas de guerra ou guerrilha. O policial americano Dan Mitrione foi instrutor de tortura nessas unidades durante a ditadura. Nesse caso alguém pode dizer que eu estive nessas unidade, mas não terá cara-de-pau para dizer que eu participei de treinamentos de Dan Mitrione. Porém, o leitor menos atento pode ligar uma coisa a outra. Grande imprensa essa. Qualquer um de nós pode ser vítima dela, principalmente o leitor.

  • Fernando Soares Campos Kais, só agora vi que são duas matérias, e até agora eu estava me referindo à segunda. Vou ler a primeira...

  • Fernando Soares Campos Kais, li a primeira, e aí complicou tudo. 
    Por que a Folha publica no mesmo dia e na mesma exata hora (21/04/2014 - 03h30) duas matérias sobre o mesmo fato, escritas pela mesma autora, Patrícia Campos Mello: "Paramilitares americanos treinam policiais brasileiros para a Copa" e "Empresa contratada para treinar PMs brasileiros é acusada de matar civis no Iraque"?


    Já comentei a segunda. 


    Em ralação à primeira, a única novidade está na última frase, uma informação valiosa: “não houve indicação prévia de que haveria terceirização dos instrutores”. 

    Quer dizer: como sempre, os terroristas norte-americanos estão sempre golpeando seus próprios parceiros, ou aliados. Convidam para um intercâmbio e mandam os nossos policiais para as mãos de conhecidos terroristas, como essa gente da Blackwater. Em seguida, um jornal estúpido, apoiador e colaborador de torturadores durante o regime militar, faz duas matérias enganosas, com títulos que causam a impressão de que o governo brasileiro estava conivente com esse tipo de conluio: a terrorista Blackwater e as nossas polícias, inclusive a Federal.

    Um importante site, bancado por poderosíssimas instituições, comentou a primeira usando o mesmo título da Folha, mas omitiu essa informação no fechamento. 

    Por que a Folha precisou das duas matérias?

    Talvez para confundir, pois na primeira foi obrigada a inserir a informação da Secretaria de Segurança para Grandes Eventos, que deixou claro a rasteira dada pela Embaixada dos EUA.

  • Fernando Soares Campos "Empresa contratada para treinar PMs brasileiros é acusada de matar civis no Iraque"? Quem contratou? Bom, o governo brasileiro não foi, isso está esclarecido. Mas, pior que isso é o fato de que o governo brasileiro foi enganado. Não. Tem coisa pior nessa história: a imprensa apresenta o caso como se o governo brasileiro fosse o contratante, faz de tudo para que o leitor imagine isso. E foi o que aconteceu, basta observar que, aqui mesmo, mensagem de um leitor. pede que "Matem todos [os membros] do PT", diz baseado nas matérias. Isso é muito grave... O terrorismo revelando terroristas em potencial...



Empresa contratada para treinar PMs brasileiros é acusada de matar civis no Iraque. http://folha.com.br/no1443263

A Blackwater, atualmente chamada de Academi, é uma das empresas mais controversas dos Estados...
FOLHA DE S.PAULO


Policiais militares e agentes da Polícia Federal estão sendo treinados por paramilitares americanos para ações antiterrorismo durante a Copa. A empresa responsável pelo curso é a Academi, anteriormente conhecida como Blackwater, que atuou nas guerras do Iraque e Afeganistão com grupos de mercenários bancados pelo governo americano.
O curso para policiais brasileiros é uma parceria entre a empresa e a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. Segundo a reportagem, o governo americano investiu mais de US$ 2 milhões nos últimos dois anos em treinamento para forças de segurança brasileiras em preparação para os megaeventos.
Leia a reportagem:

A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando policiais militares e agentes da Polícia Federal para ações antiterrorismo na Copa.
FOLHA DE S.PAULO

  • 34 pessoas curtiram isso.
  • Rosemeire Costa Do Nascimento Tanto dinheiro desperdicado com coco e as necessidades esquecidas,America se preoccupa munito com terrorismo por que sao e les OS montros.

  • Antonio Luciano Baia Neto O fascismo avança na sombra do discurso anti-terror. Ligaram o modo medo da sociedade. É muito mais lucrativo, para quem ?

  • Paulo C Scotte Deviam treiná-los para prenderem os corruptos, ladrões, etc etc etc que JÁ estão no Brasil.

  • Gabriela Castro Ridículo, esse governo não tem limite? Que palhaçada!

  • Rosinete Pontes A turma do Não vai ter copa ... e pra eles os treinos kkkkkkkllk

  • David Neves de Oliveira Para espancar homens e mulheres pacíficos e desarmados precisam disso???????

  • Leonisio Dias mas será que eles vão pegar nossos politicos ? pois são eles os terroristas que fodem com a vida de todos nós..

  • Rodrigo Alexandre Pereira O fascismo corre na veia dos ignorantes

  • Reinaldo Esquivel como assim ???não era o bope, que treinava os cara da swat norteamericana ????

  • Haroldo Lago Não faz muito tempo, no Sudão, dois agentes 'altamente treinados' por essa 'escola', se viram cercados por uma dúzia de sudaneses armados de facões. Adivinhem quem acabou sem cabeça? Qualquer homem pode ser treinado para qualquer coisa, exceto para enfrentar outros homens cuja maior arma seja a disposição de se arriscar a morrer. Fica a dica.
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Paramilitares americanos treinam policiais brasileiros para a Copa


Patrícia Campos Mello
21/04/2014

A empresa americana Academi, que antes se chamava Blackwater, está treinando policiais militares e agentes da Polícia Federal para ações antiterrorismo na Copa.

A Blackwater ficou conhecida por agir como um exército terceirizado dos Estados Unidos, com mercenários atuando nas guerras do Iraque e do Afeganistão.

A empresa está envolvida em polêmicas. Ex-funcionários da Blackwater são acusados de terem matado 17 civis iraquianos no massacre da praça Nisour, em 2007.

Na semana passada, um grupo de 22 policiais militares e agentes federais brasileiros voltou de um treinamento de três semanas no centro da Academi em Moyock, na Carolina do Norte. O curso foi bancado pelo governo dos EUA e faz parte de uma série de ações de intercâmbio entre as forças policiais dos dois países.

"O foco do programa é passar as experiências práticas vividas pelas tropas americanas no combate ao terrorismo. Por isso, fomos enviados, pois somos a tropa especializada que será empregada durante uma ameaça de ataque terrorista em São Paulo", disse à Folha o tenente Ricardo Bussotti Nogueira.

Ele é comandante de pelotão do COE (Comando de Operações Especiais) em São Paulo. "O centro é incrível, tem tudo para qualquer ocorrência, até contêineres com cidades cenográficas; foi lá que os "seals" foram treinados para entrar na casa do Osama bin Laden", afirmou.

O treinamento "Interdição Marítima de Terrorismo" teve instrutores militares reformados, Navy Seals [força especial da Marinha] e membros da guarda costeira dos EUA.

O objetivo: "segurança portuária com foco em como terroristas operam em ambiente marinho e como reconhecer ameaças e mitigá-las quando necessário", segundo informa em seu site a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, que organizou o intercâmbio.

Cooperação

Segundo o governo americano, esse treinamento é apenas um entre diversos programas de cooperação militar.

"O governo americano gastou cerca de US$ 2,2 milhões nos últimos dois anos em cooperação com as polícias do Brasil para megaeventos", disse um funcionário do governo americano à Folha.

A Academi foi escolhida porque tem um centro de excelência, dizem os americanos. A empresa mudou sua diretoria e não é mais a Blackwater, acrescentam.

Segundo o tenente Nogueira, os americanos têm "know-how" de explosivos improvisados, ataques químicos e biológicos. No treinamento dos brasileiros também estavam militares da Índia e da Indonésia e "rangers" (membros de elite do Exército dos EUA).

A Blackwater foi a principal empresa terceirizada a fornecer serviços de segurança para os governo americano nas guerras do Iraque e Afeganistão e já treinou integrantes do exército afegão.


A Secretaria de Segurança para Grandes Eventos diz que o programa foi uma parceria com a Embaixada dos EUA, ofertada por agentes do Regional Security Office -Agência de Segurança Regional da embaixada. Segundo a secretaria, "não houve indicação prévia de que haveria terceirização dos instrutores." [Grifo AA]
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No blog da redecastorphoto...


17/4/2014, Kremlin, Moscou (excerto da entrevista, em 2h59’43”)
Excerto traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

(Para assistir ao vídeo, clique AQUI)

Temos uma pergunta em vídeo, que chega do nosso call centre. Anna, por favor.

ANNA PAVLOVA: Temos um vídeo surpresa, que me parece sensacional. Foi enviado pela pessoa que provocou uma revolução na informação, ao expor o programa de vigilância em massa que afetou milhões de pessoas em todo o mundo. Sr. Presidente, há uma pergunta do ex-agente de segurança Edward Snowden.

VLADIMIR PUTIN: É mesmo?

EDWARD SNOWDEN: Zdravstvuyte. Queria perguntar-lhe sobre a vigilância em massa de comunicações online e sobre a coleção gigante de gravações privadas, feita por serviços policiais e de inteligência.

Recentemente, os EUA, duas investigações independentes da Casa Branca, além de uma corte federal norte-americana concluíram que esses programas não têm efeito no trabalho de conter o terrorismo. Declararam também que são intromissão inaceitável na vida privada dos cidadãos – indivíduos que jamais foram suspeitos de ter feito qualquer coisa errada ou de qualquer atividade criminosa; e que esses programas não são o meio menos intrusivo acessível para aquelas agências, em seu trabalho de investigação.

Tenho ouvido alguma discussão pública sobre o envolvimento também da Rússia em políticas de vigilância em massa. Por isso, gostaria de perguntar ao senhor: 

A Rússia intercepta, armazena ou analisa, seja pelo método que for, as comunicações de milhões de indivíduos? E o senhor acredita que o simples objetivo de aumentar a efetividade da inteligência ou de investigações policiais justificaria pôr sociedades inteiras – não só alguns indivíduos – sob vigilância? Obrigado.

KIRILL KLEYMENOV: Sr. Presidente, o senhor entendeu a pergunta?

VLADIMIR PUTIN: Sim, alto e claro.

KIRILL KLEYMENOV: É pergunta técnica, profissional, do Sr. Snowden. O senhor fala inglês, como vemos, nos encontros com governantes estrangeiros. Mas tentarei traduzir a pergunta para o público que nos assiste.

VLADIMIR PUTIN: O inglês norte-americano é um pouco diferente...

KIRILL KLEYMENOV: Tentei escrever a pergunta, que tem alguns aspectos técnicos...

VLADIMIR PUTIN: Pelo que compreendi, ele quer saber se os russos fazemos vigilância eletrônica em massa.

KIRILL KLEYMENOV: Ele falou de vigilância em massa das comunicações online e da coleção, no sentido de arquivarem e guardarem gravações privadas. Disse que uma corte federal nos EUA concluiu que esses programas não são efetivos para conter o terrorismo. É importante admissão de um fato. Disse também algo sobre intromissão na vida privada dos cidadãos comuns. O Sr. Snowden também disse que tem visto a discussão pública lançada na Rússia, sobre esse tópico. No final, pergunta ao senhor se a Rússia intercepta, armazena ou analisa, seja pelo método que for, as comunicações de milhões de indivíduos. E quer saber se o senhor crê que essa vigilância em massa seja justificável.

VLADIMIR PUTIN: Sr. Snowden, o senhor é ex-funcionário de inteligência, e eu também trabalhei para uma agência de inteligência. Falemos como profissionais que sabem do que falam. Para começar, a Rússia tem leis que regulam estritamente o uso de equipamento especial pelos serviços de segurança, incluindo equipamento para gravar conversas privadas e para vigilância de comunicações online. Todos os agentes têm de obter uma ordem de corte de justiça para poder usar aquele equipamento num caso específico. Assim sendo, pelo que determina a lei russa, não há, nem pode haver, vigilância em massa, indiscriminada.

Dado que os criminosos, inclusive os terroristas, usam esses modernos sistemas de comunicação para sua atividade criminosa, os serviços de segurança têm de ter meios para poder responder adequadamente, e usam equipamento moderno para combater o crime, inclusive o terrorismo. Sim, nós fazemos isso. Mas não em vasta escala, nem arbitrariamente. 

Espero – desejo sinceramente – que nós jamais venhamos a agir desse modo. Além do mais, nós não temos, nem todas as capacidades técnicas, nem todo o dinheiro com que os EUA contam para essa finalidade.

Mas o aspecto principal é que, felizmente, os serviços de segurança russos são rigorosamente controlados pelo estado e pela sociedade, e a operação desses serviços é estritamente regulada por lei.




Nota dos tradutores

[*] Programa “Direct Line with Vladimir Putin”, transmitido ao vivo pelos canais Channel One, Rossiya-1 e Rossiya-24, pela rádio FM Mayak e Vesti FM e pela Radio Rossii [a íntegra do programa está em tradução].



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De...
Boletim de Atualização - Nº 385 - 22/4/2014
...para a PressAA...

O futuro da internet em debate no Brasil

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Gilberto Gil, destaque na reunião da ONU que debateu em Túnis (2005) futuro da internet. Espaço do Brasil tornou-se ponto de encontro de intelectuais, ativistas e membros de governos
Dois eventos globais paralelos tentam, esta semana, assegurar liberdade na rede, num mundo ameaçado por autoritarismos, vigilância e censura. Será possível?
Por Maurício Ayer Antonio Martins
O sociólogo catalão Manuel Castells, autor de A Sociedade da Informação; o engenheiro inglês sir Tim Berners-Lee, que criou a World Wide Web; o músico e ex-ministro brasileiro Gilberto Gil, cujo currículo inclui participação destacada na conferência internacional que debateu, em Túnis (2005) o futuro da internet, têm uma tarefa árdua, esta semana, em São Paulo. Junto com oitocentos representantes (de duzentos países) e com outros intelectuais e ativistas destacados, eles tentarão afastar sombras que pairam sobre o futuro da rede mundial de computadores – e, em muitos sentidos, da democracia.
Como permitir que a internet continue a alimentar a esperança de comunicação direta, sem intermediários e fundamentalmente desmercantilizada, entre os seres humanos? De que modo evitar que ela seja contaminada pela espionagem maciça, censurada por governos autoritários ou reduzida a um espaço mercantil, em que o grande poder econômico controla os fluxos de informação relevantes? Estes são alguns dos temas da Net Mundial e Arena Net Mundial, eventos marcados para 22 a 24 de abril, no Hotel Grand Hyatt e Centro Cultural de São Paulo.
Os encontros não têm poder mandatório. Invenção recente, a internet surgiu, além disso, numa época de crises de hegemonias, instituições e projetos. Continuará, nos próximos anos, ameaçada por governos, grandes empresas e agências militares de atuação global, como a NSA norte-americana.
Mas sobre a rede agirá, também, um contrapoder notável. Exercido pelas sociedades civis – de forma ora explícita, ora difusa –, ele tem sido capaz de manter um grau de liberdade surpreendente, se se levam em conta as turbulências do cenário global. Derrubou leis autoritárias. Driblou tentativas de censura. Estimulou o surgimento de plataformas que multiplicam a colaboração (como a Wikipedia), os diálogos (como as redes sociais) e as trocas não mediadas pelo dinheiro (como os sistemas de compartilhamento de música, livros e outros bens culturais). Criou formas embrionárias de democracia pós-estatal (uma delas é o Comitê Gestor da Internet brasileiro, o CGI.br). Articular este contrapoder, prepará-lo para os desafios mais duros que virão, é, provavelmente, o que se pode esperar de melhor dos encontros desta semana.
(Para ler completo, clique no título)

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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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I Love Petrobrax - É o Pré-Sal, meus camaradas! E a eleição... --- Próximo golpe de Barbosa... --- Os Bebês da Rosa

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É o Pré-Sal, meus camaradas! E a eleição...



Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

Você quer saber de uma coisa: o que me emociona, o que me deixa confiante e satisfeito, o que me faz, a partir de agora, ter uma nova visão sobre os propósitos e a conduta da direita brasileira, da nossa generosa, isenta de preconceitos e democrática burguesia é, indelevelmente, sua enorme preocupação com os rumos e o destino da Petrobras, com o Brasil e com o povo brasileiro. Quando vejo homens do quilate moral e político de Aécio Neves, Agripino Maia, Álvaro Dias, Roberto Freire, José Serra, FHC — o Neoliberal I — e os tantos e quantos tucanos, demonistas e ex-comunistas do partido de aluguel conhecido como PPS, fico, realmente, a pensar: “Nossa! Como essa gente se preocupa com a Petrobras! Se preocupam de tal maneira que eu fico até comovido”.

E não é que de repente, não mais do que de repente, até mesmo os próceres e barões da imprensa-empresa também, em tom uníssono, começam a defender a Petrobras, o que me deixou completamente atônito, boquiaberto, porque ser surpreendido dessa forma não é para qualquer vivente comum, sem, antes, ter feito um exame completo no coração. Afinal, pessoas compromissadas com os interesses do País, com o povo brasileiro, a exemplo dos magnatas bilionários de todas as mídias em oligopólio, como o Octávio Frias, os irmãos Marinho (sempre esqueço os nomes deles), os filhos de Robert Civita, o Mesquita que tenta salvar o Estadão da falência, além de outros donos de empresas familiares espalhados de Norte a Sul pelo Brasil, realmente merecem todo o respeito e a atenção.

Há cerca de um mês tenho visto e ouvido uma verdadeira ode à Petrobras. O amor de espécies não tão raras porque ordinárias, como os tucanos, os demos, os ex-stalinistas de aluguel, juntamente com os magnatas bilionários da imprensa de negócios privados e seus empregados pela Petrobras é comovente, pois remonta o mesmo amor que seus ancestrais sentiram pela brasileiríssima estatal do petróleo nos idos anteriores à sua criação pelo estadista trabalhista Getúlio Vargas, em 1953, bem como em cerimônia de sua fundação até os dias de hoje. É uma beleza! Comove, sabe?  Nunca vi tanto pendor e nacionalismo.

Ao ler, ver e ouvir editoriais, matérias e opiniões dessa velha imprensa de mercado carcomida pelo tempo e corrompida pelos seus próprios interesses, percebe-se, rapidamente, que sua hipocrisia, cinismo e vocação para a manipulação e a mentira não tem limites. Para desconstruir a imagem do Governo trabalhista e macular a honra e a moral de lideranças petistas exemplificadas em nomes como o de Lula e Dilma, os tucanos e seus aliados, mancomunados com a imprensa alienígena que odeia secularmente o Brasil, tratam de atacar a Petrobras e, consequentemente, mexer com as emoções do povo brasileiro, que, desde antes de 1953 e durante a campanha do “O Petróleo é Nosso!” tem uma relação cívica com a megaempresa, que o leva ao sentimento de brasilidade e à condição de saber que é cidadão nacionalista. Sentimentos estes tão decantados pelos norte-americanos e elogiados pelas nossas “elites” colonizadas, provincianas e complexadas quando se trata de admirar o nacionalismo yankee.

Neste momento verme de ser e se sentir, os coxinhas infelizes e recalcados dessas paisagens tropicais fazem questão de esquecer a frase “O patriotismo é o último refúgio dos canalhas”. Porque para a nossa medíocre burguesia somente é permitido, ou seja, tolerado, o nacionalismo dos europeus colonizadores e dos EUA, que ela, entusiasmada, além de servil e subalterna, aprendeu a admirá-los por intermédio dos filmes de Hollywood e de enlatados que eram e são transmitidos pelas televisões. São tantos séculos de lavagem cerebral através de gerações de coxinhas burgueses, que se torna muito difícil para tais pessoas olharem para si com autoestima e o sentimento e desejo de compreender que o povo brasileiro é capaz, inteligente, competente, trabalhador e corajoso.

Afinal, somos empreendedores por natureza e sempre soubemos nos virar em momentos difíceis de nossas vidas, bem como do País. Além disso, controlamos um território continental, e este fato, podem acreditar, não é para qualquer povo, pois sabemos que muitos povos perderam territórios e até hoje lamentam perante a história. Todavia, o Brasil tem uma “elite” perversa, autoritária e egocêntrica. Poder-se-ia dizer que é uma classe dominante quase esquizofrênica, e que é capaz, como já foi comprovado, de apoiar e ser cúmplice de invasão de gringo para que ela possa, por exemplo, derrubar um governo eleito, e, dessa forma, locupletar-se com a nova ordem política e ideológica imposta à força, como ocorreu, inquestionavelmente, em 1964, quando a direita efetivou um golpe civil-militar, que durou o tempo de 21 anos.

A direita partidária, a burguesia e a pequena burguesia (classe média) em geral sabem disso e trataram logo de emplacar a Petrobras como alvo para que o Governo trabalhista seja desmoralizado e, por sua vez, sinta o peso de sua “desqualificação” como gestor em um ano eleitoral. Trata-se do vale-tudo das eleições e, se a Petrobras cresceu por ter investido muito em todas suas áreas e segmentos, não importa, porque o que está a valer é Pasadena, mesmo os tucanos e a imprensa-empresa receberem informações da presidente da estatal, Graça Fortes, que, no Congresso, não deixou pergunta sem resposta, mostrou dados, índices e números, o que não foi o suficiente para os conservadores, pois a verdade é que esse pessoal que odeia o Brasil quer mesmo que a Petrobras exploda, como sempre quiseram desde quando a estatal foi fundada.

Agora, a estratégia da direita, à frente o candidato-playboy, Aécio Neves, é judicializar mais uma vez um processo político-eleitoral, pois o PSDB, o DEM, o PPS e o PSB, do quinta coluna Eduardo Campos, além da imprensa de mercado, não querem que a CPI seja ampla, ou seja, que sejam investigados os casos de corrupção bilionária da Alstom e Siemens, em São Paulo, e do Porto de Suape, em Pernambuco. A direita e os traidores do PSB querem apenas que seja investigada a Petrobras. A petroleira multinacional é considerada a “Geni” dos reacionários, ficam a jogar pedras, porque querem um Brasil VIP para as classes privilegiadas e um povo cativo e longe de sua emancipação.

Contudo, não somos ingênuos e sabemos, sem sombra de dúvida, que essa gente da oposição, na verdade, objetiva concretizar seus desejos mais abissais e inconfessáveis... A luta político-eleitoral e as falsas polêmicas, acusações e denúncias vazias repercutidas pela imprensa alienígena e corporativa têm, irrefragavelmente, o propósito de atacar o modelo de partilha do Pré-Sal. Exatamente isto, meus camaradas: o Pré-Sal, como combustível dos ataques ao Governo trabalhista e à Petrobras é o que move a oposição partidária, os grandes grupos empresariais nacionais e estrangeiros, e, especialmente, os magnatas bilionários de imprensa (privada), que desejam ardorosamente a volta dos tucanos ao poder, e, por conseguinte, retomar o processo de privatizações, extinguir a maioria dos programas sociais, diminuir os investimentos em infraestrutura, saúde e educação, para, desse modo, atender aos anseios do mercado financeiro internacional e dos países considerados desenvolvidos, que perderam muito dinheiro e influência com a diplomacia independente e não alinhada aos Estados Unidos e à União Europeia efetivada pelos presidentes trabalhistas Lula e Dilma.
É o Pré-Sal, estúpido! Como já disseram. É ele que está em jogo. E se os campos de petróleo das bacias de Campos e Santos estão a sofrer questionamentos de tucanos fundamentalistas do mercado e da imprensa entreguista, pois quase conseguiram desmantelar a megaestatal para vendê-la, é sinal que o modelo de concessão dos tempos de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — é o que agradava a todos aqueles que viviam da jogatina diária do mercado, bem como faziam com que os altos dirigentes das petroleiras internacionais em todo fim do dia abrissem champanhes para comemorar seus exorbitantes lucros e remessas em cima da riqueza brasileira, como o fazem até hoje quando auferem os lucros da Telebras e da Vale do Rio Doce, privatizadas e alienadas, pois vendidas por tucanos irresponsáveis e incompetentes a preço de banana.

É o Pré-Sal, coxinha de classe média com complexo de vira-lata e que pensa que vai ser um dia convidado para o baile dos ricos e depois bater com a cara na porta deles. É o Pré-Sal, pobre de direita, cuja maioria nem sabe o porquê de ser reacionário, mas compreende, lá no seu íntimo, que sua vida melhorou, em todos os sentidos, por causa dos governos trabalhistas e não por interferência dos governos do PSDB, que, além de irem ao FMI três vezes, humilhados, de joelhos, e com o pires nas mãos, não tiveram competência nem ao menos para criar empregos e, por sua vez, empregar o povo brasileiro.

Nem isso quanto mais elevar as reservas internacionais e colocar o Brasil em um patamar de importância internacional jamais experimentado em seus 514 anos de história. Ponto! O negócio é o seguinte: O senador tucano Aécio Neves no poder significa retrocesso e perda de investimentos, empregos e sossego. Exatamente isto: sossego. Porque ninguém vai ficar feliz ou satisfeito com o desemprego e o fim de dezenas de programas sociais que elevaram o padrão de vida do povo brasileiro, bem como permitiram o aumento exponencial do consumo, que, por seu turno, viabilizou a criação de empregos e também de pequenas e micros empresas, as maiores responsáveis neste País em criar postos de trabalho e gerar renda.

Aécio Neves representa o atraso, porque o novo que ele diz ser, na verdade, é mais velho e conhecido do que os currais eleitorais dos coronéis deste País. O novo é a revolução social silenciosa que o PT e os trabalhistas fizeram em apenas 12 anos. O povão sabe disso, pois passou a ter acesso ao que ele nunca pensaria um dia ter. Basta viajar, meus camaradas, pelo interior deste País para verificar o que eu afirmo, além de irem às favelas e às periferias para observar que até a vida dos miseráveis melhorou, afinal o IBGE constou que 36 milhões de pessoas saíram da miséria.

O Pré-Sal é do Brasil e não de um monte de burocratas fundamentalistas do mercado, a exemplo de Armínio Fraga, que pensam que a vida é feita de apenas números, gráficos e índices. Não mesmo. Atrás da matemática, da contabilidade, da administração e da economia existem pessoas com sonhos e desejos. Elas querem para seus filhos um mundo melhor e com serviços públicos de qualidade. E, terminantemente, não vai ser o PSDB de Aécio Neves e FHC, bem como seus aliados políticos, empresariais e midiáticos que vão favorecer o povo brasileiro.

Eles nunca fizeram isto. Jamais! Então, por que os emplumados colonizados agora o fariam? Por que este ano tem eleição? Não, meu camarada. A Casa Grande não ajuda a ninguém. Ponto! Em qualquer hora, lugar e tempo os proprietários da Big House vão continuar a edificar muros e valas para impedir o desenvolvimento sustentado e linear de todas as sociedades e nações. É o seu mais elementar vampiresco destino. Você não pode esperar da ferroada do escorpião a suavidade do sono quando te surpreende sem você perceber que dormiu.

Portanto, afirmo que a direita em qualquer parte do planeta quer um mundo usufruído por ela, que é conjunto das classes abastadas que ela representa. Por isto e por causa disto o ódio às camadas sociais mais baixas que ousaram, por intermédio de um governo popular e trabalhista, ascenderem, mesmo que modestamente, a uma vida de melhor qualidade.

Este é o real motivo de os ricos, os grandes conglomerados econômicos e financeiros e os partidos de direita, como o PSDB, detestarem o Lula, a Dilma, o Jango, o Brizola, o estadista Getúlio Vargas e a... Petrobras. Como as “elites” detestam o povo, automaticamente passam a detestar também a grande estatal brasileira e tudo aquilo que possa beneficiar o Brasil e diminuir seus poderes e influência.

O Pré-Sal é nosso! Já o teria dito, se fosse vivo, o escritor Monteiro Lobato. A CPI da Petrobras é mais uma farsa eleitoral. Realmente, estou muito comovido com o interesse e a preocupação dos tucanos e da imprensa de caráter golpista com o destino da Petrobras. É o Pré-Sal, meus camaradas! E a eleição. É isso aí.
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O próximo ato de Joaquim Barbosa será o golpe da falta grave contra Dirceu

23/04/2014

Jornal GGN - Depois de baixar a Resolução 514, de 14 de novembro de 2013, que criou a “Execução Penal” como classe processual inédita no Supremo Tribunal Federal e se autocontemplar com a carcerária tarefa de executar a pena dos condenados da AP 470 até o fim, o ministro Joaquim Barbosa insiste em reabrir a investigação sobre o telefonema jamais confirmado entre José Dirceu e James Correa.

O boato foi divulgado em modesto jornal baiano e replicado pela Folha de São Paulo, com ares de verdade.

A razão para Joaquim Barbosa ter chegado ao extremo de processar o inepto e espantoso pedido da promotora Márcia Milhomens Sirotheau de quebra indiscriminada de sigilo telefônico do Palácio do Planalto e adjacências - incluído o Congresso Nacional e o próprio Supremo Tribunal Federal – está na Lei 7.210, de 11 de julho de 1984, a denominada Lei de Execução Penal (LEP).

 “Art. 50 Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
(...)
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com ambiente externo (incluído pela Lei 11.466, de 2007)”.

Uma vez inventada a “falta grave” cometida no suposto telefonema de José Dirceu, o artigo 53 da LEP enumera as sanções disciplinares aplicáveis:

 “Art. 53 Constituem sanções disciplinares:
I) advertência verbal;
II) repreensão;
III) suspenção ou restrição de direitos;
IV) isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88 desta Lei;
V) inclusão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)”.

Dessa caixinha de maldades, Dirceu já foi contemplado com as sanções dos incisos I, II e III. Foi advertido, repreendido e teve o seu direito de trabalhar suspenso por 30 dias em decisão do polêmico juiz Bruno Ribeiro da Vara de Execuções Penais do DF, filho de dirigente tucano do DF e confirmada pelo ministro Joaquim Barbosa.

Os magistrados aplicaram os artigos 50 e 53 da LEP em José Dirceu, sem nenhuma prova de que ele utilizou o telefone na prisão e mesmo após a sindicância ter concluído inexistir o tal telefonema.

Mesmo assim José Dirceu foi exemplarmente punido por uma “falta grave”. Passados 30 dias, a punição se perpetuou no tempo, indefinidamente, sem provas,.

Mas não é só.

Joaquim Barbosa quer mais. Além da advertência, repreensão e suspensão dos direitos previstos nos incisos I, II e III, do art. 53 da LEP, ele quer aplicar os incisos IV e V em José Dirceu.

Quer o isolamento completo e mandá-lo para o temido Regime Disciplinar Diferenciado. Tudo isso com base no artigo 57, parágrafo único, da LEP, assim fixado: “nas faltas graves, aplicam-se as sanções previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei”.

O RDD foi instituído para controlar chefes de facções criminosas de alta periculosidade, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Nesse regime, o preso fica em isolamento 22 horas por dia, podendo ser visitado por até duas pessoas em uma semana, banho de sol de 2 horas e sem nenhum direito a contato com o mundo externo, como ler jornais, revistas ou ver televisão.

Além disso, Joaquim Barbosa pensa em modificar o regime de José Dirceu, de semiaberto a que tem direito, para o fechado que está mantido ilegalmente pelo próprio ministro.

O último ato, ou last act, como Joaquim Barbosa preferiu denominar durante o julgamento, é aplicar o art. 118 da LEP em Dirceu: “a execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: i – praticar fato definido (...) como falta grave”.

O golpe da “falta grave” está em andamento na inédita Execução Penal processada no STF.

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Extra!
Agência de notícias do Professor Hariovaldo alimenta noticiário na Net!


“Milhões de pessoas morreram durante Governo do PT”, ataca Aécio


de Barrelas - Atualizado agora há pouco
Dados do próprio Governo comprovam que milhões de pessoas morrem no país.
Antecipando-se ao calendário eleitoral, o provável candidato tucano à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disparou nesta terça-feira fortes ataques ao governos dos presidentes Lula e Dilma.
Segundo Aécio, dados preliminares do resultado do Censo 2014 revelam que milhões de brasileiros morreram desde 2003.
“Quando o PT assumiu o governo, cerca de 8,5 milhões de brasileiros tinham 85 anos de idade ou mais. Hoje, oito anos depois, quase todos esses brasileiros estão mortos. É um absurdo, o governo do PT assistiu essa carnificina e nada fez!”, vociferou o senador.
Desde 2003, o número de mortos no país é medido pelos 59.354 membros da Agência Nacional de Falecimentos, criada por Lula no início de sua administração.
“O Lula e a Dilma adoram falar que o PSDB não governava para os pobres ou que privatizava as estatais. Mas sempre se esquecem de dizer que, conosco no governo, todos esses quase 9 milhões de cidadãos estavam vivos. Porém, quando o PT assumiu, eles faleceram. Isso foi obra de Deus?”, questionou Aécio.
A direção nacional do PT rebateu as críticas do tucano afirmando que no mesmo período, milhões de pessoas nasceram no país.
“Durante o governo do PSDB, milhões de pessoas também morreram. Infelizmente, muitas delas já não estão mais entre nós para fazer a diferença nessas eleições”, declarou o senador petista Roberto Peixoto (PT-RR). “É uma fatalidade”.
Leia também...

ECONOMIA


12 mil analfabetos nascem por dia no Brasil, mostra estudo

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Recebidos por e-mail da rede de correspondentes de Hélder Câmara:

MP arquiva ação sobre promotor que esqueceu Caso Alstom na gaveta. Será que o MP é inútil?

Dirceu aponta atentado contra estado de direito

Mauro Santayana: A UE e o Mercosul

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Facebookada

Alice Pagotto compartilhou a foto de Po Serra.
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STF decide que o Congresso não pode investigar o trensalão tucano  Em mais uma decisão imoral do Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber concedeu limitar, na calada da noite, aos parlamentares de oposição (PSDB/DEM/PPS), que pediam que o escândalo PSDB-Siemens-Alstom ficasse de fora da CPI.   http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/137659/Rosa-atende-oposi%C3%A7%C3%A3o-e-define-CPI-restrita.htm
STF decide que o Congresso não pode investigar o trensalão tucano
Em mais uma decisão imoral do Supremo Tribunal Federal, a ministra Rosa Weber concedeu limitar, na calada da noite, aos parlamentares de oposição (PSDB/DEM/PPS), que pediam que o escândalo PSDB-Siemens-Alstom ficasse de fora da CPI.

O Estado. de S. Paulo

STF determina instalação imediata da CPI ‘exclusiva’ da Petrobrás

A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber atendeu na noite desta quarta-feira, 23, a oposição e concedeu uma liminar que determina a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito com foco apenas em suspeitas sobre a Petrobrás. A decisão compromete a estratégia do governo de incluir na comissão apurações sobre o cartel de trens em São Paulo, o que atingiria o PSDB de Aécio Neves, e obras do Porto de Suape em Pernambuco, o que fustigaria o PSB de Eduardo Campos.



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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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PressAA



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Prof. Bessa: BABAU: PENSANDO EM CORTAR ORELHAS --- Jacques Gruman: A morte da imaginação --- Senador tucano cumpre seu papel de chantagista --- O Boto Cor-de-Rosa da Amazônia ataca

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BABAU: 
PENSANDO EM CORTAR ORELHAS


27/04/2014 

Faltou um convidado para a canonização de Anchieta que teve missa festiva em Roma, quinta feira, 24, celebrada pelo papa Francisco. Estavam lá o vice presidente da República Michel Temer, os senadores Renan Calheiros (AL) e Ricardo Ferraço (ES) "figuras ilibadas" do PMDB (vixe, vixe), além de outros integrantes de uma gulosa comitiva com passagens e polpudas diárias pagas pelos cofres públicos. Mas ficou vazia a cadeira do cacique Babau Tupinambá, convidado pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O fato está carregado de simbolismo.
O "apóstolo dos índios" foi canonizado sem a presença de um único representante daqueles que catequizou. Seria o primeiro milagre do novo santo se a igreja estivesse lotada de índios ou se Anchieta convertesse a cambada de medalhões (se você está indignado, coloque um "r" depois da primeira sílaba) ali presentes.
Quem acredita na fé dos medalhões, que atire a primeira pedra! Na última vez em que rezou o Pai-Nosso, Renan era coroinha da igreja Nossa Senhora das Graças, padroeira de Murici (AL), de olho no saquinho da coleta de espórtulas da missa. Por isso, ainda reza pela antiga cartilha: "perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos devedores".
O papa ganhou a simpatia de milhões de brasileiros ao se pirulitar logo após a missa para não ter o desprazer de encontrar Renan et caterva, que beijaria sua mão e publicaria a foto. Ninguém, porém, expulsou esses vendilhões do templo. Ninguém perguntou: cadê o Babau? Naquele momento, o cacique estava em Brasília, depondo na Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional, de onde saiu preso pela Polícia Federal, a quem se entregou. Na hora exata da prisão, distante dali, os medalhões, contritos, diziam "amém" na missa celebrada em português pelo papa. 
Cortador de orelhas
O cacique Babau Tupinambá, apesar de ter boca, não foi a Roma, lembrando episódios da ditadura militar, quando proibiram a saída de Daniel Matenho Cabixi, de Mario Juruna e dos índios Kayapó. Babau foi impedido de viajar por um juiz substituto da Vara Criminal da Justiça do município baiano de Una, que decretou sua prisão temporária. Diante disso, a Policia Federal suspendeu o passaporte que lhe havia concedido.
Qual o motivo da prisão? Impedir Babau, que luta pela recuperação do território Tupinambá, de entregar ao papa documentos denunciando a violação aos direitos indígenas no Brasil e de falar com jornalistas de vários países. Esse é o motivo real. Alegaram outro: ele estaria envolvido no assassinato do agricultor Juracy Santana, no dia 10 de fevereiro último, segundo depoimento de alguém que"tomou conhecimento que após morto, Juracy teria a orelha cortada, sendo que a dita orelha era para ser entregue ao Cacique Babau".
Juro que o juiz aceitou essa "prova" na falta de outra. Apenas dez dias se passaram entre a morte e o mandado de prisão, num inquérito viciado em que as testemunhas ouvidas foram pessoas denunciadas pelo próprio cacique, conforme nos relata Renato Santana, da Assessoria de Comunicação do CIMI - Conselho Indigenista Missionário. No inquérito e na decisão do juiz, não foi ouvido o outro lado.
O que um juiz que toma decisões sobre índios conhece sobre o tema? Com essa pergunta, iniciei o curso Consequências sociais das decisões judiciais - o direito dos povos indígenas,ministrado no ano passado na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ) para juízes em vitaliciamento. Na ocasião, recorri a documentos do Arquivo Nacional. Lá, no Fundo Polícia da Corte, existem livros com a relação de presos na primeira metade do século XIX. Num deles consta um índio que foi preso em 1831, por "estar numa atitude de quem estava pensando em roubar". 
O juiz de direito, que chefiava a polícia, era tão eficiente que lia até pensamento. É isso aí. O cacique Babau foi preso porque "estava pensando em cortar orelhas", segundo seus adversários. É muita mesquinharia. É uma ofensa à inteligência dos brasileiros. Podemos acusar o juiz de que "está pensando" que somos idiotas. Somos? Como é que 200 milhões de cidadãos aceitam, calados, tamanho escárnio? Morro de vergonha "de minha pátria, de minha pátria sem sapatos e sem meias, pátria minha tão pobrinha" como cantou Vinicius de Morais.
Kate e a mídia
Um cacique tupinambá é preso para evitar que viaje e represente os índios na canonização de um santo. A grande imprensa, nem seu souza. Não deu um pio. Nenhum registro. Só a Folha de São Paulo deu uma notinha escondida. Os jornalões futricam e futricam factóides. Dedicaram páginas e páginas à recente viagem do duque William, da Kate e do filho deles George à Austrália e Nova Zelandia, registraram até o arroto do pequeno príncipe. Com todo respeito à Kate, Babau é mais importante, não apenas para mim, mas para a história do Brasil, para a humanidade, embora não para certa imprensa. 
Por que a mídia dá enorme espaço para "assunto tão transcendental" como a  operação plástica nos pés - "uma febre nos Estados Unidos" - e ignora o cacique Babau quando ele se defende lá no Congresso Nacional, na presença da presidente da Funai, da procuradora da República e de parlamentares de vários partidos? A noticia fervilha nas redes sociais, mas é ignorada fora delas.
Babau criticou a morosidade na demarcação das terras indígenas e depois se entregou à Polícia. Permanecia preso em Brasília, sob custódia, aguardando transferência para um presídio em Ilhéus (BA), por determinação do juiz substituto Maurício Barra, o mesmo que expediu o mandado de prisão. Os fazendeiros, enfim, podem dormir tranquilos: suas orelhas não serão cortadas, o pensamento sobre isso está preso.
Só acredito que Anchieta não é santo de casa, se a presidente Dilma der um soco na mesa e gritar: "senhores ruralistas, meu campo político é dos lascados, não permito que se rasgue a Constituição e se oprima os índios. A terra indígena Tupinambá, identificada em 2009, aguarda portaria do ministro da Justiça. Cardoso, assine a portaria".
Mas santo de casa não faz milagres. Os bandeirantes estão voltando. Desconfio que vem chumbo grosso por aí. Índios do mundo inteiro, uni-vos!
P.S.1 - Quando esse texto já havia sido escrito, recebi a notícia da morte em Brasília do linguista Aryon Rodrigues, 88 anos, o velório foi na sexta, 25. Aryon era um sábio, amigo dos índios. Escreveu seu primeiro artigo sobre a língua guarani quando tinha 16 anos e publicou no jornalzinho do Grêmio Estudantil. De lá para cá, não parou de pesquisar sobre as línguas indígenas. Ganhamos todos com ele, com sua vida, com sua luz. Ganharam os índios, ganhou a academia. Todos perdemos um pouco com sua despedida. Que descanse em paz, amado e homenageado por todos nós.
P.S. 2 - Desde 1999, a escolha para o cargo de diretor do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia é feita baseada em avaliação criteriosa de um Comitê de Busca nomeado pelo ministro, cujos membros são expoentes das áreas de pesquisa e inovação no Brasil. Esse processo foi adotado para coibir ingerência político-partidária nas indicações. Agora, novamente o INPA está em momento de mudança, e já foi designado o Comitê de Busca, que deve ter autonomia para indicar ao ministro o(s) nome(s) que considerar mais adequado(s), sem pressão política de qualquer natureza. Alguns políticos já estão querendo nomear. Olho neles!
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José Ribamar Bessa Freire - Doutor em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2003). É professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de mestrado e doutorado, e professor da UERJ, onde coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas da Faculdade de Educação. Ministra cursos de formação de professores indígenas em diferentes regiões do Brasil, assessorando a produção de material didático. Assina coluna no Diário do Amazonas  e mantém o blog Taqui Pra TiColabora com esta nossa Agência Assaz Atroz.
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Opinião
24/04/2014 - Copyleft 
Jacques Gruman

A morte da imaginação

Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas.

Nunca entendi essa obsessão por sorrisos em fotografias. Deve ser um conluio com os dentistas. (Nora Tausz Rónai)
Reza uma antiga lenda que dois reinos estavam em guerra. Os perdedores acabaram condenados ao confinamento do outro lado dos espelhos, um primitivo mundo virtual em que eram obrigados a reproduzir tudo o que os vencedores faziam. A luta dos derrotados passava a ser como escapar daquela prisão. O genial Lee Falk inspirou-se nesta narrativa para criar, na década de 1940, O mundo do espelho, para mim uma das mais aterrorizantes histórias do Mandrake. Espelhos foram, aliás, protagonistas de algumas sequências cinematográficas assustadoras. Bóris Karloff, um clássico do gênero, aproveitou muito bem o medo, que desde crianças carregamos, de que nossos reflexos nos espelhos ganhem autonomia. Ui! Já imaginaram se isso virasse realidade? Teríamos que conviver com nossos opostos, um estranhamento no mínimo desconfortável. Os quadrinhos exploraram o assunto também na série do Mundo bizarro, do Super-Homem. Era um nonsense pouco habitual no universo previsível dos super-heróis.
Estava pensando nos estranhamentos do mundo moderno quando me deparei com uma pequena nota de jornal. Encenava-se a ópera Carmen, de Bizet, no Theatro Municipal do Rio. Suponho que a plateia, que pagou caro, estava mergulhada na história e na interpretação da orquestra e dos solistas. Não é que um cidadão saca seu iPad e passa um tempão checando os e-mails, dedinhos nervosos para cima e para baixo, com a tela iluminando a penumbra indispensável para a fruição plena do espetáculo? Como esse tipo de desrespeito está entrando na “normalidade”, apenas uma pessoa esboçou reação. Uma espécie de angústia semelhante à incontinência urinária se espalha como praga nas relações pessoais e no uso dos espaços público e privado. Tudo passou a ser urgente. Todos os torpedos, e-mails e chamadas no celular viraram prioridade, casos de vida ou morte. Interrompem-se conversas para olhar telinhas e telonas, desrespeitando interlocutores. Como este tipo de patologia tende a se diversificar, já há gente que conversa (?) e olha o computador ao mesmo tempo, como aqueles lagartos esquisitos cujos olhos se movimentam sem aparente coordenação. Outros participam de reuniões sem desligar sua tralha eletrônica (na verdade, não estão nas reuniões). Especialistas em informática previram que, num futuro não muito distante, chips serão implantados no corpo. Estão atrasados. Corpos já pertencem a máquinas. A vida é controlada à distância e por outros.
Outro estranhamento vem da inundação de imagens, aflição que chamo de galeria dos sem imaginação. Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual, a enorme maioria delas sem o menor significado e perfeitamente descartáveis. O Instagram recebe 60 milhões de fotos por dia, ou seja, quase 700 fotos por segundo! Fico pensando no sorriso irônico ou, quem sabe, no horror em estado bruto, que Cartier-Bresson esboçaria se esbarrasse nisso. Ele, que procurava a poesia nos pequenos gestos, no cotidiano que se desdobrava em surpresas, nos reflexos impensados, jamais empilharia a coleção de sorrisos forçados que caracteriza a obsessão pelos clics.
Essa história dos sorrisos foi muito bem notada pela Nora Rónai, que citei logo no início. Vivemos a era das aparências. Com a multiplicação das imagens, vem a obrigação de “estar bem”. Afinal de contas, quem vai querer se exibir no Facebook ou nas trocas de mensagens com uma ponta de melancolia ou, pelo menos, um suspiro de realidade? O mundinho virtual exige estado de êxtase permanente.Uma persona que não passa de ilusão. Criatividade não quer dizer tristeza, claro, mas certamente precisa incorporá-la como tijolo construtor da nossa personalidade. O resto é fofoca. Eric Nepomuceno, tradutor e escritor, fez o seguinte comentário sobre seu amigo Gabriel Garcia Márquez, que acabara de morrer: “Tudo o que ele escreveu é revelador da infinita capacidade de poesia contida na vida humana. O eixo, porém, foi sempre o mesmo, ao redor do qual giramos todos: a solidão e a esperança perene de encontrar antídotos contra essa condenação”. Nada que essas maquininhas onipresentes possam registrar, elas que jamais entenderiam a fina ironia de Fernando Pessoa no Poema em linha reta, que começa assim: “Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”. Mais adiante: “Arre, estou farto de semideuses. Onde é que há gente nesse mundo ?”.
A praga narcísica desembarcou nas camas. Leio que nova moda é fazer selfies depois do sexo. O casal transa, mas isso não basta. É urgente compartilhar! Tira-se uma foto da aparência de ambos, coloca-se no Instagram e ... pronto. O mundo inteiro será testemunha de um momento íntimo, talvez o mais íntimo de todos. Meu estranhamento vai ao paroxismo. É a esse mundo que pertenço? Antigamente, era costume dizer que o que não aparecia na televisão não existia. Atualizando a frase: pelo visto, o que não está na rede não existe. É a universalização do movimento apenas muscular, sem sentido, leviano, rapidamente perecível.

Durante o exílio, o poeta argentino Juan Gelman passou um bom tempo sem conseguir escrever. A inspiração não vinha. Disse ele: “A poesia é uma senhora que nos visita ou não. Convocá-la é uma impertinência inútil. Durante uns bons quatro anos, o choque do exílio fez com que essa senhora não me visitasse”. Quando, finalmente, a senhora chega, tudo muda, como narra o poeta: “A visita é como uma obsessão. Uma espécie de ruído junto ao ouvido. Escrevo para entender o que está acontecendo”. Não consigo imaginar uma serenidade como essa no mundo virtual. Tudo nasce e morre antes de ser completamente absorvido. Cada novidade passa a ser vital, filas se formam nas madrugadas nas portas de lojas que começam a vender modelos mais avançados de produtos eletrônicos. Não dá pra esperar um dia, muito menos uma hora. O silêncio e a introspecção são guerrilheiros no habitat plugado. Estou me alistando neste exército de Brancaleone.



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Passalidades Atuais


governadores reféns das suas guardas pretorianas


Criada originalmente com a finalidade de (em termos coloquiais modernos) ‘fazer a segurança’ do imperador (César), a Guarda Pretoriana acabou por tornar-se uma das causas da queda do Império Romano. Com o passar do tempo, os centuriões comandantes da guarda, percebendo a fragilidade dos imperadores aos quais davam proteção, decidiram eles mesmos –com o apoio da tropa- proclamarem-se imperadores. Após uma série de mandatos imperiais curtos, encerrados por conta de assassinatos tramados pelos centuriões comandantes ‘da vez’, os chefes da guarda pretoriana concluíram que, de fato, “melhor do que ser rei é mandar no rei” e, por isso, passaram a leiloar o cargo de imperador por entre cobiçosos senadores interessados em colocar sobre suas cabeças a coroa imperial. Temerosos de sofrer o mesmo destino de seus antecessores, cada novo imperador comprometia-se perante a guarda pretoriana em aumentar-lhes o soldo; e tal modo eram obrigados a fazê-lo que acabaram por levar o império, primeiro, à taxar abusivamente as províncias e, segundo, à bancarrota financeira decorrente do custeio de inúmeras guerras destinadas a conter a revolta... nas províncias.

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ALOYSIO AMEAÇA GOVERNO FEDERAL 

'SE FALAR EM ALSTOM'


“Se quiserem investigar, que se investigue. Mas por que não fizeram antes? Evidentemente porque não há interesse. Mesmo porque, se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal. A Alstom forneceu para o sistema elétrico federal, metrôs e trens”, disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) sobre a tentativa do PT de emplacar a CPI do metrô em SP

25 DE ABRIL DE 2014

247 – Diante da pressão do PT para aprovar a CPI do Metrô, após negativa do STF de unir investigação no caso da Petrobras, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) ameaça: “Se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal”.

A afirmação foi feita em entrevista ao blog do Ricardo Noblat. Leia:

O senhor será vice na chapa de Aécio?

Digo com toda sinceridade que o assunto não está sendo discutido. Estamos cuidando agora dos arranjos regionais, superando dificuldades em estados, fazendo composições.
Muitas vezes, o Eduardo Campos mostra mais vontade de ser presidente do que o Aécio Neves. Falta algo para engrenar? 

Falta campanha.
Mas o Eduardo também não está em campanha...

Mas qual é o crescimento do Eduardo? Nenhum. Como nós também não temos. Porque não temos campanha eleitoral. Quem deve estar preocupada é a presidente (Dilma). Ela, apesar de toda exposição, está caindo.
Se o Eduardo for eleito, o PSDB vai fazer parte do governo dele?

Vamos fazer a eleição, primeiro. E tudo indica que estaremos juntos na disputa contra a Dilma, se a Dilma for para o segundo turno.
O PSDB sempre escondeu o Fernando Henrique em eleição. Fará outra vez?

Eu nunca escondi Fernando Henrique. Comecei minha campanha eleitoral para o Senado mostrando o Fernando Henrique. Na campanha do Serra em 2010, todas as vezes que o governo Fernando Henrique foi atacado ele foi defendido pelo próprio Serra.
Mas o partido vai defender as privatizações?

(Defenderemos) Tudo o que fizemos e deu certo. Os resultados são bons. Inclusive em relação à Petrobras. O PT mudou o que deu certo. O resultado foi a estagnação na produção do petróleo, o sufocamento financeiro, a perda de valor patrimonial e o endividamento da estatal.
O senhor falou em Petrobras. Está em discussão a CPI da Petrobras. Não é importante apurar também as denúncias do caso Alstom?

Se quiserem investigar, que se investigue. Mas por que não fizeram antes? Evidentemente porque não há interesse. Mesmo porque, se o governo for falar em Alstom, nós vamos tocar em vários assuntos incômodos para o governo federal. A Alstom forneceu para o sistema elétrico federal, metrôs e trens.
A CPI da Petrobras não terminará igual à do Cachoeira, sem resultado efetivo?

Quem inviabilizou a CPI do Cachoeira foram eles (os governistas). Quando começaram a aparecer grandes empreiteiras, como Delta, quem embananou a CPI foram os governistas. Agora a CPI da Petrobras vai ser um catalisador das investigações que estão em curso.
O governo acusa a oposição de fazer uso político da CPI.

Estamos em uma casa política. É papel da oposição fazer política de oposição, usando os instrumentos que temos nas mãos para isso. E a CPI é um deles.
Quem o PSDB indicará para a CPI?

Estou querendo pôr Alvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA). O Alvaro tem muito vivência de Petrobras. Há muito tempo vem propondo requerimentos, investigações e diligências. O Mário é um bom esgrimista.





24 de abril de 2014 
Mário Couto, que se autoproclama como paladino da ética, tem a conta bloqueada pela justiça e acumula diversos processos (Agência Senado)

"Senador Mário Couto, que tomou a defesa histérica de Aécio Neves e pediu o impeachment de Dilma é acusado de fraude em 11 processos


YOUSSEF JÁ EMPRESTOU AVIÃO PARA ALVARO DIAS

:
Doleiro Alberto Youssef, que conseguiu um jatinho emprestado para o deputado André Vargas (PT-PR), já havia fretado jatos para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) em 1998; serviço foi pago com recursos da prefeitura de Maringá
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Facebookada

Narcelio Robson de Melo compartilhou a foto de Marina Silva.

Com Eduardo Campos, estou reunida nesta manhã com outras lideranças da aliança PSB-Rede-PPS-PPL que participam hoje do Encontro Programático Regional Norte, que acontece daqui a pouco em Manaus. Nosso encontro terá transmissão ao vivo na plataforma digital www.mudandobrasil.com.br, onde vocês também podem consultar as diretrizes do nosso programa de governo.
Com Eduardo Campos, estou reunida nesta manhã com outras lideranças da aliança PSB-Rede-PPS-PPL que participam hoje do Encontro Programático Regional Norte, que acontece daqui a pouco em Manaus. Nosso encontro terá transmissão ao vivo na plataforma digital www.mudandobrasil.com.br, onde vocês também podem consultar as diretrizes do nosso programa de governo.

  • Fernando Soares Campos O Boto Cor-de-Rosa da Amazônia ataca... Lenda do Boto cor-de-rosa


    O boto é um mamífero muito semelhante ao golfinho, com a principal diferença que o boto vive em água doce e o golfinho no mar.
    O boto vive na bacia do rio Amazonas e também pode ser encontrado em países como a Bolívia, Equador, Peru Colômbia e Venezuela.

    Durante a estação das chuvas (dezembro a abril), o rio inunda grandes áreas da floresta formando pântanos ao longo de suas margens. É quando pode-se encontrar o boto mais próximo das pessoas. Ao começar a estação da seca, o boto se desloca para os rios principais ou lagos da floresta.

    Durante as festas juninas, quando é comemorado o dia de São João, Santo Antonio e São Pedro, a população ribeirinha da região amazônica celebra estas festas dançando, soltando fogo de artifício, fazendo fogueiras e degustando alimentos típicos da região.

    Diz a lenda, que nestas festas, em noites de lua cheia, o boto transforma-se em um jovem elegante e bonito, bom dançarino, bem vestido usando chapéu e sapato branco e sai a procura de companhia. 

    O chapéu é uma forma de esconder um grande orifício no topo da cabeça, feito para o boto respirar, já que a sua transformação em homem não é completa.

    Este desconhecido e atraente rapaz, arrasa e conquista com facilidade o coração da jovem desacompanhada que cruzar o seu caminho. 

    Ele a convida para dançar, seduzindo-a e guiando-a até ao fundo do rio, onde, por vezes, a engravida.

    Antes de amanhecer, como tem que voltar para o rio, o rapaz a abandona para que ela não o veja na forma de boto.


    Foto de Fernando Soares Campos.

  • Fernando Soares Campos O Boto se deu bem...

    Foto de Fernando Soares Campos.


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No blog da redecastorphoto...


26/4/2014, [*] Paul Craig Roberts − Institute for Political Economy
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu


O regime Obama, chafurdando em húbris e arrogância, escalou temerariamente a crise ucraniana e fez dela uma crise com a Rússia. Intencionalmente, ou por estupidez, as mentiras de propaganda dos EUA estão agora fazendo da crise, guerra. Cansada de ouvir as ameaças tresloucadas dos EUA, Moscou já nem atende telefonemas de Obama e dos principais funcionários de Washington.

A crise na Ucrânia começou quando Washington derrubou o governo democrático eleito e o substituiu por idiotas escolhidos a dedo por Washington. Os idiotas puseram-se a atacar, com palavras e à bala, as populações de ex-territórios soviéticos que líderes comunistas soviéticos anexaram à Ucrânia. Consequência dessa política de doidos, é a agitação da população que fala russo, e que escolheu voltar a ser parte da Federação Russa. A Crimeia já se uniu à Rússia. Agora, o leste da Ucrânia e outras partes do sul da Ucrânia provavelmente também se unirão à Rússia.

Em vez de ver seus próprios erros, o regime Obama estimulou os idiotas que Washington instalou em Kiev a usar de violência contra as áreas onde vivem falantes de russo, que querem organizar referendos, para que possam votar e aprovar a reintegração das áreas em que vivem, à Rússia. O regime Obama encorajou os idiotas a usarem de violência, apesar da clara declaração do Presidente Putin, de que nenhuma força militar russa jamais ocuparia a Ucrânia, a menos que os manifestantes ucranianos que se opunham ao governo dos idiotas em Kiev fossem vítimas de violência.

A única conclusão possível é que ou Washington nada ouve do que lhe digam, ou, então, que Washington deseja violência.

Se nem os EUA nem a OTAN estão posicionadas dessa vez para mover força militar significativa para a Ucrânia, suficientes para confrontar o Exército Russo, por que o regime Obama tanto se esforça para provocar a ação dos militares russos?

Flotilha dos EUA no Mar Negro (clique na imagem para visualizar)

Uma possível resposta é que, agora que o plano dos EUA de expulsar a Rússia de sua base naval no Mar Vermelho foi derrotado, Washington abraça o plano de sacrificar a Ucrânia a uma invasão russa, para que os EUA ponham-se a demonizar a Rússia e forcem vasto aumento nos gastos militares e no orçamento da OTAN e deslocamento de tropas da OTAN.

Em outras palavras, o negócio é uma nova guerra fria e mais milhões de dólares em lucros para o complexo militar/de segurança dos EUA.

A meia dúzia de soldados e aviões que Washington mandou para “garantir” os regimes incompetentes naqueles pontos perenes de problemas para o Ocidente – Polônia e países do Báltico – e os navios armados com mísseis enviados para o Mar Negro são NADA. São só provocação simbólica.

Sanções econômicas aplicadas a funcionários e milionários russos só fazem comprovar a impotência dos EUA. Sanções reais feririam os estados da OTAN, fantoches de Washington, muito mais do que feririam a Rússia.

É claro que Washington não tem qualquer intenção de acertar coisa alguma com o governo russo. As “exigências” de Washington foram “impostas”, porque não são aceitáveis. Washington está “exigindo” que o governo russo puxe o tapete debaixo dos pés dos manifestantes pacíficos no leste e no sul da Ucrânia e force populações russas na Ucrânia a submeterem-se aos idiotas dos EUA em Kiev. Os EUA também “exigem” que a Rússia renegue a reunificação da Crimeia e devolva a Crimeia aos EUA, para que Washington consiga, assim, completar o projeto de expulsar a Rússia de sua base no Mar Negro.

Em outras palavras, os EUA querem que a Rússia cole outra vez os cacos que resultaram da loucura de Washington na Crimeia e entregue a coisa, recomposta, aos EUA.

O doido da Casa Branca
É “exigência” tão irrealista, tão alucinada, que ultrapassa qualquer arrogância. O Doido da Casa Branca está dizendo a Putin:

Me danei, quando tentei invadir seu quintal. Ordeno que você, agora, invada o seu quintal e me dê o seu quintal, para que eu me safe com uma boa “ameaça estratégica” que me permita expulsar você do seu quintal.

A imprensa-empresa prostituta, a press-tituta mídia ocidental (brasileira inclusive Nrc) e os estados-fantoches dos EUA na Europa estão apoiando essa “exigência” alucinada. Consequentemente, os líderes russos perderam qualquer confiança que tivessem nas palavras e nas intenções do ocidente; e é assim que começam as guerras.

Governos europeus estão pondo os próprios países em grave risco. E para ganharem o quê? Os líderes europeus são chantageados, ameaçados, subornados com sacos de dinheiro? Ou estão tão viciados em seguir o comando dos EUA que só sabem fazer isso, obedecer os EUA? O que Alemanha, Grã-Bretanha e França teriam a ganhar, por deixar que Washington os empurre a um confronto com a Rússia?

A arrogância dos EUA é coisa jamais vista e pode arrastar o mundo à destruição. Que fim levou o senso de autopreservação da Europa? Por que a Europa não emite mandados de prisão contra todos os membros do governo Obama? Sem a cobertura que lhe dão a Europa e a imprensa-empresa press-tituta, os EUA não conseguiriam arrastar o mundo à guerra.
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[*] Paul Craig Roberts (nascido em 03 de abril de 1939) é um economista norte-americano, colunista do Creators Syndicate. Serviu como secretário-assistente do Tesouro na administração Reagan e foi destacado como um co-fundador da ReaganomicsEx-editor e colunista do Wall Street JournalBusiness Week e Scripps Howard News ServiceTestemunhou perante comissões do Congresso em 30 ocasiões em questões de política econômica. Durante o século XXI, Roberts tem frequentemente publicado em Counterpunch e no Information Clearing House, escrevendo extensamente sobre os efeitos das administrações Bush (e mais tarde Obama) relacionadas com a guerra contra o terror, que ele diz ter destruído a proteção das liberdades civis dos americanos da Constituição dos EUA, tais como habeas corpus e o devido processo legal. Tem tomado posições diferentes de ex-aliados republicanos, opondo-se à guerra contra as drogas e a guerra contra o terror, e criticando as políticas e ações de Israel contra os palestinos. Roberts é um graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e tem Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.
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Ilustração: AIPC – Atrocious International Piracy of Cartoons

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